quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Duas linhas na ação derruba ministro

Por José Dirceu, em seu blog:

Ainda não surtiu efeito, mas os nossos jornalões e a oposição continuam sua campanha, a Operação Derruba Ministro, centrada no ministro do Esporte, Orlando Silva.

Desenvolvem-na, agora, em duas linhas: uma é tentar, de todos os modos, envolver o PT e trazê-lo para o foco e para o centro da crise; a outra é difundir a versão mentirosa de que a presidenta Dilma Rousseff está retirando poderes do ministro Orlando Silva e de sua Pasta por causa das denúncias que envolvem o Ministério.



Na primeira linha, tentam envolver o PT no caso ou citando inquéritos que correm em segredo de justiça, ou insinuando que a denúncia que envolve o ministro e a Pasta do Esporte pode ter origem em disputas entre o PT e o PC do B, integrante da base aliada há nove anos. É o caso dessa flagrante ilegalidade de divulgação de investigação que corre no Superior Tribunal de Justiça, sobre o governador de Brasília, Agnelo Queiroz (PT).

Esvaziamento de poderes, versão mentirosa

Na segunda linha que seguem, contam uma versão mentirosa, pela metade, quando dizem que a chefe do governo esvazia poderes do ministro e do Ministério em decorrência das denúncias e não pela importância dos eventos futuros, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Sabem, entendem, mas não contam que, pelo porte e importância, esses dois eventos exigem naturalmente um acompanhamento do Executivo, da Presidência da República como um todo, no comando de uma organização mais ampla do que aquela que o Ministério do Esporte pode fazer.

Não dizem, escondem e tentam fazer com que a opinião pública esqueça que esse envolvimento mais amplo da Presidência da República sempre foi necessário. E que existe desde a primeira hora da definição dos dois eventos esportivos no Brasil. Tanto que foram criados organismos coordenadores específicos (a autoridade Olímpica é um destes) para esta ação de diferentes órgãos do governo e da sociedade.

Se sofisticaram a tática, ou a diversificaram, agora seguindo duas linhas bem distintas, o objetivo da mídia e da oposição continua o mesmo: a Operação Derruba Ministro visa desarticular a base político-partidária do governo e a aliança que o sustenta. O objetivo é isolar a presidenta da República e deixar o governo em minoria no Congresso Nacional.

Não vêem outro caminho que não o do denuncismo

Vêem aí a única forma de tentar reverter o quadro atual, no qual cresce a popularidade e o apoio a presidenta Dilma e ao governo e, ainda, fortalece o PT. Basta ler as últimas pesquisas para constatar esse ampliação da aprovação e apoio ao governo, à presidenta da República e a seu partido.

Com a oposição dividida e sem projetos, só resta mesmo a nossa velha direita o caminho do denuncismo e a tentativa de criar um clima para tentar estimular uma mobilização contra a corrupção quando, na prática, quem a combate é o governo e os órgãos institucionais de controle e fiscalização do país.

6 comentários:

Maria disse...

Pois dessa vez, se eu fosse a Dilma, esperaria apuração completa do caso prá tomar qqer decisão. Chega de julgamento pela imprensa.

Asclê Junior disse...

Altamiro, sabemos que na prática não existe oposição. Existem parlamentares claudicantes em reconhecer, ao menos publicamente, que as coisas andam e país está em franco crescimento pelas mãos de um partido diferente do deles.

Como não existe representatividade para se fazer uma oposição, além da falta de idéias e o medíocre posicionamento em usar ferramentas regimentais para dificultar pautas ou mesmo votar contra para atrapalhar o país, tal contraposição ficou a cargo da imprensa, principalmente da Veja, revista que banca o maior partido de oposição e que conhecidamente recebe fundos do Partido Republicano dos EUA.

Portanto, eles não vão fazer outra coisa senão publicar factóides e criarem situações para prejudicar o governo. Além disso, tanto este governo, como o anterior, têm culpa em não votar uma lei que limita as ações da imprensa, além de não tomarem providências capituladas no Código Penal Brasileiro.

Infelizmente, se sérias medidas não forem tomadas, como a citada acima e o patrocínio público das campanhas, aonde vai dificultar em muito o ingresso de dinheiro privado nas campanhas, visto que está mais do que provado que vários parlamentares só servem à Mamon.

O pior é que tais revistas e jornais estão em todo lugar, de repartição pública a salão de barbeiro.

Miguel Oliveira disse...

Já foi divulgado o modus operandi do PSDB para literalmente comprar a mídia, principalmente escrita: compra de milhões de assinaturas de Vejas, Estadões e Folhas para escolas, repartições, secretarias, etc. Por que o governo federal não contra ataca? Por que não carrega a mão em alguma mídia com um mínimo de honestidade, para fazer contra ponto a eles? Por que prefere ficar encostado na parede o tempo todo? Não consigo entender.

spin in progress disse...

Não vai demorar o povo perceber que a imprensa nacional faz oposição a Dilma e será bom para o pais se o povo identificar isso. O momento é agora. Deixem a mulher trabalhar.

IF imóbile Feira disse...

Miro, você não acha que essa tentativa da oposição de desestabilizar o governo, parte da ala + radical, e pode ser uma tática equivocada porque trás de volta o Lula para 2014, o que não é bom para o fortalecimento do regime, que precisa de novos quadros e novas concepções. Avança Brasil!

Adroaldo Bauer disse...

Carlos Lacerda, o Corvo do Guandu, aplaudiria a FIFAPig e pediria bis