domingo, 1 de outubro de 2023

O que aconteceu no Canadá não foi exceção

Colaboracionismo ucraniano durante a Segunda Guerra Mundial
Por Marcelo Zero

O recente e constrangedor episódio ocorrido no Parlamento canadense, onde Zelensky e o primeiro-ministro Trudeau aplaudiram efusivamente um antigo membro da SS ucraniana, provocou grande comoção e a compreensível ira de grupos judaicos.

Observe-se que Zelensky, o qual não aplaudiu o discurso de Lula na ONU, fez questão de homenagear um ex-combatente nazista. Trudeau pode alegar que não sabia de nada. Zelensky, é claro, devia saber o que estava fazendo.

Muito embora Trudeau tenha se desculpado e o “speaker” do Parlamento tenha se demitido do cargo de liderança, o episódio revela os laços históricos da Ucrânia com o regime nazista e a recente relação dos governos ucranianos pós-2014 com grupos neonazistas.

A reforma necessária

Para adquirir o livro clique aqui
Por Roberto Amaral, em seu blog:


“O Brasil tem um arremedo de Defesa. Neste domínio, a República fracassou. Para a afirmação da soberania brasileira, precisamos de uma nova Defesa, que revise o papel, a organização e a cultura das Forças Armadas. Chamo essa revisão de reforma militar” - Manuel Domingos Neto - O que fazer com o militar (Editora Gabinete de Leitura)

Graças ao empenho e a coragem de alguns poucos cientistas sociais, e dentre eles destaco o prof. Manuel Domingos Neto, abre-se, ainda restrito, ainda tímido e cauteloso, o necessário debate sobre o papel das forças armadas do Estado brasileiro. Já não era sem tempo, passados quase 60 anos do golpe de 1964 e nada menos de 35 da Constituinte tutelada, restrita, despida de poder originário, costurada sob a vigilância dos generais (um só exemplo é o ameaçador art. 142). Esta nossa democracia limitada, tanto frágil quanto seguidamente ameaçada pela caserna, é o preço do acordo que a possibilitou. Não poderia ser diferente, quando o próprio fim da ditadura foi negociado, e, longe do despejo, os militares ditaram as condições do retorno à caserna. Um dos itens da conciliação foi a impunidade dos torturadores, quando a “correlação de forças”, conceito hoje tão em voga, sugeria o avanço das forças populares. Mas, como sempre, venceu a conciliação liberal, e o avanço foi substituído pelo recuo.

Lula está condenado a convocar o povo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Não é preciso ter muita imaginação para compreender que a guerra fascista contra o STF não pode ser vista como um conflito banal ou passageiro. Trata-se da mais relevante questão política de nossa história desde o fim da ditadura militar.

Numa país onde vigora o regime de três poderes -- Executivo, Legislativo e Judiciário -- o Brasil encontra-se uma situação de crise permanente, formada pelo choque de três forças distintas -- um governo de esquerda, um parlamento alinhado pela extrema-direita e um Supremo que nem sempre tem se mostrado cioso de prerrogativas e responsabilidades.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

General Girão vai depor na Polícia Federal

Marco temporal: bem mais feio do que parece

Ilustração: Jaguatirika/ Portal de Saberes
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Pouca gente prestou atenção nos "contrabandos" legislativos do projeto aprovado pelo Senado que, afrontando decisão do STF, instituiu o marco temporal.

Entre outras barbaridades, os senadores, referendando, na íntegra, o texto vindo da Câmara dos Deputados, decidiram:

- Permitir o contato com os indígenas isolados, expondo-os a doenças.

- Retomar territórios demarcados, em casos de "aculturamento", ou seja, quando, na visão dos governantes, os indígenas deixarem de viver como indígenas.

- Dispensar consulta prévia aos indígenas para construir rodovias, ferrovias, hidrelétricas e instalações militares.

- Vedar a ampliação das reservas impedindo a correção de injustiças cometidas no passado.

Bolsonarismo à moda canadense

Assista e divulgue
Por Jair de Souza

Fiz questão de traduzir ao português e legendar o vídeo deste link (https://youtu.be/LOWoOVizmag) por ver nele a repetição no Canadá de algo que presenciamos há pouco em nosso próprio país.

No intuito de encurralar o novo governo que o tinha derrotado nas urnas, os bolsonaristas tomaram o rumo das atividades de sabotagem, de terrorismo e, para culminar o processo, de golpe de Estado. Infelizmente para eles, tudo deu errado e o bolsonarismo se viu derrotado em todas as instâncias.

Porém, os incansáveis defensores dessa ideologia de extremíssima direita em nosso parlamento não se deram por vencidos, e continuaram buscando maneiras de reverter o curso da história. Uma das possibilidades que lhes pareceu apropriada foi usar as comissões parlamentares de inquérito para, através da habilidade de seus defensores naqueles espaços, livrar a cara de seus dirigentes das acusações fundamentadas e evidenciadas de serem eles os grandes responsáveis por toda a mazela, destruição e afrontas à Constituição que estavam sendo cometidas.

A volta do Brasil ao mundo

General Girão vai depor na Polícia Federal

Charge: Miguel Paiva
Por Altamiro Borges


O deputado federal General Girão (PL-RN), famoso por suas bravatas fascistoides, ainda vai pagar pela língua destrambelhada. Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a ouvir o fascista no âmbito do inquérito que investiga as ações terroristas do 8 de janeiro em Brasília.

Segundo postagem do site Metrópoles, “Moraes abriu inquérito para apurar se o deputado incitou os atos golpistas depois de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro também solicitou uma investigação para verificar se o político cometeu crime contra o Estado Democrático de Direito e praticou associação criminosa. O magistrado deu 10 dias para que o deputado preste o depoimento. O prazo começou a ser contado a partir de segunda-feira (25), data da publicação da autorização da oitiva”.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Bolsonaro vira réu por incitação ao estupro

Reprodução da internet
Por Altamiro Borges


Após quase 10 anos de deplorável atraso, finalmente o “capetão” Jair Bolsonaro virou réu na Justiça do Distrito Federal sob a acusação de incitação ao crime de estupro. O antigo processo se refere ao episódio de 2014 em que o então parlamentar do baixo clero agrediu, aos berros, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), afirmando que ela “não merecia ser estuprada” porque era “muito feia”.

O repugnante caso chegou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF), mas as duas ações foram suspensas pelo ministro Luiz Fux, em 2019, sob o argumento de que o então presidente da República só poderia ser processado por crimes praticados no exercício do seu mandato. Em uma decisão bem mais branda da Justiça, ainda em 2019, Jair Bolsonaro foi obrigada a pedir perdão à parlamentar:

TSE exclui milicos da fiscalização das urnas

Charge: Zé Dassilva
Por Altamiro Borges


Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu excluir as Forças Armadas da lista das instituições que fiscalizam as eleições no Brasil. A decisão foi tomada em sessão plenária nesta terça-feira (26). Com a mudança, os militares deixam de integrar o rol de órgãos autorizados a acompanhar as fases de auditoria das urnas eletrônicas e de monitoramento das votações. O Supremo Tribunal Federal (STF) também foi excluído da lista, já que três dos seus ministros já fazem parte do próprio TSE.

Compromisso global pelo trabalho digno

Ilustração do site Hoac
Por João Guilherme Vargas Netto


Merece destaque especial, principalmente nesta quadra de solidariedade global aos metalúrgicos estadunidenses em greve, a declaração conjunta Brasil-EUA sobre a parceria pelo direito dos trabalhadores anunciada pelos presidentes Lula e Biden em uma reunião conjunta com participação do ministro do Trabalho do Brasil, do diretor Geral da OIT e de delegações sindicais brasileiras e norte-americanas.

“Os trabalhadores e os seus sindicatos lutaram pela proteção no local de trabalho, pela justiça na economia e pela democracia nas nossas sociedades – eles estão no centro das economias dinâmicas e do mundo saudável e sustentável que procuramos construir para nossos filhos”, diz a apresentação do compromisso para, em seguida, listar os cinco eixos principais de preocupação:

Gustavo Gayer vira alvo da PGR por racismo

Os desafios da comunicação no governo Lula

A regulamentação de Inteligência Artificial