segunda-feira, 20 de abril de 2020
Presteza, correção e coletividade
Por João Guilherme Vargas Netto
Um grande dirigente revolucionário já disse que há dias que valem semanas e tomadas de posição que orientam toda uma conjuntura.
A nota coletiva das centrais sindicais contra a tentativa de golpe bolsonarista e a ameaça de ditadura e em defesa da democracia e da mais ampla frente de resistência marcou a jornada e orientou o campo sindical.
Ela é forte, em seus três aspectos positivos.
Em primeiro lugar pela presteza, a reação imediata a um perigo imediato. Mesmo em período de isolamento social, aproveitando-se do suporte tecnológico à disposição, os dirigentes sindicais reagiram prontamente a uma agressão desvairada do presidente da República à democracia, às instituições, ao Exército e à vida dos brasileiros.
Um grande dirigente revolucionário já disse que há dias que valem semanas e tomadas de posição que orientam toda uma conjuntura.
A nota coletiva das centrais sindicais contra a tentativa de golpe bolsonarista e a ameaça de ditadura e em defesa da democracia e da mais ampla frente de resistência marcou a jornada e orientou o campo sindical.
Ela é forte, em seus três aspectos positivos.
Em primeiro lugar pela presteza, a reação imediata a um perigo imediato. Mesmo em período de isolamento social, aproveitando-se do suporte tecnológico à disposição, os dirigentes sindicais reagiram prontamente a uma agressão desvairada do presidente da República à democracia, às instituições, ao Exército e à vida dos brasileiros.
O jogo de Bolsonaro é transparente
Por Luis Felipe Miguel
O jogo de Bolsonaro é transparente:
(1) continuar tumultuando as medidas de combate à pandemia;
(2) eximir-se de qualquer responsabilidade pelas dezenas ou centenas de milhares de mortes, porque, afinal, não baixou o tal decreto de liberação do comércio;
(3) dizer que os governadores e prefeitos são os culpados pelo desemprego e quebradeira de empresas. Daí, em 2022, ele será candidato à reeleição com discurso de oposição.
Trata-se de um caminho em que não importam vidas, não importa o país, não importa nada que não seja seu ganho político imediato.
O jogo de Bolsonaro é transparente:
(1) continuar tumultuando as medidas de combate à pandemia;
(2) eximir-se de qualquer responsabilidade pelas dezenas ou centenas de milhares de mortes, porque, afinal, não baixou o tal decreto de liberação do comércio;
(3) dizer que os governadores e prefeitos são os culpados pelo desemprego e quebradeira de empresas. Daí, em 2022, ele será candidato à reeleição com discurso de oposição.
Trata-se de um caminho em que não importam vidas, não importa o país, não importa nada que não seja seu ganho político imediato.
O cavalo arreado está passando...
Por Antonio Barbosa Filho
"O cavalo passa arreado uma vez na vida', diz o ditado popular. É falso: o cavalo arreado, significando a oportunidade de ouro, passa várias vezes à nossa frente. Os mais alertas, saltam sobre a cela e dominam a besta, conduzindo-a. Quem hesita, vê o cavalo passar e afastar-se. Lá na frente, alguém mais esperto saberá montá-lo.
"O cavalo passa arreado uma vez na vida', diz o ditado popular. É falso: o cavalo arreado, significando a oportunidade de ouro, passa várias vezes à nossa frente. Os mais alertas, saltam sobre a cela e dominam a besta, conduzindo-a. Quem hesita, vê o cavalo passar e afastar-se. Lá na frente, alguém mais esperto saberá montá-lo.
Nossas esquerdas vacilam desde antes do golpe de 2016, da farsa eleitoral de 2018, e hoje, quando a população aguarda um cavaleiro ágil que assuma as rédeas e nos conduza a um bom pasto. Mais republicana do que a Constituição e do que Maquiavel (nem falo em Lênin, que ninguém leu (ou todos se esqueceram), nossa esquerda faz cara de paisagem pela qual o cavalo arreado desfila, em lento trote, sabendo que não carregará peso algum. Talvez em ano de eleições (2020, 2022, 2050?) a esquerda anime-se a buscar um papel ativo e não pusilânime como até hoje.
domingo, 19 de abril de 2020
Redes sociais ainda sustentam Bolsonaro
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
O isolamento do presidente Jair Bolsonaro, no contexto de crescimento da pandemia de coronavírus, é claro. Mesmo assim, ele continua a desafiar atores políticos de peso e as orientações científicas e médicas mundiais para combatê-la.
Nesta sexta-feira (17), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tirou da pauta a Medida Provisória (MP) 905, sobre contrato de trabalho “verde e amarelo”, que perderá a validade se não for votada até a próxima segunda-feira (20). Pela manhã, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, presente na cerimônia de posse do novo ministro da Saúde, Nelson Teich, declarou a jornalistas: “Está tudo sob controle, não sabemos de quem”.
O isolamento do presidente Jair Bolsonaro, no contexto de crescimento da pandemia de coronavírus, é claro. Mesmo assim, ele continua a desafiar atores políticos de peso e as orientações científicas e médicas mundiais para combatê-la.
A força do Estado em tempos de crise
Por Pedro Henrique Evangelista Duarte, no site Brasil Debate:
O momento de crise chama mais uma vez a atenção para um debate que, vez por outra, ganha destaque entre os economistas: o papel do Estado na sociedade e na economia. Mais uma vez, a situação de caos promove a rara união entre as mais diferentes escolas do pensamento econômico, todas elas certas de que neste momento cabe ao Estado a solução, ou a mitigação, dos efeitos danosos de uma crise sanitária que tem tido reflexos proeminentes sobre a atividade econômica, a ponto de considerarem que essa crise terá proporções mais amplas que a grande crise capitalista de 1929. Mas qual é a função do Estado em meio à crise?
O momento de crise chama mais uma vez a atenção para um debate que, vez por outra, ganha destaque entre os economistas: o papel do Estado na sociedade e na economia. Mais uma vez, a situação de caos promove a rara união entre as mais diferentes escolas do pensamento econômico, todas elas certas de que neste momento cabe ao Estado a solução, ou a mitigação, dos efeitos danosos de uma crise sanitária que tem tido reflexos proeminentes sobre a atividade econômica, a ponto de considerarem que essa crise terá proporções mais amplas que a grande crise capitalista de 1929. Mas qual é a função do Estado em meio à crise?
O inferno em nome de Deus
Por Fernando Brito, em seu blog:
Já faz tempo que Jair Bolsonaro tornou-se um aproveitador da fé.
Isso, porém, chegou ao ponto do mais farisaico fundamentalismo.
Sua política não tem a menor vergonha de invocar Deus como avalista de seus atos demoníacos, que despreza vidas humanas.
Hoje, chegou a cúmulo, ao levantar uma imagem de Cristo diante de fanáticos adoradores. Adoradores de um homem que está lançando pessoas à morte pela doença, como antes adorava a morte pelas armas.
Já faz tempo que Jair Bolsonaro tornou-se um aproveitador da fé.
Isso, porém, chegou ao ponto do mais farisaico fundamentalismo.
Sua política não tem a menor vergonha de invocar Deus como avalista de seus atos demoníacos, que despreza vidas humanas.
Hoje, chegou a cúmulo, ao levantar uma imagem de Cristo diante de fanáticos adoradores. Adoradores de um homem que está lançando pessoas à morte pela doença, como antes adorava a morte pelas armas.
Bolsonaro ataca Rodrigo Maia e a democracia
Carreata contra o quarentena/isolamento social (19/4/20, Av Paulista São Paulo SP). Foto: Roberto Parizotti/Fotos Públicas |
O uso da palavra “respeito” pelo presidente Jair Bolsonaro ao se referir ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo maia (DEM-RJ), tem um significado que vai muito além da etimologia. Ao dizer que Maia “resolveu assumir o papel do Executivo” e precisa respeitá-lo, o presidente está dizendo, no fundo, que cabe ao Legislativo o papel de mero seguidor das suas diretrizes de governo.
A afirmação de Bolsonaro de que Maia “quer atacar o governo federal” para tirá-lo do poder tem como propósito fustigar o Legislativo com a intenção de difamá-lo entre os bolsonaristas. Não é preciso grande esforço para se entender que a forçada de barra do presidente pela polêmica diz respeito à forma como ele e Maia vêm agindo a respeito da crise econômica e da Covid-19.
Nos EUA, R$ 45 mil por um exame de Covid
Por Charles Nisz, no Diário do Centro do Mundo:
David Nemer tem 33 anos e é professor de antropologia da tecnologia na Universidade da Virgínia, nos EUA.
Radicado nos EUA desde 2005, estuda etnografia digital e outros temas do campo da tecnologia.
David Nemer tem 33 anos e é professor de antropologia da tecnologia na Universidade da Virgínia, nos EUA.
Radicado nos EUA desde 2005, estuda etnografia digital e outros temas do campo da tecnologia.
Por conta da pandemia do Covid-19, Nemer realizou dois exames de sangue – para detectar a presença do coronavírus e um check-up anual.
O custo, segundo a conta enviada pelo laboratório, é de US$ 8.352 – cerca de R$ 43.764.
Nemer postou a foto do boleto no Twitter:
“Já reforçou o seu apoio ao SUS hoje? Eu fiz um exame de sangue – check-up & covid19, e ontem chegou a conta: US$8,352 (R$ 44,000). É para agradecer a bater tambor a favor do SUS, que também é um maior player no mercado por manter os preços mais acessíveis no setor privado”, escreveu.
O custo, segundo a conta enviada pelo laboratório, é de US$ 8.352 – cerca de R$ 43.764.
Nemer postou a foto do boleto no Twitter:
“Já reforçou o seu apoio ao SUS hoje? Eu fiz um exame de sangue – check-up & covid19, e ontem chegou a conta: US$8,352 (R$ 44,000). É para agradecer a bater tambor a favor do SUS, que também é um maior player no mercado por manter os preços mais acessíveis no setor privado”, escreveu.
sábado, 18 de abril de 2020
Paranoico, o “capetão” agora fuzila Maia
Por Altamiro Borges
O "capetão" Bolsonaro está cada dia mais paranoico – haja arminhas debaixo do travesseiro. Após humilhar e enxotar seu ministro da Saúde, ele agora resolveu declarar guerra ao presidente da Câmara Federal, o demo Rodrigo Maia – seu maior aliado na pauta econômica ultraneoliberal no parlamento.
Segundo o site UOL, "o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o presidente da Câmara pela 'péssima atuação' nas propostas econômicas para enfrentar a crise do coronavírus. Segundo ele, Maia está conduzindo o país ao 'caos' e está 'enfiando a faca no governo'".
Em entrevista à CNN, o "capetão" paranoico surtou de vez: "O sentimento que eu tenho é que ele [Maia} não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca. Parece que a intenção é me tirar do governo. Paulo Guedes não tem mais contato com Maia".
O "capetão" Bolsonaro está cada dia mais paranoico – haja arminhas debaixo do travesseiro. Após humilhar e enxotar seu ministro da Saúde, ele agora resolveu declarar guerra ao presidente da Câmara Federal, o demo Rodrigo Maia – seu maior aliado na pauta econômica ultraneoliberal no parlamento.
Segundo o site UOL, "o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o presidente da Câmara pela 'péssima atuação' nas propostas econômicas para enfrentar a crise do coronavírus. Segundo ele, Maia está conduzindo o país ao 'caos' e está 'enfiando a faca no governo'".
Em entrevista à CNN, o "capetão" paranoico surtou de vez: "O sentimento que eu tenho é que ele [Maia} não quer amenizar os problemas. Ele quer atacar o governo federal, enfiar a faca. Parece que a intenção é me tirar do governo. Paulo Guedes não tem mais contato com Maia".
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