sábado, 23 de junho de 2012

O golpe e o dedo de Washington

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

No final da tarde desta sexta, o Senado do Paraguai, dominado por partidos conservadores, decretou o afastamento do presidente eleito, Fernando Lugo. Mas o futuro do país é incerto. No plano interno, é provável que haja resistência ao ato, visto por boa parte da sociedade como um golpe. Uma multidão permanece diante do Legislativo, e passou a pedir a dissolução do próprio Congresso, por considerá-lo ilegítimo.

Ligações sinistras do mentor do golpe

Por Victor Farinelli, no sítio Opera Mundi:

Apontado por alguns partidários de Fernando Lugo como o mentor intelectual do processo que terminou com o impeachment do ex-presidente paraguaio, o empresário pecuarista e pré-candidato presidencial Horacio Cartes possui diversas controversas ligações, que vão desde o narcotráfico até o pinochetismo.

Impeachment de Lugo foi golpe

Foto: AP
Por Pedro Estevam Serrano, na CartaCapital:

O caso de Honduras em 2009, quando o presidente eleito Manuel Zelaya foi deposto, acendeu um claro sinal de alerta em todo continente latino-americano. A democracia como método de escolha majoritária e forma popular de decisão politica pode ser assolada por mandatários parlamentares e juízes togados que usam de seus poderes como afronta a Constituição, com o fim de destituir lideres eleitos democraticamente.

O que os EUA ganham com o golpe

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A reação de Washington ao golpe “democrático” no Paraguai será, como sempre, ambígua. Descartada a hipótese de que os estadunidenses agiram para fomentar o golpe — o que, em se tratando de América Latina, nunca pode ser descartado –, o Departamento de Estado vai nadar com a corrente, esperando com isso obter favores do atual governo de fato.

Um dia de luto para a democracia

Por José Dirceu, em seu blog:

O Senado paraguaio encenou o último ato do golpe de Estado no Paraguai nesta sexta. Foram 39 votos a favor da condenação do presidente Fernando Lugo ante 4 senadores que se opuseram ao verdadeiro circo montado pelo Legislativo no país. O vice-presidente Federico Franco foi recebido no Congresso às 19h50 (hora de Brasília) para assumir o poder.

O contrabando ideológico do Paraguai

Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:

Começo a ficar preocupado com o debate em torno do golpe no Paraguai.

Meu receio é o contrabando ideológico, com idéias exóticas que podem ser trazidas ao Brasil e germinar por aqui.

Daqui a pouco vão concluir que apareceu a internacional do PIG.

O golpe da oligarquia paraguaia

Editorial do sítio Vermelho:

O Congresso paraguaio, formado por uma maioria de oligarcas cevados durante a longa ditadura de Alfredo Stroessner, inovou e, imitando a guerra relâmpago dos nazistas, inventou o impeachment relâmpago: entre o abandono do presidente Fernando Lugo pelos parlamentares que formavam sua frágil base parlamentar, o início do “processo” e a decisão de afastar o presidente não transcorreram sequer 48 horas!

América Latina condena o golpe

Bolívia rechaça golpe no Paraguai

Exceção ou golpismo na América Latina?

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O Senado paraguaio concluiu nesta sexta-feira o enredo do golpe iniciado no dia anterior e aprovou, por 39 votos a favor e quatro contra, o impeachment do presidente da República, Fernando Lugo. De olho nas eleições de abril de 2013, a oligarquia, a Igreja e a mídia queriam a destituição do ex-bispo eleito em 2008, cuja base de apoio é maior no interior (40% da população vive no campo), sendo porém pouco organizada e pobre (30% está abaixo da linha da pobreza). A pressa evidenciada no rito sumário da votação, questionável até do ponto de vista jurídico, tinha como objetivo impedir a mobilização desses contingentes dispersos, pouco contemplados por um Estado fraco, desprovido de receita fiscal e acossado por interesses poderosos. O torniquete histórico que levou à destituição de Lugo ainda expressa a realidade estrutural de boa parte da América Latina.

PIG festeja golpe no Paraguai

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Depois a mídia reclama quando é chamada de PIG (Partido da Imprensa Golpista). Seu previsível comportamento no que tange ao golpe de Estado “constitucional” no Paraguai, porém, reforça o estereótipo que ela construiu para si mesma ao longo de sua história de apreço pelas rupturas institucionais aqui e em outros países governados pela esquerda.

Redes e ruas: esquina revolucionária

Por Ismael Cardoso, no sítio da União da Juventude Socialista (UJS):

Nascida da improvável intersecção da big science, da pesquisa militar e da cultura libertária, a internet é o instrumento social, político e econômico mais poderoso de nosso tempo. Este artigo é uma defesa intransigente desta nova maneira de se comunicar, que tem modificado profundamente as estruturas sociais de nosso tempo.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ato contra o golpe no Paraguai


EUA reconhecem golpistas do Paraguai

Por Altamiro Borges

Não causa nenhuma surpresa. Ocorreu o mesmo na tentativa frustrada de golpe na Venezuela, em abril de 2002, e no golpe direitista exitoso de Honduras, em junho de 2009. O Departamento de Estado dos EUA divulgou uma nota oficial na noite desta sexta-feira (22) reconhecendo "o voto do senado paraguaio pelo impeachment do presidente Lugo", desejando êxitos ao "novo presidente" e rogando que "os paraguaios ajam pacificamente, com calma e responsabilidade, dentro do espírito dos princípios democráticos".

Dilma deve romper com os golpistas

Clique para ampliar o documento
Por Altamiro Borges

A presidenta Dilma Rousseff, que foi presa e barbaramente torturada, parece indignada com a arbitrária destituição do presidente Fernando Lugo. No encerramento da Rio+20, na tarde de hoje (22), ela deixou explicito a sua revolta. Numa rápida entrevista, Dilma sinalizou que os golpistas do Paraguai poderão sofrer sanções das nações sul-americanas. “Disso [o golpe] sai uma consequência”.

Golpistas já reprimem no Paraguai

O pronunciamento de Fernando Lugo

Veja apoia o golpe no Paraguai

Por Altamiro Borges

O blogueiro oficial da revista Veja acaba de postar um texto efusivo em apoio ao golpe no Paraguai. Para o patético Reinaldo Azevedo, a destituição do presidente “é constitucional e democrática... No Paraguai, triunfou a lei. É tão evidente a vinculação de Fernando Lugo com os ditos sem-terra, convertidos em força terrorista, que os dias a mais para a defesa não fariam diferença no mérito”.

Golpe no Paraguai é confirmado

Por Altamiro Borges

O Senado do Paraguai, controlado por forças de direita, acaba de aprovar o impeachment do presidente Fernando Lugo. O golpe de Estado, mascarado de “saída institucional”, teve o voto favorável de 39 senadores – quatro votaram contra a destituição e dois se abstiveram. O vice-presidente Federico Franco, que há muito investia na desestabilização do governo, deverá assumir o cargo.

Imagens da resistência no Paraguai









Fotos: Reuters