Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Fui a primeira presidente da Empresa Brasil de Comunicação - EBC, cumpri um mandato de quatro anos (2007-2011), período em que foram implantadas a empresa e a TV Pública nacional, a TV Brasil.
Ao longo daqueles quatro anos, a mídia comercial vigiou obsessivamente a TV Brasil em busca de sinais de "governismo" ou "chapabranquismo".
O Ministério Público também fiscalizou severamente a EBC, especialmente em momentos eleitorais, para evitar partidarismo na cobertura. Os canais públicos precisam ser mesmo fiscalizados. Não perseguidos.
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
Brasil só perde com alinhamento total aos EUA
Por Fernando Brito, em seu blog:
O Valor publica hoje o que deveria fazer muita gente repensar a ideia primária de que “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”, frase estúpida pronunciada por Juraci Magalhães, embaixador brasileiro nos Estados Unidos no início da ditadura militar de 1964.
Estamos comerciando menos com o país de Trump do que fazíamos com o país de Obama, voltando aos níveis de comércio de 2009, quando a economia estava deprimidíssima por conta de crise do subprime.
O Valor publica hoje o que deveria fazer muita gente repensar a ideia primária de que “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”, frase estúpida pronunciada por Juraci Magalhães, embaixador brasileiro nos Estados Unidos no início da ditadura militar de 1964.
Estamos comerciando menos com o país de Trump do que fazíamos com o país de Obama, voltando aos níveis de comércio de 2009, quando a economia estava deprimidíssima por conta de crise do subprime.
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
O peso da TV e das redes sociais nas eleições
Entrevista com Chico Malfitani, jornalista e publicitário com 35 anos de trabalho com marketing político. Comandou a histórica campanha que elegeu Luiza Erundina prefeita de São Paulo e hoje está na coordenação da campanha de televisão do candidato Guilherme Boulos
O contrato de vassalagem dos militares
Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:
Na verdade, é a insegurança generalizada e crescente
em que se debate, agoniada a humanidade de hoje,
o ópio venenoso que cria e alimenta estas hórridas visões,
capazes, entretanto, de se tornarem
uma realidade monstruosa.
Golbery do Couto e Silva - Conjuntura, Política Nacional, o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil
Nunca houve consenso ideológico dentro das Forças Armadas brasileiras, e sempre existiram militares que foram democratas, nacionalistas e comunistas. O mais famoso talvez tenha sido o capitão Luiz Carlos Prestes, que participou do “movimento tenentista” dos anos 20 e da “Revolta dos 18 do Forte” de Copacabana, e depois liderou – ao lado do Major Miguel Costa – a famosa Coluna que marchou pelo Brasil, durante 2 anos e 5 meses, antes de ser derrotada, defendendo a justiça social, a universalização do ensino gratuito e a adoção do voto secreto nas eleições brasileiras. E mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, houve muitos que se opuseram aos golpes de Estado de 1954, 55, 61 e 64, e que tiveram participação importante na luta pelo monopólio estatal do petróleo e pela criação da Petrobras. Mais do que isto, sempre houve militares que defenderam a centralidade do Estado no desenvolvimento econômico e a luta contra a desigualdade social do Brasil.
Na verdade, é a insegurança generalizada e crescente
em que se debate, agoniada a humanidade de hoje,
o ópio venenoso que cria e alimenta estas hórridas visões,
capazes, entretanto, de se tornarem
uma realidade monstruosa.
Golbery do Couto e Silva - Conjuntura, Política Nacional, o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil
Nunca houve consenso ideológico dentro das Forças Armadas brasileiras, e sempre existiram militares que foram democratas, nacionalistas e comunistas. O mais famoso talvez tenha sido o capitão Luiz Carlos Prestes, que participou do “movimento tenentista” dos anos 20 e da “Revolta dos 18 do Forte” de Copacabana, e depois liderou – ao lado do Major Miguel Costa – a famosa Coluna que marchou pelo Brasil, durante 2 anos e 5 meses, antes de ser derrotada, defendendo a justiça social, a universalização do ensino gratuito e a adoção do voto secreto nas eleições brasileiras. E mesmo depois da Segunda Guerra Mundial, houve muitos que se opuseram aos golpes de Estado de 1954, 55, 61 e 64, e que tiveram participação importante na luta pelo monopólio estatal do petróleo e pela criação da Petrobras. Mais do que isto, sempre houve militares que defenderam a centralidade do Estado no desenvolvimento econômico e a luta contra a desigualdade social do Brasil.
Combater a agenda de Guedes e Damares
Por Esther Solano, na revista CartaCapital:
Muita gente me pergunta se não deveríamos focar na luta pelas pautas materiais para derrotar Bolsonaro.
Se não seria a disputa por trabalho e renda dignos a estratégia para implodir o monstro no poder.
Sempre respondo a mesma coisa.
Talvez seja o caminho para derrotar Bolsonaro, mas me parece que não será o caminho para derrotar o bolsonarismo e as sequelas no médio e longo prazo que ele deixará na sociedade brasileira.
O bolsonarismo constrói-se na convergência, na conjunção das pautas neoliberal e neoconservadora.
Muita gente me pergunta se não deveríamos focar na luta pelas pautas materiais para derrotar Bolsonaro.
Se não seria a disputa por trabalho e renda dignos a estratégia para implodir o monstro no poder.
Sempre respondo a mesma coisa.
Talvez seja o caminho para derrotar Bolsonaro, mas me parece que não será o caminho para derrotar o bolsonarismo e as sequelas no médio e longo prazo que ele deixará na sociedade brasileira.
O bolsonarismo constrói-se na convergência, na conjunção das pautas neoliberal e neoconservadora.
O pavor da taxação das grandes fortunas
Por Jair de Souza
Precisamos nos lembrar que no final do ano passado, ainda bem antes de que a pandemia do coronavírus aparecesse no cenário, a situação econômica do Brasil se mostrava catastrófica. O índice de crescimento do PIB era irrisório, a desvalorização de nossa moeda tinha atingido patamares impensados e o desemprego havia se estendido a milhões e milhões de pessoas.
As tão badaladas reformas milagrosas, pregadas através da rede Globo e de toda a grande mídia corporativa, que garantiriam a retomada do crescimento tão logo o PT fosse afastado do governo serviram, na verdade, para acentuar ainda mais a estagnação de nossa economia.
Precisamos nos lembrar que no final do ano passado, ainda bem antes de que a pandemia do coronavírus aparecesse no cenário, a situação econômica do Brasil se mostrava catastrófica. O índice de crescimento do PIB era irrisório, a desvalorização de nossa moeda tinha atingido patamares impensados e o desemprego havia se estendido a milhões e milhões de pessoas.
As tão badaladas reformas milagrosas, pregadas através da rede Globo e de toda a grande mídia corporativa, que garantiriam a retomada do crescimento tão logo o PT fosse afastado do governo serviram, na verdade, para acentuar ainda mais a estagnação de nossa economia.
Eleições e esquerdas: Esperando Godot
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Qualquer que seja o ponto de vista da análise, forçoso é reconhecer: estamos diante do pior dos governos que já assolaram esta república. Pior mesmo que os governos dos generais Hermes da Fonseca e João Baptista Figueiredo (Este, por exemplo, teve como chanceler o embaixador Saraiva Guerreiro, que difere do atual como o homo sapiens difere de seu antecessor, o homem de Neanderthal). A diferença do governo do capitão ante os antecessores é que o desastre, desta feita, não se deve à inépcia de seus condutores, mas, ao contrário, resulta de uma franca e planejada opção: a de pôr por terra o projeto (que vem dos militares e civis de 1930) de desenvolver o país mediante sua industrialização. Isso porque, até para ter forças armadas dignas dessa denominação, precisávamos de desenvolvimento industrial, o que terminou por unir Getúlio Vargas e generais reacionários como Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra.
Qualquer que seja o ponto de vista da análise, forçoso é reconhecer: estamos diante do pior dos governos que já assolaram esta república. Pior mesmo que os governos dos generais Hermes da Fonseca e João Baptista Figueiredo (Este, por exemplo, teve como chanceler o embaixador Saraiva Guerreiro, que difere do atual como o homo sapiens difere de seu antecessor, o homem de Neanderthal). A diferença do governo do capitão ante os antecessores é que o desastre, desta feita, não se deve à inépcia de seus condutores, mas, ao contrário, resulta de uma franca e planejada opção: a de pôr por terra o projeto (que vem dos militares e civis de 1930) de desenvolver o país mediante sua industrialização. Isso porque, até para ter forças armadas dignas dessa denominação, precisávamos de desenvolvimento industrial, o que terminou por unir Getúlio Vargas e generais reacionários como Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Escândalo mundial: O PT aparelhou o FMI
Por Marcelo Zero
O marxismo cultural, essa ideologia nefasta idealizada por Gramsci, Marcuse, Adorno e outras mentes perversas, dá, cada vez mais, mostras de sua solerte capacidade de dominar outrora respeitáveis instituições multilaterais.
Com efeito, o atual plano diabólico dos comunistas de dominar o mundo pela conquista da superestrutura, plasmado no globalismo que enfraquece o Estado-Nação e destrói os valores cristãos, únicos valores legítimos da Humanidade, avança cruel e triunfantemente, tal qual um Átila Vermelho, um Gengis Khan leninista.
Prova cabal disso é o último relatório do FMI sobre as perspectivas da economia mundial, o World Economic Outlook de 2020, recentemente divulgado.
O marxismo cultural, essa ideologia nefasta idealizada por Gramsci, Marcuse, Adorno e outras mentes perversas, dá, cada vez mais, mostras de sua solerte capacidade de dominar outrora respeitáveis instituições multilaterais.
Com efeito, o atual plano diabólico dos comunistas de dominar o mundo pela conquista da superestrutura, plasmado no globalismo que enfraquece o Estado-Nação e destrói os valores cristãos, únicos valores legítimos da Humanidade, avança cruel e triunfantemente, tal qual um Átila Vermelho, um Gengis Khan leninista.
Prova cabal disso é o último relatório do FMI sobre as perspectivas da economia mundial, o World Economic Outlook de 2020, recentemente divulgado.
Eleição e a estratégia das esquerdas
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:
O início da campanha municipal aponta algumas tendências claras - que podem ter consequências em 2022.
1. A direita bolsonarista "pura" minguou. Isso em parte é resultado do giro feito pelo presidente da República - que, depois de ensaiar um golpe em maio, abandonou youtubers, extremistas de internet, astrólogos e terraplanistas; e fez a opção pelo Centrão.
O início da campanha municipal aponta algumas tendências claras - que podem ter consequências em 2022.
1. A direita bolsonarista "pura" minguou. Isso em parte é resultado do giro feito pelo presidente da República - que, depois de ensaiar um golpe em maio, abandonou youtubers, extremistas de internet, astrólogos e terraplanistas; e fez a opção pelo Centrão.
A única capital em que há um bolsonarista raiz com chances reais é Fortaleza.
De resto, Bolsonaro tenta se alinhar a políticos da direita tradicional (Russomano em São Paulo, Mendonça Filho no Recife, Crivella no Rio).
De resto, Bolsonaro tenta se alinhar a políticos da direita tradicional (Russomano em São Paulo, Mendonça Filho no Recife, Crivella no Rio).
Esforço redobrado pelos 600 reais
Por João Guilherme Vargas Netto
Há, persistente, uma contradição: todos exaltam o papel positivo do auxílio emergencial de 600 reais mas quase ninguém luta por seu pagamento até dezembro.
Com a exceção reconhecida das centrais sindicais que levantaram esta bandeira ainda no auge da pandemia e a mantém até hoje e de alguns deputados que a defenderam em suas redes sociais e em suas ações parlamentares, ninguém mais se empenhou com presteza e urgência para sua manutenção.
Caiu sobre o tema um espesso silêncio, às vezes disfarçado pela algaravia sobre um auxílio emergencial futuro. Mesmo o presidente da República (prestigiado pelo benefício) foi induzido a cortar pela metade seu valor desde já, o que lhe deve causar arrependimento – se é que pretende, como parece, buscar o caminho do eleitorado pobre e paupérrimo.
Há, persistente, uma contradição: todos exaltam o papel positivo do auxílio emergencial de 600 reais mas quase ninguém luta por seu pagamento até dezembro.
Com a exceção reconhecida das centrais sindicais que levantaram esta bandeira ainda no auge da pandemia e a mantém até hoje e de alguns deputados que a defenderam em suas redes sociais e em suas ações parlamentares, ninguém mais se empenhou com presteza e urgência para sua manutenção.
Caiu sobre o tema um espesso silêncio, às vezes disfarçado pela algaravia sobre um auxílio emergencial futuro. Mesmo o presidente da República (prestigiado pelo benefício) foi induzido a cortar pela metade seu valor desde já, o que lhe deve causar arrependimento – se é que pretende, como parece, buscar o caminho do eleitorado pobre e paupérrimo.
Bolsonaro cometeu 299 ataques ao jornalismo
Do site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj):
Apesar de ter aparentado uma “trégua” nos ataques sistemáticos à imprensa e a jornalistas nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao número de 299 declarações ofensivas ao jornalismo, de janeiro a setembro deste ano. O monitoramento é feito pela Fenaj e inclui todas as falas do presidente que vêm a público, incluindo postagens em redes sociais, lives, entrevistas e declarações oficiais.
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