segunda-feira, 1 de março de 2021
Malafaia, Valdemiro e os "pastores" da Covid
Por Altamiro Borges
Na sexta-feira (26), o Ministério Público do Paraná notificou a Assembleia de Deus Vitória em Cristo de Curitiba um dia após o "pastor" Silas Malafaia promover um culto na cidade. No pedido, o promotor Marcelo Maggio pediu explicações à igreja sobre a aglomeração de pessoas no evento religioso.
Irritado, o pastor bolsonarista – carinhosamente apelidado de “Silas Malacheia” – exibiu a notificação nas redes sociais e atacou a decisão do MPF, dizendo-se perseguido. Ele alegou que o local tem 3,4 mil lugares, mas que "apenas" 1,2 mil participaram do culto, seguindo todas as normas sanitárias baixadas pela prefeitura.
Na sexta-feira (26), o Ministério Público do Paraná notificou a Assembleia de Deus Vitória em Cristo de Curitiba um dia após o "pastor" Silas Malafaia promover um culto na cidade. No pedido, o promotor Marcelo Maggio pediu explicações à igreja sobre a aglomeração de pessoas no evento religioso.
Irritado, o pastor bolsonarista – carinhosamente apelidado de “Silas Malacheia” – exibiu a notificação nas redes sociais e atacou a decisão do MPF, dizendo-se perseguido. Ele alegou que o local tem 3,4 mil lugares, mas que "apenas" 1,2 mil participaram do culto, seguindo todas as normas sanitárias baixadas pela prefeitura.
Desemprego na Covid supera todos as recordes
Por Altamiro Borges
Com base em pesquisas antigas e recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a consultoria iDados concluiu um estudo que mostra que o Brasil encerrou 2020 com a pior média de desemprego da sua história. No ano do novo coronavírus, os números do desastre superam até os anos isolados da recessão econômica de 2014-2016.
Segundo o IBGE, o desemprego médio atingiu 13,4 milhões de pessoas em 2020, ano do início da pandemia da Covid-19. A taxa de desocupação ficou em 13,5%. O percentual é o maior em toda a série histórica da Pnad-Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), iniciada em 2012.
Com base em pesquisas antigas e recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a consultoria iDados concluiu um estudo que mostra que o Brasil encerrou 2020 com a pior média de desemprego da sua história. No ano do novo coronavírus, os números do desastre superam até os anos isolados da recessão econômica de 2014-2016.
Segundo o IBGE, o desemprego médio atingiu 13,4 milhões de pessoas em 2020, ano do início da pandemia da Covid-19. A taxa de desocupação ficou em 13,5%. O percentual é o maior em toda a série histórica da Pnad-Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), iniciada em 2012.
domingo, 28 de fevereiro de 2021
Estadão pede urgência na CPI da Covid-19
Por Altamiro Borges
Em duro editorial publicado no sábado (27), o jornal Estadão cobrou "a urgência da CPI da pandemia”. A mídia privada – que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista que elegeu Bolsonaro e é corresponsável pela atual tragédia brasileira – bem que podia seguir o exemplo do diário paulista e fazer uma campanha nacional pela CPI da Covid-19 para conter o genocida.
No texto, o jornalão lembra que "sobre a mesa de trabalho do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), está o pedido de instalação de uma CPI para investigar as ações e omissões do governo federal na condução da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus".
Em duro editorial publicado no sábado (27), o jornal Estadão cobrou "a urgência da CPI da pandemia”. A mídia privada – que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista que elegeu Bolsonaro e é corresponsável pela atual tragédia brasileira – bem que podia seguir o exemplo do diário paulista e fazer uma campanha nacional pela CPI da Covid-19 para conter o genocida.
No texto, o jornalão lembra que "sobre a mesa de trabalho do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), está o pedido de instalação de uma CPI para investigar as ações e omissões do governo federal na condução da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus".
Embaixador detona “genocídio” de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
O embaixador Paulo Roberto de Almeida, de 71 anos, está cansado das atrocidades do laranjal de Jair Bolsonaro, que repercutem negativamente no mundo inteiro. Na sexta-feira (26), o diplomata postou em seu Twitter duras críticas ao presidente diante do aumento assustador das mortes pela Covid-19:
“Não há mais nada a dizer sobre o estado de sanidade mental do monstro que se disfarça de presidente para devastar a nação e assassinar brasileiros. Mas, e o estado de sanidade mental dos que o cercam? Vão continuar participando do genocídio? Vão continuar servindo ao psicopata?”.
OMS alerta para a tragédia da Covid no Brasil
Por Altamiro Borges
Em entrevista nesta sexta-feira (26), o diretor de operações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, tratou como "tragédia" a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil. "Muitas regiões sofreram prolongados períodos de intensa transmissão... Tem sido muito duro para os brasileiros, em geral".
"Infelizmente, é uma tragédia que o país esteja sofrendo isso de novo", lamentou o diretor da OMS. Para ele, trata-se da quarta vez que uma onda de crescimento dos contágios e mortes ocorre no país. "Isso é muito duro e precisamos mostrar solidariedade com o Brasil, fornecendo ajuda onde precisarem".
Em entrevista nesta sexta-feira (26), o diretor de operações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, tratou como "tragédia" a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil. "Muitas regiões sofreram prolongados períodos de intensa transmissão... Tem sido muito duro para os brasileiros, em geral".
"Infelizmente, é uma tragédia que o país esteja sofrendo isso de novo", lamentou o diretor da OMS. Para ele, trata-se da quarta vez que uma onda de crescimento dos contágios e mortes ocorre no país. "Isso é muito duro e precisamos mostrar solidariedade com o Brasil, fornecendo ajuda onde precisarem".
O lugar da universidade brasileira
Por Marilena Chaui, no site A terra é redonda:
“E daí? Não sou coveiro”. Tomo essa declaração como emblema do que pretendo lhes dizer hoje.
“E daí? Não sou coveiro”. Tomo essa declaração como emblema do que pretendo lhes dizer hoje.
1.
Inimigo da tirania, o filósofo Montaigne escreveu um ensaio intitulado “A covardia é a mãe da crueldade”. A covardia, explica o filósofo, nasce do medo do outro que, por isso, deve ser eliminado de maneira feroz. O covarde é impulsionado pelo temor de que o outro, sendo melhor do que ele e corajoso, possa vence-lo e por isso é preciso extermina-lo, seja fisicamente, seja moralmente, seja politicamente. O cruel é um mentiroso porque se apresenta com a máscara da coragem quando, na verdade, habitado pelo medo, é movido pela cólera e não há nada pior para uma sociedade do que um governante cruel e colérico, pois não julga segundo a lei e sim segundo seu medo.
Inimigo da tirania, o filósofo Montaigne escreveu um ensaio intitulado “A covardia é a mãe da crueldade”. A covardia, explica o filósofo, nasce do medo do outro que, por isso, deve ser eliminado de maneira feroz. O covarde é impulsionado pelo temor de que o outro, sendo melhor do que ele e corajoso, possa vence-lo e por isso é preciso extermina-lo, seja fisicamente, seja moralmente, seja politicamente. O cruel é um mentiroso porque se apresenta com a máscara da coragem quando, na verdade, habitado pelo medo, é movido pela cólera e não há nada pior para uma sociedade do que um governante cruel e colérico, pois não julga segundo a lei e sim segundo seu medo.
Brasil à beira do colapso do sistema de saúde
Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:
Em relação ao número de infectados, o Brasil soma 10.455.630, com acréscimo de 65.169 no último período. A curva epidemiológica de contágio mantém-se em nível mais elevado do que na primeira onda de impacto da covid-19, registrada entre junho e setembro. Enquanto isso o país permanece sem ações em âmbito federal para controle da doença. E também vacina em ritmo muito lento.
O Brasil registrou 1.337 mortos pela covid-19 nas últimas 24 horas. A semana se encaminha para ser a de maior número de vítimas do novo coronavírus desde o primeiro contágio no país, no final de fevereiro de 2020. O vírus segue com disseminação fora de controle levando o Brasil ao colapso do sistema de saúde. A média móvel diária de mortes, calculada em sete dias, está em seu patamar mais alto: 1.153.
Em relação ao número de infectados, o Brasil soma 10.455.630, com acréscimo de 65.169 no último período. A curva epidemiológica de contágio mantém-se em nível mais elevado do que na primeira onda de impacto da covid-19, registrada entre junho e setembro. Enquanto isso o país permanece sem ações em âmbito federal para controle da doença. E também vacina em ritmo muito lento.
A espetacularização da MP da Eletrobras
Editorial do site Vermelho:
Um dia depois de evocar o lema nacionalista “O Petróleo é Nosso” para justificar sua atabalhoada intercessão na Petrobras, Jair Bolsonaro declarou que seu governo quer “enxugar o Estado”. Expressão dessa reviravolta foi a medida provisória (MP) que visa acelerar a privatização do sistema Eletrobras – a proposta foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e apresentada pelo próprio presidente ao Congresso Nacional na noite desta terça-feira(23).
Um dia depois de evocar o lema nacionalista “O Petróleo é Nosso” para justificar sua atabalhoada intercessão na Petrobras, Jair Bolsonaro declarou que seu governo quer “enxugar o Estado”. Expressão dessa reviravolta foi a medida provisória (MP) que visa acelerar a privatização do sistema Eletrobras – a proposta foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e apresentada pelo próprio presidente ao Congresso Nacional na noite desta terça-feira(23).
STF, cúpula militar e o governo ilegítimo
Por Jeferson Miola, em seu blog:
No início de abril de 2018, a despeito do bombardeio semiótico promovido implacavelmente durante anos a fio pelo consórcio Globo-Lava Jato para criminalizar Lula, a unanimidade dos institutos de pesquisa prognosticava a vitória do ex-presidente já no 1º turno da eleição presidencial de outubro.
Ficava claro que apesar do longo e metódico processo de devastação da reputação e da imagem do Lula, não haviam conseguido inviabilizá-lo eleitoralmente.
Àquelas alturas, diante da certeza de que seria impossível derrotá-lo pela via eleitoral, decidiram então acelerar o arbítrio contra ele.
No início de abril de 2018, a despeito do bombardeio semiótico promovido implacavelmente durante anos a fio pelo consórcio Globo-Lava Jato para criminalizar Lula, a unanimidade dos institutos de pesquisa prognosticava a vitória do ex-presidente já no 1º turno da eleição presidencial de outubro.
Ficava claro que apesar do longo e metódico processo de devastação da reputação e da imagem do Lula, não haviam conseguido inviabilizá-lo eleitoralmente.
Àquelas alturas, diante da certeza de que seria impossível derrotá-lo pela via eleitoral, decidiram então acelerar o arbítrio contra ele.
A partir daí, a identidade estratégica entre a Lava Jato e a cúpula militar em torno do projeto antipetista de poder, que transcorria com paralelismo de ação, mas com convergência de propósitos, se cruza numa intersecção política que passou a ser sincronizada e coordenada.
Receita simples para restaurar a democracia
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
É impossível que alguém normal esteja satisfeito com o Brasil. Excluídos, é claro, oportunistas e picaretas, como o núcleo bolsonarista e os pelotões de brucutus, que se dão bem no horror em que os demais vivemos.
No espaço de dois anos, retrocedemos em praticamente tudo, o suficiente para deixarmos de ser um país simpático aos olhos do mundo e nos tornarmos párias, assolados pela doença e a miséria.
Só há uma saída, com a qual todos capazes de enxergar um palmo à frente do nariz deveriam concordar: independentemente do que cada um quer, independente de preferências por candidatos, o Brasil precisa fazer uma eleição de verdade em 2022.
Sem milicos metendo a mão, sem juízes achando que devem guiar o povo, sem empresários pagando para ter o presidente, sem bispos leiloando seus rebanhos.
Sem artimanhas e mentiradas que desvirtuem o processo de escolha, sem manchetes fabricadas na última hora. Uma eleição que respeite o direito do povo votar em quem quiser.
É impossível que alguém normal esteja satisfeito com o Brasil. Excluídos, é claro, oportunistas e picaretas, como o núcleo bolsonarista e os pelotões de brucutus, que se dão bem no horror em que os demais vivemos.
No espaço de dois anos, retrocedemos em praticamente tudo, o suficiente para deixarmos de ser um país simpático aos olhos do mundo e nos tornarmos párias, assolados pela doença e a miséria.
Só há uma saída, com a qual todos capazes de enxergar um palmo à frente do nariz deveriam concordar: independentemente do que cada um quer, independente de preferências por candidatos, o Brasil precisa fazer uma eleição de verdade em 2022.
Sem milicos metendo a mão, sem juízes achando que devem guiar o povo, sem empresários pagando para ter o presidente, sem bispos leiloando seus rebanhos.
Sem artimanhas e mentiradas que desvirtuem o processo de escolha, sem manchetes fabricadas na última hora. Uma eleição que respeite o direito do povo votar em quem quiser.
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