domingo, 3 de janeiro de 2016

Direita retoma espaço na América do Sul

Por Kjeld Jakobsen, na revista Teoria e Debate:

Se considerarmos os recentes processos eleitorais em vários países da América do Sul e em diferentes esferas governamentais, os resultados favoreceram a direita. Na eleição presidencial argentina venceu o candidato Mauricio Macri do Partido Proposta Republicana (PRO), de direita, e na eleição legislativa venezuelana a Mesa de Unidade Democrática (MUD), de oposição ao governo bolivariano, elegeu a maioria dos deputados da Assembleia Nacional.

O golpe do impeachment no Brasil

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

O ano de 2015 termina marcado pelas diversas tentativas da oposição de golpear a democracia brasileira e prejudicar o país, desejando o agravamento da crise política e do cenário econômico. O impeachment, o parecer do TCU, o pedido de recontagem de votos do PSDB ao TSE, todos são parte de uma estratégia da oposição que busca deslegitimar a vitória da Presidenta Dilma, obtida nas urnas, entre outras tentativas fracassadas daqueles que ainda não se conformaram com o resultado das eleições.

O salário mínimo e o fim da Era Levy

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Os jornalões falam em “rombo nas contas públicas”, “endividamento do Estado” e “tentativa de recuperação da sua base social”. Mas o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) afirma que a decisão do governo Dilma de apostar na Política de Valorização do Salário Mínimo como saída para a crise vai injetar R$ 57 bilhões na economia.

O raciocínio é relativamente simples: estima-se que 48,3 milhões de brasileiros têm rendimento referenciado no salário mínimo que, a partir de 1º de janeiro, passará a valer R$ 880, ao invés dos atuais R$ 788. Com mais dinheiro no bolso, as pessoas poderão gastar mais, o que irá gerar um incremento de R$ 30,7 bilhões na arrecadação tributária sobre o consumo. Isso, é claro, além do que será gasto em bens e serviços.

2016 começa com mais uma chacina em SP

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Quatro jovens morreram e um ficou ferido na primeira chacina do ano em São Paulo, no município de Guarulhos. Adriano Silva Araújo (28), Francisco Pereira Caetano (23), Hermes Inácio Moreira (19) e Leonardo José de Souza (23) foram executados em um bar na Vila Galvão.

De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, quando a perícia técnica chegou ao local, não havia nenhuma cápsula ou projétil em frente ao bar. A Polícia Civil investiga se os assassinatos seriam uma forma de vingança pela morte de um policial militar ocorrido na semana passada.

A privatização da política no Brasil

Por Luciano Rezende, no site da Fundação Maurício Grabois:

Provavelmente a prática política nunca foi tão agredida como na atualidade. O orgulho que deveríamos ter por sermos agentes políticos da transformação dá lugar ao sentimento de ojeriza a tudo que esteja associado a governos, partidos políticos ou movimentos sociais.

O ataque à política em geral e aos partidos de esquerda em particular faz parte de uma ação bem orquestrada pelo neoliberalismo. Da mesma forma quando querem abocanhar alguma empresa pública e tratam de enlamear o seu nome perante a opinião pública - tornando-a símbolo de corrupção e corporativismo para que os governos neoliberais tenham justificativas para entregá-las de mãos beijadas ao mercado -, fazem o mesmo com a política. Seu objetivo principal e fazer com que os governos sejam geridos por técnicos profissionalizados e indicados pelo mercado.

Uma aula de manipulação em 3 minutos

2016 pode acabar menos ruim do que 2015

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Acho perfeitamente possível imaginar um 2016 menos ruim do que 2015.

Duas decisões recentes - o decreto que elevou o salário mínimo em 11% e a abertura de facilidades para o acesso de Estados e municípios ao crédito externo - mostram isso.

Não se deve exagerar o impacto dessas decisões na vida real dos brasileiros. Até porque elas vêm acompanhadas de medidas em outra direção, como o veto presidencial ao reajuste do Bolsa Família para cobrir perdas inflacionárias, e a retomada no debate sobre mudanças na Previdência Social.

sábado, 2 de janeiro de 2016

A mais difícil eleição da história do PT

Por Renato Rovai, em seu blog:

Se o ano começa duro e difícil para o governo Dilma, que tem a tarefa de afastar do cenário a possibilidade de impeachment ao mesmo tempo que enfrenta uma profunda crise econômica, quem vai ter de encarar o desafio mais difícil de 2016 é o partido da presidenta que disputará a mais dura batalha eleitoral de sua história.

De Dilma aos Frias, com carinho!


Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

O artigo da presidenta Dilma Rousseff com desejos de um feliz 2016 a todos brasileiros e brasileiras foi, primeiro, publicado na Folha de S.Paulo.

A mesma Folha que, há três meses, fez um editorial intitulado "Última chance", no qual exigia a saída dela, de forma desrespeitosa e degradante.

A mesma Folha da ficha falsa, da campanha eleitoral de 2010.

'The Economist' e o umbigo inglês

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Como os abutres, que nas planícies da África avançam sobre a carniça quando as hienas se distraem, tem gente festejando a matéria sobre o Brasil da The Economist desta semana, mostrando uma Dilma Roussef cabisbaixa na capa.

Como faz com qualquer país que não reze segundo a cartilha neoliberal anglo-saxã, do tipo “faça o que eu digo, não o que eu faço”, The Economist alerta que o Brasil enfrenta um “desastre político e econômico”, cita o rebaixamento do país pela Fitch e pela Standard and Poors – mas não diz que essas agências foram incapazes de prever a crise que se abateu sobre os EUA e a Europa, Inglaterra incluída, em 2008, a ponto de terem sido multadas por incompetência e por enganar investidores – e conclui criticando o déficit previsto para nosso país em 2014, sem citar – aliás, como faz a imprensa conservadora tupiniquim - as reservas internacionais brasileiras, de 370 bilhões de dólares, o equivalente a 1 trilhão, 480 bilhões de reais.

Dilma acaricia os leões da 'Folha'

Por Diógenes Brandão, em seu blog:

Duas horas após os fogos de artifícios, brindes e abraços anunciarem a virada do ano de 2015 para o de 2016, o jornal Folha de São Paulo publicou com exclusividade, mas sem nenhuma foto, o artigo com a primeira mensagem do ano, enviada pela presidenta Dilma ao povo brasileiro, sob o título "Um feliz 2016 para o povo brasileiro".

Como já havia dito ontem, este meticuloso blogueiro, mesmo controlando sua ansiedade ainda não conseguiu entender o motivo de tamanho privilégio concedido ao impresso da família Frias. Dilma sabe, ou deveria saber, que tem uma gama de mais de 10.817 outros veículos - como já foi dito aqui - pagos com verbas publicitárias estatais, sem falar das centenas de milhares de blogues e redes sociais de ativistas digitais que compartilham e reproduzem os conteúdos de seu governo voluntariamente.

Carnaval carioca e TV Globo, nada a ver!

Por Altamiro Borges

A partir da próxima semana, a TV Globo deve começar a bombardear os telespectadores com as suas vinhetas para o Carnaval do Rio de Janeiro. Com os direitos exclusivos de transmissão televisiva de uma das maiores festas populares do planeta, a emissora dos três filhos de Roberto Marinho fatura muita grana com patrocínio e publicidade. Mas, segundo informa a jornalista Keila Jimenez, do site rival R7, as relações entre o império global e as escolas de samba não andam nada amigáveis e podem até resultar em fratura em um futuro próximo. Vale conferir:

Papa exorciza a 'Folha'; Dilma abençoa!

Por Altamiro Borges

Em cerimônia no Vaticano na virada do ano, o papa Francisco novamente excomungou a chamada grande imprensa. Segundo relato de Philip Pullella, da Reuters, "os meios de comunicação precisam abrir mais espaço para histórias inspiradoras e positivas para contrabalançar a preponderância do mal, da violência e ódio no mundo, disse o papa nesta quinta-feira (31)... Em sua breve homília, Francisco disse que o ano encerrado foi marcado por muitas tragédias... Mas ele disse que também houve 'muitos grandes gestos de bondade' para ajudar os necessitados 'mesmo que eles não apareçam em programas noticiosos da televisão (porque) as coisas boas não fazem notícia'. Será que o papa tem acompanhado a mídia brasileira, hoje dominada por urubólogos da pior espécie?

A histeria contra salário mínimo de R$ 880

Por Altamiro Borges

Entrou em vigor nesta sexta-feira (1) o novo valor do salário mínimo, que terá impacto direto na vida de mais de 48 milhões de trabalhadores, aposentados e pensionistas do Brasil. Ele passou de R$ 788 para R$ 880, um reajuste de 11,67%. Com essa decisão, adotada em tempos sombrios de ajuste fiscal, a presidenta Dilma preservou a política de valorização do salário mínimo, iniciada no governo Lula após um acordo histórico com as centrais sindicais. Apesar do aumento nominal ser de apenas R$ 92, a velha imprensa fez questão de bombardear o decreto presidencial. Essa histeria confirma, mais uma vez, que os barões da mídia só pensam nos seus lucros e nos interesses dos rentistas. Para eles, o ideal seria que o Brasil voltasse à época da escravidão, sem salários ou direitos trabalhistas.

Manual do perfeito midiota

Por Luciano Martins Costa, no site Brasileiros:

O ano está terminando e você certamente está odiando não poder jantar naquele restaurante em Nova York onde um lugar à mesa não sai por menos de 300 dólares.

Você leu na imprensa brasileira que esse é o melhor programa para comemorar a passagem do ano. Mas não vai dar, não é? E a culpa, claro, é daqueles que fizeram disparar o dólar e elevaram os juros, de modo que, por mais que tenha ralado para cumprir as metas, o custo desse sonho é muito alto.

Isso faz com que você odeie ainda mais esses comunistas que afundaram o Brasil, não é mesmo? Porque você está convencido, pela leitura dos jornais e da maioria das revistas de informação, de que o Brasil afundou.

E a democracia sobreviveu a 2015

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


Refletindo sobre o ano espantoso, assustador e doloroso que chega ao fim, há que concluir que, sob um aspecto muito importante, não só terminou bem como ainda abre passagem a um novo ciclo que promete marcar a virada desse jogo injusto e perigoso que foi jogado ao longo dos últimos 365 dias.

Desde 2002 o Brasil não tinha um ano tão ruim. Durante os 12 anos seguintes este país distribuiria renda, veria a pobreza cair e o nível de emprego aumentar. Mas o fascismo não se conformava…

Metrô, monotrilho e esqueletos de Alckmin

Por Francisco Luís, no blog Viomundo:

Nessa quinta-feira, 31 de dezembro, o Estadão publicou que o governo Geraldo Alckmin (PSDB) suspendeu até 2017 o início da construção de dois trechos do monotrilho da Linha 17-Ouro (Jabaquara-Morumbi), na zona sul da capital. Em consequência, trava a conexão metrô-aeroporto de Congonhas, prometida para 2012.

Nenhuma surpresa para quem acompanha os dados da execução do Metrô paulista. Execução é o quanto foi gasto para fazer a obra.

O incrível reveillon de bobagens de O Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É a crise, é a crise, é preciso gritar a cada minuto.

Ontem à noite, a poucas horas da virada do ano, O Globo saiu-se com a “pérola”: Crise econômica faz público trocar o branco pelo amarelo no réveillon.

Ridículo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Eu acuso Aécio Neves

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Eu acuso Aécio.

Um homem que:

- Constroi um aeroporto privado com dinheiro público;

- Coloca recursos do contribuinte mineiro, como governador, em rádios da própria família;

- Não se envergonha de, sendo político, ter rádios, num brutal conflito de interesses;

"Maior herança é a ascensão dos excluídos"

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:


Atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o sociólogo Jessé de Souza é conhecido pelo pensamento agudo e a argumentação desassombrada. Seu novo livro, A Tolice da Inteligência Brasileira, confirma essas características. Ao analisar o desenvolvimento do pensamento no e sobre o País, Souza não poupa ninguém, nem mesmo Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. Segundo ele, o pensamento culturalista brasileiro tornou-se um instrumento das elites para influenciar a classe média na demonização das instituições e da classe política, o que esconderia a verdadeira intenção da parcela mais rica do País: apropriar-se novamente do Estado brasileiro.