Por Altamiro Borges
Por decisão do 9º Juizado Especial Criminal, a influenciadora bolsonarista Antonia Fontenelle será inscrita na dívida ativa da Fazenda Pública do Rio de Janeiro. Como decorrência, a difusora de fake news deve enfrentar restrições como o bloqueio de bens e de contas bancárias e a inclusão do seu nome em cadastros de inadimplentes, como o Serasa. A sentença decorre do fato da caloteira não ter pago a multa de R$ 76.868,41 referente a uma ação criminal movida por Felipe Neto.
Em julho de 2020, ela postou em seu Instagram mensagens falsas contra o youtuber, chamando-o de “canalha” e “câncer da internet”. Entre outras baixarias, Antonia Fontenelle afirmou que Felipe Neto ensinaria jovens a utilizar a deepweb (“internet profunda”, usada para espalhar ódio), que ele era um “sociopata” e que estimularia “menores de idade a criar canal no YouTube adulterando sua idade”. Ela também associou o youtuber e o seu irmão, Luccas Neto, à pedofilia.
sábado, 12 de outubro de 2024
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
José Múcio é um ventríloquo dos militares
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Num discurso ideologizado proferido em evento na Confederação Nacional da Indústria/CNI [8/10], o ministro da Defesa José Múcio Monteiro disparou ataques e críticas ao governo. Nele, o ministro afrontou diretamente a autoridade do Presidente da República.
Múcio criticou o posicionamento diplomático brasileiro em relação ao holocausto em Gaza e à guerra na Ucrânia, como se definir a política externa do Brasil fosse uma atribuição dos militares. Reclamou que “a questão diplomática interfere na defesa”, como se a definição da estratégia de defesa nacional devesse ser prerrogativa dos militares, e não uma atribuição do poder político e da sociedade civil com especialistas civis da área.
Múcio criticou o posicionamento diplomático brasileiro em relação ao holocausto em Gaza e à guerra na Ucrânia, como se definir a política externa do Brasil fosse uma atribuição dos militares. Reclamou que “a questão diplomática interfere na defesa”, como se a definição da estratégia de defesa nacional devesse ser prerrogativa dos militares, e não uma atribuição do poder político e da sociedade civil com especialistas civis da área.
A urgência de resistir ao fascismo
Charge: Bira Dantas |
"O candidato da mudança sou eu", lembra Guilherme Boulos. Ele tem razão.
“70% da cidade de São Paulo, incluindo os eleitores do Marçal, votaram pela mudança. Agora essa é uma nova eleição. No segundo turno tem dois caminhos. […]".
“Se você que está assistindo acha que São Paulo está uma cidade segura, se você se sente seguro andando com seu celular, você concorda com o meu adversário. Quem sabe que São Paulo pode mais, merece mais, está comigo e com a Marta. É isso que está em jogo nesse segundo turno”, acrescentou.
Com base nos números apurados no primeiro turno da eleição paulistana, quando uma maioria de eleitores e eleitoras recusou um segundo mandato ao prefeito de plantão, a derrota de Ricardo Nunes no segundo turno depende de um movimento amplo e definitivo.
Múcio expõe dilemas de Lula
Charge: Aroeira/247 |
Lula considerou Múcio Monteiro o mais hábil dos ministros da Defesa. Referia-se ao cumprimento do papel que lhe atribuíra, de apaziguar a caserna excitada.
Político de direita, apoiador da Ditadura, defensor de golpistas acampados em torno de quartéis, jejuno em assuntos da pasta, Múcio empenhou-se em demonstrar aos comandantes a boa vontade do Presidente para com as fileiras. Não assumiu de fato a posição que lhe competia, de formulador e condutor de política pública: agiu como porta-voz das corporações.
Essa semana Múcio desautorizou a política externa de Lula posto que prejudicaria a Defesa. Reagiu à decisão presidencial de suspender provisoriamente a compra de material de artilharia da empresa Elbit Systems, sediada em Israel. Insinuou, apelativamente, que essa posição discriminaria o “povo judeu”.
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
Eleições municipais: anatomia de uma queda
Protesto em São Paulo contra Bolsonaro (02/10/21) Foto: Nelson Almeida/AFP |
“As eleições gerais não medem corretamente a força política dos partidos por causa das várias influências burguesas, mas servem como um censo para indicar como as forças populares estão se desenvolvendo.” (Carta de Friedrich Engels a August Bebel, 28 de outubro de 1884).
O processo eleitoral não deve ser encarado como fenômeno político isolado: como todo fato social, tem causas e, por seu turno, gera consequências. Cada eleição é única, assevera o Conselheiro Acácio de plantão, e as dinâmicas locais e nacional são distintas entre si; mas é certo que o controle de prefeituras e câmaras municipais pela direita, em todos os seus matizes, dos hidrófobos em ascensão aos fisiológicos de sempre, produzirá efeitos que se farão sentir nas eleições presidenciais de 2026, cada vez mais próximas. E na eleição do próximo Congresso.
Sindicalistas se saíram mal nas eleições
Por João Guilherme Vargas Netto
E então, estamos conversados. Os eleitores brasileiros nas votações municipais de 2024, confortados por uma conjuntura econômica e social favorável, demonstraram-se conservadores e até mesmo reacionários nos partidos que escolheram para votar. Rejeitaram a polarização, avançaram na normalização da vida nacional e consagraram partidos (muitos dos quais presentes no ministério do presidente Lula) que representarão na “Câmara de Vereadores Nacional” e nas diversas prefeituras a expressão da vontade popular em suas cidades.
E então, estamos conversados. Os eleitores brasileiros nas votações municipais de 2024, confortados por uma conjuntura econômica e social favorável, demonstraram-se conservadores e até mesmo reacionários nos partidos que escolheram para votar. Rejeitaram a polarização, avançaram na normalização da vida nacional e consagraram partidos (muitos dos quais presentes no ministério do presidente Lula) que representarão na “Câmara de Vereadores Nacional” e nas diversas prefeituras a expressão da vontade popular em suas cidades.
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Por mais Lula no segundo turno
Foto: Ricardo Stuckert |
O resultado em si do primeiro turno das eleições municipais para o PT ficou mais ou menos dentro do esperado. Não podemos esquecer da tática do partido de apoiar aliados e não lançar candidatos na maioria das capitais e outras cidades importantes.
Em relação ao número de prefeituras conquistadas pelo partido, houve um avanço de 39%, passando de 179 municípios em 2020 para 248 agora. O PT vai disputar o segundo turno em quatro capitais e mais nove cidades com mais de 200 mil eleitores. Houve crescimento também na quantidade de vereadores eleitos na eleição de domingo passado: foram 3.118 petistas, mais 550 do que há quatro anos.
Quero repetir aqui algo que chamei a atenção em artigo recente: eleições municipais têm pouca influência nos pleitos presidenciais, seja porque a definição de voto em âmbito municipal se dá a partir de parâmetros específicos, ou pelo desencanto provocado pelos dois primeiros anos de mandato de boa parte dos prefeitos.
Os algoritmos dos lamaçais
Por Jair de Souza
Os resultados das recém concluídas eleições municipais brasileiras voltaram a evidenciar um sério problema com o qual as forças do campo popular vêm se defrontando há alguns anos.
As expressivas votações recebidas por certos candidatos que nos eram quase que inteiramente desconhecidos não deixam de nos provocar estupor e indignação.
Em consequência, algumas indagações nos vêm à mente de imediato: Como foi possível que gente sobre quem nunca tínhamos ouvido falar tenha sido escolhida por um número tão significativo de eleitores? O que faz com que milhões de pessoas dêem a sujeitos que nos parecem tão claramente pouco dotados de cultura, honestidade, inteligência, ou quaisquer outras qualidades positivas, a responsabilidade de representá-los nas instâncias parlamentares? Se nós os vemos como típicos energúmenos, por que tantas outras pessoas optam por elegê-los, em lugar de votar em alguém de nosso campo?
Os resultados das recém concluídas eleições municipais brasileiras voltaram a evidenciar um sério problema com o qual as forças do campo popular vêm se defrontando há alguns anos.
As expressivas votações recebidas por certos candidatos que nos eram quase que inteiramente desconhecidos não deixam de nos provocar estupor e indignação.
Em consequência, algumas indagações nos vêm à mente de imediato: Como foi possível que gente sobre quem nunca tínhamos ouvido falar tenha sido escolhida por um número tão significativo de eleitores? O que faz com que milhões de pessoas dêem a sujeitos que nos parecem tão claramente pouco dotados de cultura, honestidade, inteligência, ou quaisquer outras qualidades positivas, a responsabilidade de representá-los nas instâncias parlamentares? Se nós os vemos como típicos energúmenos, por que tantas outras pessoas optam por elegê-los, em lugar de votar em alguém de nosso campo?
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