terça-feira, 22 de junho de 2021

Investimento estrangeiro despenca no Brasil

Por Altamiro Borges


A revista Exame – dedicada à cloaca burguesa, que bancou e segue sustentando o fascista Jair Bolsonaro – publicou nessa segunda-feira (21) que "o Brasil foi o país da América Latina que teve a maior queda de investimentos estrangeiros em 2020". A pandemia da Covid-19 não explica totalmente a drástica retração do Investimento Estrangeiro Direto (IED).

Apesar de seguir “passando a boiada” para os empresários ávidos por lucros e sem escrúpulos, parece que o capital externo já desconfia de uma tragédia no Brasil – com o morticínio causado pelo genocida, a devastação ambiental sem controle e o risco de conflagrações políticas. Estes fatores, entre outros, ajudariam a explicar a redução da grana externa.

A juventude é só lacração?

Aos berros, Bolsonaro ataca jornalista

Impactos da Lava-Jato para o povo brasileiro

Bolsonaro não tem força para o golpe

500 mil vidas: a história cobrará respostas

Por Jandira Feghali, na revista CartaCapital:


Dores, orfandades, impotências, amores perdidos, gestantes morrendo com seus filhos no ventre, histórias interrompidas cada vez mais cedo, deixando famílias dilaceradas. São muitos outros cenários ainda que formam o atual retrato de perdas imensuráveis. Não preciso descrever todos porque são vistos diariamente nas telas, nas redes e nos impressos.

A questão é repetir a pergunta: por que chegamos neste lugar, onde, em números oficiais, mais de 500 mil pessoas tiveram suas vidas perdidas por infecção do coronavírus nesta pandemia, fazendo do Brasil o 2º país em número absoluto de mortes?

Bolsonaro perdeu a confiança

Por Moisés Mendes, no site Brasil-247:


Dizer que Bolsonaro perdeu o controle, como os jornais disseram depois do ataque de nervos do sujeito nessa segunda-feira, é uma redundância.

Bolsonaro está permanentemente descontrolado e sob ataque de nervos.

O que Bolsonaro perdeu foi a confiança.

Bolsonaro não atacou a imprensa na entrevista de improviso em Guaratinguetá porque desejava mandar mais um recado à Globo.

É mais grave.

Bolsonaro está pedindo socorro, sem saber direito a quem.

O sujeito sentiu o abalo de dois fatos que o fragilizaram mais do que os estragos da CPI do Genocídio.

Governo militar e o morticínio de brasileiros

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Mesmo considerando dados oficiais subnotificados, o morticínio por Covid no Brasil superou meio milhão de brasileiros. E com viés de alta, como indica a média diária ao redor de 2 mil óbitos.

O Brasil avança para ser ter a maior mortandade em todo planeta. Em que pese representar 2,7% da população planetária, o país responde por 12,9% do total de perdas humanas no mundo – atrás, temporariamente, apenas dos EUA neste ranking tétrico.

As perspectivas poderão ser ainda mais assombrosas. O Plano de Imunização é marcado por incertezas e atrasos devidos ao descalabro do governo militar, que sabotou a compra de vacinas e de insumos para a produção nacional de imunizantes.

Nota oficial da ABI: Renuncie, Presidente!

Do site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI):

Descontrolado, perturbado, louco, exaltado, irritadiço, irascível, amalucado, alucinado, desvairado, enlouquecido, tresloucado. Qualquer uma destas expressões poderia ser usada para classificar o comportamento do presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, insultando jornalistas da TV Globo e da CNN.

Com seu destempero, Bolsonaro mostrou ter sentido profundamente o golpe representado pelas manifestações do último sábado. Elas desnudaram o crescente isolamento de seu governo.

Que o presidente nunca apreciou uma imprensa livre e crítica, é mais do que sabido. Mas, a cada dia, ele vai subindo o tom perigosamente. Pouco falta para que agrida fisicamente algum jornalista.

Seu comportamento chega a enfraquecer o movimento antimanicomial – movimento progressista e com conteúdo profundamente humanitário. Já há quem se pergunte como um cidadão com tamanho desequilíbrio pode andar por aí pelas ruas.

EUA já não impõem seus desígnios à China

Ilustração: Chen Xia/GT
Por Jair de Souza

Os Estados Unidos acabam de lançar um ultimatum à China para que franqueie a seus agentes de espionagem o acesso a todos os seus dados relacionados com o aparecimento do vírus da covid-19, sob pena de sofrer fortes represálias. Os chineses responderam deixando claro que vão retrucar com igual ou maior violência às tentativas de ingerência inamistosa por parte dos Estados Unidos.

Até pouco tempo atrás, as ameaças de sanções feitas pelos representantes do imperialismo estadunidense tinham o poder de intimidar e encurralar a seus países desafetos, por maiores que estes fossem. Para fazer valer seus pontos de vista em detrimento do que aspiravam os demais, além de sua enorme superioridade militar, os Estados Unidos contavam com a força incomparável e a pujança de sua economia. Sim, assim eram de fato as coisas até recentemente.

A ignorância e a estupidez não são eternas

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


Em um conhecido livro de literatura infantil está o relato sobre o “Pequeno Príncipe” (Saint-Exupéry, 1943), que chegou a um diminuto planeta, onde habitava um “faroleiro”, que cuidava de um farol a ser aceso quando caía a noite. Embora a rotação do pequeno planeta – nos últimos tempos – tivesse aumentado “vertiginosamente”, passando da noite para dia “em breves instantes, as regras para acendê-lo e apagá-lo”, queixava-se o faroleiro, “continuavam as mesmas”.

A realidade material mudava, portanto, mas as normas que o faroleiro deveria cumprir permaneciam estanques. No pequeno e valioso livro “La eficacia del derecho” (Centro de Estudios Constitucionales, Madrid 1990, pg. 96) onde está a referência a Saint-Exupéry, o Professor Pablo Navarro, ao escrever sobre a “dinâmica da realidade” sobre o Direito, construiu uma brilhante parábola – a partir da literatura – sobre as mudanças do mundo real e os seus efeitos sobre as normas.

Grito contra Bolsonaro ecoa fora do país

Indígenas continuam acampados em Brasília

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Como a mídia cobriu os atos do Fora Bolsonaro

19 de junho: Um dia emblemático

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Sábado, 19 de junho, virou uma data emblemática e histórica. Completaram-se, então, 900 dias do governo do senhor Jair Bolsonaro. O principal saldo da administração neofascista foi revelado por outro funesto número. O Brasil alcançou no mesmo dia a pavorosa marca de meio milhão de mortes pela covid-19.

O presidente poderia e deveria ter feito um pronunciamento lamentando as 500 mil vidas de brasileiros e brasileiras ceifados pela doença e aproveitar a ocasião para pedir desculpas ao povo brasileiro. Mas não o fez. Continua com o comportamento criminoso de desestimular o uso de vacinas, difundir mentiras e defender a chamada imunização de rebanho.

Encontro de Direito bane Moro por violar leis

Por Fernando Brito, em seu blog:


Quem, quatro anos atrás, imaginaria Sergio Moro sendo vetado como palestrante num encontro de estudiosos do Direito, após protestos e ameaça de boicote de outros palestrantes e participantes do evento?

Pois é exatamente o que aconteceu, conta Monica Bergamo esta manhã, na Folha, narrando a revolta dos participantes do 3º Encontro Virtual do Conpedi, o Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito do Brasil , no qual Moro dirigiria um dos debates sobre “políticas anticorrupção e de integridade”.

A federação partidária e a democracia

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


A entrada do projeto de lei que institui as federações partidárias em regime de urgência coloca em pauta mais um capítulo da luta pela democracia no Brasil. Ao contrário do que afirma a grande imprensa e reverberam várias correntes políticas, de que é a tábua de salvação dos partidos nanicos, a proposta trata, na verdade, de assegurar umas das principais conquistas da redemocratização pós regime militar.

Desde 1985, antecedendo o processo constituinte, conquistamos o direito de ampla liberdade de organização partidária. Ou seja, liberdade para que as diferentes correntes de opinião possam se organizar nacionalmente, disputar pelo voto popular os cargos eletivos e interferir, na proporção de sua representatividade, pelas regras eleitorais vigentes, nos rumos da sociedade e do Estado Brasileiro. Natural, como em todo o processo, nossa democracia não nasceu pronta e está sujeita, em sua construção, a avanços e retrocessos.

O Fora Bolsonaro não é uma hashtag!

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O dezenove de junho, ou 19J foi um dia marcado na história do Brasil. Foi o dia em que atingimos mais de 500 mil mortes por covid-19, mas foi também um dia de resistência, de grandes mobilizações em todo território nacional.

Segundo reconhecem os veículos de comunicação do Brasil, o 19J pelo #ForaBolsonaro, foi maior – muito maior – que o 29M. Foram mais de 750 mil brasileiras e brasileiros que ocuparam as ruas em diversas cidades, em todos os estados, além de protestos em 17 outros países.

Os atos, convocados por entidades da Campanha Fora Bolsonaro, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, instituições religiosas e torcidas organizadas, conseguiu alcançar todo território nacional, e sem dúvida nenhuma, foi um grande sucesso.

Programas sociais e os mitos da direita

Por César Locatelli, no site Carta Maior:


“A inclusão da população carente, nos governos do PT, foi feita pelo consumo.”

“O Bolsa Família é um cartão de débito.”

“FHC é o pai do Bolsa Família.”

“Milton Friedman é o avô do Bolsa Família.”

“As famílias são negligentes com a educação e a saúde.”

“O Bolsa Família promove aumento da taxa de fecundidade das famílias pobres.”

“O Bolsa Família promove o efeito preguiça, o não trabalho.”

“Os programas sociais não cabem no orçamento do governo.”

As máquinas publicitárias a serviço, muito bem remunerado, da direita conservadora são muito eficientes na criação e na divulgação de mitos. Especialmente em um dos sentidos do termo trazido pelo dicionário Houaiss: afirmação fantasiosa, inverídica, que é disseminada com fins de dominação, difamatórios, propagandísticos, como guerra psicológica ou ideológica. O dano é agravado, aponta Tereza Campello, quando “a ideia vendida pela direita é comprada pela esquerda”.

Governo de SP não dialoga com metroviários