quinta-feira, 3 de junho de 2021

Dupla lição para os políticos

Reeleitura de Tarsila do Amaral por Cristiano Siqueira
Por João Guilherme Vargas Netto


Aqui no Brasil o bom senso das direções sindicais corrigiu, muitas vezes, o sectarismo, o voluntarismo e a passividade das direções partidárias de esquerda.

Isto ocorreu na história do Partidão (mesmo na clandestinidade) e aconteceu também na história do PT.

Atribuo isto à relação mais próxima e permanente da direção sindical com a base dos trabalhadores e os ativistas sindicais.

Nos partidos políticos os dirigentes e os candidatos aproximam-se do povo nos momentos eleitorais e dele se afastam passadas as eleições; ocupam-se de outras tarefas e, até mesmo o sucesso eleitoral os distancia dele.

Na vida sindical a eleição é apenas um dos acontecimentos e tem o mesmo peso de uma greve, de uma assembleia, de uma campanha salarial vitoriosa.

Só a pressão popular enterrará o bolsonarismo

Por Roberto Amaral, no seu blog:


Consideram-se justas e consequentes as linhas políticas, e as palavras de ordem delas decorrentes, na medida em que atendem ao dado momento do processo social; este, por definição, é um movimento, um fazer-se e refazer-se, como as ondas do mar, que nunca são as mesmas. Não há, pois, coerência tática quando mantemos vigentes palavras de ordem, que, embora originalmente corretas, se apresentam num determinado momento como inadequadas em face do quadro de realidade mutante. Por consequência, não deve ser vista como contraditória ou incoerente, por si, a mudança de linha cuja correção atende a exigência de uma nova realidade política. Contrariamente, não mudar, em tal caso, equivaleria a confundir a forma com o conteúdo, a aparência com o real, ter o hábito pelo monge. A coerência que a História reclama não é de ordem formal, estática, posto que diz respeito à fidelidade de objetivos (e eficiência de meios), a interdependência entre princípios e fins. Em síntese: se muda a conjuntura, necessariamente há de mudar o caráter e o modus da intervenção do sujeito social.

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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Bolsonaro gasta R$ 18,5 milhões com viagens

Por Altamiro Borges

O jornalista Guilherme Amado, que deixou a revista Época e estreou na semana passada sua coluna no site Metrópoles, revelou nesta segunda-feira (31) que, em pleno ano da pandemia da Covid-19, "o Palácio do Planalto gastou pelo menos R$ 18,5 milhões com viagens de Jair Bolsonaro no cartão corporativo".

Foram 101 viagens, uma média de duas por semana. Nesses passeios, "Jair Bolsonaro gerou aglomerações e não usou máscara em seus deslocamentos. O destino mais caro, entre março de 2020 e março de 2021, foi para o Guarujá (SP), onde passou o recesso de fim de 2020 com aglomerações na praia".

A surpresa do PIB num país em ruínas

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:


Agora é oficial. As estimativas mais otimistas relativamente ao desempenho da economia brasileira ao longo do primeiro trimestre deste ano foram confirmadas. Os números apresentados pelo IBGE apontam para um crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com o trimestre imediatamente anterior. A partir dessa informação, passam a ser aguardadas as expectativas para o comportamento das atividades econômicos para o conjunto do ano 2021. Alguns bancos e consultorias econômicas já começam a trabalhar com cenários de 4% ou mesmo 5% de aumento do PIB.

A pobreza do PIB de Bolsonaro e Guedes

Editorial do site Vermelho:


O crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses de 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não é motivo para comemoração. O governo Bolsonaro tenta apresentá-lo como “recuperação forte”, inclusive nivelando com o índice anterior à pandemia, que, por sinal já era baixo.

O fato é que, desde então, houve um enorme crescimento da pobreza, aumentou a desigualdade social em níveis anteriores ao início deste século, o desemprego está em patamares elevadíssimos e há uma enorme quebradeira de empresas. A recuperação, portanto, não atende às necessidades do país. Esse é mais um pequeno crescimento, depois das quedas registradas no ano passado, de 2,2% no primeiro trimestre e de 9,2% no segundo trimestre.

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