Por Igor Fuser, no jornal Brasil de Fato:
Em 1992, no contexto do fim da Guerra Fria e da vitória militar dos Estados Unidos sobre o Iraque na 1ª Guerra do Golfo, um grupo de altos funcionários do governo estadunidense, coordenado por Paul Wolfowitz, elaborou um texto com as linhas mestras para a estratégia de Washington após a dissolução da União Soviética.
O Relatório Wolfowitz, como ficou conhecido, estabeleceu duas prioridades centrais. A primeira: prevenir o surgimento de uma nova potência capaz de desafiar os EUA em escala global. A segunda: dissuadir “potenciais competidores” de contrariar os interesses estadunidenses em qualquer região do planeta.
Passados mais de vinte anos, essas metas continuam a nortear a política externa dos EUA. Elas explicam a atual ofensiva do imperialismo em cenários tão diferentes quanto a Ucrânia, a América Latina e o Oriente Médio.
O governo de Barack Obama agiu de modo deliberado ao romper o equilíbrio político da Ucrânia a fim de incluir aquele país na Otan, com vistas a debilitar a Rússia (potência regional refratária aos ditames de Washington), manter a União Europeia sob o controle do Tio Sam e bloquear o projeto de integração da Eurásia impulsionado pela Rússia e pela China (única potência em condições de rivalizar com os EUA).
Na América Latina, o imperialismo se encontra em plena ofensiva para destruir o campo político progressista que tem como expressões mais importantes a Venezuela, a Argentina e o Brasil. Tanto a campanha de desestabilização do presidente Nicolás Maduro quanto a cumplicidade de Washington com o ataque dos “fundos abutres” à Argentina obedecem à mesma lógica, de dobrar a região do mundo que mais tem se mostrado insubmissa aos EUA.
A campanha contra o Irã (outra possível potência regional) e o apoio incondicional às ações genocidas de Israel (o pit bull de estimação do Império) estão igualmente a serviço dessa estratégia mais geral que o cientista político Immanuel Wallerstein definiu como “a tentativa de restaurar o irrestaurável: a hegemonia estadunidense no sistema-mundo”. Segundo ele, “isto faz dos Estados Unidos um ator muito perigoso”.
Em 1992, no contexto do fim da Guerra Fria e da vitória militar dos Estados Unidos sobre o Iraque na 1ª Guerra do Golfo, um grupo de altos funcionários do governo estadunidense, coordenado por Paul Wolfowitz, elaborou um texto com as linhas mestras para a estratégia de Washington após a dissolução da União Soviética.
O Relatório Wolfowitz, como ficou conhecido, estabeleceu duas prioridades centrais. A primeira: prevenir o surgimento de uma nova potência capaz de desafiar os EUA em escala global. A segunda: dissuadir “potenciais competidores” de contrariar os interesses estadunidenses em qualquer região do planeta.
Passados mais de vinte anos, essas metas continuam a nortear a política externa dos EUA. Elas explicam a atual ofensiva do imperialismo em cenários tão diferentes quanto a Ucrânia, a América Latina e o Oriente Médio.
O governo de Barack Obama agiu de modo deliberado ao romper o equilíbrio político da Ucrânia a fim de incluir aquele país na Otan, com vistas a debilitar a Rússia (potência regional refratária aos ditames de Washington), manter a União Europeia sob o controle do Tio Sam e bloquear o projeto de integração da Eurásia impulsionado pela Rússia e pela China (única potência em condições de rivalizar com os EUA).
Na América Latina, o imperialismo se encontra em plena ofensiva para destruir o campo político progressista que tem como expressões mais importantes a Venezuela, a Argentina e o Brasil. Tanto a campanha de desestabilização do presidente Nicolás Maduro quanto a cumplicidade de Washington com o ataque dos “fundos abutres” à Argentina obedecem à mesma lógica, de dobrar a região do mundo que mais tem se mostrado insubmissa aos EUA.
A campanha contra o Irã (outra possível potência regional) e o apoio incondicional às ações genocidas de Israel (o pit bull de estimação do Império) estão igualmente a serviço dessa estratégia mais geral que o cientista político Immanuel Wallerstein definiu como “a tentativa de restaurar o irrestaurável: a hegemonia estadunidense no sistema-mundo”. Segundo ele, “isto faz dos Estados Unidos um ator muito perigoso”.
0 comentários:
Postar um comentário