sexta-feira, 24 de março de 2017

Como se deu minha prisão e interrogatório

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O juiz Sergio Moro, nesta quinta-feira 23, recuou de sua decisão para reconhecer que sou jornalista e, como consequência, mandar excluir as provas obtidas mediante violação do sigilo de fonte.

Todavia, em sua decisão, ele faz afirmações sobre como se deu meu depoimento as quais não correspondem aos fatos e devem ser esclarecidas.

Às 6 horas do dia 21 de março deste ano, eu e minha esposa dormíamos quando escutamos um barulho semelhante a arrombamento da porta da frente do nosso apartamento.

Achei que era algum vizinho começando alguma obra antes da hora e, como fora dormir poucas horas antes, virei-me para o lado e voltei a dormir. Segundos depois, ouço minha esposa dizer, desesperada, que tinham vindo me prender.

O desmonte da engenharia nacional

FHC bate em Doria e Doria devolve

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Primeiro, Dória recebeu o confete de seus partidários da elite paulistana, mesmo negando que vá trair Geraldo Alckmin.

Aí, Fernando Henrique tomou as dores do traído, espanou Aécio para o monturo e disse que gestor – como Dória se proclama - “não inspira nada, tem que ser líder” e disse que Geraldo, o traído, é quem está mais bem posicionado para ser o candidato tucano.

Então, Dória diz que não é a primeira vez que FHC se engana sobre ele, pois antes não acreditava que ele pudesse ser candidato à Prefeitura de São Paulo.

Os "intelectuais" homologados

Por Fran Alavina, no site Outras Palavras:

Não é de hoje que os intelectuais passaram a exercer uma função midiática para além das antigas aparições públicas, nas quais a fala do acadêmico se apresentava como um diferenciador no âmbito do debate público. Entre a tagarelice das opiniões de pouca solidez, porém repetidas como se certezas fossem, a figura do conhecedor, do estudioso, ou mesmo do especialista surgia como um tipo de freio às vulgarizações e distorções do cotidiano. Não que isso representasse uma alta consideração e respeito da mídia hegemônica em relação ao conhecimento acadêmico, uma vez que a fala do intelectual ao se inserir em um debate cujas regras lhes são alheias facilitava a distorção de suas falas, todavia mantinha-se a diferença explícita entre o conhecimento e a simples informação.

O que a Lava-Jato tem feito pelo Brasil

Protestos reabrem disputa contra golpismo

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

“Moderadamente otimista com as espetaculares manifestações contra a reforma da Previdência”, o jornalista Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFBC e quadro político do PSOL, debateu o futuro da esquerda, na última segunda-feira (20 de março), durante sua participação nas Jornadas de 2017 – É hora de voltar a pensar!

“A possibilidade de vitória é pequena mas existe”, avaliou Maringoni, ao comentar que pela primeira vez, desde as eleições de 2014, as manifestações populares reabriram a disputa contra o golpismo no país. “Reabriram porque a reforma da previdência é a única reforma concreta para ampla maioria das pessoas. É ficar sem aposentadoria, sem o seu direito, na miséria. ”

Polícia pode invadir a casa de qualquer um!


Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                          
Se você acha que por ser um cidadão correto, com trabalho (se tiver emprego) e residência fixos, pagador de seus impostos e cumpridor das leis do país, está livre de ter sua casa invadida por meganhas às 6h da manhã, trago-lhe uma péssima notícia: no estado policial e fascista do Brasil pós-golpe ninguém está livre desse dissabor.

Basta que você manifeste publicamente seu inconformismo com a ruptura da ordem democrática e denuncie juízes e procuradores que traem suas funções públicas para fazer política da forma mais rasteira.

MBL ataca Dilma e defende terceirização

Da Rede Brasil Atual:

O MBL (Movimento Brasil Livre, que apoiou o golpe contra Dilma Rousseff e se pauta pelo antipetismo), utiliza tuítes publicados pela ex-presidenta em 2015, numa tentativa de convencer a população de que ela seria favorável à terceirização generalizada e irrestrita da terceirização de trabalhadores pelas empresas, conforme o Projeto de Lei (PL) 4302/1998, aprovado quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados.

Dois anos atrás, em sua página no Twitter, Dilma publicou dois posts consecutivos sobre o tema. No primeiro deles, afirmou: "Sobre o PL da Terceirização, é urgente regulamentar o trabalho terceirizado no Brasil para que tenham proteção e garantia de salário digno." Logo em seguida, ela alertou que a modalidade não poderia ser liberada sem restrições: "No entanto, a regulamentação precisa manter a diferenciação entre atividades fim e atividades meio", complementa.

'Carne Fraca' e a ética do veterinário

Por Marco Piva

“Ética é o que você faz quando está todo mundo olhando. O que você faz quando não tem ninguém por perto chama-se caráter”. É assim, com essa conversa de botequim, retirada de manuais do senso comum, que Flavio Evers Cassou, funcionário da Seara e preso pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca, gostava de mostrar o que pensa da vida em sua rede social. Segundo O Globo (17/03/2017), o médico veterinário, com diploma da Universidade Federal do Paraná, exalta também o trabalho do juiz Sergio Moro e a cruzada moral contra o PT “para tirar o Brasil do vermelho”.

A crise que não sai nos jornais

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Um dos principais argumentos dos setores conservadores e do oligopólio midiático para a destituição da presidenta Dilma Rousseff foi a urgência de buscar uma saída para a crise econômica. Seis meses depois, as promessas do governo liderado por Michel Temer e o otimismo apregoado pelos grandes meios de comunicação parecem ter fracassado: a crise só agrava. Discutir este cenário é a proposta do debate A crise que não sai nos jornais, marcado para o dia 31 de março, às 19h, no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83), em São Paulo.

Terceirização agravará a crise econômica

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Um dossiê da Central Única dos Trabalhadores (CUT), preparado por técnicos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), revela o cenário tormentoso das terceirizações no Brasil. Com dados de 2013, o estudo mostra que os terceirizados recebem salários 24,7% menores que aqueles dos efetivos, permanecem no emprego pela metade do tempo, além de ter jornadas maiores.

Presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ângelo Fabiano Farias da Costa alerta ainda para o maior risco de acidentes laborais e calotes trabalhistas.

Temer à beira de um ataque de nervos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nosso Xadrez está ficando interessantíssimo à medida em que o cenário político-jurídico chega na hora da verdade: o momento da Lava Jato encarar o poder de fato, aquele amálgama ideológico constituído pela mídia, setores do Ministério Público, Judiciário, sob o comando difuso da ideologia de mercado.

Até agora, era moleza, especialmente depois que Dilma Rousseff jogou a toalha, lá pelo primeiro minuto após o resultado das eleições de 2014.

Para facilitar o entendimento, vamos forçar a simplificação e dividir o jogo entre quatro forças distintas.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Moro quebrou sigilo telefônico de blogueiro

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

A nota divulgada há pouco pelo advogado do blogueiro Eduardo Guimarães revela fato gravíssimo: o juiz das camisas negras quebrou o sigilo telefônico de Eduardo. O magistrado de primeira instância obteve extrato da companhia telefônica, indicando quem teria ligado ao blogueiro para passar informações. Grave. Gravíssimo.

Com uma decisão pusilânime nesta quinta, Moro recuou em parte de suas arbitrariedades, depois de perceber que a prisão de Eduardo gerara descontentamento na Globo e entre jornalistas conservadores.

Tem alguém com disenteria na 'suruba'

A terceirização é um ato de crueldade

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num país desigual como o Brasil, a terceirização é um ato de crueldade.

As empresas ganham e os trabalhadores perdem. Em resumo, é o que acontece.

Em sociedades avançadas, as mudanças nas questões trabalhistas representam, sempre, avanços. Trata-se de aprimorar o sistema de bem estar social.

Na Escandinávia, a licença maternidade dura mais de um ano. Os pais também têm direito a se ausentar do trabalho por um bom período.

Terceirização: Estão brincando com fogo

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto que permite a terceirização para todas as atividades de uma empresa.

A terceirização em si é uma aberração. Serve apenas para aumentar o lucro do empresário às custas da perda da dignidade, do sofrimento e da morte do trabalhador.

Entre 2010 e 2013, nas 10 maiores operações de resgate de trabalhadores em situação análoga à escravidão, quase 3.000 dos 3.553 casos envolviam terceirizados. No caso de óbitos durante o serviço no setor elétrico, em 2013 perderam a vida 61 terceirizados, contra 18 empregados diretos. Na construção de edifícios, foram 75 falecimentos de terceirizados num total de 135 mortes. Nas obras de acabamento, os terceirizados foram 18 do total de 20 óbitos, nas de terraplanagem, 18 entre 19 casos e nos serviços especializados, 30 dos 34 casos detectados (fonte: Dieese).

"A terceirização é o fim da CLT"

Por Dilma Rousseff, em seu blog:

Ontem (22), foi dado mais um golpe no país. Foi aprovado pela Câmara dos Deputados, contra os interesses do povo brasileiro, o projeto de lei permitindo que a terceirização seja praticada na atividade-meio e na atividade-fim.

O projeto retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores brasileiros desde Getúlio Vargas, enterrando a CLT.

Só esse golpe parlamentar que aprovou meu impeachment sem crime de responsabilidade poderia viabilizar uma legislação neoliberal concebida na época de FHC.

Mais uma armação contra Lula

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do site Lula:

É falsa a notícia de que o blogueiro Eduardo Guimarães teria avisado a assessoria do ex-presidente Lula sobre a iminência de sua condução coercitiva e da execução de mandados de busca e apreensão, ocorridas em 4 de março de 2016. Estes episódios surpreenderam não apenas o ex-presidente, mas o Brasil e o mundo, por sua violência e ilegalidade.

As informações que Eduardo Guimarães publicou no Blog da Cidadania, em 26 de fevereiro de 2016, diziam respeito exclusivamente à quebra de sigilo fiscal e bancário do Instituto Lula, do ex-presidente, filhos, amigos e colaboradores, incluindo empresas destas pessoas.

Ameaça ao sigilo e a regulação da mídia

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Diversas organizações nacionais e internacionais de jornalismo manifestaram preocupação com a ameaça ao direito ao sigilo da fonte provocado pela condução coercitiva do jornalista blogueiro Eduardo Guimarães, determinada pelo juiz Sergio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato em primeira instância.

Entre as entidades estão a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a ONG Repórteres Sem Fronteiras e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O jornalista e advogado uruguaio Edison Lanza, relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), criticou a condução coercitiva contra Guimarães por meio das redes sociais.

O Brasil terceirizado

Por Sylvio Micelli

Quando era moleque ouvia dizer que "o Brasil é o país do futuro". Hoje, às portas de quase meio século, constato que o Brasil é o país de passado sombrio, de presente intragável e de futuro incerto.

A aprovação da terceirização a bel prazer do capital, consagrada ontem pela Câmara dos Deputados, é prova irrefutável de que o golpe que foi orquestrado por Temer et caterva, não era contra Dilma, Lula ou qualquer outra coisa. Era contra a classe trabalhadora e não foi por falta de aviso. Aliás, uma amiga importante, cuja identidade devo preservar (alô, Moro, eu sou jornalista, ok?) falou agora pela manhã comigo: "é um retrocesso sem fim... e a classe média por ódio ideológico se nega a ver o resultado de suas panelas..."