sexta-feira, 6 de agosto de 2021

O que significa lugar de fala?

Judiciário e sociedade enfrentam Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


O definhamento do presidente Jair Bolsonaro se agravou nesta semana, mas por um script absolutamente inesperado. Tudo indicava que a retomada dos trabalhos da CPI da Covid-19, no Senado, daria protagonismo ao Poder Legislativo no noticiário nacional, com novas inquirições e denúncias sobre a negligência do governo federal no combate à pandemia. Como se sabe, além da omissão do governo em relação à pandemia de Covid-19, há evidências cada vez mais fartas de que o Ministério da Saúde se envolveu em esquemas de corrupção na compra de vacinas anti-Covid.

Caos de Bolsonaro e o script dos militares

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Bolsonaro tem consciência que suas chances eleitorais em 2022 são improváveis.

Caso até a eleição não esteja inelegível e preso, como corresponderia a este criminoso em série que se safa do impeachment e da prisão graças à proteção cúmplice do procurador-geral e do presidente da Câmara, se participar do pleito é grande a probabilidade de ser derrotado por Lula já no 1º turno.

Por isso, enquanto os militares não conseguem encontrar uma alternativa eleitoral viável para a continuidade do projeto de poder, Bolsonaro age como um kamikaze programado para debilitar as instituições e explodir o processo.

Ele faz isso cultivando um clima constante de caos, tumulto e confusão e atacando frontalmente as instituições.

Quem ficou de fora do manifesto

Por Moisés Mendes, em seu blog:


É divertido procurar e não achar quem poderia ter assinado, mas não assinou, o manifesto de empresários, banqueiros, economistas, religiosos e intelectuais contra o golpe.

Um exemplo: Paulo Lemann, o homem das cervejas, o empresário mais rico do Brasil, o guru do empreendedorismo e do liberalismo, não encarou a empreitada.

A lista inicial do manifesto tem Armínio Fraga, mas não tem Mailson da Nóbrega. Tem até Pedro Parente. Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú, estão ali, mostrando a cara. Não há ninguém do Bradesco.

O impeachment de Jair Bolsonaro é urgente


Os acontecimentos recentes no Brasil tornaram ainda mais evidente: Jair Bolsonaro perdeu toda e qualquer condição de seguir na Presidência da República. As forças democráticas e as instituições republicanas, em especial o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral precisam agir de forma urgente e viabilizar os caminhos constitucionais para conter a permanente crise política, econômica e social na qual o país está imerso desde que Bolsonaro assumiu o poder.

Hora de uma coalisão antigolpe

Por Fernando Brito, em seu blog:

É evidentemente impossível unir partidos e candidatos às eleições de 2022, nem é adequado misturar tudo em uma “geleia geral”, porque, como na música de Gilberto Gil e Torquato Neto, resulta sempre “na mesma dança, meu boi”.

Mas é absolutamente necessária uma união de todos que não aceitam que o processo eleitoral seja, a esta altura, violado por uma onda de suspeitas improvadas com que Jair Bolsonaro faz uma agitação golpista que planeja, abertamente, vetar as eleições se elas tiverem como resultado a sua derrota.

Isso, já está visto, não se fará pelas instituições da República, espontaneamente, como deveria ser.

Veja a falta de reação do Congresso, onde o presidente da Câmara, com chicanas e declarações fluidas, deixa de dizer que isso é, simplesmente, inaceitável, enquanto o presidente do Senado permanece mudo e inerte.

Só as ruas podem barrar trevas de Bolsonaro

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Os militares dão sinais evidentes de que não pretendem deixar o governo.

Inebriados pelos mais de 6 mil cargos na máquina pública e pela dolce vita do poder chegam a endossar as teses mais estúpidas e inconstitucionais de Bolsonaro, como o ataque sistemático às urnas eletrônicas.

Por outro lado, desprovido de quaisquer escrúpulos, o procurador-geral da República, Augusto Aras, ignora a sucessão interminável de crimes cometidos por Bolsonaro. Como prêmio, Bolsonaro já encaminhou ao Senado pedido de recondução do chefe do MP por mais dois anos.

Traindo sua função pública, Aras tem ido além da engavetação-geral, agindo como autêntico militante bolsonarista na PGR, transformada por ele em trincheira para garantir a impunidade do capitão nazista.

quinta-feira, 5 de agosto de 2021

“Capitã Cloroquina” sofre novo revés na CPI

Por Altamiro Borges

A "Capitã Cloroquina" sofreu um novo revés nesta semana. A 18ª Vara Cível de Brasília negou o pedido de Mayra Pinheiro contra o presidente da CPI do Genocídio, senador Omar Aziz (PSD-AM). A "queridinha" do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, queria impedir o parlamentar de presidir a sessão em caso de um novo depoimento. Ela o acusou de agir “de forma desrespeitosa”.

Na sentença expedida na quarta-feira (4), a juíza Tatiana Dias da Silva Medina rejeitou os requisitos para a concessão da liminar, como o perigo de dano ou risco ao resultado do processo. “Não há possibilidade de restringir a manifestação de pensamento, eis que se trata de garantia constitucional (art. 5rº, IV, da CF). Contudo, os excessos verificados acarretarão responsabilidades de natureza civil e/ou criminal, cuja análise deverá ser realizada observando o caso concreto”, afirmou.

General Heleno canta na posse de Ciro Nogueira

Por Altamiro Borges

O general Augusto Heleno é um ser patético. Na convenção do PSL que homologou a candidatura de Jair Bolsonaro, em julho de 2018, ele cantarolou: "Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão". Já nesta quarta-feira (4), o atual ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estava todo faceiro na posse do Ciro Nogueira na Casa Civil. Haja cinismo!

O site Metrópoles registrou a cena em tom de ironia: “O outrora todo valente general Augusto Heleno, compositor de uma paródia em que chamava os parlamentares do Centrão de ladrões, está todo pimpão na posse de Ciro Nogueira como ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro. Ciro é um dos políticos mais influentes do Centrão há anos. E Heleno… Bem, Heleno hoje é só mais um ministro de um governo que definha em praça pública”.

Não à privatização dos Correios!

TSE reage às ameaças de Bolsonaro

Polícia Federal quer investigar a CPI

Ascensão da nova direita nas redes sociais

Por Ronaldo Pagotto, no site A terra é redonda:

Falar sobre a atuação da direita nas redes sociais é falar, de certa forma, de um elemento novo na conjuntura. Se pensarmos que até dez anos atrás o máximo que existia de rede social com alguma força era o Orkut e que a comunicação virtual se dava por correio eletrônico, percebemos como esse fenômeno hoje é muito mais complexo e envolvente. Existem diversos setores da população que estão sem acesso a uma série de coisas, mas têm um telefone celular na mão, recebem e passam informações, se comunicam muito por ele.

Bolsonaro e o neonazismo

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:


Para um candidato à Presidência da República que sempre contou com o apoio dos judeus conservadores, tudo indica que Bolsonaro deu um tiro no pé ao receber e tirar foto oficial com a deputada alemã Beatrix von Storch, do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) que abriga neonazistas.

O presidente da Confederação Israelita do Brasil, Claudio Lottenberg, que há três meses aplaudiu Bolsonaro num jantar com empresários de São Paulo (O Globo, 28/7/2021), lançou nota criticando o encontro do presidente com a deputada neonazista. O que parecia inexplicável do ponto de vista do interesse político-eleitoral de Bolsonaro, ganha luz com a recente descoberta da pesquisadora antropóloga Adriana Dias.

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