sexta-feira, 21 de maio de 2010

Carta de Obama a Lula e a mídia colonizada

Reproduzo artigo de Rodrigo Vianna, publicado no blog Escrevinhador:

Acabo de ler no Portal "Terra" - que é mantido por uma empresa estrangeira, mas por incrível que pareça está entre os menos comprometidos com a velha imprensa anti-nacional - que Obama mandou carta sugerindo o acordo com o Irã.

Como ficam as manchetes e os comentários canhestros de nossa velha imprensa anti-nacional?

Nos últimos dias, veículos como "Financial Times" (como se sabe, mantido com dinheiro cubano), "New York Times" (perigoso diário sustentado pelo lulo-petismo) e "Le Monde" (infiltrado pela retórica chavista e pelo esquerdismo de Marco Aurélio Garcia) dedicaram-se a analisar os fatos e a reconhecer: o Brasil saiu maior, muito maior, desse acordo fechado em Teerã.

No caso desses jornais, não se trata de concordar com o Irã, nem de discordar das sanções que podem vir contra aquele país. Mas as três publicações procuram não brigar com os fatos. E os fatos indicam que o Brasil agiu com independência, inteligência, e no melhor interesse da paz. Indicam que o Brasil conquistou a maioridade diplomática.

Isso foi reconhecido pela imprensa internacional. Não por "subserviência a Lula", mas porque é um dado da realidade. Aqui no Brasil, em compensação, comentaristas que babam de raiva e jornais tresloucados de inveja saíram a atacar Lula.

Não reconhecem o óbvio. Preferem o Brasil que tira os sapatos para os EUA.

Jornais brasileiros chegaram a orgasmos jornalísticos quando Hillary Clinton atacou Brasil e Turquia.

Agora, revela-se que os EUA incentivaram o Brasil a tentar um acordo. Mais um sinal de que os EUA vivem uma disputa surda de poder: os democratas mais liberais chegaram à Casa Branca, mas os falcões seguem a mandar no Departamento de Estado.

O Terra reproduz a apuração feita pela Reuters:

"O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em uma carta ao seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que o acerto de troca de combustível nuclear com o Irã criaria "confiança" no mundo, segundo trechos do documento enviado há 15 dias, antes do acordo de Teerã.

A Reuters teve acesso a trechos da correspondência e comparou alguns de seus pontos com o acordo assinado na última segunda-feira. Nela, Obama retoma os termos do acordo que o Grupo de Viena havia proposto no ano passado, cujos principais elementos constam no acerto entre Brasil, Turquia e Irã. ‘Do nosso ponto de vista, uma decisão do Irã de enviar 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento para fora do país geraria confiança e diminuiria as tensões regionais por meio da redução do estoque iraniano’ de LEU (urânio levemente enriquecido na sigla em inglês), diz Obama, segundo trechos obtidos da carta.

Após o anúncio do acordo, no entanto, os Estados Unidos anunciaram que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia) concordaram com um esboço de resolução contendo novas sanções à República Islâmica”.

Obama, como se sabe, é um muçulmano esquerdista infiltrado na Casa Branca. Incentivou Lula a fazer o acordo.

Mas os homens bons nos EUA (e na imprensa brasileira) conseguiram barrar esse absurdo.

Vamos agora falar sério: a velha imprensa brasileira já estava desmoralizada - pelo seu moralismo seletivo, pelas mentiras, pela cara-de-pau, pela tentativa de se mostrar "isenta" enquanto atua feito partido conservador.
Só faltava revelar, sem máscaras, seu caráter anti-nacional.
Agora, não falta mais nada.

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5 comentários:

Marcelo Delfino disse...

Se bem que, agora mesmo, todo este assunto é manchete principal do Jornal das 10, da Globo News, e com uma abordagem mais próxima da mídia gringa independente do que do PiG nativo.

Se bem que pouca gente assiste o Jornal das 10. O povão mesmo só assiste a ração diária do JN, do Jornal da Band...

Marcelo Delfino disse...

Não que eu confie totalmente nas mídias globais. É apenas uma constatação de que só as mídias globais com público reduzido e de mais renda dão espaço para abordagens diversas das dos carros-chefe do conglomerado (Rede Globo e Sistema Globo de Rádio).

Tuilima disse...

Assisti ontem o JN. Ouvi e vi uma retratação jornalística (sic) da Rede Globo frente a notícia internacional da REUTERS, carta de OBAMA. Foi gritante a fala da âncora global, como enalteceu, com firmeza, a dita correspondência do presidente Americano. Foi como se fosse um pedido de desculpas ao povo brasileiro por eles terem subjulgado a atuação do BRASIL (LULA), no acordo com o Irã.
Amo ver e ouvir a pequenes da Rede Globo.
Artur Procopio Lima, de Criciuma, Santa Catarina, BRASIL.

Paulinho Pavaneli disse...

Pois é, falaram tanto, que desta vez... vão ter que colocar o rabo entre as pernas... são tão ridículos esses caras que não enxergam que o Mundo está mudando para melhor... que nós, brasileiros, estamos sendo muito bem representados pelas posições do Governo atual... coitados... eles não sabem o que fazem... não sabem o que pensam... Será que pensam?

Robson de Moura disse...

É mesmo uma beleza fazer parte da corte internacional do poder. Conquistamos este espaço, não? Lula é um orgulho para nós. No passado, numa situação como esta, por exemplo, quando o Hitler precisava crescer por entre os desentendimentos da Inglaterra, França e Rússia, o Brasil nem contava para ele, no jogo do mundo. Éramos no máximo um gandula continental. Agora não. Quando um Ahmadinejad precisa causar uma dissenção no ocidente, ele busca nós! Não é ótimo! Estamos na boca de cena! Somos os bobos da corte!!!