terça-feira, 31 de julho de 2018

O inferno da carga tributária no Brasil

Por Chicão dos Eletricitários

Segundo o Dicionário de Políticas Públicas da Fundap – Fundação do Desenvolvimento Administrativo, a Política Fiscal pode ser considerada como o conjunto de decisões estratégicas e medidas adotadas pelo governo, para a distribuição dos recursos que arrecada dos cidadãos em forma de impostos e taxas, com objetivos voltados para o desenvolvimento econômico e social do país. Expressa-se e organiza-se pela formulação das receitas e despesas públicas.

Ao revisar a história brasileira identificamos uma prática tributária, que persiste até os dias de hoje, que contribui diretamente com a concentração da riqueza ao invés de promover a justa distribuição da mesma.

A nova ordem mundial do petróleo

Por José Luís Fiori, no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet):

Nas duas últimas décadas do século passado, a Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, a Guerra do Golfo, entre 1990 e 1991, e o fim da URSS, em 1991, atingiram em cheio alguns dos maiores produtores e exportadores mundiais de petróleo, dividindo e enfraquecendo a OPEP, e destruindo a capacidade de produção russa. Foi um período de anarquia no mercado mundial de petróleo, e ocorreu no mesmo momento em que as grandes corporações petroleiras privadas promoveram uma grande desconcentração e "desverticalização" do seu capital e de suas estratégias, enquanto o petróleo era transformado num "ativo financeiro" cujo preço era renegociado diariamente nas Bolsas de Nova York e Londres. 

Estado de exceção avança nas universidades

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Desde o golpe, as universidades se tornaram um dos poucos espaços de pensamento crítico. Isso gerou uma ofensiva conjunta da CGU (Controladoria Geral da União), Polícia Federal e Ministério Público contra a autonomia universitária.

No início, tentativas de proibição de atos políticos internos. Depois, a identificação de pequenas irregularidades administrativas para justificar ações bombásticas de invasões de campus e prisão de dirigentes e professores, especialmente graves nos episódios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Alckmin, as falhas no Metrô e a mídia venal

Por Altamiro Borges

Na quarta-feira passada (25), a queda de uma placa de publicidade nos trilhos do Metrô fechou quatro estações da linha 1-azul na capital paulista. O incidente teve reflexos nas linhas 2-verde e 3-vermelha, com os trens circulando com maior tempo de parada e velocidade reduzida. Na maior parte da manhã, milhares de usuários que se deslocavam para os seus locais de trabalho ficaram amontados nos vagões ou nas estações do Metrô. O clima foi de pânico e revolta. Esta não é a primeira pane neste meio essencial de transporte sucateado pelas sucessivas gestões do tucanato em São Paulo.

Porque Meirelles ainda é candidato?

Por Emílio Chernavsky, no site Vermelho:

Não obstante as elevadas expectativas depositadas e os elogios continuados entre analistas de mercado e na mídia especializada, os resultados alcançados pela equipe econômica ao longo dos dois anos em que ela foi coordenada pelo ministro Henrique Meirelles foram profundamente decepcionantes.

Não conseguiu evitar que o PIB em 2016 registrasse uma das maiores quedas da história nem que em 2017, mesmo partindo de uma base deprimida por um ano de estagnação e dois de recessão aguda, ele crescesse apenas 1%. Para 2018, as expectativas de expansão têm recuado continuamente e os investimentos que poderiam impulsioná-la, após avançar timidamente no segundo semestre de 2017, voltaram a se contrair. 

Para os rentistas, tudo! Para o trabalhador...

Globo vai checar fake news. É piada?

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O G1, do grupo de comunicação que criou o fake news que levou Lula à prisão, acaba de anunciar o seu serviço de checagem de notícias.

O título do serviço É “Fato ou fake”.

Segundo o site, o objetivo é alertar os brasileiros sobre conteúdos duvidosos disseminados na internet ou pelo celular, esclarecendo o que é notícia (fato) e o que é falso (fake).

De acordo com o Grupo Globo, jornalistas farão um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp.

A essência ausente na disputa eleitoral

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Eleições periódicas, na democracia, servem para que cada homem e cada mulher exerçam o poder de escolha, elegendo representantes e também governantes, a partir das propostas que apresentem e dos rumos que apontem para o país, o estado, o município.

Entretanto, faltando exatamente 70 dias para a eleição de 7 de outubro, aqui estamos discutindo quem será o vice de quem, na ausência de propostas claras para o enfrentamento de problemas como o desemprego, o aumento da pobreza, o déficit fiscal ou a violência crescente, sem falar na crise da Previdência.

O atraso na escolha de vices já é, por si, um sinal da esquisitice deste pleito.

Quais as perspectivas do Brasil pós-crise?

Por Daniela Magalhães Prates e Fábio Henrique Bittes Terra, no site Brasil Debate:

O Dossiê V da Associação Keynesiana Brasileira (AKB), intitulado “O Brasil pós-recessão: das origens da crise às perspectivas e desafios futuros”, discute a crise brasileira e o pós-crise, ou seja, o Brasil de meados de 2014 em diante (você pode acessar a íntegra no final do artigo). Para tanto, três grandes temas se colocam: a origem da crise, as perspectivas para o após crise e os desafios ao crescimento sustentado do País. Os três temas são abordados por 17 artigos de 36 autores e autoras de 16 instituições diferentes, públicas, privadas, acadêmicas e não acadêmicas. Um resumo dos artigos se segue.

Perseguido e preso, Lula só cresceu

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os ‘gênios’ da análise política, que gostam tanto de fazer análises eleitorais baseadas em pesquisas, deveriam fazer um exercício simples, consultando a evolução de pesquisas feitas com a mesma amplitude, metodologia, pelo mesmo instituto de pesquisa e para o mesmo cliente.

Fiz uma rápida consulta à série de pesquisas da MDA para a Confederação Nacional de Transportes.

Em fevereiro de 2016, já às vésperas do golpe que deporia Dilma Rousseff, o líder em intenções de votos era Aécio Neves, com quase 25%, contra 19% de Lula.

MDB de Meirelles segue isolado e sem vice

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

No próximo dia 2 de agosto, será realizada a convenção nacional do MDB, que definirá a chapa a concorrer nas próximas eleições, em outubro. Meirelles encabeça a chapa, mas o MDB não definiu quem será o vice. A coligação ainda não está fechada e o partido tem conversado com o PMN e PHS, com bancadas pequenas e pouco tempo de TV, que acrescentariam pouco à campanha emedebista. Mesmo entre estes ainda não há definições.

Doria aposta no fascismo 'lavajateiro'

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Eu acho importante acompanhar a campanha de João Dória em São Paulo, porque acredito que ela tende dar o tom da campanha nacional do PSDB.

É uma campanha baseada no ódio e na propagação de mentiras. O foco não é mais apenas o PT, mas os “partidos de esquerda”.

Doria está fazendo uma campanha essencialmente negativa, tentando surfar na rejeição ao PT em São Paulo, e na popularidade do juiz Sergio Moro.

Cartas a um amigo, prisioneiro político

Foto: Ricardo Stuckert
Por Leonardo Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

Na cabeceira da mesa, uma foto impressa em tecido enfeita o ambiente e simula a companhia, agora ausente, do destinatário. “Essa foto foi um dos presentes da União Brasileira de Mulheres de Arcoverde. Ela veio junto com uma carta que foi entregue na vigília em Curitiba. Daí colocamos aqui para que nos sirva de inspiração”, conta Calinka Lacort, uma das funcionárias do Instituto Lula responsável por receber e catalogar as milhares de cartas que são enviadas ao ex-presidente Lula, desde sua prisão no dia 7 de abril.

Guerra híbrida agora é para eleger Alckmin

Por Igor Grabois, no blog Viomundo:

O mundo passa por uma nova revolução tecnológica.

Crescentemente, serviços são realizados online, a produção se torna mais flexível em sua cadeia de suprimentos e de apoio, as comunicações em tempo real são a norma.

Novas formas de produzir e obter informações habitam o nosso cotidiano.

Esse processo, comumente chamado de indústria 4.0, impacta as relações internacionais e a política.

E traz novas formas de atuação diplomática e militar.

O conceito de guerra híbrida foi formulado em 2010 por estrategistas estadunidenses.

A desindustrialização dos EUA

Por Reginaldo Corrêa de Moraes, no site da Fundação Maurício Grabois:

Se em vez de temer aliens, comunistas e árabes, a classe média americana estivesse atenta ao capitalismo de rapina entranhado em suas pequenas e agradáveis cidades, com a ajuda do Partido Democrata, não estaria sendo governada por um alien autofágico que invade suas entranhas para implodir. Os EUA viraram um perigoso filme B de pouca bilheteria.

Máquinas paradas, almas vencidas

Globo perde de novo o bonde da história

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Já havia mais de 50 mil pessoas na maior empolgação na praça em frente aos Arcos da Lapa, no Rio, quando o Jornal Nacional resolveu dar um breve registro do maior fato político das últimas semanas, em defesa da libertação de Lula.

Foi apenas uma “nota coberta” de 40 segundos, que é como, no jargão da televisão, os profissionais se referem às matérias que precisam ser exibidas, mas sem destaque.

Globo ignora o Festival Lula Livre

Da Rede Brasil Atual:

Apesar de ignorado pela Rede Globo e por veículos da mídia tradicional, o Festival Lula Livre terminou o sábado (28) em primeiro lugar nos assuntos mais comentados no Twitter no Brasil – e, em alguns momentos, em terceiro no mundo – e foi tema de reportagens de agências internacionais de notícias, reproduzidas por jornais de todo o mundo.

Com o título de "Celebridades brasileiras realizam show 'Lula Livre' no Rio", a Associated Press afirma que, apesar de preso, Lula segue sendo o mais popular político brasileiro e lidera com folga as pesquisas eleitorais do país. A reportagem foi reproduzida em jornais como The New York Times, Washington Post, Herald & Tribune e outros.

Centrão, a "bactéria" que o PSDB abraça

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Em julho de 2016, o deputado Rodrigo Maia, do DEM, era eleito presidente da Câmara, cargo vago havia dois meses, devido ao afastamento judicial de Eduardo Cunha, do MDB. O então líder tucano na Casa, Antonio Imbassahy, pregava a necessidade de se aproveitar o embalo para cassar Cunha – quanta ingratidão com o parceiro de impeachment... – e desconfigurar uma certa força política existente por ali. “O Centrão é visto como uma bactéria dentro da Câmara”, dizia.

domingo, 29 de julho de 2018

Lula agradece artistas do Festival Lula Livre

Foto: Mídia Ninja
Da revista Fórum:

Festival nos realizado nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, reuniu artistas, poetas e músicos. Com 80 mil participantes, o evento pediu a libertação do ex-presidente e que seja respeitado o direito de Lula de ser candidato.

Confira a carta enviada por Lula aos artistas e lida pelos apresentadores do Festival:

***

Queridos artistas, estudantes, trabalhadores, meus queridos amigos reunidos nesse sábado. Eu só posso agradecer a solidariedade de vocês. Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia?

Chico e Gil definem país da Lava-Jato

Foto: Mídia Ninja
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Abençoado país onde a música expressa o melhor de nossa cultura, no qual dois gigantes com a estatura de Chico Buarque e Gilberto Gil se uniram nos arcos da Lapa carioca para cantar os rumos e as dores do momento atual.

Numa nação de 207 milhões, com um aparato de comunicação ocupado em amortecer a resistência e distrair consciências, poucos homens e mulheres tem a capacidade de mostrar o que está no centro de nossas urgências mais sérias e graves. Poucos tem tanta credibilidade, merecem tanto respeito. Há mais de meio século são vistos como expressão da consciência do Brasil e da maioria dos brasileiros