domingo, 7 de agosto de 2022

O pacto de Bolsonaro com os militares

Foto: Divulgação
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O apoio da alta patente militar ao governo de Jair Bolsonaro passou por um pacto decisivo, entre 2018 e 2019, durante a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro e as apurações sobre o assassinato de Marielle Franco.

Para compreender o escudo militar ao governo da ultradireita, no caso do Brasil, faz-se necessário, antes, destrinchar as peças daquele fatídico episódio.

Essas peças foram abordadas pela primeira vez no “Xadrez do caso Marielle e da luta pelo poder com Bolsonaro“.

Nesta segunda análise, o “Xadrez da hipótese mais provável da morte de Marielle” publicado em abril deste ano traz acréscimos com o cenário internacional, o contexto do Brasil e um maior detalhamento.

Janones com Lula. Não é "só" mais 1%

Foto: Divulgação
Por Fernando Brito, em seu blog:

É comum todos falarem que política não é uma soma aritmética, do tipo 1+1 = 2. Poucos se dedicam, porém, a raciocinar segundo esta verdade condutora.

O apoio fechado hoje por André Janones ao ex-presidente Lula pode nem ser a soma dos um ou dois por cento tão necessários a que, pelas pesquisas de hoje, chegue-se à maioria absoluta necessária para exorcizar de vez os perigos golpistas que representa um segundo turno contra Jair Bolsonaro.

Transferências de voto muito raramente se operam assim, de forma total e automática.

São muitos os outros significados: é o único candidato a receber apoio de outro, a aliança foi colocada em termos que impactam os mais pobres (continuidade do auxílio e sua ampliação para mães solteiras), a inserção de Janones nas redes sociais (e sua anunciada integração a esta área da campanha de Lula) e, sobretudo, porque pela natureza, trajetória e postura do agora ex-candidato - que se poderiam traduzir na palavra simplicidade – isso não passa a ideia de um mero arranjo político.

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sábado, 6 de agosto de 2022

A batalha da mídia independente

Justiça bloqueia conta da Igreja de Valdemiro

Charge: Izanio
Por Altamiro Borges


Em uma notinha irônica, o colunista Rogério Gentile relata no site UOL “que a Justiça paulista decidiu bloquear as contas da Igreja Mundial, fundada pelo apóstolo Valdemiro Santiago. A decisão foi tomada pelo juiz Diogo Volpe Gonçalves Soares, da comarca de Ubatuba, mas acabou sendo inócua: não havia um único centavo nas contas da Igreja, que diz em seu site possuir cerca de 6.000 templos no Brasil e em outros diversos países”.

Conforme lembra, a origem da disputa judicial é uma ação de despejo movida por uma professora, que alugou, em 2009, um imóvel na cidade litorânea para o funcionamento de um templo. Mas a igreja do “apóstolo” bolsonarista parou de fazer os pagamentos combinados em outubro de 2017, e a proprietária foi à Justiça cobrar a dívida, que hoje é calculada em cerca de R$ 550 mil, considerando correção monetária, multa e custas processuais.

Senado discute assédio na rede McDonald’s

Arte: Cranio
Por Altamiro Borges

Na próxima segunda-feira (8), a Comissão de Direitos Humanos do Senado fará uma audiência pública para discutir as condições de trabalho dos jovens em redes de fast food. A iniciativa decorre das várias acusações de assédio sexual e racismo em unidades do McDonald’s no Brasil.

A direção da multinacional foi convidada para a sessão, proposta pelo senador Humberto Costa (PT-PE), mas ainda não confirmou presença. A audiência terá a presença de dez trabalhadores que ingressaram com ações na Justiça, além de representantes dos funcionários do Chile e da Colômbia. Os casos estão sendo levantados pela campanha Sem Direitos Não É Legal, que conta com o apoio de centrais sindicais.

Bolsonarista assassino segue preso no Paraná

Por Altamiro Borges


A Justiça do Paraná recusou, nesta quinta-feira (4), o pedido de prisão domiciliar apresentado pelos advogados do policial bolsonarista Jorge Guaranho, que assassinou o dirigente petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR). O atentado covarde ocorreu na noite de 9 de julho, quando a vítima comemorava o seu aniversário de 50 anos com familiares e amigos.

A defesa do fanático seguidor do "capetão" pediu a revogação da prisão preventiva ou a substituição para o regime domiciliar “em razão do seu estado de saúde e da necessidade de cuidados médicos” – ele foi baleado após abrir fogo contra Marcelo Arruda. Mas o Ministério Público se manifestou contrário ao pedido e o juiz Gustavo Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, acatou o posicionamento do MP.

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