Por Altamiro Borges
Eleito na imbecilizante onda bolsonarista, o outsider Wilson Witzel esbanjou arrogância no comando do Rio de Janeiro. Ele parecia querer ser mais fascista do que seu criador, dançando diante dos mortos e esbravejando que daria "tiros na cabecinha" dos bandidos. O vaidoso oportunista, porém, não durou muito tempo.
Nesta sexta-feira (30), um Tribunal Especial Misto – composto por magistrados e deputados – aprovou por unanimidade o impeachment do governador. Foram dez votos a favor da cassação do mandato – um baita "tiro na cabecinha", sem dó nem piedade. O tribunal também decidiu proibir Wilson Witzel de exercer quaisquer funções públicas por cinco anos.
domingo, 2 de maio de 2021
A estratégia do governo para sabotar a CPI
Por Bepe Damasco, em seu blog:
1) Soltar os cães hidrófobos que defendem o genocida nas redes sociais em cima dos senadores oposicionistas e independentes que compõem a comissão, a fim de intimidá-los.
2) Recorrer ao STF sistematicamente, mesmo sabendo que dará com os burros n’água, a exemplo da tentativa de impedir que o senador Renan Calheiros assumisse a relatoria. A ideia é ganhar tempo e cavar algumas manchetes na mídia.
3) Desviar o foco das investigações para governadores e prefeitos, disparando falsas acusações acerca de desvios de recursos federais. Não que irregularidades deste tipo não tenham ocorrido, mas elas estão longe, muito longe, de terem papel central na “carnificina humanitária”, que é como o jornal francês Le Monde se refere à tragédia brasileira.
1) Soltar os cães hidrófobos que defendem o genocida nas redes sociais em cima dos senadores oposicionistas e independentes que compõem a comissão, a fim de intimidá-los.
2) Recorrer ao STF sistematicamente, mesmo sabendo que dará com os burros n’água, a exemplo da tentativa de impedir que o senador Renan Calheiros assumisse a relatoria. A ideia é ganhar tempo e cavar algumas manchetes na mídia.
3) Desviar o foco das investigações para governadores e prefeitos, disparando falsas acusações acerca de desvios de recursos federais. Não que irregularidades deste tipo não tenham ocorrido, mas elas estão longe, muito longe, de terem papel central na “carnificina humanitária”, que é como o jornal francês Le Monde se refere à tragédia brasileira.
CPI vai custar muito para Bolsonaro
Por Fernando Brito, em seu blog:
A Folha deu manchete a declarações do senador Ciro Nogueira (PP-PI) a banqueiros, num encontro com banqueiros e outros empresários, em São Paulo, de que ” a CPI da Covid não vai dar em nada para o presidente Jair Bolsonaro“, como informa Mônica Bergamo.
Se ele se refere a impeachment, tem razão, porque o banditismo que se formou na Câmara sob o comando do truculento Arthur Lira, bloqueará todo e qualquer processo de impedimento do atual presidente, ainda que a pandemia alcance aqui níveis indianos.
Mas, política e eleitoralmente não só “vai dar” como “já está dando” e em muito.
A Folha deu manchete a declarações do senador Ciro Nogueira (PP-PI) a banqueiros, num encontro com banqueiros e outros empresários, em São Paulo, de que ” a CPI da Covid não vai dar em nada para o presidente Jair Bolsonaro“, como informa Mônica Bergamo.
Se ele se refere a impeachment, tem razão, porque o banditismo que se formou na Câmara sob o comando do truculento Arthur Lira, bloqueará todo e qualquer processo de impedimento do atual presidente, ainda que a pandemia alcance aqui níveis indianos.
Mas, política e eleitoralmente não só “vai dar” como “já está dando” e em muito.
As sanções norte-americanas à Rússia
Por José Luís Fiori, no site A terra é redonda:
Veto americano ao gasoduto do Báltico: imperativo geopolítico e concorrência capitalista.
Segundo Halford Mackinder, “quem controla o ‘coração do mundo’ comanda a ‘ilha do mundo’, e quem controla a ‘ilha do mundo’ comanda o mundo”. A ‘ilha do mundo’ seria o continente eurasiano, e seu coração estaria situado – mais ou menos – entre o mar Báltico e o Mar Negro, e entre Berlim e Moscou.
(J. L. Fiori. A geopolítica anglo-americana. In: História, Estratégia e Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 141).
Veto americano ao gasoduto do Báltico: imperativo geopolítico e concorrência capitalista.
Segundo Halford Mackinder, “quem controla o ‘coração do mundo’ comanda a ‘ilha do mundo’, e quem controla a ‘ilha do mundo’ comanda o mundo”. A ‘ilha do mundo’ seria o continente eurasiano, e seu coração estaria situado – mais ou menos – entre o mar Báltico e o Mar Negro, e entre Berlim e Moscou.
(J. L. Fiori. A geopolítica anglo-americana. In: História, Estratégia e Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 2014, p. 141).
Uma injustiça contra Paulo Guedes
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:
Paulo Guedes, o ex-funcionário de Augusto Pinochet que tem no currículo brasileiro um e apenas um destaque – sua bem sucedida atuação como especulador no mercado financeiro – disse que os que o acusam por ter dito que qualquer filho de porteiro com zero no vestibular entra em universidade estão querendo “criar um monstro” às custas do Estado.
Uma injustiça, disse ele.
E concordo plenamente, apesar de ter dado prova inconteste de sua ignorância radical: há, sim, nota mínima para ser aprovado em vestibular.
Paulo Guedes, o ex-funcionário de Augusto Pinochet que tem no currículo brasileiro um e apenas um destaque – sua bem sucedida atuação como especulador no mercado financeiro – disse que os que o acusam por ter dito que qualquer filho de porteiro com zero no vestibular entra em universidade estão querendo “criar um monstro” às custas do Estado.
Uma injustiça, disse ele.
E concordo plenamente, apesar de ter dado prova inconteste de sua ignorância radical: há, sim, nota mínima para ser aprovado em vestibular.
O sindicalismo que investe na inovação
Por Clemente Ganz Lúcio
Cresce a sensação e se expande a consciência entre dirigentes, militantes e assessores sindicais de que há necessidade de o sindicalismo promover profundas mudanças, no Brasil e no mundo. Essa percepção, algumas vezes vem acompanhada de certo imobilismo decorrente da complexidade dos fenômenos em curso, da extensão dos ataques recebidos e da perplexidade diante da agenda regressiva em termos de direitos, proteção social e laboral. Há múltiplos processos disruptivos na base do sistema produtivo, nas relações sociais de produção e na propriedade do capital. A dominância da lógica financeira sobre as formas de geração de riqueza e renda, sobre o papel do Estado, sobre o sentido da liberdade, da igualdade e da solidariedade impactam todos os acordos e contratos sociais realizados nas últimas décadas, em especial no pós-Segunda Guerra.
Cresce a sensação e se expande a consciência entre dirigentes, militantes e assessores sindicais de que há necessidade de o sindicalismo promover profundas mudanças, no Brasil e no mundo. Essa percepção, algumas vezes vem acompanhada de certo imobilismo decorrente da complexidade dos fenômenos em curso, da extensão dos ataques recebidos e da perplexidade diante da agenda regressiva em termos de direitos, proteção social e laboral. Há múltiplos processos disruptivos na base do sistema produtivo, nas relações sociais de produção e na propriedade do capital. A dominância da lógica financeira sobre as formas de geração de riqueza e renda, sobre o papel do Estado, sobre o sentido da liberdade, da igualdade e da solidariedade impactam todos os acordos e contratos sociais realizados nas últimas décadas, em especial no pós-Segunda Guerra.
sábado, 1 de maio de 2021
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