domingo, 15 de janeiro de 2017

Temer pode tornar Lula “invencível”

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Setores do PT articulam o lançamento da terceira candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. O evento seria na próxima sexta-feira (20/1) durante reunião do Diretório Nacional do partido, em São Paulo. É uma boa ideia. Talvez não no contexto pretendido inicialmente, mas certamente em outros contextos possíveis.

Antes de prosseguir, porém, quero avisar ao leitor que vou me valer, aqui, de um recurso estilístico conhecido como nariz-de-cera, ou seja, um longo preâmbulo ao tema central, determinado pelo título do post.

Cármen Lúcia e o conflito de interesses

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A campanha já indiscreta para transformar Carmen Lúcia em candidata séria à sucessão de Michel Temer - agora ou em 2018 - deveria receber um tratamento mais cauteloso de seus aliados assumidos ou encobertos. Presidente do STF pelo prazo de dois anos, Carmen Lúcia está condenada a desempenhar um papel decisivo na definição de candidaturas que eventuais adversários - num caso em que o conflito de interesses pode assumir um caráter particularmente vergonhoso.

Vamos examinar a questão essencial da sucessão de Temer: o candidato declarado Luiz Inácio Lula da Silva, hoje o líder em todas as pesquisas para o primeiro turno.

Clã Marinho degola Alexandre de Moraes

Por Altamiro Borges

O truculento Alexandre de Moraes – “ministro da justiça”, em minúscula, como escreve Eugênio Aragão – parece que está com os seus dias contados no covil golpista de Michel Temer. Além de incompetente e mentiroso, como ficou evidente nos recentes massacres em presídios, o egocêntrico vai colecionando inimigos por todos os cantos. Juristas e advogados de renome já lançaram um manifesto pelo sua imediata exoneração do posto. Agora, a própria revista Época, do Grupo Globo, parece que resolveu rifá-lo. Numa longa reportagem, que não seria publicada sem o prévio consentimento da famiglia Marinho, ela concluiu que Alexandre de Mores é “o homem errado” para a função.

Outro traste na Secretaria da Juventude?

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer parece consultar os boletins de ocorrência para indicar seus ministros. Sete inclusive já foram defenestrados do covil golpista. O último a ser defecado foi o Secretário Nacional da Juventude, o fascistinha Bruno Júlio, que andou pregando uma “chacina por semana” após os lamentáveis episódios do presídio de Manaus. Em seu lugar, o usurpador nomeou nesta quinta-feira (12) outro traste: o advogado Francisco de Assis Costa Filho. Nem a mídia chapa-branca, tão subserviente diante das besteiras do governo ilegítimo, conseguiu esconder a ficha corrida deste “jovem”. Até o jornal O Globo, da mercenária famiglia Marinho, estranhou a indicação. Vale conferir:

Posse de Trump atemoriza brasileiros nos EUA

Do site Vermelho:

A uma semana da posse do novo presidente americano, a comunidade brasileira nos Estados Unidos segue com apreensão por conta das declarações de Donald Trump. Afinal, uma das promessas de campanha do republicano foi a deportação em massa de imigrantes ilegais. As informações são da Rádio França Internacional.

Legais ou ilegais, estudantes ou profissionais, imigrantes recentes ou “veteranos”, os brasileiros residentes nos EUA não estão tranquilos. Afinal, as últimas nomeações de Trump para seu gabinete sinalizam com razões concretas para as apreensões dos “brazucas”. Além de ter feito da “deportação em massa” de imigrantes ilegais um dos cavalos de batalha de sua campanha, o magnata nomeou o senador republicano Jeff Sessions, conhecido por seu discurso anti-imigração, como secretário de Justiça dos Estados Unidos.

Carnaval é espaço de luta política

Por Juliana Gonçalves, no site The Intercept-Brasil;

Purpurina, transgressão e resistência. No meio da folia carnavalesca, que já encena seus primeiros atos em 2017, a discussão política ganha espaço nos blocos de rua. Com o lema “Carnaval, folia e luta”, blocos não autorizados pela Prefeitura do Rio ocuparam as ruas do centro da cidade no primeiro domingo do ano, dia 8, em um ato festivo contra as imposições do governo, como o monopólio da cervejaria patrocinadora do evento oficial nas vendas de bebida.

Trump assume sob bombardeio midiático

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Nem analistas, nem altas esferas de Washington podem prever o que Donald Trump vai realmente fazer, ou poder fazer, após tomar posse no próximo dia 20. A imprevisibilidade e o temperamento errático, além de seu caráter outsider, são alguns dos motivos pelos quais o presidente republicano, eleito após oito anos de domínio democrata com Barack Obama, tem causado calafrios e tem sido vítima de uma verdadeira guerra midiática.

Imperatriz Leopoldinense e o agronegócio

Por Alan Tygel, no jornal Brasil de Fato:

Há alguns meses, publicamos neste espaço um artigo sobre a tentativa desesperada do agronegócio em salvar sua imagem perante a sociedade com a novela O Velho Chico. Na ocasião, afirmamos que o investimento na novela tentava construir a imagem de um agro-pop-tudo em oposição ao velho coronelismo. A motivação para esse esforço veio de uma percepção do próprio agronegócio de que a sociedade o associa ao desmatamento, aos agrotóxicos e ao trabalho escravo.

A estaca zero na corrida aeroespacial

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Em meados de 2003, os ministros da Defesa (José Viegas Filho), das Relações Exteriores (Celso Amorim) e da Ciência e Tecnologia (Roberto Amaral) recomendaram à presidência da República a retirada, do Congresso Nacional, da mensagem com a qual FHC encaminhara o acordo por ele firmado com o governo dos EUA visando à cessão, pelo Brasil, do Centro de Lançamentos de veículos espaciais de Alcântara (CLA), no Maranhão. O acordo, demonstravam os ministros, contrariava os interesses nacionais e afetava nossa soberania.

sábado, 14 de janeiro de 2017

O papel da mídia no golpe do impeachment

O mimimi do “ministro da justiça”

Por Eugênio Aragão, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esconder um erro com uma mentira é o mesmo que substituir uma mancha por um buraco. (Aristóteles)

Meu sucessor, que a convenção – uma mera convenção, nada mais – manda chamar “ministro da justiça”, costuma ser homem de muita lábia – que, no seu caso, não é sábia. Afinal, sua retórica até hoje não foi nada convincente. Inúmeras são suas iniciativas que ultrapassam o limite da prudência e do bom-senso, quando não beiram o mais tosco populismo. Vãs e voláteis são suas palavras, “dust in the wind”. Uma vez ditas, não resolvem o problema, mas geram uma pletora de novos problemas, constrangendo seu autor à exposição continuada e à defesa do indefensável.

João Doria, o poste (de pole dance)

Ilustração de Cris Vector
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Quando começaram a surgir as primeiras notícias de que seria candidata a presidente da República, Dilma Rousseff foi logo apelidada “poste”. Por nunca haver disputado cargo eletivo, Dilma era um “poste” de Lula. As palavras “marionete” e “fantoche” também foram utilizadas. Mesmo que, antes de se candidatar, ela estivesse como ministra da Casa Civil da presidência da República, tendo sido antes ministra das Minas e Energia e ocupado vários cargos públicos a partir dos anos 1980.

Sim, Sergio Moro é réu na ONU!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Cafezinho foi parar na capa da Veja.

Felizmente, não é para falar bem do blog. Se assim o fosse, seríamos suspeitos, aí sim, de sermos farsantes.

Como é para falar mal, então estamos bem. Continuamos sendo um blog “sujo” e honesto.

A matéria da Veja é um post encomendado pelo consórcio de golpistas e corruptos que tomaram o poder para blindar Sergio Moro, o heroi dos coxinhas e eleitores de Bolsonaro.

O entreguismo da Lava-Jato

Por Haroldo Lima

Trinta empresas vão participar da licitação para a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. Foram convidadas pela Petrobras. Nenhuma é brasileira, todas são estrangeiras.

O Comperj é um projeto gigantesco da Petrobrás, cuja pedra fundamental foi lançada em junho de 2006 pelo então presidente Lula. É um dos maiores investimentos do setor petrolífero e petroquímico do mundo. Estava sob a responsabilidade basicamente de empresas brasileiras. Foi paralisado. A unidade de gás, que agora será retomada, não é parte fundamental do projeto original, mas é básico para processar o gás dos campos do pré-sal da Bacia de Santos.

O golpe anestesiou o Ethos social

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Alguma surpresa com a última operação da Polícia Federal, revelando que Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha, eminências do golpe, cobravam propina para liberar créditos na Caixa Econômica Federal? Nenhuma. E também não se registra qualquer indignação, qualquer panelaço, qualquer ato na Avenida Paulista contra a corrupção oceânica todo dia revelada.

O golpe anestesiou o Ethos da sociedade brasileira - entendido como seu "caráter moral", seu conjunto de crenças e valores - a um ponto tal que até mesmo uma manifestação extrema de barbárie e regressão ao primitivo, o banho de sangue e as degolas nos presídios, não arrancaram um soluço coletivo, um grito de compaixão em forma de protesto contra o inaceitável.

A Besta está solta na terra do tio Sam

Por José Arbex Jr., na revista Caros Amigos:

“Ainda não estamos na barbárie”, dizia o bom e velho militante marxista Vitor Letízia, mesmo após a invasão do Iraque, em 2003, pelos Estados Unidos, quando foram mortos centenas de milhares de seres humanos, incluindo mulheres, velhos e crianças. Mas o que falta, então? “Note que para invadir o Iraque, a Casa Branca teve que inventar uma grande mentira, a de que Saddam Hussein estaria fabricando ou em posse de armas de destruição em massa. Tiveram que fazer uma imensa campanha de convencimento da opinião pública estadunidense e mundial. Contaram com o total apoio dos meios de comunicação de massa. Estaremos em plena barbárie quando os pretextos deixarem de ser necessários. Quando eles se sentirem livres para bombardear outros povos e países, sem terem que recorrer a mentiras.”

Os editoriais e a movimentação da economia

Por Tarso Genro, no site Carta Maior:

O livro "The New Yorker - a graça do dinheiro" (edição da Zahar, 2016) que publica "as melhores charges do "New Yorker" sobre economia entre 1925 e 2009, encerra com uma peça que sintetiza uma boa parte da história do capitalismo americano, no último século. Lá está a figura do executivo de uma grande empresa dizendo, com as mãos nos bolsos, aos seus empregados atônitos: "Ainda somos a mesma grande empresa que sempre fomos, apenas deixamos de existir."

A indústria farmacêutica e a ineficiência

Por Grazielle David e Walter Britto, no site Outras Palavras:

No período de 2008 a 2015, os gastos reais do Ministério da Saúde aumentaram em 36,6%; já os destinados a medicamentos elevaram-se em 74%, mais do que o dobro, passando de R$ 8,5 bilhões para R$ 14,8 bilhões para o mesmo período. Os valores alocados em medicamentos aumentaram, inclusive em 2015, quando o Orçamento da Saúde decresceu em termos reais.

Em 2015, apenas três programas eram responsáveis por 76,8% de todo o gasto com medicamentos: CEAF (Componente Especializado de Assistência Farmacêutica), Imunobiológicos e Farmácia Popular. Foram também eles que apresentaram maior taxa de crescimento entre 2008 e 2015. Em 2008, o quadro era diferente: CEAF, CBAF (Componente Básico de Assistência Farmacêutica) e DST/Aids representavam boa parte do gasto.

Geddel é a tampa da fossa de Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O panorama nos jornais de hoje é devastador para Michel Temer.

Geddel Vieira Lima é a tampa que abre a fossa das suas relações com Eduardo Cunha.

As ligações de ambos não se limitam às suas próprias figuras já moralmente incineradas.

Começam a surgir as ligações de Michel Temer e o par de ladrões.

A polêmica sobre a banda larga limitada

Da revista CartaCapital:

A discussão a respeito de uma franquia de dados na banda larga fixa, iniciada em 2016, foi retomada nesta semana. Em entrevista publicada na quinta-feira 12, pelo site Poder 360, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que, a partir do segundo semestre deste ano, as operadoras poderão ofertar pacotes com acesso limitado a download e upload de dados.

Nesta sexta-feira 13, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, desmentiu o ministro.