sexta-feira, 3 de junho de 2016

A volta de Ricardo Melo para a EBC

Por Railídia Carvalho, no site Vermelho:

A recondução do jornalista Ricardo Melo à presidência da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) derrubou mais uma indicação do presidente provisório Michel Temer em áreas chaves do governo golpista. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu nesta quinta-feira (2), liminar a Melo, ilegalmente exonerado por Temer. A liminar junta Laerte Rimoli, que assumiu em lugar de Melo, aos ex-ministros Romero Jucá e Fabiano Silveira, afastados em menos de um mês do governo interino.

“É a primeira derrota jurídica do governo golpista provisório, que vem sofrendo derrotas políticas porque está tentando impor ao país uma agenda que não foi vencedora nas urnas. As medidas de Temer não tem eco na sociedade”, avaliou a jornalista Renata Mielli, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Lava-Jato, a mídia e o futuro do golpe

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

Não há dúvida de que o único objetivo da “Operação Lava Jato” é inviabilizar a continuidade do ciclo progressista iniciado com a eleição de Luis Inácio Lula da Silva para a Presidência da República em 2002. O diz-que-diz que se estabeleceu sobre o futuro das operações do grupo pilotado por Sérgio Moro após a aceitação do impeachment fraudulento no Senado Federal contra a presidenta Dilma Rousseff é apenas mais um capítulo dessa novela - gravações de peemedebistas com tramoias para impor limites às investigações mostram bem a sua essência. A mídia, na sua missão de baluarte do golpismo, ao mesmo tempo em que pressiona por uma limpa no governo interino, trata com dedos figurões que podem ser esteios do pós-impeachment, caso ele se consume. É o rito da “Lava Jato”.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Não dá para confiar no Senado. Só nas ruas!

Por Altamiro Borges

Parece que bateu o desespero nos golpistas, o que só confirma o novo apelido de presidente interino: “Michel Treme”. Nesta quinta-feira (2), a tal “comissão especial do impeachment” do Senado decidiu reduzir em 20 dias o prazo para a tramitação do processo contra Dilma Rousseff. Com esta manobra, a votação final do estupro à democracia poderá ocorrer em meados de julho. A defesa da presidenta democraticamente eleita pelos brasileiros já anunciou que recorrerá da decisão, ilegal e arbitrária, no Supremo Tribunal Federal. Este golpe dentro do golpe revela que Michel Treme se borra de medo da onda crescente de protestos na sociedade e da possibilidade de vários senadores alterarem seu voto na discussão do mérito, afastando o golpista e garantindo o retorno de Dilma Rousseff.

Propina na reeleição de FHC não dá manchete

Por Altamiro Borges

Qualquer denúncia vazia, sem qualquer prova, contra o ex-presidente Lula logo vira manchete dos jornalões, capa das revistonas e motivo de ácidos comentários na rádio e tevê. Já a reafirmação, pela “enésima vez”, de que o ex-presidente FHC comprou a sua reeleição, em 1997, não causa maiores escândalos na imprensa tucana. Nesta semana, o ex-deputado federal Pedro Corrêa confirmou em sua “delação premiada” que o grão-tucano “comprou mais de cinquenta parlamentares” para garantir a aprovação da emenda que rasgou a Constituição Federal e lhe permitiu mais quatro anos de mandato. A denúncia, que já fora fartamente comprovada no indispensável livro “O príncipe da privataria”, do jornalista Palmério Dória, apareceu em tímidas reportagens e logo sumiu do noticiário.

Dilma passa de impopular à líder de massas

Por Najla Passos, no site Carta Maior:

Nos dez últimos dias, tive duas oportunidades de estar frente a frente com a presidenta afastada, Dilma Rousseff. Duas oportunidades históricas de ver como ela é recebida nas ruas, de saber o que tem a dizer após o afastamento forçado e, em um dos casos, até de lhe fazer uma pergunta meio ácida, olhos nos olhos. A primeira foi no último dia 20, em Belo Horizonte (MG), durante o V Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, quando ela fez sua primeira aparição pública após o afastamento da presidência. A última ocorreu nesta segunda (30), na Universidade de Brasília (UnB), onde ela participou do lançamento do livro “A resistência ao golpe de 2016”.

Lula, a Justiça e o justiciamento…

Por Renato Rovai, em seu blog:

Faz quase 1 ano que advogados de empreiteiros falam em off pra quem quiser ouvir que muitos dos seus clientes vinham sendo pressionados a envolver Lula em delações premiadas.

No início, a pressão era mais discreta. Perguntava-se se o ex-presidente havia participado de negociações, se em algum momento teria realizado algum telefonema, se insinuara que sabia do caso ou alguma coisa assim mais indireta.

França: a luta social pega fogo

Foto: L´Humanité
Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Paris está em chamas, enquanto o presidente François Hollande trapaceia. Esta é síntese dos protestos por toda a França contra a proposta da “reforma” trabalhista, enquanto o presidente posa no G-7, no Japão, como se fosse um dos Senhores do Universo.

A França está semiparalisada – dos trabalhadores nas docas do porto Le Havre (um hub-chave de comércio) a operários das refinarias, depósitos de petróleo, estações de energia nuclear (que respondem por 75% do fornecimento nacional de energia), aeroportos, e o sistema de transportes sobre trilhos metropolitano de Paris. Isso converteu-se em pânico numa miríade de postos de gasolina – com a paralisação de grande parte do sistema de transportes francês.

Complô contra Dilma envolveu políticos e STF

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Romero Jucá e Sérgio Machado são velhos amigos. Senadores pelo PSDB no governo Fernando Henrique, aderiram via PMDB à gestão Lula e hoje estão enrolados na Operação Lava Jato. Foi em nome dos bons tempos que Jucá abriu a porta de casa quando Machado chegou de surpresa logo cedo em meados de março.

Conversaram longamente sobre a situação política e econômica do País. E também a policial. Especialmente a policial. Com a Lava Jato no encalço de Machado, Jucá comentou estar na política a salvação do amigo e dos figurões em geral.

O xadrez de Michel Temer, o breve

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Movimento 1 – Michel, o interino, torna-se Michel, o breve

A cada dia que passa, a sucessão infindável de erros deixa nítida a incapacidade do presidente interino de tocar o país. Não tem noção de como se portar em um presidencialismo de coalizão. Deixou o barco solto, loteou o Ministério de uma forma irresponsável que nem o próprio José Sarney ousou, soltou as rédeas liberando o ataque bárbaro às instituições, cada grupo tratando de saquear o território conquistado.

Golpistas têm medo da derrota no Senado

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Até agora, todos previam a duração do processo de impeachment até setembro.

Quando Anastasia tentou antecipar, foi para agosto, o que já era discutível.

Agora, por ordem direta de Michel Temer, o PMDB quer apertar mais o prazo: julho.

Deu um golpe de mão para isso, hoje, na comissão do impeachment no Senado.

Resistência e justiça na EBC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

É bom lembrar que a liminar do ministro Dias Toffoli que desfez a nomeação do jornalista Laerte Rimoli e determinou o retorno de Ricardo Melo ao posto de diretor-presidente da EBC não tem caráter definitivo. Pelos aspectos políticos envolvidos, pode-se imaginar que nos próximos dias os advogados do governo interino de Michel Temer apresentarão recurso para tentar levar a decisão a plenário, esperando colocar a discussão para ser resolvida em caráter definitivo pelo colegiado do STF.

Sem-teto pressionam e Temer recua do recuo

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Após militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparem o saguão do prédio do escritório da Presidência da República, nesta quarta (1), na avenida Paulista, em São Paulo, o Ministério das Cidades anunciou que voltará a contratar unidades habitacionais pelo Programa Minha Casa, Minha Vida Entidades.

O governo do presidente interino revoga dessa forma, a decisão que ele próprio havia revogado anteriormente ao desautorizar a contratação de 11.250 residências.

Se popularidade de Temer cair, Dilma volta

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os sinais estão todos aí, só não vê quem não quer. A reportagem que você vai ler a seguir mostra que o governo Michel Temer está se enforcando sozinho e explica porque o jogo político começa a experimentar uma reviravolta surpreendente no Brasil.

Confira:

“O ministro de combate à corrupção do presidente interino do Brasil, Michel Temer, renunciou segunda-feira depois de uma gravação secreta mostrar que ele tentou frustrar arrebatadora investigação de corrupção que gira em torno Petrobras, a empresa nacional de petróleo.

Até o FMI descarta a agenda neoliberal

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Pânico no Instituto Millenium! Tucanos, fujam para as montanhas! Alguém dê um rivotril pro Rodrigo Constantino! Um estudo publicado esta semana por economistas do Fundo Monetário Internacional defende que os “benefícios que são parte importante da agenda neoliberal foram exagerados”. Se eles agora pensam assim, imaginem o que acha quem nunca enxergou nenhum benefício na agenda que privatizou todas as riquezas nacionais em países como a Argentina? É este modelo falido, ultrapassado, que o governo ilegítimo de Michel Temer e seus parceiros do PSDB pretendem reinstalar no Brasil.

O bicho vai pegar nas Olimpíadas

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                    
Formou-se um consenso entre os veículos de comunicação espalhados pelo planeta: o impedimento da presidenta Dilma foi um golpe de estado de natureza judicial-parlamentar-midiática. Sem baionetas nem canhões, mas golpe de estado.

Também os primeiros dias do desastroso governo golpista não foram poupados pela mídia internacional, que enfatizou o brutal retrocesso social, trabalhista, previdenciário e civilizatório contido nas medidas anunciadas pelo "governo de gangsters" que assaltou o Palácio do Planalto e a Esplanada dos Ministérios.

Cadê as pesquisas do Datafolha e do Ibope?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Onde foram parar as pesquisas?

Na campanha movida contra Dilma pela imprensa, elas foram um elemento vital. Datafolha e Ibope produziam pesquisas em larga quantidade, e elas iam imediatamente dar nas manchetes de jornais, telejornais e o que mais for. Colunistas das grandes empresas jornalísticas - os chamados fâmulos dos patrões - se regozijavam em repercuti-las.

O público mais influenciado por Globo, Folha e congêneres - os analfabetos políticos ou midiotas - babava agarrado aos números.

Inquisidor da UNE, Feliciano é caloteiro

Por Conceição Lemes, com Garganta Profunda [*], no blog Viomundo:

O deputado federal Marco Feliciano foi autor do projeto que deu origem à CPI da União Nacional dos Estudantes, a UNE.

O requerimento foi aprovado no apagar das luzes do mandato de Eduardo Cunha como presidente da Câmara.

Feliciano pretende saber mais sobre as finanças da UNE.

Ele quer investigar os R$ 44,6 milhões recebidos pela entidade a título de indenização por danos que sofreu durante a ditadura militar, bem como detalhes da associação da UNE com a empresa de negócios imobiliários CBRE, que ergueu prédio de 12 andares no terreno da UNE na praia do Flamengo e aluga salas do empreendimento.

O início de um “Junho Vermelho”?

Foto: Bruno Miranda/Jornalistas Livres
Por Thiago Cassis, no site da UJS:

Grandes atos aconteceram nessa quarta (01) contra o machismo, a misoginia e a cultura do estupro em diversas cidades como, por exemplo, Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Campinas e Porto Alegre.

O maior deles ocorreu em São Paulo, onde a manifestação contra a cultura do estupro, aconteceu ao mesmo tempo que um ato puxado pela Frente Povo Sem Medo na Avenida Paulista.

No ato denominado “#PorTodasElas”, que estava marcado para o vão do Masp, aproximadamente 15 mil pessoas participaram da manifestação que seguiu pela Avenida Paulista em direção à Rua da Consolação. Em um determinado momento um jogral relembrou do caso da adolescente estuprada por 33 homens e o grito de “mexeu com uma, mexeu com todas” ecoou pelas ruas de São Paulo.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Fiesp descarta fascistas mirins da Paulista

Por Altamiro Borges

O site da revista Veja, o pasquim de estimação dos 'midiotas', postou uma curiosa notinha nesta terça-feira (31): 

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Os manifestantes pró-impeachment não arredaram pé do acampamento na Avenida Paulista. O número de barracas, no entanto, caiu de trinta para onze. Ficam por lá hoje 25 pessoas, menos de um terço do que havia no início do protesto, em março. Eles dizem que só vão sair depois que o Senado confirmar a queda de Dilma Rousseff. No auge da popularidade, a turma chegou a ser recebida por Paulo Skaf, presidente da Fiesp, para um almoço com filé-mignon. Agora, a diretoria da entidade pediu que eles deixassem a sua porta e barrou o acesso aos banheiros do prédio. Com isso, os “sem-teto” se mudaram para as proximidades da esquina com a Rua Pamplona.

Michel Treme: Cai o segundo “sinistro”!

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer - já apelidado de "Michel Treme" - não está conseguindo convencer sequer os patrocinadores do seu "golpe dos corruptos". Setores da mídia e do empresariado, que participaram ativamente da conspiração, já dão sinais de desânimo com o "governo interino". Na posse dos novos capatazes do Banco do Brasil, Caixa, BNDES e Petrobras, na manhã desta quarta-feira (1), o golpista pediu paciência aos seus críticos e fez questão de realçar que a sua gestão será marcada pelo combate à corrupção. Pelo jeito, poucos acreditaram na bravata empolada do deprimente "poeta".