quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O dia em que a vaca tossiu

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Ao trabalho, amigos e amigas.

Estou levando à sério minha ideia de iniciar um processo de afastamento definitivo da nossa mídia como fonte de informação.

Vamos discutir assuntos a partir de fontes primárias.

Eliminando os “atravessadores”, reduziremos de maneira extraordinária o custo da nossa informação.

Qual é, afinal, a agenda da oposição?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Por absoluta falta de assunto, a imprensa e as oposições em geral poderiam dar férias coletivas aos seus colaboradores. Cada vez que termino de ler o tedioso noticiário do dia, lembro-me da célebre frase do filósofo Ronald Golias, um gênio que faz muita falta nos dias atuais: "A humanidade não está se comportando bem..."

Dilma e o jornalismo Cafuringa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Desde que foram anunciados os nomes dos novos ministros da área econômica, os principais jornais do país se esforçam para decifrar o que pode mudar no segundo mandato de Dilma Rousseff. Mas, se o leitor atento e crítico revisitar as primeiras páginas publicadas desde a última semana de dezembro, vai encontrar uma grande fartura de contradições, como resultado de apostas e conjecturas fabricadas nas redações.

O fim da televisão como a conhecemos

Por Ignacio Ramonet, no site Carta Maior:

A televisão continua mudando rapidamente. Essencialmente, pelas novas práticas de acesso aos conteúdos audiovisuais que observamos sobretudo entre as gerações jovens. Todos os estudos realizados sobre as novas práticas de uso da televisão nos EUA e na Europa indicam uma mudança acelerada. Os jovens telespectadores passam do consumo “linear” da TV para um consumo de programas gravados e “à la carte” em uma “segunda tela” (computador, tablet, smartphone). De receptores passivos, os cidadãos estão passando a ser, mediante o uso massivo das redes sociais, “produtores-difusores”, ou produtores-consumidores (prosumers).

A vocação de mosca de O Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O mundo vive a maior tensão econômica desde 2008, com a queda de braço entre os produtores de petróleo convencional e o “fracking” do xisto que ameaça romper o equilíbrio energético do planeta.

O que está acontecendo com esta indústria, que só não quebrou porque seus contratos de hedge aliviam sua situação por algum tempo, tem as proporções de hecatombe, não só na economia mas no meio ambiente, porque torna inviável financeiramente a produção de energia limpa, que é cara.

Lava-Jato banhou Eduardo Cunha?

Por Altamiro Borges

A Folha publicou nesta quarta-feira (7) uma matéria que deve acirrar ainda mais a inflamável disputa pela presidência da Câmara Federal. Segundo o jornalão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de investigação contra o deputado Eduardo Cunha por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Em seu twitter, o líder do PMDB – que na semana passada bombardeou a proposta de regulação da mídia apresentada pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini – desmentiu a acusação e atacou o jornal. "Fazer manchete baseado numa citação de que ouvi dizer, sem prova, é um verdadeiro absurdo".

A greve contra a chantagem da Volks

Assembleia na Volks. Foto: Paulo de Souza / SMABC
Por Altamiro Borges

Em assembleia realizada nesta terça-feira (6), os metalúrgicos da Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado contra as 800 demissões impostas pela empresa – que usou o período das férias coletivas do final do ano para comunicar o covarde facão. Após auferir lucros recordes com a expansão do mercado automobilístico no Brasil – inclusive com a inestimável ajuda do Palácio do Planalto, que isentou de impostos as montadoras de veículos – a multinacional alemã investe contra os trabalhadores com o nítido propósito de chantagear o governo para obter novas vantagens econômicas.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Dilma e a República dos Economistas

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

O Brasil já teve sua “República dos Bacharéis”. Durante a primeira fase republicana (1889-1930), o ambiente político era dominado pelo vocabulário jurídico e recheado de frases pomposas em latim – forjadas nas “Academias” de Direito (especialmente, a Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo).

Era um saber disponível para poucos. Era a marca distintiva do poder.

2015: ano de diálogo e combate

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

O significado da vitória de Dilma em 2014 é muito mais problemático do que a vitória de Lula, em 2002. Por um lado, a correlação política de forças é mais desfavorável do que a dos períodos anteriores. A direita burguesa conseguiu fazer com que alguns milhões de beneficiados pelas políticas governamentais de transferência de renda acreditassem em sua campanha anti-petista. E seus candidatos até hoje não desceram do palanque, com seus setores mais reacionários tentando mobilizar os brasileiros a apoiar um terceiro turno sem urnas, e transformar a Operação Lava Jato em processo exclusivo contra o PT e o governo Dilma. Em vários setores da população, enraíza-se a suposição de que, com a democracia, aumentaram a violência urbana e os casos de corrupção, supostamente inexistentes durante a ditadura militar.

A mídia na "ditadura" britânica

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Um homem reclamou que o diário Edinburgh Evening News, da capital da Escócia, publicou numa chamada de primeira página a foto da casa dele, remetendo erroneamente a uma reportagem nas páginas internas que tratava de abuso sexual. Por isso, queixou-se à recém-criada Organização Independente de Padrões da Imprensa (IPSO, na sigla em inglês).

Patrus traz Kátia Abreu à realidade

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Coube ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, hoje, chamar à realidade a colega da Agricultura, Kátia Abreu, pela tolice de ontem, ao dizer que “não existe mais latifúndio” no Brasil.

A nossa ruralista precisa entender que ela não é mais líder de um segmento da sociedade, mas uma agente pública de toda a sociedade para a produção rural.

O plano de Dilma para regular a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Durante a cerimônia de posse de Dilma no Palácio do Planalto este blogueiro teve chance de conversar com personalidades da política que confirmaram que, ao menos no discurso, a presidente pode ter se convencido de que regular a mídia pode até não vir a ajudá-la em seu mandato, mas pode dar ao país, no futuro, uma comunicação mais plural e democrática.

O Brasil tem latifúndios: 70 mil deles

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Por Marcelo Pellegrini, na revista CartaCapital:

As grandes propriedades rurais improdutivas, consideradas por definição como latifúndio, não apenas existem no Brasil, ao contrário do que afirmou na segunda-feira, 5, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, como cresceram. Apenas no governo Lula (2003-2010), os latifúndios ganharam 100 milhões de hectares. Com isso, em 2010, as terras improdutivas representavam 40% das grandes propriedades rurais brasileiras, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ao todo, 228 milhões de hectares estão abandonados ou produzem abaixo da capacidade, o que os torna sem função social e, portanto, aptos para a reforma agrária de acordo com a Constituição.

A falta de escrúpulos do cartel da mídia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Convicções políticas, ideológicas e filosóficas variadas, diferentes visões de mundo, defesa de interesses corporativos e de classe.Tudo isso faz parte da essência do regime democrático e se constitui num bem civilizatório. Desse choque de ideias surge o caminho republicano a ser seguido. A honestidade intelectual, a tolerância e a conduta ética são requisitos fundamentais para o enriquecimento desse debate. Mas os barões do monopólio da mídia e seus porta-vozes no parlamento ignoram esses preceitos e apelam para a mentira e a calhordice para manter seus privilégios.

O latifúndio e as mortes no campo

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Por Cristiane Passos, no jornal Brasil de Fato:

2014 inverteu a lógica de violên­cia que vinha se mantendo nos últimos anos. Foram seis membros de comuni­dades tradicionais assassinados, con­forme dados preliminares da CPT. A lu­ta organizada desses povos e a atenção midiática que se voltou para suas pautas em todo o mundo pode ter freado a in­vestida do capital contra suas vidas. Em compensação, tal investida voltou-se para os assentados, pequenos proprie­tários, trabalhadores sem-terra, possei­ros e sindicalistas, que perderam 28 mi­litantes nesse ano.

“Máfia das próteses” e os votos de Aécio

Por Altamiro Borges

O programa Fantástico, da TV Globo, apresentou no último domingo (4) uma longa reportagem sobre a “máfia das próteses”. Ele revela que alguns médicos prescrevem cirurgias desnecessárias, colocando em risco a vida de pacientes, para ganhar comissões das empresas que comercializam os produtos para os implantes. Eles também fraudam documentos para obter liminares judiciais que obrigam o SUS e os planos privados de saúde a pagar por procedimentos superfaturados. A negociata renderia até R$ 100 mil por mês aos médicos corruptos. Segundo o Fantástico, a “máfia das próteses” movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano.

"Veja", o nazismo na PM e os leitores

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Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Veja publicou uma reportagem na sua última edição com uma denúncia envolvendo um tenente-coronel da PM do Rio chamado Fábio Almeida de Souza, que supostamente teria simpatia pelo nazismo dentro da Tropa de Choque. Ele participou das manifestações de 2013 e pode ter incitado confrontos físicos com black blocs. A publicação reuniu conversas no Whatsapp que estão em um inquérito de 230 páginas da Corregedoria-Geral da Polícia Militar.

"Ajuste fiscal", vitória dos banqueiros

marciobaraldi.com.br
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Em 31 de dezembro, a Rede Brasil Atual publicou excelente entrevista em que o repórter Eduardo Maretti dialoga com o economista Luiz Gozaga Belluzzo, sobre o “ajuste fiscal” iniciado pelo governo Dilma. O texto repercutiu muito menos que merecia, por motivos previsíveis. A mídia conservadora procura apresentar o “ajuste fiscal” como uma necessidade técnica – portanto, um tema que não pode ser submetido ao debate político. Parte dos defensores de Dilma torce para o mesmo. Assusta-se com as medidas já anunciadas ou em estudos – mas prefere vê-las como um recuo temporário, uma pausa incômoda e inesperada, porém necessária para cumprir, mais adiante, o governo de “Mais Mudanças” prometido pela presidente na campanha à reeleição. Belluzzo desmonta ambas hipóteses: por isso, vale examinar seus argumentos com atenção.

O trabalhador vai pagar a conta?

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

As centrais sindicais devem se reunir com o governo, em aproximadamente três semanas, e defender a posição de que aceitam mudar regras da Previdência Social se os trabalhadores não pagarem a conta. “É importante deixar claro que tudo o que se refere a transparência, aperfeiçoamento e maior controle social não traz problemas para nós, desde que não retire direitos dos trabalhadores”, diz Carmen Helena Ferreira Foro, vice-presidente da CUT.

A luta contra os coronéis da mídia