sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

8 de janeiro: adeus às ilusões

Charge: Amorim
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Os atos oficiais promovidos para registrar o repúdio nacional à intentona de 8 de janeiro de 2023 – cujos planejadores, operadores e financiadores seguem em sua maior parte impunes, muitos protegidos pela imunidade da farda – consumiram-se em louvação às “instituições”, glorificadas como responsáveis pela preservação do que chamamos de democracia. Logo elas, que tanto atentaram contra o regime e a ordem constitucional nesses sofridos 134 anos de uma frágil república outorgada ao povo por um golpe de Estado. Logo elas que sempre estiveram a serviço dos interesses do grande capital, por natureza avesso a todo impulso democratizante. São elas, hoje, borrado o passado, apresentadas como as heroínas do contrapelo ao 8 de janeiro, de que esteve ausente, como sempre, o povo, que a tudo assistiu pela televisão, sem entender o que ocorria. O povo soube da depredação dos edifícios símbolo da republica, mas não lhe foi dito que aquela inusitada movimentação de gente – uns fardados, outros fantasiados de verde e amarelo – consistia em um golpe de Estado em andamento, uma intentona fascista muito mais poderosa que a de 1938, e assim muito mais ameaçadora, anunciando desdobramentos de contornos inimagináveis. Estavam à vista as marionetes, mas da luz do sol se protegiam os conspiradores que de longe controlavam os cordéis. O que se pode dizer é que marchávamos, naquele momento, para uma ditadura.

O genocídio dos palestinos em Gaza

As ambições dos senadores da CPI das ONGs

A rede de ódio contra os jornalistas

Bolsonaristas atacam quem critica Michelle

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Democracias abaladas

Foto: Ricardo Stuckert
Por Manuel Domingos Neto

O colapso da representação democrática consagrada no Ocidente persiste se agrava. Em muitos países, governos ditatoriais e líderes exóticos ganham crédito de confiança.

Notícias de hecatombes ambientais alimentam descrenças sobre o futuro. Incertezas derivadas do reordenamento mundial, guerras de alta intensidade e genocídios escancarados desmontam ordenamentos até há pouco reconhecidos como expressão do avanço civilizador. Ameaças de rupturas institucionais estão em pauta por toda parte.

A degradação do trabalho e a perda de valores estruturantes da vida em sociedade metem medo e dão cancha à pregação obscurantista. O culto liberal das realizações individuais desestimulou lutas comunitárias. A mobilização coletiva deu vez à aposta em salvadores.

As notícias boas escondidas pelos jornalões

Charge: Klawe Rzeczy
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Os jornalões passaram o ano disseminando o terror na economia. A redução dos juros somente seria possível com a inflação controlada, e a perspectiva era de inflação acima do teto da meta. É o que diziam.

Pois sabe-se agora que a inflação de 2023, medida pelo IPCA, ficou em 4,62%, abaixo do teto, e só a Folha deu a notícia de manchete na versão online.

Estadão e Globo esconderam a informação nos cantinhos. Como esconderam que PIB e nível de emprego ficaram acima do que pregavam os ‘especialistas’ da direita ouvidos pelos jornalões durante o ano todo.

A batalha pela mente através dos algoritmos

Reprodução da internet
Por Jair de Souza

Não é de hoje que se questiona a mídia corporativa hegemônica por, na prática, atuar quase que como um partido político em defesa dos interesses do capital financeiro e do grande capital em geral.

A partir da década de 1970, com o avanço dos ideais do neoliberalismo por todo o planeta capitalizado, este papel político dos meios de comunicação passou a ter conotações mais nítidas, alcançando seu ponto mais elevado nestes primeiros anos do século atual.

No entanto, neste caso, de modo semelhante ao que costuma ocorrer com todo e qualquer mecanismo de dominação social, com o passar do tempo e com o desenrolar dos embates, as forças sociais que mais sofriam os efeitos negativos da dominação midiática foram aprendendo a encontrar meios para superar e neutralizar as dificuldades comunicacionais a que estavam submetidas.

2024: Ano da Sindicalização

Charge: Laerte
Por João Guilherme Vargas Netto


Em uma conjuntura – econômica, social, política – favorável e duradoura o movimento sindical bem que poderia fazer do ano de 2024 (que é bissexto) o Ano da Sindicalização.

Se todas as direções sindicais e o conjunto das entidades encampassem esta ideia não só teríamos durante todo o ano campanhas efetivas de sindicalização, campanhas institucionais que poderiam ser apoiadas pelo ministério do Trabalho e Emprego, como também inúmeras atividades especificamente voltadas a aumentar o número de associados aos sindicatos e reforçar os laços com os trabalhadores e com as trabalhadoras já sindicalizados.

Equador: o que a mídia não explica?

O debate sobre segurança pública nas redes

Um ano dos ataques golpistas de 8 de janeiro

Vice pode acabar com os planos de Milei

O que está acontecendo no Equador?

Lewandowski no Ministério da Justiça

Genocídio em Gaza leva Israel/EUA ao impasse

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Política externa de Milei é contrária ao Brasil

Charge: Miguel Paiva/247
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:

Durante a campanha eleitoral, Javier Milei prometeu uma política externa profundamente ideologizada, tal qual a política externa de Bolsonaro na gestão de Ernesto Araújo.

Milei, que segue confessadamente os ensinamentos de Conan, o mastim inglês, afirmou, entre outras coisas, que não manteria relações com países “comunistas”, como China, e que se afastaria do Brasil de Lula.

Também deixou claro que suas absolutas prioridades em política externa seriam os EUA e Israel.

Em nenhum momento, mencionou, como relevante, a integração regional, bem como o Mercosul, a Celac e a Unasul, principais instrumentos de cooperação e de articulação de interesses da América Latina.

2024 será um ano de extremos do mundo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Flávio Aguiar, no site da RFI:

Todos os meteorologistas concordam quanto à previsão de que 2024 será um ano mais quente do que 2023, que já foi o ano mais quente da história pelo menos desde que os registros regulares de temperatura começaram a ser feitos no século 19.

Há divergências quanto ao nível de aumento da temperatura. Os mais extremados afirmam que 2024 pode ser o ano em que a média dos 12 meses ultrapasse 1,5°C acima da chamada média pré-industrial. O limite de 1,5°C foi o acordado em Paris, no ano de 2015, para impedir uma catástrofe climática maior, que aumente o risco de vida do nosso já combalido planeta.

China, socialismo e a "globalização do futuro"

Neoliberalismo na raiz da crise no Equador