sábado, 1 de outubro de 2016

Manifesto de jornalistas em apoio a Haddad

Reeleição de Haddad é parte do restabelecimento da democracia ameaçada

O jornalismo deve apresentar os fatos da maneira mais objetiva possível. No entanto, temos visto cotidianamente versões, opiniões, distorções ou, mesmo, invenções sendo divulgadas como fatos.

Esta postura é alimentada pela direção de grandes veículos de comunicação que não agem segundo as normas do bom jornalismo mas, sim, motivados por interesses políticos, ideológicos ou econômicos, o que tem causado danos à reputação, credibilidade, imagem e, até mesmo, integridade física de alguns profissionais que são agredidos durante coberturas jornalísticas.

A ofensiva da Folha contra os blogs

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Nassif publicou hoje uma análise sobre o recente ataque da Folha aos blogs, em reportagem de página inteira publicada ontem. Eu gostaria de complementar o texto de Nassif com algumas observações. Talvez eu repita pontos já levantados por Nassif, mas é que eu gostaria de ressaltar umas coisas.

Em primeiro lugar, destaquemos a bizarrice de uma matéria sobre um não-fato. Não há notícia. A reportagem não informa ao leitor para onde o dinheiro de seus impostos está sendo destinado. Ele sabe que não há mais um centavo indo para os 13 blogs pesquisados. Ok. Mas então para onde está indo o dinheiro? Quanto foi gasto em publicidade federal de maio até agora? Para quais veículos foram destinadas os recursos?

A demissão de Trajano e a caça às bruxas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro de Mundo:

A demissão de Trajano da ESPN é um prenúncio da caça às bruxas nas grandes corporações jornalísticas brasileiras.

Muito mais coisa está por vir.

Esquerdistas como Trajano estão sob a mira da plutocracia.

Me veio à cabeça um episódio narrado num documento por Armando Falcão, ministro de Geisel, no começo do fim da ditadura.

E com vocês, a Petrobrax!

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Em um país que costuma apagar rapidamente eventos históricos importantes de sua memória coletiva, nunca é demais recuperar fatos carregados de significado. Tanto mais pelo simples fato de que, muitas vezes, tendem a se repetir por aqui ensaios esfarrapados, como se fossem a maior novidade da face da Terra.

Refiro-me, no caso, a todo esse carnaval que vem sendo feito em torno da tentativa de desmonte que o governo Temer está tentando patrocinar em cima de uma das maiores conquistas do povo brasileiro ao longo das últimas décadas - a Petrobrás. A blindagem dos meios de comunicação em torno de críticas às opções de política econômica se completa com a construção de uma narrativa, segundo a qual a equipe é formada de indivíduos de elevada competência técnica e profissional. E o mesmo fenômeno se dá com o Pedro Parente, o indicado para a presidência da nossa petroleira. Tudo na base da torcida e do embalo do “agora, vai!”.

Coragem de Jandira mostrou o rei nu

Foto: Bruno Bou
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os brasileiros tiveram uma lição inesquecível sobre a vida num país onde não existe uma mídia livre, mas um conglomerado de emissoras que tratam a democracia como extensão da sala de visitas de suas empresas.

Estou falando da reação da apresentadora Ana Paula Araújo diante da observação de Jandira Feghalli sobre o papel da TV Globo no golpe que derrubou Dilma Rousseff. Na abertura do debate entre candidatos a prefeito do Rio de Janeiro, Jandira fez uma declaração sobre o papel da emissora no impeachment. Lembrou que a Globo “apoiou o golpe contra a democracia, contra uma mulher eleita, cassada sem cometer crime”.

Cenas de uma CPI para tucano ver

Por Débora Melo, na revista CartaCapital:

“Vim aqui conversar com os senhores. Não preciso de advogado, vim conversar com os meus colegas.” A frase dita pelo presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), no início de seu depoimento à CPI da Merenda, resume o que têm sido as reuniões da comissão instalada para investigar o pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e ao menos 22 prefeituras paulistas.

Capez teve seu nome citado na Operação Alba Branca, deflagrada em janeiro para investigar a fraude. Ele nega envolvimento no esquema. Seu depoimento no dia 14 de setembro, o mais aguardado da CPI, frustrou expectativas. De um lado, deputados da base tucana rasgaram elogios a Capez; de outro, petistas criticaram o fato de documentos da investigação, incluindo delações premiadas, ainda não estarem em poder da CPI.

O chute na canela que Jandira deu na Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                            

"Boa noite, nós estamos aqui na Globo e eu não poderia deixar de registrar que essa emissora apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita, que não cometeu nenhum crime. Esse golpe interrompeu o mandato de uma mulher eleita, que melhorou a vida de todos vocês e investiu muito na cidade", disparou Jandira , na abertura do debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira, 29 de setembro.

Além de expressar mais uma vez coragem e combatividade, dois dos principais traços característicos de sua personalidade, a candidata da coligação PCdoB/PT à prefeitura do Rio apontou o caminho para enfrentar os adversários da democracia e das boas causas do povo brasileiro: dar nome aos bois, falar o português direto e objetivo que as pessoas entendem.

Lava-Jato e a história surreal de um 'JD'

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Em fevereiro deste ano, os principais jornais do país noticiaram que José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, teria recebido 48 milhões de reais da Odebrecht entre 2009 e 2010. A fonte da informação eram os investigadores da Polícia Federal na operação Lava-Jato, que afirmavam corresponder a Dirceu a sigla JD, citada quatro vezes na planilha da empreiteira abaixo dos anos de 2009 e 2010 e ao lado de valores que somavam R$ 48 milhões. A tese, então, era de que Dirceu teria recebido dinheiro da Odebrecht ilegalmente e repassado ao PT.

A educação de Michel Temer

Por Jean de Menezes, na revista Caros Amigos:

O pronunciamento do ministro da Educação e o presidente do País demonstrou o quanto estes senhores estão preocupados com o ensino.

É necessário registrar que falavam para uma plateia de pessoas que muito provavelmente nunca entraram em uma sala de aula, pois aplaudiam e veementemente o rei sem roupas, com vestimentas roubadas!

A medida provisória que modifica o ensino médio visa a formação para o mercado de trabalho, não a formação humana. No pronunciamento, a ênfase no ensino técnico deu o tom. Querem com isso formar alunos que sirvam o capital, qualificados diante dos interesses do mesmo. O Rei pelado ao abrir a boca fez referência ao ensino de sua época no interior paulista, o clássico e o científico, como se isso fosse a grande maravilha de tempos passados. Com isso reivindica o positivismo mais arcaico no ensino, porem melhorado, como ele próprio proferiu.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A demissão de Trajano e a ditadura Temer

Por Altamiro Borges

Num comunicado lacônico, a ESPN Brasil anunciou nesta sexta-feira (30) a demissão do jornalista José Trajano, um dos mais respeitados comentaristas esportivos da tevê brasileira. O surpreendente corte foi comunicado com aparente cinismo pelo site da emissora: “A ESPN rescinde o contrato com José Trajano, que teve papel fundamental na construção da ESPN no Brasil. Agradecemos suas contribuições e desejamos boa sorte nesta nova fase'”. De imediato, a demissão gerou revolta nas redes sociais. Jornalistas e amantes do futebol lamentaram a dispensa. Em seu blog, o amigo Juca Kfouri postou:

*****

Jandira detona a Globo, que estrebucha!

Por Altamiro Borges

No debate ao vivo da TV Globo entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (29), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) fez o que muita gente tem vontade de fazer, mas não tem espaço. Com coragem e altivez, ela detonou o império midiático da famiglia Marinho. "Boa noite. Nós estamos aqui na TV Globo e eu não poderia deixar de registrar que esta emissora apoiou o golpe contra a democracia e contra uma mulher eleita que foi cassada sem qualquer crime". Meio atordoada, a mediadora do debate, Ana Paula Araújo - não se sabe ainda se por servilismo ou ordens superiores -, produziu um imediato e patético direito de resposta: 

“Doria é mais falso que o botox que aplica”

Por Altamiro Borges

O paulistano parece que gosta de sofrer. No seu masoquismo, votou no desconhecido Celso Pitta, em 1996, e depois se arrependeu amargamente. Anos depois, em 2008, elegeu Gilberto Kassab – que assumira a prefeitura em 2006 com a renúncia traiçoeira de José Serra – e novamente se deu mal. Em ambos os casos, a mais rica cidade brasileira foi literalmente abandonada, com gestões desastrosas e elitistas. Agora, segundo as duvidosas pesquisas de opinião, o eleitor da capital paulista está prestes a dar um novo tiro no pé. João Doria, o milionário empresário que já foi apelidado de “João Dólar”, surge à frente nas sondagens e parece já ter o seu lugar assegurado na disputa do segundo turno.

Unidade: a principal arma contra o golpe

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

A classe dominante aposta na permanente fragmentação das forças populares. Ao longo do enfrentamento ao cerco político conservador que produziu o golpe contra a presidenta Dilma, nossa maior conquista organizativa foi a Frente Brasil Popular. Mais uma vez, a atual geração de lutadores pôde comprovar o ensinamento de que a unidade é mais poderosa arma de um povo em luta. Essa geração constatou que os meios de comunicação têm consciência do perigo que representa a unificação nacional das lutas. Que juntos não dispersamos energias e potencializamos nossa força.

Tucanos querem amputar a democracia

Por José Carlos Ruy, no site Vermelho:

A cláusula de barreira que a PEC 36/2016, dos senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Ricardo Ferraço (ES), pretende criar desmoraliza a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em dezembro de 2006, declarou inconstitucional aquela regra restritiva. E cria dois tipos de deputado – um pleno, com direitos assegurados, e outro precário, com direitos amputados. Os deputados plenos são os eleitos pelos grandes partidos; os deputados precários, por partidos pequenos.

Greve no Itamaraty é ignorada pela mídia

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Ela está passando quase despercebida, sem tsunamis nem marolas significativas na mídia. Trata-se da primeira greve dos funcionários do Itamaraty.

Começou no dia 22 de agosto. Até o momento, teve a adesão, além dos sediados no Brasil, de funcionários de 112 repartições diplomáticas brasileiras pelo mundo.

Com a greve, ficaram prejudicadas algumas atividades do serviço consular, como, por exemplo, a emissão de passaportes, certidões e outros serviços. Nota Bene: a greve é dos chamados “funcionários de chancelaria”, não dos diplomatas de carreira.

FMI ataca a valorização do salário mínimo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O comunicado do FMI emitido nesta quinta-feira, após a primeira visita oficial ao Brasil na fase Temer, recomendou o fim do mais importante instrumento de combate à pobreza e à desigualdade adotado nos governos Lula e Dilma, a política de valorização do salário mínimo. De 2003 a 2015, o aumento real do SM foi de 76%, alterou o perfil de consumo e foi o principal fator para redução da pobreza registrada pelo Brasil, segundo a ONU. Como diria Lula em outros tempos, nunca antes neste país o salário mínimo fora tão forte.

1947 e 2016: cassações contra a democracia

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Augusto César Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Em 1945 o país havia recobrado a democracia e parecia que ela tinha vindo para ficar. Em 3 de setembro daquele mesmo ano o Partido Comunista do Brasil, então PCB, solicitou o seu registro provisório ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e para isso apresentou um novo programa, que afirmava: “A missão do Partido Comunista do Brasil será o prosseguimento da heróica luta revolucionária que o nosso povo vem realizando pela liberdade e progresso do país, iniciada no Brasil-Colônia marcadamente por Tiradentes e continuada por muitos outros até nossos dias. Trabalhará sem descanso pela unidade da classe operária e pela unidade nacional, visando sempre o progresso e a independência do Brasil e a liberdade, a cultura e o bem-estar do seu povo, no caminho do desenvolvimento histórico da sociedade para a abolição de toda exploração do homem pelo homem, com o estabelecimento da propriedade social dos meios de produção”.

Os políticos donos da mídia no Brasil

Por Iara Moura. no site do FNDC:

Na disputa eleitoral, os tempos dos programas de rádio e TV são peça central. Pudera: a visibilidade midiática, a chance de ter alguns segundos de fama, é um dos principais definidores do resultado das urnas. Pensando nisso, as candidaturas fazem esforços de elasticidade nas alianças para garantir maior tempo no programa eleitoral obrigatório e investem vultosas somas em estúdio e produção.

Os bastidores do jornalismo

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Em 2005, como repórter da TV Globo de São Paulo, fiz uma de minhas primeiras reportagens investigativas depois de retornar ao Brasil vindo da posição de correspondente da emissora em Nova York.

O produtor era Luiz Malavolta. Foi sobre uma empresa de seguros, a Interbrazil, que participou de um esquema de financiamento de campanha do PT em Goiânia, via caixa dois.

Viajei para a capital de Goiás com o produtor Robson Cerântula.

O gosto da traição é bom, Marta?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Marta Suplicy, pode-se dizer, está sentindo o gosto do seu próprio veneno.

Depois de trair o governo de integrou (o Dilma 1), traiu o partido onde fez toda a sua carreira política e, de olho nos votos do antipetismo, virou “impixista” e “temerária”.

Tinha e tem, como qualquer pessoa, o direito de dissentir, de discordar. Mas longas e intensas relações, da ex-sexóloga deveria saber, exigem um período de “luto”. Não de sair xingando o (a) outro (a) na rua.