sexta-feira, 1 de maio de 2020

Por mais lucro, neoliberais atacam sindicatos

Por Caroline Oliveira, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil está com o pé na ditadura militar enquanto Otávio faz piquete na porta da fábrica, com um megafone na mão. Seu filho, Tião, metalúrgico de família, ignora o pai e o piquete. Para ele, greve é utopia, uma luta inglória. Sua preocupação é deixar a vida difícil para trás.

Na peça teatral “Eles não usam black-tie”, escrita por Gianfrancesco Guarnieri, estão retratados os conflitos de uma categoria e de duas gerações que parecem viver em mundos diferentes, ainda que iguais.

Projetados os personagens para 2020, Otávio seria o trabalhador que está diante do desafio de reorganização do movimento sindical diante das transformações no capitalismo.

O dinheiro e o mercado

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, no blog Nocaute:

Na quarta-feira, 15 de abril, o New York Times apresentou sua perplexidade com as iniciativas do Federal Reserve e do Tesouro americano que ajambraram um pacote trilionário para manter a economia de Tio Sam à tona.

O jornal conta que “os Estados Unidos responderam aos estragos econômicos causados pelo Coronavírus com o maior pacote de ajuda de sua história: US$ 2 trilhões.

Ele essencialmente substitui alguns meses de atividade econômica americana por uma enxurrada de dinheiro do governo – cada centavo dele emprestado ao próprio governo.”

E, logo, lança uma pergunta: “De onde vem todo esse dinheiro?

Resposta: “A maioria do nada.”

Os 45 anos do fim da "Guerra do Vietnã"

Foto: Ha Tien Anh/EFE
Por Pedro Oliveira

A chamada “Guerra do Vietnã” , que os vietnamitas chamam de Guerra de Libertação, teve início em meados da década de 60 do século passado, após os patriotas e revolucionários vietnamitas terem derrotado completamente o exército colonial mais experiente da época, o Exército Francês, na histórica batalha de Dien Bien Phu, em 1954. Os “conselheiros” americanos que atuavam já com os militares franceses resolveram substituir os franceses na tarefa de continuar a exploração do povo e das riquezas naturais do Vietnã.

Em defesa da vida do povo, mudar o governo!

Por João Pedro Stedile

O Brasil vive uma crise econômica, política, social e ambiental, que pode ser considerada a mais grave e profunda da história. Essa crise não será resolvida com golpes institucionais, como foi o impeachment sem crime de responsabilidade da presidenta Dilma Rousseff.

Desde 2014, todo o peso da crise está sendo jogado nas costas da classe trabalhadora, que está pagando com desemprego, precarização do trabalho e perda de direitos trabalhistas, previdenciários, de moradia, educação e terra, conquistados a duras penas ao longo das últimas décadas.

Com isso, as crises econômicas e social se agravaram. A burguesia brasileira apoiou de “mala e cuia”, como dizemos no sul, a opção fascista da eleição do Bolsonaro. É patética a revelação de José Luiz Egydio Setúbal, um dos herdeiros do Itaú, de que os grandes capitalistas apoiaram Bolsonaro, menos um que ficou com João Amoedo.

A pandemia deixou o capitalismo nu

Por Luiz Inácio Lula da Silva

“Meus amigos e minhas amigas,

Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil e do mundo,

Quero começar a minha fala prestando solidariedade aos familiares de todas as vítimas do coronavírus e a todos os trabalhadores e trabalhadoras que estão lutando para salvar vidas em todo o mundo.

Um vírus desconhecido conseguiu fechar fronteiras, trancar em casa mais de três bilhões de seres humanos e mudar de maneira dramática a vida de cada um de nós. Há três meses estamos como num longo túnel sem fim, recebendo a cada dia notícias piores que as do dia anterior. A humanidade desperta todos os dias torcendo para que o número de mortos de hoje seja menor que o de ontem. Estamos vivendo os mais tenebrosos dias da nossa história.

Isolamento sabotado com asfixia financeira

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Para conseguir o perigoso afrouxamento do isolamento social, que está tendo como resultado o galope da pandemia, anunciando para o Brasil um morticínio, Jair Bolsonaro e seu governo têm se valido do estrangulamento financeiro das pessoas pobres, do SUS e dos estados e municípios.

O Congresso aprovou a liberação de mais de R$ 200 bilhões para o enfrentamento da pandemia mas os recursos chegam aos pingos aos destinatários.

Se o mesmo acontecer com o socorro de R$ 120 bilhões a estados e municípios, acertados hoje entre o ministro Guedes e presidente do Senado, David Alcolumbre, as coisas vão piorar muito.

Retardando o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, forçando as pessoas a se exporem ao contágio em filas na porta da Receita e da CEF, o governo forçou milhares delas a buscar algum ganho nas ruas, no comércio ambulante, nos bicos.

A produção de alimentos e a saúde humana

Foto: MST
Por Valdemar Arl, Yasser Jamil Fayad, Jamil Abdalla Fayad, Edson Walmor Wuerges, Darlan Rodrigo Marchesi e Pedro Ivan Christoffoli

1. Introdução

O imenso impacto gerado pela emergência em saúde pública de uma nova doença que, rapidamente, deixou a condição de um surto localizado na cidade chinesa de Wuhan, na província de Hubei, em final de dezembro de 2019, para se tornar uma pandemia alertada pela OMS em 11 de março de 2020 ainda não está exatamente dimensionada. Uma pandemia de curso dinâmico que se abate em diferentes perfis epidemiológicos em todo o globo e agudiza as incertezas econômicas, ambientais e sociais no contexto mundial, além de evidenciar a crise profunda de paradigma que vivemos e lança, ao mesmo tempo, desafios para construir significativas mudanças conjunturais e estruturais capaz de romper com o atual modelo e modo de produção.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Boeing cancela compra da Embraer. E agora?

Bolsonaro e o vírus: contaminação cruzada

Por Fernando Brito, em seu blog:

Um dos apresentadores da Globonews, Otávio Guedes, vem batendo num ponto que é decisivo para que se entende o quanto têm a ver a explosão de casos do coronavírus e a explosão da crise política, com as sucessivas demissões de Luiz Mandetta, de Sérgio Moro e o impasse sobre a nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal.

Ele lembra que os números de hoje sobre a epidemia se referem às contaminações ocorridas, em geral, há 14 dias, quando recém se iniciava o torvelinho de loucura no governo da República.

O ministro e a escolha de Sofia

Por Ronald Rocha, no site A terra é redonda:

Em “condições normais de temperatura e pressão” – ambiente com “atmosfera padrão” –, as substituições ministeriais são atos corriqueiros, embora nada possuam de natural e químico-físico. Até vão além do previsto constitucionalmente como prerrogativa legal do “chefe” em governos interiores ao regime democrático, inclusive aos restritivos e com fortes componentes autocráticos como acontece no Brasil. Frequentemente, impõem-se como ajustes nos detalhes administrativos e nos arranjos exigidos pela governabilidade na relação entre segmentos situacionistas ou aliados, especialmente na dança das necessidades pragmáticas e das correlações de forças.

A expulsão ilegal de diplomatas da Venezuela

Por Jeferson Miola, em seu blog: 

O Governo da Venezuela denunciou à comunidade internacional a ilegalidade da pressão do governo brasileiro para forçar a saída do seu corpo diplomático e consular do Brasil.

A Venezuela desmente a alegação do Itamaraty de que o procedimento decorre de “supostas negociações prévias, que nunca foram celebradas”.

No comunicado, o governo venezuelano também denuncia “as graves consequências que graças a atitudes negacionistas” do governo Bolsonaro “sofre o povo o brasileiro ao ver trasladado ao Brasil o epicentro da pandemia do Covid-19 na América Latina”.

Cenas chocantes em Campina Grande

Comerciários foram obrigados a se ajoelhar em Campina Grande/PB
Foto: Reprodução
Por João Guilherme Vargas Netto

Os comerciantes de Campina Grande estão com medo. Eles e as torcidas do Corinthians e do Flamengo. Estão com medo de quê os comerciantes da Paraíba?

Assim como os traficantes de drogas têm medo da polícia, mas persistem em seu malfadado negócio os comerciantes paraibanos estão com medo do coronavírus, mas querem (que ilusão!) ouvir o tilintar das caixas registradoras que estão silenciosas.

Até aqui tudo é compreensível.

A ameaça da Covid no sistema penitenciário

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Por Abdael Ambruster, na revista Teoria e Debate:

O Brasil tem o terceiro maior contingente populacional do mundo e, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, possui 726.354 pessoas encarceradas [1].

Temos um sistema penal falido, isso não é mistério pra ninguém, que não recupera, é superlotado, dominado por facções criminosas e com pouco investimento, a ponto de muitas unidades não terem o suficiente para dignificar a condição humana, e, consequentemente, não há valorização dos servidores e dos policiais penais.

A falta de condição estrutural, higiene, aliada a um ambiente com altos picos de estresse gerado pelo processo de emparedamento [2], que atinge tanto os apenados quanto os policiais penais e demais servidores, fazem do sistema penal um dos ambientes mais insalubres para se viver e trabalhar.

Os crimes de Bolsonaro contra a vida

Editorial do site Vermelho:

Passados dois meses do registro do primeiro caso oficial de coronavírus no Brasil, o saldo é uma tragédia em todos os sentidos. A começar pelos números de mortos que, oficialmente, chegaram a 474 nas últimas 24 horas, conforme o Ministério da Saúde, a maior taxa de letalidade desde o início da pandemia no país. O avanço célere da doença contrasta com a inação do governo Bolsonaro nos aspectos econômicos e sociais.

Jair Messias da Morte Bolsonaro

Bolsonaro X Moro: conflito ou farsa?

A culpa é do Bolsonaro. Assassino!

Os efeitos do desastre do neoliberalismo

STF barra nomeação de Ramagem