sexta-feira, 17 de abril de 2020

Grandeza de Flávio Dino e o nanismo de Moro

Governo do Maranhão compra de 107 respiradores na China
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Toda grande crise é plena de gigantes e anões.

O heroísmo e a covardia podem vir de lugares surpreendentes.

Veja o caso de Flávio Dino e Sergio Moro, o justiceiro inventado pela mídia.

No país surreal em que o Brasil se transformou, Dino foi obrigado a montar o que chamou “operação de guerra” para levar 107 respiradores e 200 mil máscaras da China para o Maranhão.

Surrupiado em outras ocasiões por Alemanha, EUA e o próprio governo federal, Dino alterou a rota da compra, trazendo as mercadorias pela Etiópia.

Após o desembarque em São Paulo, a carga seguiu para seu estado e somente ali passou pela inspeção da Receita Federal.

A operação custou, segundo contou o secretário de Saúde à Folha, R$ 6 milhões, envolvendo 30 pessoas.

“Penso que até o avião presidencial deveria ser usado para buscar equipamentos de saúde comprados na China ou outro país. Nada é mais importante no momento”, escreveu o governador no Twitter.

É evidente que sim. O que faz a FAB neste momento?

Onde está o Exército? Tutelando o Inepto.

Onde está o Inepto? Procurando um substituto para Mandetta e montando dossiê contra o desafeto.

E Moro?

Onde o sujeito que aparecia nas capas de revistas na luta contra a corrupção com seu queixo mussoliniano, sua postura triunfal, a coragem personificada?

O ídolo da Globo, o filho imortal de Maringá - cadê?

Sumiu. Escafedeu-se.

Desde que o coronavírus surgiu, ele se equilibra no cargo entre a irrelevância e a sabujice.

Quando cobrado, numa declaração desde já antológica, disse que esta “é uma crise de saúde, não é uma crise de segurança” e que “não dá para prender o vírus”.

Moro desaparece na adversidade e seu tamanho se revela. Dino cresce.

Do sublime ao ridículo é um passo, disse Napoleão.

Quem você quer do seu lado numa batalha? Cartas para a redação.

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