domingo, 15 de outubro de 2017

Reprovada na USP, Janaina tem grana do PSDB

Por Altamiro Borges

Em entrevista ao jornal Estadão nesta quarta-feira (11), a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, afirmou que está sendo vítima de perseguição política. O motivo da lamúria foi a sua reprovação, em último lugar, em um concurso para professora titular na Universidade de São Paulo (USP). Magoada, a estridente musa da direita afirma que entrará com recurso contra o resultado do exame. Dá até vontade de chorar! A sorte é que ela ainda deve ter alguma sobra daqueles R$ 45 mil que o PSDB lhe pagou para sabotar a democracia nativa. Ela até pode usar parte desta grana – sem entrar no mérito da origem do dinheiro investido pela turma da mala do cambaleante Aécio Neves – para anular o concurso.

Geddel some da TV e o irmão foge da internet

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (12), a revista Época postou uma curiosa matéria sobre o irmão de Geddel Vieira, um dos homens de confiança de Michel Temer que está na cadeia. Diz a notinha bem minúscula: “Os seguidores do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) nas redes sociais sentem falta de suas postagens descontraídas. Ele está sumido há mais de um mês. O sumiço coincide com a apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento atribuído, pela Polícia Federal, a seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, no dia 5 de setembro, em Salvador. Geddel está preso na Papuda, em Brasília. A sua última postagem pública foi no Twitter no 8 de setembro, quando discutiu com um seguidor que o provocou sobre as malas de dinheiro”.

Dia do Professor e os golpes de Temer

Lava-Jato, o reitor e a banalização do mal

Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

Assim como o ministro Luís Roberto Barroso, o reitor Luiz Carlos Cancelier de Olivo, da Universidade Federal de Santa Catarina, era advogado. Como Barroso, também era professor. E, da mesma maneira que Barroso, defendia a Lava Jato.

Havia diferenças. As opiniões de Cancelier eram restritas ao seu entorno; as de Barroso ecoam pelo país e servem de ração vitaminada para o fortalecimento da convicção dos pittbulls do direito, de que todos os abusos serão perdoados.

A caçada ao Lula custa caro ao Brasil

João Doria no Réveillon do Alckmin…

Por Renato Rovai, em seu blog:

João Doria é aquele cara que você convida pra passar a festa de Réveillon na sua casa junto com amigos e familiares.

Ele chega conquistando a todos com presentes e palavras elogiosas. Pra cada um tem uma boa história pra contar.

De repente ele vai se embriagando com o sucesso e começa a tomar uns uísques.

Antes do jantar já está falando alto, abraçando todo mundo e de repente começa a falar mal do anfitrião pelos cantos.

Fundamentalismo religioso não é por acaso

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O professor e juiz de Direito Rubens Casara o disse bem, nos bastidores de uma entrevista com o Viomundo: enganam-se os que acreditam que vivemos um período de exceção, que logo será superado pela “normalidade”.

Todos aqueles que citam a ‘democracia liberal’ como parâmetro - ou princípios que a norteiam, como separação entre os poderes e estado laico, por exemplo - não se deram conta de que entramos numa nova fase, a da pós-democracia.

Foi o que me fez revisitar uma viagem que fiz ao Paquistão, para uma série de reportagens.

Juízes resistem à "reforma" trabalhista

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A melhor novidade política deste final de ano é a ampliação da resistência à reforma trabalhista aprovada pelo Congresso em 12 de julho, numa disputa dramática na qual um grupo combativo de seis senadoras tomou a mesa no Senado numa tentativa desesperada para impedir a votação final.

Ao lado dos protestos sindicais previstos para 11 de novembro, data para a lei 13467 entrar em vigor, a resistência de um setor chamado a desempenhar um papel estratégico na consolidação ou fracasso da reforma ganha impulso cada vez maior – os juízes do trabalho. Eles enxergam contradições insolúveis entre a 13467 e pelo menos três artigos da Constituição Federal – o I, o III e o VII. Também apontam para incoerências da nova lei e tratados internacionais de que o Brasil é signatário e obrigado a cumprir.

Anatomia de um golpe naufragado

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Todo golpe de estado fala em “salvar” alguma coisa: a pátria, a nação, a família, a propriedade, o sistema, a economia (os bancos), a tradição, a moralidade e os bons costumes etc.

Pela primeira vez estamos diante de um golpe que não se propõe a salvar nada. Ao contrário, se propõe a destruir tudo: empregos, investimentos, a educação, a saúde, a Petrobras, o pré-sal (aqui não é destruir, é vender), a capacidade de auto-defesa, a tecnologia e a indústria nacionais, o futuro, a política, as eleições o futuro…

Doria virou ração para cachorro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como prefeito, deixo aos paulistanos avaliarem – e parece que a avaliação é cada vez pior.

Mas como marqueteiro, permitam-me, João Doria é uma besta, destes caras que só conseguem ser tão bestas de tão bestas que são de pretender ignorar a história.

Ao inventar o factóide de sua “ração para pobre ” – perdão, alimento liofilizado a partir de comida inviável ao comércio – o botóxico prefeito acabou de por a lápide em cima de sua candidatura.

O apito da panela de pressão nos EUA

Por José Arbex Jr., na revista Caros Amigos:

Em Charlottesville, Virginia, em 12 de agosto, soou o apito da panela de pressão. Bandos raivosos de racistas, xenófobos, fundamentalistas evangélicos e outros que tais, todos brancos, todos armados, alguns trajando uniformes de combate, proclamavam sua orgulhosa adesão aos delírios de Adolf, aos métodos da KKK, aos lemas alucinados anunciados por Donald Trump durante sua campanha à presidência dos Estados Unidos, notadamente o “America first”. Eles fazem parte do movimento Unir a Direita, que convocou a manifestação contra a remoção de uma estátua, erguida numa praça central da cidade, em homenagem ao general Robert Lee, comandante das forças dos estados confederados (favoráveis à manutenção do trabalho escravo) durante a Guerra de Secessão (1861-65). A manifestação, que deixou três mortos e dezenas de feridos, representou um divisor de águas na história contemporânea do país.

Funaro expôs as vísceras do golpe

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não que tenha sido qualquer novidade, mas num país onde ainda existe gente que se presta a acreditar que a terra é plana, algumas coisas precisam ser esfregadas na cara.

Assim é com o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff do poder através do maior consórcio de punguistas, estelionatários, vigaristas e corruptos que se tem notícia na história republicana do Brasil.

Pois bem, se ainda existia alguma dúvida que foi por interesses escusos e pelo poder econômico – e não por um bando de imbecis vestidos de verde e amarelo a idolatrar um pato – que uma presidenta honesta foi deposta, as vísceras do golpe foram manifestas. Mais uma vez.

Leviandade jornalística a serviço do império

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A batalha mais difícil que teremos de enfrentar, para recuperamos a imagem do país, não é a política, cujo debate, mal ou bem, em virtude da internet, oferece um pouco de pluralidade e, sobretudo, profundidade.

Não é nem mesmo a jurídica, na qual os vencedores de hoje virão a ser os derrotados de amanhã, desde que a verdade, com sua força interna, se imponha sobre as “convicções”.

O front de guerra mais perigoso, mais traiçoeiro, é aquele da imprensa tradicional, porque ela é o instrumento principal do poder ideológico das classes e países dominantes, usado para perpetuar situações de extrema desigualdade que produzem sofrimento e miséria em toda parte.

sábado, 14 de outubro de 2017

DEM desiste de Doria. Acabou a ‘ração”!

Por Altamiro Borges

Metido em mais uma polêmica, a da “ração para os pobres”, o prefeito paulistano João Doria só tem digerido péssimas notícias nos últimos dias. Segundo recente pesquisa do Datafolha, a aprovação do “prefake” turista despencou – de 41% para 32% – e a maioria dos entrevistados rejeitou sua pretensão de abandonar de vez a cidade para se candidatar ao Planalto. Esta ambição também sofreu ataques no próprio PSDB. Alberto Goldman, vice-presidente da legenda e ex-vice-governador de São Paulo, criticou o novato do ninho, que reagiu de forma intempestiva e grosseira, chamando-o de “fracassado” e de “velho que vive de pijamas em sua casa”. A resposta do histórico tucano foi certeira: “Sou velho, mas não sou velhaco”. Para complicar, o Estadão publicou nesta sexta-feira (13) uma notinha que deve ter estragado o botox do ricaço:

Frota ataca MBL, que revida. Alto nível!



Por Altamiro Borges

Reinaldo Azevedo, o pitbull da “Veja” que distribuiu tanta ração à extrema direita nativa com a sua retórica agressiva, acertou ao afirmar que ela é "xucra". Nesta semana, algumas figuras desta turma patética andaram se estranhando. Um grupo ligado ao ator-pornô Alexandre Frota ingressou no Ministério Público Federal com uma denúncia contra o famigerado Movimento Brasil Livre (MBL), que é acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, evasão de divisas e estelionato. De imediato, o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM) deixou de lado o decoro parlamentar e postou um vídeo detonando Alexandre Frota. A resposta também foi de alto nível. A extrema-direita é, de fato, xucra – idiota, brava e mal-educada.

Funaro detona Temer e Cunha. E agora?

Por Altamiro Borges

Em mais um sinistro vazamento, a Folha teve acesso exclusivo ao vídeo com a “delação” de Lúcio Funaro, o homem da grana do PMDB. Pelo divulgado na sexta-feira (13), o depoimento é explosivo e deve gerar mais desgaste para o já odiado Michel Temer. O delator bota o dedo na ferida, ao tratar de um tema que apavora a quadrilha que assaltou o poder: a atuação lobista no Porto de Santos, antigo “reduto” do usurpador. Segundo o jornal, “o operador Lúcio Funaro disse em sua delação premiada que soube que o presidente Michel Temer pediu ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para defender interesses de empresas portuárias durante a tramitação da MP (Medida Provisória) dos Portos, em 2013”.

"Ração pra pobres": Doria brinca com fogo

Por Gilberto Maringoni, na revista Fórum:

Não sei avaliar a qualidade da ração para pobres lançada por João Doria em vídeo para lá de bizarro. É bem possível que seja uma gororoba indigesta feita para saciar a demagogia endêmica do turista que ora ocupa a prefeitura de São Paulo.

Há algo mais grave na operação marqueteira. É o potencial socialmente desagregador da coisa.

Sem comparações mecanicistas, lembremos de como se deu a Revolta da Vacina, em novembro de 1904, no Rio de Janeiro. Ela irrompeu no bojo da campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, dirigida pelo governo federal.

O macarthismo contra Paulo Nogueira Batista

Paulo Nogueira Batista Júnior
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Paulo Nogueira Batista Júnior, um dos mais brilhantes economistas de sua geração, foi indicado em 2015, pela presidente deposta Dilma Rousseff, para um mandato de seis anos como vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, mais conhecido como “Banco dos Brics”. Pelo regulamento do banco, cada país membro tem um vice-presidente. Temer e Meirelles queriam seu cargo mas, em se tratando de organismo multilateral, não puderam, como no caso do ex-presidente da EBC, Ricardo Melo, mudar a lei para acabar com o mandato. 

A entrega de Base de Alcântara aos EUA

Por Júlia Dolce, no jornal Brasil de Fato:

A possibilidade de que o governo golpista de Michel Temer (PMDB) feche, ainda nesta semana, um acordo de entrega do Centro de Lançamento de Alcântara(MA), aos Estados Unidos da América (EUA), tem preocupado movimentos populares e especialistas que defendem a soberania nacional.

As negociações da utilização da base pelos EUA foram retomadas em 2016, após terem sido barradas no Congresso Nacional em 2001, e negadas em um plebiscito organizado na época. A proposta original pretendia criar uma área de domínio dos Estados Unidos, proibindo a utilização da base pelo Brasil, devido à confidencialidade tecnológica. Um novo texto foi entregue ao governo americano há três meses.

O país à deriva e a destruição a galope

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

O final da primeira quinzena de outubro marca 18 meses desde a fatídica sessão em que a Câmara dos Deputados, à época comandada por Eduardo Cunha, votou pela continuidade do processo de impedimento de Dilma Rousseff. Naquela noite de 16 de abril de 2016 teve início a largada para a consolidação desse verdadeiro festival de vale-tudo em que se transformou ainda mais a forma tradicional de se fazer política em nosso país.