quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Natal na Faixa de Gaza

Por Frei Betto, em seu site:

Neste Natal, Jesus nasce em Gaza. Não na manjedoura exposta em um curral, mas entre escombros do que resta das moradias de seus habitantes.

Não nasce cercado de animais, e sim de bombas detonadas, balas de fuzis Tavor Ctar atiradas contra a população civil (950 tiros por minuto), granadas e gases letais. E os voos assassinos dos caças F-35.

Jesus nasce e ignora que seus pais, que pretendiam se refugiar no Egito, foram atingidos mortalmente por uma chuva de bombas “bunker buster” jogadas pelas tropas israelenses.

Agora não é o rei Herodes que passa centenas de crianças ao fio da espada. É o governo sionista de Netanyahu, na ânsia de vingança e de exterminar aqueles que são considerados “animais humanos”, segundo declaração do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Em busca da nação

Ilustração do site Sirse
Por Roberto Amaral, em seu blog:

Uma nação é uma alma, um princípio espiritual. Duas coisas que para dizer a verdade não formam mais que uma constituem esta alma, este princípio espiritual. Uma está no passado, a outra no presente. Uma é a possessão em comum de um rico legado de lembranças; outra é o consentimento atual, o desejo de viver em conjunto, a vontade de continuar a fazer valer a herança que receberam esses indivíduos. O homem, Senhores, não se improvisa. A nação, como o indivíduo, é o resultado de um longo processo de esforços, de sacrifícios e de devotamentos. Ernest Renan. Conferência realizada na Sorbonne, em 11 de março de 1882.

Não atravessar a rua

Por João Guilherme Vargas Netto


Nos fins do primeiro ano do mandato do presidente Lula há uma evidente contradição entre os indicadores positivos e coerentes da economia que beneficiam milhões e o ambiente conturbado nos mundos político, ideológico e comunicacional (mídia grande e redes sociais) com uma polarização que se mantém, alimentada por fatos diversos, uma oposição negacionista e renitente e parece empurrar o Brasil para o abismo, um abismo que tem até biografia editada em livro recente.

Para o movimento sindical dos trabalhadores, interessado em garantir e manter sua relevância, é essencial que se apoie na conjuntura econômica positiva que beneficia suas bases e fuja das desorientações provocadas pela polarização (às vezes artificial) e por um identitarismo exagerado.

Justiceiros no Rio: Bárbarie pura

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Facebook pode levar Bolsonaro pra cadeia

Charge: Zap Figurinhas
Por Altamiro Borges


Uma postagem explicitamente criminosa pode complicar de vez a vida do fascista que governou o Brasil. O jornal Estadão informa que “a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira, 4, que o Supremo Tribunal Federal obrigue a Meta, empresa que administra o Facebook, a entregar em 48 horas uma cópia do vídeo publicado e apagado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro após os ataques do dia 8 de janeiro”.

No pedido, a PGR sugere ainda que a big tech seja multada em R$ 100 mil por dia caso não cumpra a decisão. “Faz-se necessário consignar que o material requerido é fundamental para que o titular da ação penal possa ajuizar denúncia em face do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, afirma o ofício. Até agora, a multinacional estadunidense não respondeu à solicitação do Ministério Público Federal (MPF).

Balanço do primeiro ano do governo Lula

Canhões da imprensa apontados para Lula

COP28, em Dubai. Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Castilho, no Jornal GGN:


Se Lula fizer, será criticado. Se não fizer, também.

Essa é a velha e conhecida tarefa a que se dedicam os grandes órgãos de imprensa de nosso país.

Lula anunciou que o Brasil integrará a Opep+, braço da Organização dos Países Exportadores e Produtores de Petróleo, liderada pelo cartel dos árabes. Como já se esperava, as críticas, mesmo sem ter as informações necessárias do que significa o ato, despencaram sobre a cabeça do presidente.

Na entrevista coletiva que Lula concedeu em Dubai, sua resposta a um jornalista procurava esclarecer os motivos da entrada na organização. Não significa entrar para o cartel, mas sim, ser um membro consultor e influenciador nas futuras decisões da Opep, já que os árabes, que são gananciosos, mas não são burros, estão projetando um futuro cada vez menos dependentes do produto que eles vendem. É só observar o crescente interesse na produção de carros, caminhões e ônibus elétricos. Na esteira disso virão o hidrogênio verde e a evolução de maquinários que abandonarão o petróleo. É a chamada transição energética de que Lula vem falando o tempo todo.

Essequibo, Opep+ e a conjuntura mundial

Ilustração: Armando Arce/Aporrea
Por Marcelo Zero, no site Viomundo

Essequibo

i. Dizer que a questão de Essequibo é uma agenda de Maduro ou do chavismo seria a mesma coisa que afirmar que a questão das ilhas Malvinas é uma agenda do peronismo.

ii. Na realidade, ambas são questões nacionais e suprapartidárias, que se arrastam há mais de 100 anos. São questões que perpassam quaisquer diferenças político-ideológicas internas.

Nos livros escolares argentinos, as ilhas Malvinas são assinaladas como território argentino. Nos livros escolares da Venezuela, Essequibo é mostrado como um território venezuelano em disputa,

iii. A questão do Essequibo surgiu, em 1830, quando a Inglaterra ocupou aquela região que pertencia antigamente à Coroa espanhola e, já naquele então, à Venezuela, que se tornara independente em 1811.

iv. A Venezuela nunca reconheceu essa ocupação como legítima. Em 1899, o litígio foi submetido a um laudo arbitral. A Venezuela foi representada por juízes norte-americanos.

v. O laudo arbitral deu ganho de causa ao Reino Unido.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Disputa entre Venezuela e Guiana soa alerta

Ciro Gomes surta e dá porrada

Cratera da Braskem e crimes do setor privado

Governo Lula e a retomada do desenvolvimento

A presidência brasileira do G20 em 2024

Em Gaza ocorre um genocídio planejado

O xadrez de Lula no Supremo e na PGR

Protesto na COP28 contra demagogia da Vale

Michelle ataca Dino com informações falsas

As vítimas da Braskem em Maceió

domingo, 3 de dezembro de 2023

Javier Milei pode se preparar para o pior

Milei Motoserra, charge de Ramsés
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Os argentinos já derrubaram um presidente eleito, sem a ajuda dos militares, sem golpe, sem interferência americana. E criaram uma situação em que, depois dele, ninguém na linha de sucessão queria ou conseguia ser presidente.

Foi no final de 2001, quando Fernando de la Rúa, da União Cívica Radical, renunciou depois de dois anos de desgoverno.

Todas as abordagens sobre as causas da queda apontam para o desespero da falta de dólares, do desabastecimento, dos saques a supermercados, do empobrecimento e da desesperança.

O corralito, com o começo do fim da dolarização, havia retido o resto de dinheiro dos argentinos nos bancos. Não havia dólares para todos, nem comida.

As ações de rua que levaram à renúncia do presidente tiveram participação decisiva do ativismo peronista. De la Rúa havia sido chefe de governo de Buenos Aires (o prefeito da cidade). Tinha história como político e o suporte do mais antigo partido argentino, a UCR.

Os laços idílicos entre sionismo e apartheid

Charge: Mohammad Sabaaneh
Por Jair de Souza

De acordo com um relatório de Amnesty International, cuja síntese pode ser revista em https://www.dailymotion.com/video/x8pi2w3, o Estado de Israel mantém o povo palestino, tanto nas áreas que formalmente integram o país como nos territórios em que exerce a ocupação, num regime racial-administrativo muito semelhante ao que esteve em vigor na África do Sul por várias décadas, até sua derrota pelo movimento nacional popular que levou Nelson Mandela à presidência.

O regime de segregação ao que estamos nos referindo não é outro que o tristemente infame apartheid.