Por Frei Betto, em seu site:
Muito antes de a revista “The Economist” qualificar o presidente do Brasil de BolsoNero, eu já havia cunhado a antonomásia. O que não esperava é que os fatos comprovariam a semelhança de atitudes entre o imperador romano, conhecido por tocar lira enquanto Roma pegava fogo, e o principal ocupante do Palácio do Planalto.
O Brasil é incendiado pelo descaso do governo, enquanto o presidente ignora o desastre ambiental e econômico, assim como faz com o genocídio sanitário que já ceifou a vida de quase 140 mil vítimas da Covid-19.
Na primeira quinzena de setembro, houve mais queimadas na Amazônia do que em todo o mês de setembro de 2019. Até o dia 15 foram registrados 20.485 focos de calor no bioma amazônico pelo programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No mesmo período do ano passado foram 19.925 focos.
domingo, 20 de setembro de 2020
"Bolsonaro mente" e as manchetes dos jornais
Por Luis F. Miguel, no site Diário do Centro do Mundo:
Se a imprensa brasileira seguisse o compromisso sempre alardeado de relatar os fatos a seu público, todas as manchetes começariam com a expressão “Bolsonaro mente”.
Não é “Bolsonaro diz”, “Bolsonaro afirma”, “Bolsonaro declara”, “Bolsonaro opina”. É “Bolsonaro mente”.
A mentira é a base da comunicação de Bolsonaro e de seu governo.
Ele mente sobre seus propósitos, mente sobre suas ações e mente também sobre fatos de conhecimento público.
Não é “Bolsonaro diz”, “Bolsonaro afirma”, “Bolsonaro declara”, “Bolsonaro opina”. É “Bolsonaro mente”.
A mentira é a base da comunicação de Bolsonaro e de seu governo.
Ele mente sobre seus propósitos, mente sobre suas ações e mente também sobre fatos de conhecimento público.
sábado, 19 de setembro de 2020
Pandemia e o cartão vermelho para Guedes
Entrevista com João Sicsú, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sobre a gravidade da crise econômica e o papel do Estado
Brasil ajoelhado aos pés dos EUA
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A subserviência e o capachismo do governo Bolsonaro e do comando das Forças Armadas do Brasil aos EUA não têm limites.
Engana-se quem imagina que gestos vergonhosos, como a reverência do Bolsonaro à bandeira estadunidense e celebração do 4 de julho na Embaixada dos EUA, a isenção de tarifa de etanol dos EUA, a entrega da base de Alcântara e o financiamento, com orçamento nacional, de oficiais das Forças Armadas para servirem ao Comando Sul dos EUA, poderiam significar o fundo do poço que o Brasil seria capaz de alcançar em termos de ultraje e humilhação.
Engana-se quem imagina que gestos vergonhosos, como a reverência do Bolsonaro à bandeira estadunidense e celebração do 4 de julho na Embaixada dos EUA, a isenção de tarifa de etanol dos EUA, a entrega da base de Alcântara e o financiamento, com orçamento nacional, de oficiais das Forças Armadas para servirem ao Comando Sul dos EUA, poderiam significar o fundo do poço que o Brasil seria capaz de alcançar em termos de ultraje e humilhação.
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
Losurdo e a luta pela teoria revolucionária
Por Jones Manoel, na revista Princípios:
A distinção entre “negro da casa” e “negro do campo” ficou famosa com Malcolm X. O primeiro se identificava com o senhor de escravos — e colocava-se contra a luta antiescravagista — dadas as suas condições de vida e trabalho um pouco menos brutais na casa grande do que a situação em que viviam os escravizados nas plantations. Malcolm X falava da cooptação e da servidão ao poder instituído numa sociedade escravagista pouco complexa. A ordem burguesa criou várias possibilidades de cooptação e servidão ao poder impossíveis de se imaginar no escravagismo. Se no exemplo de Malcolm eram transparentes as posições políticas e compromissos de cada sujeito, o capitalismo torna a questão bem mais intrincada.
Horizonte pesado na economia
Por Fernando Brito, em seu blog:
Embora você ainda vá ver muitos ensaios de comemoração da “retomada da economia” pós-Covid (e lembremo-nos de que este “pós” é uma armadilha pronta, porque a pandemia está longe, muito longe, de passar), repare que elas não serão esfuziantes como aqueles “agora a coisa vai” que nos acostumamos desde que nos prometeram o céu depois da derrubada do governo legítimo, em 2016.
E porque isso acontece?
E porque isso acontece?
Uma diplomacia fake e terraplanista
Charge: Marcelo Fiedler/Jacobin Brasil |
Um dos principais expoentes do olavismo terraplanista neste governo é o Ministério das Relações Exteriores. O Brasil que sempre teve um papel de liderança regional e força global no que diz respeito a sua capacidade de articulação com o mundo, hoje se reduz a um país secundário e que tem a sua política externa organizada em duas vertentes: a subserviência ao Trump e a fake terraplanista.
Nesta semana acionei o Tribunal de Contas da União para investigar a divulgação de notícias falsas por parte da Fundação Alexandre Gusmão, órgão ligado ao Ministério de Relações Exteriores, que divulgou vídeo que dizia que máscaras são “inócuas” no combate à pandemia do novo coronavírus e “nocivas” à saúde. Esta mesma Fundação, em julho deste ano, tentou fazer uma ampla divulgação de palestras de bolsonaristas e olavistas investigados pelo inquérito das fake news.
Ato virtual contra MP que privatiza a Caixa
Do site da Fenae:
Defender a Caixa é defender o Brasil! A Fenae, juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, o Comitê Nacional em Defesa da Caixa e a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos se unirão na próxima semana para denunciar à população brasileira os ataques à Caixa promovidos pela Medida Provisória 995, que na prática privatiza a empresa.
A intenção é reunir em uma grande live entidades e parlamentares, sociedade, ex-presidentes da empresa, esportistas e artistas num ato virtual na próxima quarta-feira, dia 23, a partir das 19h no Facebook da Fenae para alertar que a MP, ao permitir desmembrar e vender áreas importantes da Caixa, comprometerá o desenvolvimento do país.
Defender a Caixa é defender o Brasil! A Fenae, juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos, o Comitê Nacional em Defesa da Caixa e a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos se unirão na próxima semana para denunciar à população brasileira os ataques à Caixa promovidos pela Medida Provisória 995, que na prática privatiza a empresa.
A intenção é reunir em uma grande live entidades e parlamentares, sociedade, ex-presidentes da empresa, esportistas e artistas num ato virtual na próxima quarta-feira, dia 23, a partir das 19h no Facebook da Fenae para alertar que a MP, ao permitir desmembrar e vender áreas importantes da Caixa, comprometerá o desenvolvimento do país.
Em solidariedade ao padre Júlio Lancellotti
Da Comissão Arns
Nota pública número 25, de 18 de setembro de 2020
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns - Comissão Arns vem a público manifestar solidariedade ao Pe. Júlio Lancellotti, pelo trabalho que realiza em favor dos mais pobres, e expressar sua preocupação com as ameaças que ele vem sofrendo, reiteradamente.
Por décadas, Pe. Júlio oferece seu labor pastoral às pessoas em situação de rua, enfrentando problemas que hoje desafiam governantes e administradores públicos. Grupos marginalizados na cidade de São Paulo têm encontrado neste homem a possibilidade do acolhimento humano, seja na forma de um agasalho, um alimento, um remédio ou de uma palavra de apoio.
Nota pública número 25, de 18 de setembro de 2020
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns - Comissão Arns vem a público manifestar solidariedade ao Pe. Júlio Lancellotti, pelo trabalho que realiza em favor dos mais pobres, e expressar sua preocupação com as ameaças que ele vem sofrendo, reiteradamente.
Por décadas, Pe. Júlio oferece seu labor pastoral às pessoas em situação de rua, enfrentando problemas que hoje desafiam governantes e administradores públicos. Grupos marginalizados na cidade de São Paulo têm encontrado neste homem a possibilidade do acolhimento humano, seja na forma de um agasalho, um alimento, um remédio ou de uma palavra de apoio.
Contexto do golpe político-jurídico-midiático
Por Jairo Demm Junkes, no site do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (Ibep):
O livro Realidade nacional e crise atual traz uma reflexão importante sobre a situação política nacional em um período recente, realizando profundas considerações de um contexto que, muitas vezes, passa diante de nós de maneira superficial na correria de nossa vida cotidiana.
Parece interessante, inicialmente, contextualizar a palavra golpe. Segundo o dicionário Michaelis de 2010, golpe pode significar: “desgraça, infortúnio, esperteza ou, mais popularmente, manobra traiçoeira”. Conhecer o significado específico desta expressão ajuda a compreender o direcionamento que os autores da obra buscam dar às suas argumentações.
Parece interessante, inicialmente, contextualizar a palavra golpe. Segundo o dicionário Michaelis de 2010, golpe pode significar: “desgraça, infortúnio, esperteza ou, mais popularmente, manobra traiçoeira”. Conhecer o significado específico desta expressão ajuda a compreender o direcionamento que os autores da obra buscam dar às suas argumentações.
Pompeo e o Apocalipse Bolsonaro
Por Marcelo Zero
Os quatro cavaleiros do Apocalipse são a Peste, a Morte, a Fome e a Guerra.
Três já cavalgam há muito com Bolsonaro.
Graças à indiferença e à incompetência de um governo sociopático, a Peste e a Morte fazem a festa entre nós, especialmente entre os mais pobres.
Rumamos céleres para 150 mil mortos, ante um presidente que ri da tragédia e recomenda o falso milagre da cloroquina. Há um Apocalipse Sanitário no Brasil.
E a morte não é só de seres humanos. Em nome do lucro de poucos, são eliminados, com fogo, animais, plantas e ecossistemas inteiros. O Brasil de Bolsonaro é um assassino do clima e da natureza. Temos também um Apocalipse Ambiental.
Os quatro cavaleiros do Apocalipse são a Peste, a Morte, a Fome e a Guerra.
Três já cavalgam há muito com Bolsonaro.
Graças à indiferença e à incompetência de um governo sociopático, a Peste e a Morte fazem a festa entre nós, especialmente entre os mais pobres.
Rumamos céleres para 150 mil mortos, ante um presidente que ri da tragédia e recomenda o falso milagre da cloroquina. Há um Apocalipse Sanitário no Brasil.
E a morte não é só de seres humanos. Em nome do lucro de poucos, são eliminados, com fogo, animais, plantas e ecossistemas inteiros. O Brasil de Bolsonaro é um assassino do clima e da natureza. Temos também um Apocalipse Ambiental.
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