Editorial do site Vermelho:
O ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso fez um dos piores governos da história republicana brasileira, marcado pelo entreguismo e a corrupção. Desenvolveu relações promíscuas com sua base de sustentação no Congresso Nacional, cooptando-a por meio da compra de votos, como no nefasto episódio da aprovação da emenda da reeleição. Politica e ideologicamente, completou há tempos sua adesão a posições conservadoras. Foi arauto da globalização neoliberal, que comparou ao Renascimento, alinhou-se com as posições neocolonialistas do imperialismo estadunidense. Hoje, no papel de oráculo do PSDB, alimenta o obsessivo mantra de derrotar a esquerda.
Mas, involuntariamente, às vezes presta inestimável serviço às forças progressistas. É quando fala com nitidez ao dar entrevistas, pronunciar conferências ou publicar artigos, como fez no último domingo (5) no jornal O Estado de S.Paulo. FHC combate as vozes que pregam o diálogo entre a oposição e o governo, alerta para os limites entre o diálogo e o conchavo e claramente nega uma “tábua de salvação” aos que estão à frente do poder nacional.
Não consta que as forças progressistas e o governo estejam em busca de uma “tábua de salvação”. Muito menos que faça parte do seu horizonte a capitulação ao inimigo ou a sujeição aos seus desastrosos planos. Estão, isto sim, empenhados na recomposição da sua base política, o que implica reforçar o núcleo de esquerda, repactuar as relações com o centro democrático e intensificar os laços com os movimentos populares e sindicais transformadores.
FHC veio a público mais uma vez para tentar oferecer um rumo à oposição neoliberal e conservadora, amálgama de forças reacionárias. Invocou a experiência histórica de crises institucionais, misturando alhos com bugalhos, para levantar a necessidade de a oposição ter organização e objetivos definidos, percepção clara sobre o que virá e visão política alternativa. Mesmo rejeitando retoricamente a saída golpista, desvelou seus propósitos de derrubar o governo, chamou a oposição às ruas e apresentou seu modelo de reforma política antidemocrática, golpeando o sistema proporcional e defendendo o financiamento empresarial das campanhas.
Efetivamente, não há termo de cooperação nem possibilidade de união entre correntes políticas tão antagônicas como são as forças progressistas e as que formam o consórcio oposicionista – o PSDB e seus partidos satélites, a mídia e os movimentos que vão às ruas pregar o golpe, que FHC generosamente designou como “movimentos populares moralizadores e reformistas”.
Não há despropósito maior do que pactuar com o partido que, à frente do governo federal [1995-2002] comprometeu a soberania nacional, vilipendiou os direitos do povo, dilapidou a economia e a administração pública, privatizou valiosas companhias estatais e tentou privatizar a Petrobras e os bancos públicos. Não faz nenhum sentido aderir a quem pretende restaurar o domínio da oligarquia financeira, como propôs seu candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais.
A oposição neoliberal e conservadora, representada pelo PSDB e seus aliados, é antagônica com a esquerda, as forças progressistas democráticas e patrióticas. É do confronto entre estas forças, salutar à consolidação da democracia, que resultará a solução de fundo para a crise política estrutural da sociedade brasileira.
A unidade necessária para enfrentar a momentânea crise do governo e as dificuldades econômicas deverá ser pactuada entre as forças democráticas, patrióticas e progressistas no âmbito de uma frente política e social com este caráter e conteúdo, em torno de bandeiras como a defesa da Petrobras, da economia nacional e sua engenharia; o combate à corrupção; a reforma política democrática, com o fim do financiamento empresarial das campanhas; a retomada do crescimento econômico e a garantia dos direitos trabalhistas e sociais. Esta plataforma mínima rejeita todo e qualquer golpismo, as manobras da oposição neoliberal e conservadora e tem como pressuposto a defesa do mandato legítimo e constitucional da presidenta Dilma.
O ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso fez um dos piores governos da história republicana brasileira, marcado pelo entreguismo e a corrupção. Desenvolveu relações promíscuas com sua base de sustentação no Congresso Nacional, cooptando-a por meio da compra de votos, como no nefasto episódio da aprovação da emenda da reeleição. Politica e ideologicamente, completou há tempos sua adesão a posições conservadoras. Foi arauto da globalização neoliberal, que comparou ao Renascimento, alinhou-se com as posições neocolonialistas do imperialismo estadunidense. Hoje, no papel de oráculo do PSDB, alimenta o obsessivo mantra de derrotar a esquerda.
Mas, involuntariamente, às vezes presta inestimável serviço às forças progressistas. É quando fala com nitidez ao dar entrevistas, pronunciar conferências ou publicar artigos, como fez no último domingo (5) no jornal O Estado de S.Paulo. FHC combate as vozes que pregam o diálogo entre a oposição e o governo, alerta para os limites entre o diálogo e o conchavo e claramente nega uma “tábua de salvação” aos que estão à frente do poder nacional.
Não consta que as forças progressistas e o governo estejam em busca de uma “tábua de salvação”. Muito menos que faça parte do seu horizonte a capitulação ao inimigo ou a sujeição aos seus desastrosos planos. Estão, isto sim, empenhados na recomposição da sua base política, o que implica reforçar o núcleo de esquerda, repactuar as relações com o centro democrático e intensificar os laços com os movimentos populares e sindicais transformadores.
FHC veio a público mais uma vez para tentar oferecer um rumo à oposição neoliberal e conservadora, amálgama de forças reacionárias. Invocou a experiência histórica de crises institucionais, misturando alhos com bugalhos, para levantar a necessidade de a oposição ter organização e objetivos definidos, percepção clara sobre o que virá e visão política alternativa. Mesmo rejeitando retoricamente a saída golpista, desvelou seus propósitos de derrubar o governo, chamou a oposição às ruas e apresentou seu modelo de reforma política antidemocrática, golpeando o sistema proporcional e defendendo o financiamento empresarial das campanhas.
Efetivamente, não há termo de cooperação nem possibilidade de união entre correntes políticas tão antagônicas como são as forças progressistas e as que formam o consórcio oposicionista – o PSDB e seus partidos satélites, a mídia e os movimentos que vão às ruas pregar o golpe, que FHC generosamente designou como “movimentos populares moralizadores e reformistas”.
Não há despropósito maior do que pactuar com o partido que, à frente do governo federal [1995-2002] comprometeu a soberania nacional, vilipendiou os direitos do povo, dilapidou a economia e a administração pública, privatizou valiosas companhias estatais e tentou privatizar a Petrobras e os bancos públicos. Não faz nenhum sentido aderir a quem pretende restaurar o domínio da oligarquia financeira, como propôs seu candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais.
A oposição neoliberal e conservadora, representada pelo PSDB e seus aliados, é antagônica com a esquerda, as forças progressistas democráticas e patrióticas. É do confronto entre estas forças, salutar à consolidação da democracia, que resultará a solução de fundo para a crise política estrutural da sociedade brasileira.
A unidade necessária para enfrentar a momentânea crise do governo e as dificuldades econômicas deverá ser pactuada entre as forças democráticas, patrióticas e progressistas no âmbito de uma frente política e social com este caráter e conteúdo, em torno de bandeiras como a defesa da Petrobras, da economia nacional e sua engenharia; o combate à corrupção; a reforma política democrática, com o fim do financiamento empresarial das campanhas; a retomada do crescimento econômico e a garantia dos direitos trabalhistas e sociais. Esta plataforma mínima rejeita todo e qualquer golpismo, as manobras da oposição neoliberal e conservadora e tem como pressuposto a defesa do mandato legítimo e constitucional da presidenta Dilma.
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