quarta-feira, 22 de abril de 2020

Bolsonaro, militares e a escalada ditatorial

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A ofensiva de Bolsonaro contra as instituições domingo, 19 de abril, foi o mais acintoso, mais grave e mais afrontoso ataque contra o pouco que resta do Estado de Direito no Brasil.

A pauta bolsonarista e as circunstâncias da participação do Bolsonaro não poderiam ser mais impactantes: [1] o protesto aconteceu no dia do Exército brasileiro; [2] o ato com a presença presidencial foi realizado no portão do Quartel-General do Exército do qual ele é o Comandante Supremo; e [3] a matilha bolsonarista reunida, em quem Bolsonaro disse “acreditar”, pedia “intervenção militar com Bolsonaro no poder”, o fechamento do Congresso e o fechamento do STF.

Abaixo o moralismo financeiro

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

O sistema financeiro é a instância dominante nas relações econômicas do capitalismo de todos os tempos e em todos os tempos.

Um sábio atilado chamou o dinheiro e suas instituições capitalistas de comunidade.

Na posteridade da Segunda Guerra, os sistemas financeiros foram severamente disciplinados.

Salvo pequenos incidentes, a economia deslizou nos trilhos do crédito dirigido, dos controles de capitais entre os países, do gasto público amparado em sistemas fiscais progressivos.

A coisa andou tão bem que, nos anos 1970, o sistema regulado de relações monetárias e financeiras sucumbiu ao seu próprio sucesso.

Cai a blindagem dos Bolsonaro na Justiça

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A opinião pública, na mídia, mas especialmente nas corporações públicas são extremamente suscetíveis aos movimentos de manada.

Cria-se o movimento em uma direção. A manada vai atrás, endossando.

Não sei a terminologia das boiadas autênticas.

No caso da boiada da opinião pública, há um conjunto de personagens padrão.

Na frente, vai o boi condutor, liderando o estouro.

Até que vai se aproximando de um precipício.

Surgem os radares, sinalizando o perigo, mas não sendo ouvidos de cara.

Bolsonaro é perigoso para a democracia

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Está lá, no artigo 78 da Constituição, que sintetiza o dever inaugural de um presidente da República, um juramento obrigatório, no dia da posse: "Manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil".

Parte do ritual obrigatório da República, sem esse juramento um presidente eleito nem toma posse.

Por isso, desde ontem, a questão é saber como as forças comprometidas pela defesa da democracia irão reagir a um presidente que, em vez de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis", insistiu em fazer o contrário, na frente de todos.

A aliança e as vozes dos povos da floresta

A sua privacidade está em perigo

terça-feira, 21 de abril de 2020

Paranoico, Bolsonaro agora fuzila Maia

O “mensageiro da morte” ataca o Maranhão

Por Altamiro Borges

Mensageiro da morte, Jair Bolsonaro ainda dificulta as ações de quem procura salvar vidas. Em mais uma ação macabra, a Receita Federal, ligada ao presidente-coveiro e ao abutre Paulo Guedes, "afirma que a operação do governo do Maranhão para trazer 107 respiradores da China foi ilegal", informa a Folha nesta segunda-feira (20).

O jornal relata que a Receita "tomará medidas legais cabíveis contra as pessoas envolvidas" na arrojada operação do governo do Maranhão. "Ela envolveu o envio dos respiradores à Etiópia, para escapar dos radares dos EUA e Europa, e o fretamento de avião de Guarulhos para São Luís" para escapar da sabotagem do miliciano Bolsonaro.

"O desembaraço na Receita foi feito no Maranhão, e não em São Paulo, para evitar risco de que os equipamentos fossem retidos. A estratégia foi montada depois que o governador Flávio Dino (PCdoB) reservou respiradores três vezes e foi atravessado pelo governo federal, pela Alemanha e pelos EUA".


Bolsonaro quer um novo AI-5

O Maranhão enfrenta o coronavírus

O mito morreu de Covid-19

Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

Mais uma vítima fatal do Covid-19 foi confirmada: o mito de Bolsonaro. Não, o governo ainda não morreu; embora sua sustentação se torne cada vez mais crítica daqui em diante. Tampouco e muito menos o próprio presidente tenha morrido. Este, pelo contrário, aparenta desfrutar de boa saúde. O que morreu, de fato, foi a subjetividade construída em torno da figura do presidente. Subjetividade tão cara que o tornou popular nas urnas e nas redes e que o fez sustentar medidas bastante impopulares de governo.

Bolsonaro promove ‘desordem e regresso’

Da Rede Brasil Atual:

Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o presidente Jair Bolsonaro estimula o desrespeito à hierarquia militar ao participar de manifestação, em frente ao quartel-general do Exército, neste domingo (19), na capital federal. “Em vez de ordem e progresso, temos desordem e regresso”, afirmou, em alusão ao lema da bandeira nacional.

Segundo Belluzzo, o presidente pretende manter o “controle absoluto” do Estado brasileiro, para subjugá-lo aos interesses particulares da sua família. “É uma desordem total. Tem muito a ver com o seu espírito destruidor. Ele não está aí para construir nada. Está para destruir, assim como fazem, sem saber, os seus adeptos”, disse a Glauco Faria e Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (20).

Bolsonaro não é a Constituição, é o golpismo

Editorial do site Vermelho:

A participação do presidente da República Jair Bolsonaro no ato em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no domingo (19), é a prova cabal de que ele, como militante do golpismo, desrespeita a institucionalidade democrática do país. Ao confrontar a Constituição e se perfilar num ato que defendia a intervenção militar, e criminalizar a política com o pretexto de defender a “nova política” contra a “velha política”, Bolsonaro escancara seus intentos golpistas. Ao confrontar a Constituição e se perfilar num ato que pregava a intervenção militar.

Os retrocessos na questão agrária

Dá para confiar nos dados oficiais?

Até onde vai o fascista Bolsonaro?

Começa o cerco sobre Bolsonaro

A distribuição de renda na crise

segunda-feira, 20 de abril de 2020

O “QG” da subversão bolsonarista

Por Fernando Brito, em seu blog:

Magras e ralas, as milícias bolsonaristas que urram nas ruas pelo “abre tudo” que manda as pessoas à morte não teria muita importância se isso não correspondesse à vontade presidencial de provocar entre nós uma tragédia humanitária de grandes proporções.

Faz parte do seu projeto de destruição do que resta de institucionalidade no Brasil e do desaparecimento de qualquer autoridade que não seja a dele e a de seu doentio clã.

O “QG”, como o chamam, tem uma metralhadora na parede e um “1776” que não se refere à independência do Brasil, mas à do país ao qual, mentalmente pertencem, como quinta-colunas que são: os Estados Unidos.

Rumo ao regime dos quartéis

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Está fora de dúvida que a participação do Bolsonaro em atividades conspirativas feitas às claras e transmitidas em tempo real pelas mídias oficiais do governo seria mais uma causa suficiente para seu afastamento imediato da Presidência da República.

Mas isso, entretanto, não deverá acontecer. Em primeiro lugar, porque o Congresso e o STF, mesmo se provocados a agir, provavelmente não farão mais que discursos grandiloquentes, laudatórios e estéreis em defesa da democracia, da harmonia entre os poderes e blá, blá, blá.

E, mesmo se congressistas e ministros da Suprema Corte decidissem agir, a estas alturas seriam amedrontados e veriam suas capacidades de decisões restringidas pela tutela dos militares.