terça-feira, 24 de outubro de 2023

Dudu Bananinha dá vexame na Argentina

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também apelidado de Dudu Bananinha em decorrência de um comentário picante do general e atual senador Hamilton Mourão, adora falar e fazer besteiras. O filhote 03 do ex-presidente, que foi cogitado pelo pai para ser o “embaixador do hambúrguer” nos EUA, é motivo constante de chacota nas redes digitais. Na semana passada, o panaca voltou ao Trending Topics (TTs) do X, ex-Twitter.

Ele foi à Argentina para apoiar a candidatura presidencial do fascista Javier Milei. Durante a viagem custeada com grana pública, Dudu Bananinha pregou em entrevista ao canal C5N a liberação de armas no país vizinho. De imediato, o âncora da TV, Gustavo Sylvestre, cortou sua palavra e zombou do abestalhado: “É generosa a Argentina por receber esse tipo de gente... Por isso que os brasileiros, com lógica, tiraram o seu pai do poder, felizmente”.

O mico internacional da semana

A cena ridícula rendeu muitas gozações na internet. A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, foi uma das que não perdeu a oportunidade: “Mico internacional da semana vai pro filho do inelegível, Eduardo Bolsonaro, cortado da entrevista no canal C5N da Argentina ao defender facilitar o acesso às armas à população”. A deputada foi até diplomática. Outros internautas capricharam nos adjetivos contra o imbecil metido a líder da extrema-direita mundial.

A visita de Eduardo Bolsonaro e o apoio do seu paizão à candidatura de Javier Milei parecem que não rendeu os frutos desejados. Segundo Andrei Roman, diretor da Atlas Intel, o único instituto de pesquisas que projetou a vitória do peronista Sergio Massa no primeiro turno da eleição na Argentina, os bolsonaristas prejudicaram o “anarcocapitalista” portenho:

Apoio dos Bolsonaros tira votos de Milei

“A minha avaliação é que o apoio de Bolsonaro tira votos. Vamos adicionar essa pergunta na próxima pesquisa para testar a imagem do ex-presidente brasileiro na Argentina. Não há apoio majoritário para ele no país. No caso do Bolsonaro, a rejeição se dá por conta de um governo considerado caótico, principalmente no contexto da Covid-19”, afirmou em entrevista ao jornal O Globo.

Ele ainda acrescentou que “a pauta armamentista é rejeitada no país” e teorizou que “a Argentina é muito mais progressista que o Brasil, em termos de valores. Quase 70% do eleitorado apoia o casamento gay. Há temas que são capitalizados no Brasil por uma direita evangélica que, na Argentina, não existem, porque lá não há esse segmento. Isso é algo que os apoiadores brasileiros do Milei não entendem”.

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