terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A eleição e o período de derrota popular

Por Jeferson Miola, em seu blog:


1.

É preciso ir além da conjuntura eleitoral e emoldurar a análise da eleição municipal dentro deste que é um período histórico de profunda e brutal derrota popular no Brasil. A análise periodizada é uma chave para se apreender os elementos estruturais que contribuíram para mais um episódio eleitoral desfavorável à esquerda e ao campo progressista.

2.

Este período histórico se caracteriza pela derrota não só do campo progressista e popular, mas da democracia e do Estado de Direito. Esta derrota se iniciou no processo coordenado de desestabilização dos governos petistas e de conturbação do ambiente político a partir de 2012/2013, quando houve o julgamento midiático do chamado “mensalão” [2012] pelo STF e, na sequência, as “jornadas de junho” [2013] incensadas pela Globo.

A vitória soturna da mentira e do medo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


No sábado que precedeu o domingo eleitoral uma falsa pesquisa da Datafolha anunciava a vitória do candidato que fora encurralado e devastado, na noite anterior, por uma Manuela serena e segura das suas convicções, depois do maior tufão de mentiras, calúnias, impropriedades e ataques morais, jamais despejados -certamente por bases organizadas de criminosos, dentro e fora do país- contra qualquer candidato à Prefeitura de Porto Alegre, em toda a sua história. Esta eleição em Porto Alegre esgota a legitimidade das eleições democráticas na cidade e abre – caso Melo se associe a um destino bolsonarista que parece estar em andamento – um ciclo de perversões sem fim, em direção a uma ruptura sem volta, entre as forças políticas da cidade.

Desembargadora-fake é promovida. Absurdo!

Por Altamiro Borges


O Judiciário nativo realmente vive no Olimpo e é hermético à sociedade. Nesta segunda-feira (30), a patética desembargadora Marília de Castro Neves foi eleita para integrar o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ. O cargo é uma espécie de promoção. Um verdadeiro absurdo!

A desembargadora-fake, como também é chamada, concorreu como candidata única na vaga do Ministério Público ao colegiado. A asquerosa Marília de Castro Neves ficou famosa após acusar falsamente a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018, de ter vínculos com organizações criminosas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Universal tenta anular multa de R$ 50 milhões

Por Altamiro Borges

Em postagem no UOL na quinta-feira (26), Ricardo Feltrin revelou que o tucano Bruno Covas procurou os chefões da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) "para pedir apoio contra Guilherme Boulos na eleição de domingo (Celso Russomanno, candidato da igreja derrotado no 1º turno, já deu aval ao atual prefeito)".

O jornalista não informou se algo pecaminoso foi negociado, mas lembrou que a Iurd "está recorrendo de uma multa de R$ 50 milhões da Prefeitura de São Paulo, devido a supostos problemas de contaminação em área da igreja onde foi construído o Templo de Salomão".

Um balanço inicial do segundo turno

"Centrão" foi grande vencedor do 2º turno?

As eleições de 2020 e o futuro

O que esperar do governo de Bruno Covas?

O Brasil que emerge das eleições municipais

Bolsonaro abandona o 'pai da mentira' no RJ

A violência política está em alta

Projeto para discutir o Brasil pós-Bolsonaro

domingo, 29 de novembro de 2020

Um balanço inicial do 2º turno das eleições

Por Altamiro Borges

A mídia hegemônica solta rojões e afirma que o segundo turno das eleições municipais confirmou "a derrota dos extremos, de Bolsonaro e da esquerda". Na Globo News, os comentaristas não escondem os sentimentos de alegria – só falta um Guga Chacra chorando como no pleito ianque. Será que o resultado foi esse mesmo?

Quanto a Jair Bolsonaro, o fascista que foi chocado pela própria mídia, o resultado foi mesmo um fiasco no seu primeiro teste como presidente. Os candidatos que receberam seu apoio direto foram derrotados. Alguns até esconderam o "capetão" na campanha. A eleição tornou o frágil presidente um refém dos profissionais do DEM e do "Centrão", que cresceram no pleito.


O genocida Bolsonaro é aliado da Covid-19

Por Altamiro Borges

O "capetão" Bolsonaro é, de fato, o maior aliado da Covid-19. Nesta quinta-feira (26), contrariando todas as orientações da área de saúde no mundo e no Brasil, o genocida disse em mais uma de suas “lives” macabras que o uso de máscaras é "o último tabu a cair" em relação às medidas para conter o avanço do coronavírus.

Além de sabotar o uso das máscaras, o garoto-propaganda voltou a defender a hidroxicloroquina – remédio sem comprovação científica no combate ao vírus. Metido a médico, o maluco negou que esse medicamento cause problemas cardíacos, o que já foi confirmado por inúmeros estudos no exterior e mesmo no Brasil.

Endemoniado, Crivella ataca Doria e Paes

Um patife sem máscara

Por Fernando Brito, em seu blog:

O Brasil tem um patife como presidente, não há mais palavras que, sem ferir o decoro ou o Código Penal sirvam para definir o covarde e desqualificado que ocupa o Planalto.

Depois de prescrever, como charlatão que é, mezinhas e poções contra a Covid 19, Bolsonaro, em sua maldita live, em meio a um monte de asneiras, investiu contra a única e mísera arma que temos para evitar que o morticínio seja ao menos, contido nas alturas em que está: a máscara.

“A questão da máscara, não vou falar muito porque ainda vai ter um estudo sério falando da efetividade da máscara, se ela protege 100%, 80%, 90%, 10%, 4% ou 1%. Vai chegar esse estudo. Acho que falta apenas o último tabu a cair”.

Uma outra agenda econômica é possível

Do site Brasil Debate:


Trinta e quatro economistas e pesquisadores, sob coordenação de Esther Dweck, Pedro Rossi e Ana Luíza Matos de Oliveira – respectivamente colaboradora, coordenador do conselho editorial e coeditora do Brasil Debate – assinam os textos de “Economia pós-pandemia: desmontando os mitos da austeridade fiscal e construindo um novo paradigma econômico no Brasil”. O livro pretende ser uma contribuição ao debate público brasileiro em temas como a agenda de reformas estruturais, o orçamento de 2021, o aumento da dívida pública e a necessidade de fortalecer os programas sociais.

E depois das eleições do domingo?

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:


1. Uma eleição e dois fenômenos

Dois fatos de relevância e raridade marcaram as eleições de 2020 – e têm potência para se impor, qualquer que seja o resultado final do próximo domingo. O governo Bolsonaro foi derrotado em quase todas as cidades em que o presidente posicionou-se. Das 27 capitais, restam-lhe chances em Fortaleza (quase nulas) e Belém. A agenda de ultradireita, que teve forte impacto eleitoral em 2018 – quando elegeu “azarões” grotescos como Wilson Witzel (RJ) e Romeu Zema (MG) – desgastou-se e perdeu tração. E embora numericamente o Centrão e os partidos da direita tradicional (PSDB, DEM e MDB) tenham elegido mais prefeitos, a segunda novidade é outra. Emergiu uma Esquerda Plural. Candidatos como Guilherme Boulos, Manuela D’Ávila, Marília Arraes e Edmilson Rodrigues mostraram, apesar de suas diferenças pontuais, que as lógicas da solidariedade, da justiça social, da redistribuição de riquezas e da construção do Comum podem ter grande apelo popular. Suas campanhas, além disso, refrescaram-se. Livraram-se do ar pesado de institucionalidade e marketismo que prevalecia ao menos desde a primeira eleição de Dilma. Voltaram a atrair a juventude e os artistas. Abriram diálogo com os movimentos sociais.

Drama das demissões nos bancos na pandemia

Charge: Marcio Baraldi
Por Paulo Donizetti de Souza, na Rede Brasil Atual:


A saúde financeira do sistema bancário parece ter sido uma das poucas a não sofrer grandes abalos após oito meses de pandemia da covid-19 no país. A economia brasileira começou o ano com registro de “pibinho” por falta de ações do governo pela recuperação da economia. De março para cá, a situação só se agravou. O tombo previsto para o PIB no ano é superior a 5%. Empresas perderam negócios e trabalhadores perderam empregos. O desemprego explodiu, para mais de 14%. Com medo da inadimplência, os três maiores bancos do país aumentaram suas provisões. Por isso, o lucro líquido alcançado por Bradesco, Itaú e Santander entre janeiro e setembro deste ano foi de “apenas” R$ 34 bilhões. Apesar da saúde sólida, as demissões nos bancos não pararam de ocorrer.

As três tendências do segundo turno

Editorial do site Vermelho:


O segundo turno das eleições municipais deste ano são uma importante oportunidade para impor mais derrotas ao bolsonarismo. São 57 cidades, sendo 18 capitais, número que corresponde a 60% do total de 95 municípios com mais de 200 mil eleitores, o limite mínimo para uma segunda rodada de votação. Pelo peso eleitoral e econômico, os resultados nesses centros urbanos irão incidir sobre o resultado do primeiro turno, modelando o cômputo geral do pleito.