Por Adriano Diogo, no site Outras Palavras:
O Brasil foi surpreendido com a revelação do pesquisador Matias Spektor sobre um documento da CIA relatando uma reunião do presidente Ernesto Geisel e generais que, em março de 1974, decidiram prosseguir com o programa macabro de execução sumária de opositores do regime. Geisel assumiu a Presidência da República e logo nomeou o general João Baptista Figueiredo para a chefia do SNI. O motivo da reunião era o relatório segundo o qual no governo Médici 104 pessoas teriam sido executadas. O documento, Centro de Informações do Exército (CIE), pedia autorização ao novo presidente e ao novo chefe do SNI para que as execuções continuassem. Geisel pediu um tempo para reflexão e logo deu luz verde a Figueiredo, orientando-o a supervisionar o programa de execuções, especialmente de “subversivos perigosos” para serem executados.