terça-feira, 1 de maio de 2018

A economia real arreganha os dentes

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Enquanto estamos “brincando” de “moralização do Brasil” com procuradores e juízes, e economia real voltou a mostrar os dentes ferozes ao Brasil.

Ainda é cedo para dizer o que acontecerá - não se sabe se a estratégia bélica de Donald Trump ficará restrita, o que parece cada vez mais improvável - no campo comercial - mas é evidente que não há nada de bom no horizonte.

A saída de dólares do país se intensificou, aumentando o déficit que já se registrou em fevereiro e março, depois da entrada recorde verificada em janeiro.

Temer tem duelo marcado

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Na terça-feira Temer jantou com presidentes regionais do MDB de 11 estados. Buscava promessa de apoio à sua candidatura à reeleição ou à de Meirelles. Convidado, o senador Renan Calheiros, presidente da seção alagoana, não compareceu. No dia seguinte foi atacado pelo ministro Marun: “faltou, mas a inaugurações de obras ele vai”. Renan lidera um movimento no partido contra a candidatura própria a presidente. E não é porque prefira Lula ou qualquer outro. “Na situação atual, candidaturas a presidente sem perspectivas de vitória arrebentam com os partidos”, diz ele. Tudo indica que a convenção do MDB será uma escaramuça entre duas alas, como já aconteceu no passado.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

O drama diário da procura por emprego

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego subiu de 11,8%, em dezembro, para 13,1% no trimestre encerrado em março. O percentual corresponde a 13,689 milhões de desempregados no país, 1,379 milhão a mais em três meses. A estatística fria, porém, nem sempre revela a real dimensão do drama humano vivido por milhões de trabalhadores. O desempregado é um ser à deriva na família, na vizinhança e no seu cotidiano. A busca diária por uma nova vaga é um inferno traumático.

Mídia acoberta terroristas do Paraná

Foto: Claudio Kbene
Por Altamiro Borges

Como afirmou ao blog Nocaute o embaixador Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores do governo Lula e ex-ministro da Defesa de Dilma Rousseff, o atentado ao acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, na madrugada deste sábado (28), foi um ato terrorista. Ele quase resultou na morte do sindicalista Jefferson Menezes, que deixou a UTI somente nesta segunda-feira, e também feriu com estilhados dos tiros a advogada Marcia Koakoski. Em sua nota, o embaixador foi enfático:

“Expresso meu veemente repúdio ao ato terrorista praticado na madrugada deste sábado contra o acampamento, ao mesmo tempo que expresso minha irrestrita solidariedade aos bravos companheiros que continuam, com risco de sua integridade física, a defender a liberdade do Presidente Lula e seu direito de candidatar-se. O fascismo não passará. Vamos dar nome aos bois: disparos com armas de fogo contra populações civis, pacíficas e desarmadas, por motivação política é terrorismo. Não dá pra fingir que não viu”.

A origem e o significado do 1º de Maio

Por Altamiro Borges

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.


Globo esconde atentado a tiros em Curitiba

Do blog Viomundo:

“Se arremessam tinta, em um prédio, querem fazer documentário sobre como vivem as pessoas que limparam as calçadas do lugar”, ironizou Fausto Rocha no twitter.

Ele se referia à extensiva cobertura que a TV Globo fez em seus telejornais do protesto em que integrantes do MST atiraram tinta vermelha no prédio onde mora a presidenta do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, em Belo Horizonte.

A limpeza da calçada por gente ligada ao MBL e a colocação de flores no local foram destaques na mídia brasileira.

Moro e a República abusiva de Curitiba

A democracia subjugada e a resistência

Por João Batista Moreira Pinto, no site Carta Maior:

Em texto recente, Leonardo Boff - teólogo mundialmente reconhecido por suas lutas vinculadas à Teologia da Libertação - após descrever a tentativa frustrada de, junto com o Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel visitarem Lula, destacou que aquilo era mais uma comprovação de uma “lógica negadora de democracia num regime de exceção”, ressaltando entretanto que o Brasil é maior que sua crise, da qual sairíamos “melhores e orgulhosos de nossa resistência, de nossa indignação e da coragem de resgatar a partir das ruas e pelas eleições um Estado de direito”.

Imprensa brasileira na segunda divisão

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A divulgação do Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa, publicado pela organização internacional Repórteres sem Fronteiras, confirma o Brasil na zona de rebaixamento. Amargando mais uma vez a 102ª posição entre 180 países, o país confirma a falta de sintonia existente entre o nível econômico, cultural e político do país e sua afirmação no campo da liberdade de imprensa.

Os EUA e a volta da Guerra Fria

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

Passou praticamente despercebido, no Brasil, o anúncio da Nuclear Posture Review, a nova política nuclear norte-americana, divulgada agora em fevereiro.

A omissão não se justifica, pois a nova política nuclear norte-americana assume claramente mudanças geoestratégicas de peso, com profundas implicações para todo o mundo.

Em primeiro lugar, a nova política prevê gastos da ordem US$ 1,2 trilhão, nos próximos 30 anos, para “modernizar” o arsenal nuclear norte-americano. Muitos analistas consideram que, na verdade, tais gastos, para cumprir os objetivos amplos propostos, deverão chegar ao redor de US$ 2 trilhões, sem levar em conta a inflação. Trata-se de uma ampliação gigantesca dos US$ 70 bilhões que Obama já havia disponibilizado para a modernização do arsenal nuclear dos EUA.

O tapetão contra Fernando Pimentel

Por Thomas Bustamante, no site Justificando:

Ainda vai demorar algumas décadas para que possamos avaliar, com um nível aceitável de precisão, as consequências políticas e jurídicas do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Não faltou, porém, aviso quanto ao risco que a destituição de um governo democraticamente eleito sem um sólido fundamento jurídico poderia representar.

Há quem diga, mesmo ciente da fragilidade da acusação que motivou a interrupção precoce do mandato da presidenta, que o seu impeachment foi legítimo ainda que não estivesse comprovada a prática de crime de responsabilidade. Argumenta-se que “não há golpe” porque o impeachment seguiu todos os trâmites processuais necessários, com ampla oportunidade de defesa, produção de provas e publicidade dos atos processuais, e que “o próprio Supremo Tribunal Federal atestou a legitimidade do impeachment quando reconheceu que ele carece de legitimidade para revisão judicial deste ato administrativo”.

Flávio Rocha é o mais novo engodo na praça

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Logo no começo deste ano, o empresário Flávio Rocha, o bilionário dono da Riachuelo, liderou o lançamento de um manifesto político chamado “Brasil 200”. Trata-se, segundo ele, “de um movimento da sociedade civil que quer um Brasil diferente do arremedo de país em que foi transformado por sucessivos governos desastrosos.”

A tal “sociedade civil”, no caso, não passa de um convescote de grandes empresários. E o tal “manifesto político” não passa de propaganda do velho, conhecido e fracassado receituário neoliberal. A escolha da cidade para o lançamento desse manifesto político que pretende “libertar o Brasil do peso do Estado” não poderia ser mais simbólica: Nova York. Para incrementar ainda mais este museu de grandes novidades, o grupo defende também uma posição conservadora nos costumes.

STF virou piada até no exterior

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não é só o juiz Sergio Moro.

Todo o mundo passa a mão na bunda do STF.

Na sexta, dia 27, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, se sentiu à vontade o suficiente para tripudiar sobre Carmen Lúcia e sua patota.

Piñera perguntou a Cármen, irônico, a quem se poderia recorrer quando o Supremo falha em suas decisões.

País 'ganha' 1,4 milhão de desempregados

Da Rede Brasil Atual:

A taxa de desemprego subiu de 11,8%, em dezembro, para 13,1% no trimestre encerrado em março, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. O percentual corresponde a 13,689 milhões de desempregados no país, 1,379 milhão a mais em três meses. Na comparação com março do ano passado, a taxa é menor (13,7% em 2017) e o mercado abriu 1,6 milhão de vagas. Mas, como vem se tornando constante, todas essas vagas são informais e referem-se, principalmente, a empregados no setor privado sem carteira assinada ou a trabalhadores por conta própria.

Os engenheiros e a 'deforma' trabalhista

Por Murilo Pinheiro, no site Vermelho:

As ações trabalhistas caíram, em média, 50% no país, desde 11 de novembro de 2017. Não há o que comemorar. É apenas o resultado da dificuldade do acesso dos trabalhadores à Justiça, após a reforma trabalhista introduzida pela Lei 13.467/2017. Outros números denunciam a ineficácia da medida.

O desemprego foi de 11,8%, em dezembro do ano passado, para 12,2%, em fevereiro. Em 2015, a taxa era de 8,5%, no mesmo período. A informalidade também cresceu e segue como a tendência no mercado de trabalho, com quase 3 milhões de brasileiros, entre autônomos e informais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

domingo, 29 de abril de 2018

Em Maricá, especialistas debatem a internet

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A força da Internet, seus problemas e suas oportunidades foram temas de discussão na manhã deste sábado (28), durante o Seminário Os desafios da comunicação nos governos progressistas, em Maricá/RJ. Sergio Amadeu, Flávia Lefèvre e Leandro Fortes trocaram ideias sobre as portas que o ambiente digital abre para dinamizar a relação entre as administrações públicas e os cidadãos e, por outro lado, os perigos da falta de proteção a dados pessoais e as dificuldades em se universalizar a banda larga no Brasil.

É o Moro e a Globo contra o resto!

Atentado em Curitiba pede união da esquerda

Foto: Gibran Mendes/MST
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Tinha acabado de ler a coluna do André Singer na Folha deste sábado - “O desafio da esquerda” - quando abri o computador e encontrei a notícia no UOL:

“Ataque a tiros em acampamento pró-Lula em Curitiba deixa dois feridos; polícia investiga”.

Foram mais de 20 tiros com arma de 9 mm disparados durante a madrugada contra o acampamento em frente ao prédio da Polícia Federal onde o ex-presidente Lula está preso numa solitária há exatas três semanas.

O falso arrependimento do jornal O Globo

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O argentino Adolfo Pérez Esquivel, vigoroso ativista de direitos humanos, passou por aqui recentemente. Por alguns dias. Poucos brasileiros, hoje um total de 210 milhões de almas, souberam disso e tampouco se interessaram ou foram estimulados a ver, ler ou ouvir sobre o assunto. Ele não aparecia nos jornais, nas rádios ou na televisão.

Prêmio Nobel da Paz em 1980, ele tentou visitar o ex-presidente Lula trancafiado, após longa perseguição do Judiciário e da mídia, em uma prisão da Polícia Federal na cidade de Curitiba, capital do Paraná. Lula paga uma punição sem prova.

Moro e o sistema de propinas da Odebrecht

Por Jeferson Miola, em seu blog:

São fortes as suspeitas de que o sistema de gestão de propinas da Odebrecht, conhecido como mywebday, foi fraudado com o objetivo de produzir provas falsas para incriminar Lula no processo do sítio de Atibaia.

A manipulação no mywebday teria ocorrido após a Odebrecht entregar o sistema com as senhas e códigos de acesso aos procuradores da Lava Jato. Ou seja, quando o material já estava sob a custódia da Lava Jato.