sexta-feira, 11 de setembro de 2020

O nacionalismo de Bolsonaro

Por Armando Boito Jr., no site A terra é redonda:

Por ocasião do 7 de Setembro, o campo democrático e popular deparou-se novamente com a questão: o Governo Bolsonaro e o movimento que o apoia é, de fato, nacionalista? Alguns intelectuais e agrupamentos de esquerda respondem negativamente a essa questão. Afirmam que o nacionalismo de Bolsonaro é vazio, demagógico ou que não seria um “verdadeiro nacionalismo”. Não pensamos que essa seja uma maneira correta de analisar a questão e vamos tentar explicar por que.

Esperar não é fazer

Por Roberto Amaral, em seu blog:


O que significa dizer “estamos do lado certo da história e nosso projeto vai voltar”?

A frase remete a uma leitura simplória do materialismo histórico, confundindo determinismo (uma pretensão científica) com fatalismo (uma regressão religiosa). Deve ser tomada com cuidado pois pode sugerir à militância que, qualquer que seja o processo social, “nosso projeto” (qual é mesmo ele?) “vai voltar” um dia, inelutavelmente. E se o destino de nosso projeto é “voltar”, após cada derrota, ele voltará sempre, lutemos ou não, já que essa “volta” não depende de nós, das forças sociais, pois estará sempre no regaço da mãe história. Ela será nosso trem e nos levará à Estação Finlândia.

Toffoli por Fux: troca de seis por meia-dúzia

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A mudança da presidência do STF é uma metáfora sob medida do romance O Leopardo, do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa: “tudo deve mudar para que tudo fique como está”.

Toffoli sai da presidência e, em seu lugar, assume o ministro Luiz Fux, aquele celebrado por Moro e Dallagnol pela parceria na corrupção do sistema de justiça brasileiro – In Fux we trust! , eles comemoravam.

Ao usar [indevidamente] a palavra na sessão de despedida do Toffoli [9/9], Bolsonaro enalteceu o servilismo do então presidente do STF: “Até nos surpreendeu na sua capacidade de antecipar problemas e apresentar a solução antes mesmo que fosse procurado”.

Trump deve perder nos EUA

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:

Em dois meses, os Estados Unidos farão uma das eleições mais importantes de sua história, talvez a mais decisiva. Nela está em jogo mais do que a definição do nome do próximo presidente do país, há uma escolha entre civilização e barbárie.

Tudo indica que Donald Trump não conseguirá se reeleger. Não há, até agora, sinal de que ele será capaz de reverter a vantagem de Joe Biden, seja no voto popular, seja no Colégio Eleitoral. A enxurrada de pesquisas de intenção de voto, que inunda o cenário norte-americano, vai toda nessa direção.

Para quem, como nós, vive à míngua de boas informações de pesquisa, é até estranho constatar que, por lá, elas são oferecidas ao eleitorado em largas doses diárias. Tantas que a regra não é aguardar o que cada uma em particular tem a mostrar, mas prestar atenção nas médias dos resultados de muitas, calculadas pelos chamados agregadores de pesquisas.

A resistência final de Salvador Allende

47 anos do golpe militar no Chile

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Fogo no Pantanal: o que está acontecendo?

PEC da destruição e da corrupção

Alta dos preços e covardia do governo

Cultura: cortes de verbas e mais censura

A ação de Bolsonaro contra vacina da Covid

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:


Na pauta dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, o movimento que age contra a vacina da Covid-19 e defende a cloroquina é mais um componente da política genocida adotada pelo governo de Jair Bolsonaro em relação à pandemia. A negação da gravidade da doença causada pelo novo coronavírus, a falta de ações socioeconômicas para permitir que todos façam o isolamento social e de investimentos em equipamentos de UTIs contribuem para os mais de 4,1 milhões de casos e a morte de mais de 128 mil brasileiros. A opinião é da professora Ligia Bahia, da pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ligia é também integrante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Ataques à advocacia são ataques à democracia

Editorial do site Vermelho:


Os recentes acontecimentos de criminalização da advocacia por parte da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro são mais um aberto atentado ao Estado Democrático de Direito. Faz parte da escalada autoritária no país, um processo de regressão a práticas que precederam a Constituição de 1988. A regulação democrática das normas que regem a sociedade é uma conquista irrevogável, a síntese de uma história de lutas pelo direito como régua da justiça que remontam aos primeiros saltos civilizatórios que conferiram a este país status de nação conduzida pelos avanços do processo histórico mundial.

O cinema em tempos de cólera

Por Thiago B. Mendonça, Adirley Queirós, Affonso Uchoa, Cristina Amaral, Ewerton Belico e Luiz Pretti, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:


As portas fechadas da Cinemateca impedem que os antigos funcionários, mesmo que de forma voluntária, façam a mínima manutenção no acervo. Cercado de policiais armados, o governo federal tomou as chaves e desfez os vínculos com todos os colaboradores. Restam para cuidar de toda a memória fílmica do país dois bombeiros, abandonados à própria sorte, sem saber o que fazer diante de um acervo de mais de 250 mil rolos de filmes. Salvo engano, pela primeira vez há uma interrupção total das atividades dessa instituição desde que ela foi criada, nos anos 1940.

Fux: o que esperar do novo presidente do STF

Por Victor Ohana, na revista CartaCapital:


O último ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era tudo ou nada para Luiz Fux. Em 2010, o então ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fazia campanha entre petistas para subir mais um andar na carreira e tornar-se um dos 11 magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), após uma batalha de sete anos pelo cargo. Chegou a pedir apoio ao líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, e visitou José Dirceu (PT), réu do mensalão na época, segundo informações que o próprio Fux confirmou ao jornal Folha de S. Paulo em 2012. O magistrado finalmente sentou na cadeira do STF em março de 2011, por indicação de Dilma Rousseff (PT), e hoje é um dos sete ministros escolhidos pelo PT.