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Uma postagem explicitamente criminosa pode complicar de vez a vida do fascista que governou o Brasil. O jornal Estadão informa que “a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira, 4, que o Supremo Tribunal Federal obrigue a Meta, empresa que administra o Facebook, a entregar em 48 horas uma cópia do vídeo publicado e apagado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro após os ataques do dia 8 de janeiro”.
No pedido, a PGR sugere ainda que a big tech seja multada em R$ 100 mil por dia caso não cumpra a decisão. “Faz-se necessário consignar que o material requerido é fundamental para que o titular da ação penal possa ajuizar denúncia em face do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro”, afirma o ofício. Até agora, a multinacional estadunidense não respondeu à solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
Como lembra o Estadão, “a Meta foi avisada em janeiro que deveria preservar o arquivo e compartilhar uma cópia nos autos da investigação sobre os ‘autores intelectuais’ dos atos golpistas na Praça dos Três Poderes. Também foram requisitadas informações sobre o alcance do material – total de visualizações, número de compartilhamentos e de comentários. A empresa, no entanto, não cumpriu a ordem judicial”.
Meta ainda protege o golpista
Uma nova notificação foi enviada em julho por Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, mas também foi desrespeitada. “O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que coordena as investigações do 8 de janeiro, afirmou ao STF que não vê justificativa para o descumprimento das decisões. ‘Não obstante as determinações judiciais, o MPF não foi intimado acerca do cumprimento das ordens judiciais, ou seja, não há informações da preservação e entrega do vídeo pela empresa Meta’”, descreve a matéria.
O vídeo golpista foi postado pelo “capetão” no dia 10 de janeiro, dois dias após as ações terroristas em Brasília, e foi apagado minutos depois. O ex-presidente usou sua conta no Facebook para difundir mentiras contra o STF e o TSE, questionando o resultado da eleição presidencial. O “capetão” compartilhou vídeo do procurador Felipe Gimenez, do Mato Grosso do Sul, que afirmava que o pleito foi roubado e que Lula “foi escolhido pelo serviço eleitoral e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral”.
Fujão agora alega efeitos de remédios
Prevendo as consequências do seu crime, Jair Bolsonaro excluiu o vídeo do Facebook três horas depois de ir ao ar. Intimado, ele afirmou covardemente em depoimento à Polícia Federal, em abril, que estava sob efeitos de remédios no dia que compartilhou o vídeo e que sua intenção era enviar o conteúdo para seu próprio WhatsApp, para que pudesse assistir depois. Segundo um de seus advogados, Fábio Wajngarten – ex-secretário de comunicação do presidente fujão, a postagem golpista foi feita “sem querer”.
O vídeo atesta a atuação terrorista e golpista do ex-presidente e está sendo encarado como mais um prego no caixão do fascista. Além desse tormento, Jair Bolsonaro sofreu outro baque na semana passada. A auditoria técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que ele se apossou ilegalmente de “presentes” dados à presidência da República e recomendou a devolução imediata dos relógios, joias e outros bens de luxo.
“No parecer, os auditores recomendam que o TCU determine que Bolsonaro devolva em 15 dias todo o acervo de itens que recebeu durante o mandato e que não foram devidamente incorporados ao patrimônio da União. A recomendação será avaliada pelo ministro Augusto Nardes. Os auditores do TCU analisaram o caso a partir de uma representação da deputada Luciene Cavalcante (PSOL), que apontou uma possível irregularidade em presentes dados pela Arábia Saudita. Entre os presentes, estão os kits de joias e relógios de luxo dados pelo governo da Arábia Saudita, a miniatura de um cavalo ornamental com pedestal e um conjunto de armas”, descreve o site UOL.
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