sábado, 6 de janeiro de 2018

Condenar Lula significa fraudar as eleições

Por Gilberto Maringoni, na revista Fórum:

Por uma frente dos que gostam e dos que não gostam de Lula!

Esqueça os R$ 51 milhões nas malas de Geddel.

Esqueça a outra mala, nas mãos de Rocha Loures.

Faça vistas grossas aos R$ 38 bilhões a serem torrados na compra de votos para a Previdência.

Deixe de lado a aprovação do PL que suspende o pagamento de R$ 1 trilhão das petroleiras internacionais em tributos.

Facebook censura por ordem dos EUA e Israel

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept-Brasil:

Em setembro de 2016, mostramos que representantes do Facebook se reuniram com o governo de Israel para discutir a exclusão de contas de palestinos, alegando que praticavam “incitação”. As reuniões foram convocadas e presididas pela ministra da Justiça Ayelet Shaked, que é pró-assentamentos e figura entre os mais extremistas e autoritários funcionários do governo israelense. Os encontros começaram depois que Israel fez ameaças: se as ordens para deletar os perfis não fossem voluntariamente cumpridas, as autoridades apelariam para a justiça e para a legislação em vigor, e o Facebook correria o risco de ter que pagar multas altas ou até de ser bloqueado no país.

EUA em busca de novas guerras eleitoreiras

Por John Saxe-Fernández, no site Carta Maior:

Hoje não é novidade o vínculo da diplomacia de força usada pelo regime de alta militarização de Donald Trump contra Irã, Coreia do Norte e Venezuela, enquanto seu próprio país viverá eleições legislativas em 2018 na qual os republicanos terão que defender o controle do Senado e da Câmara, pensando em manter um cenário favorável para as presidenciais de 2020. Gestar uma guerra de agressão por razões eleitoreiras, como vimos na reeleição da fórmula Bush/Cheney em 2004, é todo u crime de lesa humanidade, embora seja um ingrediente antigo usado por políticos estadunidenses que almejam a Casa Branca. 

Um ano decisivo para a América Latina

Por Ergon Cugler, no site da UJS:

O que esperar de 2018 após um ano repleto de reviravoltas no cenário político de toda América Latina? Aliás, só no Brasil, foi morte mal explicada de Teori Zavascki, relator da Lava Jato, ainda em janeiro; entrada de Alexandre de Moraes, aliado de Temer, para a então vaga no STF logo em fevereiro; e Operação “Carne Fraca” em março, que lá em junho deflagrou uma série de denúncias envolvendo malas de dinheiro, Joesley Batista e Michel Temer, tudo em uma frase só; Resultante, foi em julho e agosto, onde duas denúncias da Procuradoria Geral da República seguiram ao Congresso como pedido de impeachment de Temer, mas foram barradas.

Mídia dos EUA e as mentiras contra Venezuela

Do blog Resistência:

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou nesta sexta-feira (5) que as grandes corporações dos Estados Unidos geraram 3.880 notícias negativas em 2017, como parte da guerra midiática contra o governo bolivariano.

Em declarações transmitidas pelo canal Venezuelana de Televisão, desde o Palácio de Miraflores, em Caracas, o chefe de Estado mostrou um estudo no qual se visualiza a quantidade de notícias negativas que foram divulgadas em diferentes meios de comunicação do país norte-americano contra a Venezuela.

Combate ao fakenews e o ativismo político

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Nas eleições de 2010, a velha mídia produziu o maior conjunto de falsificações simultâneas da história da imprensa brasileira. Recorreu a lobistas condenados, aos arapongas de Carlinhos Cachoeira, inventou falsos comunicados da ABIN. A única publicação censurada pela Procurador Geral Eleitoral Sandra Cureau foi a CartaCapital, a única a respeitar os fatos jornalísticos.

A estratégia de combate às fakenews, anunciada pelo futuro presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Luiz Fux e agora encampada pela Polícia Federal é uma ameaça explícita à liberdade de opinião na rede. Segundo reportagem da Folha, a PF pretende uma nova lei, que autorize busca e apreensão e conceitue o que é fakenews.

Embraer, Venezuela e a democracia no Brasil

Planalto vira a "Casa de Noca"

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Casa de Noca é uma antiga expressão popular que, segundo o Dicionário Informal, significa “uma casa em que todos mandam, não tem dono, nem governança. É uma casa bagunçada”. O dicionário dá um exemplo, bem a propósito: “A governança no Brasil é uma Casa de Noca”. Pode ser usado como sinônimo de Casa da Sogra.

Um após outro, os ministros foram pedindo o boné e os que ficaram agora estão saindo de férias.

Para onde caminha o Brasil?

Por Paulo Roberto Paixão Bretas, no jornal Brasil de Fato:

Chegamos a mais um final de ano. No mundo, comemora-se a chegada de 2018. No Brasil, seguimos sem grandes motivos para celebrar, a julgar pelo que vem indicando as estatísticas sociais: a situação dos trabalhadores e a lenta retomada da economia, em moldes bastante injustos para com os mais vulneráveis.

Somos mais de 205 milhões de brasileiros e de brasileiras. Estamos envelhecendo, não só porque a população está vivendo mais, mas também porque a população de jovens (0 a 9 anos) está se reduzindo. Aos poucos, vamos perdendo o bônus demográfico porque não estamos abrindo possibilidades de qualificação e emprego para nossos jovens.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O golpe não tira férias

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Pedro Parente e seu staff, pelo visto, não fizeram a pausa do Natal e do Ano Novo. Ficaram trabalhando no fechamento do acordo pelo qual a Petrobrás pagará cerca de R$ 10 bilhões (6,5 vezes o valor já recuperado com a Lava Jato) aos acionistas norte-americanos que entraram na Justiça pedindo ressarcimento por prejuízos com a queda no valor das ações em função dos casos de corrupção. No lusco-fusco das festas de final de ano, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, também avalizou o acordo da Embraer com a Boeing que incluirá a área que produz equipamentos militares para as atividades de defesa. O golpe não tira férias, em sua compulsiva ação contra o interesse nacional.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Lava-Jato dá prejuízo de R$ 8 bi na Petrobras

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

A história narrará, decerto, que Lava-Jato foi um dos maiores crimes lesa-pátria que esse país já teve.

É um pouco óbvio para quem vê de perto: em nome do retórico combate à corrupção, várias empresas nacionais não só foram quebradas, como também tiveram suas imagens destruídas.

E, claro, não parece muito inteligente expandir a má imagem de um ou outro gestor para toda a empresa, afinal, todos os trabalhadores e trabalhadoras que compõem o capital produtivo dessas acabam sendo penalizados como se fossem corruptos.

A nação está entre a esperança e a ameaça

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A análise retrospectiva, de um ano ou de um século, é bem mais fácil do que a antecipação de processos que ainda estão em gestação. Certas dinâmicas sociais, frequentemente, são percebidas apenas quando seus efeitos se expõem à luz do dia.

O cientista social está fadado a ser um “engenheiro de obra feita”. O mergulho no passado serve para a compreensão dos fatos novos. Os dias que estão por vir estarão condicionados pelos dias que se foram.

O importante é o povo se organizar

Feliz ano velho ou feliz ano novo?

Por Guilherme Mello, no site Vermelho:

Sempre ao início de um novo ano os economistas são consultados, seja para diagnosticar o ano anterior, seja para utilizar seus obscuros conhecimentos para desvendar o futuro. Mais próximos dos antigos alquimistas que dos modernos químicos, os economistas se apressam a desfilar uma série de previsões com graus de detalhe que ironicamente alcançam a segunda casa decimal.

Inflação, crescimento, taxa de câmbio, resultados fiscais, taxas de desemprego, produção industrial, todas variáveis previamente quantificadas com base em elaborados modelos econométricos, que no mais das vezes apenas transferem o passado recente para o futuro, com o acréscimo de algumas pitadas de convicção política/ideológica do formulador do modelo.

Direita quer tropa estrangeira contra Maduro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A ideia de organizar uma invasão estrangeira para derrubar o governo de Nicolas Maduro, na Venezuela, reapareceu no dia de hoje, através de um artigo do economista Ricardo Hausmann, ex-ministro no governo de Carlos Andrés Perez, publicado pela Folha e outros jornais.

Depois que a oposição venezuelana sofreu três derrotas eleitorais consecutivas em 2017, era razoável imaginar que o golpismo local estivesse adormecido pelo menos na entrada do Ano Novo. O ex-ministro, um quadro político com conexões acadêmicas e políticas na região, mostra que não.

Economia está no fundo do poço e sem norte

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Estimativas divulgadas como positivas pelo mercado e pelo Banco Central, segundo as quais o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá crescer 1% em 2017 e 2,70% em 2018, estão longe de indicar motivo para comemoração. A economia do país está deprimida e caiu 8% em três anos. "Não dá para ser otimista", avalia o economista João Sicsú, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

"Na verdade falta um norte para a economia. Estamos crescendo em qual direção?", observa. "A economia brasileira pode até crescer, mas não tem caminho apontado, um projeto organizado para crescer de forma repetida. E, mesmo crescendo 1% em 2017, e talvez mais em 2018, a economia estará muito do longe do patamar do final de 2014."

Bolsonaro e os estupromaníacos

Por Leandro Fortes, na revista Fórum:

Há algo de extremamente doentio na relação da extrema direita com o crime de estupro, embora isso não seja, exatamente, uma novidade.

Na horripilante alegoria do fascismo feita pelo cineasta Paolo Pasolini, em 1975, “Saló ou 120 dias de Sodoma”, um grupo de jovens, homens e mulheres, é sequestrado por militares fascistas para ser brutalizado e submetido a todo tipo de sevícia sexual.

No filme, as cenas de sadismo, escatologia e tortura são o pano de fundo para as sequências de estupro, um instrumento de dominação presente em todas as masmorras de governos autoritários, uma arma de guerra de todos os exércitos – um método de terror que nunca se perdeu no tempo.

Jovem Pan e Antagonista chantageiam TRF4

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Alguém acredita mesmo que o PT ou Lula têm poder para promover um desembargador do TRF4 se ele absolver o ex-presidente no julgamento do dia 24 de janeiro? Aliás, alguém acredita que alguém com poder para promover um desembargador faria tal oferta de promoção se ele aceitasse absolver Lula?

Lula não ganha uma no TRF4.

O tribunal já negou inúmeros pedidos de Lula de suspeição de Moro.


A direita bate cabeça e ‘ressuscita’ Huck

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O genial Aroeira resume o significado da “ressurreição” da candidatura de Luciano Huck, feito nesta virada de ano com a nota do Painel, da Folha, dizendo que Luciano Huck teria pedido a Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, que seu nome não fosse excluído das pesquisas eleitorais.

Assunto para dias vazios de notícias, revela apenas que o conservadorismo só tem um plano, para valer: eliminar Lula da disputa.

Prefeito convoca Exército. Fascista de berço!

Por Altamiro Borges

Nelson Marchezan Jr., o “prefake” de Porto Alegre, não nega o berço. Apesar de posar como “novo” na política, o fascistinha é filho de Nelson Marchezan (1938-2002), o histórico cacique da política gaúcha que presidiu a Câmara Federal durante a ditadura e foi líder do último general no poder, João Baptista Figueiredo – aquele que odiava “o cheiro do povo”. Nesta quarta-feira (3), o tucano falastrão enviou ofício ao usurpador Michel Temer solicitando o envio de tropas do Exército para o julgamento de Lula no Tribunal Regional Federal (TRF-4), em 24 de janeiro. Pelo Twitter, o filhote da ditadura ainda rosnou: “Devido às manifestações de líderes políticos que convocam uma invasão em Porto Alegre, tomei essa medida para proteger o cidadão e o patrimônio público”.