quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Os 12 meses que abalaram o Brasil

Por Pedro Rafael Vilela, no jornal Brasil de Fato:

Como numa volta ao seu pior passado, o Brasil termina 2017 com a sensação de ter perdido décadas em um ano. O governo golpista de Michel Temer (MDB), que ostenta uma reprovação de 77% da população, segundo dados do Ibope, vem patrocinando medidas para aprofundar ainda mais as desigualdades sociais e enfraquecer o Brasil no cenário internacional.

A volta da miséria e do desemprego em níveis alarmantes, além da retirada de direitos trabalhistas e, mais recentemente, a tentativa de restringir até a aposentadoria dos mais pobres formam a face mais perversa de um governo que só chegou ao poder depois de um golpe parlamentar que afastou uma presidenta eleita pelo voto direto.

Cantanhêde, Waack e os piores da mídia no ano

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num universo pleno de nulidades, eis os jornalistas que, em 2017, prestaram um serviço inestimável para desmoralizar sua própria profissão e uma imprensa já com a credibilidade no lixo.

1. Eliane Cantanhêde

A colunista que mais bajulou Temer (o que foi aquele Roda Viva, pelo amor de Deus?) atravessou 2017 com uma série de lambidelas constrangedoras em possíveis candidatos a destruir Lula.

Em 5 de fevereiro, ela fez uma previsão de Mãe Dinah sobre Temer que tinha o título apropriado de “Agora Vai”. Acabou fondo.


Carlos Marun é um Cunha explícito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Carlos Marun, ontem, mostrou que veio para ser o Cunha explícito de Michel Temer, declarando, sem nenhum pudor, que o governo está trocando,financiamentos em bancos públicos por votos na reforma da Previdência.

“Veja bem, é uma ação de governo, sendo uma ação de governo, obviamente o nível de apoio que governador puder prestar a favor da reforma vai ser considerado nesta questão”, declarou.

As 10 piores maldades do governo golpista

Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:

Tudo de ruim que aconteceu no Brasil em 2016 foi superado em 2017, e vem mais por aí. No país de Michel Temer, Aécio Neves e Romero Jucá, o golpe não tem fim. Mas se para uma coisa este ano serviu foi para deixar claro que o golpe não foi contra o PT e a presidenta eleita Dilma Rousseff, mas contra o cidadão brasileiro. Até mesmo parte dos coxinhas já reconheceu isso.

Recentemente, Temer justificou suas maldades: “Usei a minha impopularidade para fazer as reformas necessárias”, que “ninguém tinha coragem de fazer”. Sem dar a mínima para sua falta de legitimidade, o presidente postiço já planeja mais perversidades para 2018, como a “reforma” da previdência que fará o brasileiro trabalhar até morrer. Com seu fiel escudeiro e ministro do STF, Gilmar Mendes, Michel planeja ainda a aprovação de um semipresidencialismo no país. Sem qualquer consulta popular, como é do feitio de golpistas, uma pré-proposta já foi enviada ao Senado por Mendes para se transformar em emenda constitucional.

O ministro do PTB e a volta da escravidão

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A trajetória do PTB (para quem não lembra, a sigla quer dizer Partido Trabalhista Brasileiro), de Getúlio Vargas, seu fundador, a Roberto Jefferson, atual dono da legenda, é emblemática da degradação do sistema político-partidário no país.

Getúlio criou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) na década de 40 do século passado, que acaba de ser desmontada em poucos meses pelo governo Michel Temer, ao implantar na íntegra o projeto de reforma apresentado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), sob a alegre batuta do agora ex-ministro Roberto Nogueira, do PTB gaúcho (gaúcho como Vargas!), indicado por Jefferson, que atendeu a todas as antigas reivindicações do patronato para acabar com os sindicatos, a Justiça Trabalhista e os direitos dos assalariados.

Depois de Temer, um Brasil em ruínas

Agenda da direita prevê um golpe por dia

Por Antônio Barbosa Filho, em seu blog:

Tentem isolar as várias medidas já adotadas ou em fase de aprovação forçada pelo Congresso, desde a posse do grupo de corruptos que tomou o poder federal em 2016. Verifica-se que várias delas constituem isoladamente um golpe que jamais teria sido admitido num quadro de normalidade democrática. Imaginem se Dilma Rousseff congelasse os gastos em saúde e educação por vinte anos! Só isso a derrubaria do governo, por incompetência, insensibilidade social, crime orçamentário e todo tipo de acusações que se pudessem formular.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

2017 expôs o telhado de vidro dos golpistas

Por George Marques, no site The Intercept-Brasil:

“Todos que fizeram o impeachment estão envolvidos em corrupção”. A frase, com tons premonitórios, foi dita pela ex-presidente Dilma Rousseff à rede de TV americana CNN, em 27 de abril de 2016, exatos dez dias após a Câmara dos Deputados autorizar a instauração de seu processo de afastamento. Em 2017, alguns daqueles personagens tiveram suas incoerências políticas evidenciadas e se viram envolvidos em escândalos. The Intercept Brasil fez uma lista de cinco casos emblemáticos, relembrando o que eles disseram contra Dilma e como viram seus telhados de vidros ruírem no ano que se encerra.

Meirelles conduz os Estados ao matadouro

Por J. Carlos de Assis, no Jornal GGN:

Rio Grande do Norte saiu da fase da crise para entrar no caos. Outros Estados se seguirão. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, entre os grandes, estão na mesma trilha de total desmantelamento de suas funções de governo. Mesmo São Paulo, o mais rico de todos, está cancelando ou adiando pagamentos de professores universitários por falta de orçamento. Breve toda a República sucumbirá, se ainda já não sucumbiu, à destruição de seus sistemas de saúde, de educação e de segurança pública, entre outros.

São muitos os culpados por essa situação, inclusive a depressão econômica.

2017: arrependimento. 2018: volta a Lula

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Num certo futuro, 2017 será também lembrado, relativamente ao Brasil, por um paradoxo: quase 100% dos brasileiros passaram o ano rejeitando o presidente ilegítimo, reprovando seu governo e suas iniciativas, mas só manifestaram este sentimento na solidão da entrevista reservada com o pesquisador dos institutos, presencialmente ou por telefone. Não foram às ruas, não protestaram, não bateram panelas. Mas foram também as pesquisas que captaram a reação silenciosa, o crescimento constante do apoio à candidatura do ex-presidente Lula em todas as camadas sociais, agora inclusive nas camadas AB, segundo o instituto Ipsos.

Os desafios da renovação do Congresso

Por Antônio Augusto de Queiroz, no site Vermelho:

Pelo senso comum se imagina que a desqualificação da política e o desgaste dos congressistas – que votaram matérias impopulares e salvaram o presidente da República de duas denúncias de corrupção – levará necessariamente à uma grande renovação do Congresso em 2018. Mas, se não houver uma reação articulada na sociedade, isto pode não se confirmar, por uma série de motivos.

Moro, Globo e o Mal que bate a nossa porta

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Enquanto em todo mundo cristão se fazem homenagens ao nascimento de Jesus, o primeiro profeta de Israel que não apelava ao punitivismo, que orientava seus seguidores a lutarem exclusivamente com as armas do bom senso e da persuasão. Que pregava o amor ao próximo, mesmo que este fosse um “inimigo” ou um “criminoso”. Que não ousava ferir sequer os animais e, com isso, pôs fim aos sacrifícios que haviam marcado a religião antiga por milhares de anos. Que andava ao lado de ladrões e prostitutas, tratando-os como seus irmãos e irmãs. Que era um profeta diferente de todos os que o antecederam, porque não insultava, não agredia, não desejava o mal a nenhum povo e a ninguém. Que era, em suma, um profeta do perdão, não do castigo.

A mitomania fiscal do ministro Meirelles

Por Marcelo P.F. Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Na ânsia de reunir argumentos para aprovar a reforma da Previdência e serenar os humores das agências internacionais de risco, o Ministério da Fazenda divulgou recentemente estudo que trata de avaliar o efeito redistributivo da política fiscal no Brasil. Usando os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) de 2015 e um sofisticado modelo de microssimulação de tributos e benefícios (chamado BRAHMS), os técnicos do ministério tentam demonstrar que os gastos sociais brasileiros – principalmente por conta da Previdência Social – não seriam capazes de reduzir de forma efetiva a nossa péssima distribuição de renda.

Rejeição de 70% às privatizações é um alento

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A revelação de que sete em cada dez eleitores condenam as privatizações é um dado essencial da conjuntura política. Mostra que o povo está muito mais atento aos assuntos políticos do que é costume reconhecer.

Um placar de 70% representa um apoio indiscutível a ideia de um plebiscito revogatório para mandar para o lixo as medidas anti-nação e anti-povo do governo Temer-Meirelles.

Apesar do pensamento único da grande mídia a favor das privatizações, que teve seu marco inicial num manifesto dos maiores empresários do país reunidos pelo jornal Gazeta Mercantil em 1978 - há 40 anos, portanto - a ideia não conseguiu convencer a maioria da população. A experiência prática também não.

PIS/Pasep: sacando nossos últimos direitos

Por Gabriel Quatrochi, no site Brasil Debate:

A população muito tem se perguntado sobre o saque das cotas do PIS/Pasep. Na mídia pouco tem sido esclarecido, e vende-se o que é um direito como se fosse um presente de fim de ano. De modo bastante simples, vamos tentar clarear um pouco essa situação.

O Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) são fundos de formação do patrimônio do trabalhador, criados no início da década de 1970. Estão inseridos num importante contexto histórico no qual, de 1930 à Constituição de 1988, a inspiração são os modelos europeus de Estado de Bem-estar Social, e promovem, no Brasil, a regulação das relações sociais e econômicas através de um Estado fortemente atuante, pela via das políticas sociais. É desse longo período que resultam direitos conquistados pela trabalhadora e trabalhador brasileiros, como a CLT, o FGTS e o próprio PIS/Pasep.

O medo como instrumento de poder

Por Roberto Savio, no site Carta Maior:

Recentemente, os britânicos se deram conta de que votaram pelo brexit a partir de uma campanha de mentiras. Mas ninguém foi cobrar publicamente os líderes da mesma, como Boris Johnson e Nigel Farage, pelo fato de a Grã-Bretanha ter que pagar 45 bilhões de euros, um dos muitos custos do divórcio, algo muito diferente da “economia de 20 bilhões” prometida por esses promotores. Há pouca análise, e pouco profunda, sobre o porquê de o comportamento político ser cada vez mais um mero cálculo, sem preocupação pela verdade nem pelo bem dos países.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Lula cresce também nas camadas médias

Da Rede Brasil Atual:

A jornalista Raquel Faria, do jornal mineiro O Tempo, afirmou no domingo (24) que o apoio da população ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem crescendo entre a classe média. “Pesquisadores estão assombrados com a nova façanha de Lula: ele avança na classe média.” A afirmação tem base em recentes pesquisas de opinião que apontam para tal fato.

“Pelo menos três institutos nacionais já detectaram queda da rejeição e alta da aceitação ao ex-presidente no eleitorado mais instruído. No Ipsos, único a divulgar dados, a aprovação ao petista já chega a 35% na classe AB (o índice era de 14% há seis meses) e a 42% nos estratos com ensino superior (26% antes)”, completa. De fato, de acordo com a mais recente pesquisa, do Ipsos, a rejeição de Lula chegou ao menor patamar desde 2015.

Suspeita de vingança de Temer contra Alckmin

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Foi um fato fortuito o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão federal hoje dominado em seus postos principais por indicados de Michel Temer, ter decidido tornar públicos dois inquéritos embaraçosos para Geraldo Alckmin e o PSDB paulista sobre um cartel de empreiteiras? Ou foi uma vingança de Temer para sabotar os sonhos presidenciais do governador?

O peemedebista ficou furioso com os votos de deputados do PSDB para ele ser processado no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção, formação de quadrilha e obstrução à Justiça. Guardou ira particular contra Alckmin, a quem nos bastidores identificava como principal culpado pelo fato de os tucanos paulistas terem desaguado votos a favor da investigação.

Alckmin e Bolsonaro querem privatizar tudo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

À luz da pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira 26 de dezembro, que mostra que SETENTA POR CENTO dos brasileiros são contra privatizações, vale uma reflexão sobre o que deve acontecer no Brasil na eleição presidencial do ano que vem, já que os principais candidatos de direita vinham alardeando a intenção de privatizar até o ar que respiramos.

A direita e a extrema-direita vêm se estapeando pela primazia de enfrentar a candidatura presidencial do PT na eleição de 2018. Os MBL’s da vida acham que há uma onda destra no país. Pobres tolos. Não conhecem a alma dos brasileiros.

2018: barrar as mudanças na Previdência

Por Juliana Gonçalves, no jornal Brasil de Fato:

A tentativa de mudanças na legislação que rege a Previdência Social será o foco da disputa política em 2018, se configurando como ponto central da possível perda de mais direitos dos trabalhadores.

É o que aponta João Paulo, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "O governo golpista tem três grandes frentes de ação que ele deve intensificar: é o tema das vendas dos artigos públicos do estado, ou seja, o processo de privatizações. Segundo, a retirada de direitos, em especial o tema da reforma da previdência, que será o ponto central. E, por último, o ajuste das contas públicas que é basicamente o corte dos serviços públicos que deve ampliar para as áreas de saúde e educação, já que as demais áreas já foram afetadas", disse.