terça-feira, 25 de setembro de 2018

A democracia sob ameaça

Por Nicolas Gael

“A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”, teria dito o político conservador e estadista britânico Winston Churchill. E se é o governo do povo, pelo povo e para o povo, deveria proteger-se com salvaguardas para impedir que os eleitos virem as costas a quem os elegeu e passem a cometer todos os tipos de crimes e violências contra aqueles que prometeram defender da tirania dos mais poderosos.

Os heróis da Globo morreram de overdose



Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quatro horas atrás, o colunista Ricardo Noblat postava no Twitter (veja aí em cima) a “quase premonição” de que Jair Bolsonaro ganharia (ou quase) as eleições em primeiro turno. ou que passaria ao segundo em condições de favoritismo difíceis de reverter.

Claro, nunca aderiu expressamente ao ex-capitão, mas conservada a esperança de, vencedor o fascista, pudesse “se explicar” pela “teimosia” do PT e de Lula de terem um “poste” como candidato.

A força de Lula. E agora, Moro?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A maior prova de que a batalha eleitoral está sendo vencida pelo PT, como mostrou o novo Ibope, é o desespero dos adversários nas redes sociais e o constrangimento dos comentaristas globais, que já se dão por derrotados e preferem falar de Alckmin e Amoedo para mudar de assunto.

Foi fulminante: em apenas duas semanas, Lula levou seu candidato Fenando Haddad de 4% para 22% no Ibope, na bica para ir ao segundo turno e derrotar Jair Bolsonaro, em defesa da democracia.

E não é só isso que prova a força eleitoral de Lula, mesmo condenado e preso há mais de cinco meses numa solitária em Curitiba.

Cartas contra o fascismo de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Multiplicam-se as manifestações coletivas antifascistas que repudiam o conservadorismo e a truculência de Jair Bolsonaro, candidato de extrema-direita à Presidência da República.

O grupo “Mulheres unidas contra Bolsonaro” arregimentou, em poucos dias, o apoio de mais de dois milhões de eleitoras que não aceitam o autoritarismo do candidato que se apoia na pregação do ódio contra a democracia e a esquerda, e investe contra os direitos dos trabalhadores, pobres, negros, mulheres, grupos LGBT e todos aqueles que defendem bandeiras democráticas, populares e igualitárias.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Globo sabota campanha de vacinação. É crime!

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo fez uma denúncia gravíssima contra a TV Globo. Segundo a matéria, assinada pelo repórter Fábio Fabrini, ela se negou a exibir a campanha nacional de vacinação infantil contra o sarampo e a poliomielite apenas porque a peça publicitária exibiu uma artista, Xuxa, de outra rede. Segundo balanço parcial do Ministério da Saúde, a atitude ilegal pode ter contribuído para a queda do número de vacinações no país, colocando em risco a vida das crianças. Em qualquer outro país do mundo, uma emissora privada, que explora uma concessão pública de tevê, teria a sua outorga rediscutida e até cassada. Mas no Brasil, o império global manda e desmanda e nada mais se falou sobre a grave denúncia.

Felipe Melo e as torcidas organizadas

Por Altamiro Borges

No domingo retrasado (16), o troglodita Felipe Melo, que joga como volante no Palmeiras, dedicou o seu gol contra o Esporte Clube Bahia, pelo Campeonato Brasileiro, ao “nosso futuro presidente, o Bolsonaro”. A declaração de apoio não causou surpresa aos que conhecem o jogador, famoso por seus atos de violência dentro e fora do campo. Dias antes, ele havia sido expulso por uma entrada criminosa, aos 4 minutos e 30 segundos do primeiro tempo, contra o atleta Victor Cáceres, do Cerro Porteño, em plena Libertadores da América. Foi o vigésimo cartão somente neste ano – um recorde vergonhoso. Como lembra o blog Diário do Centro do Mundo, “em 2005, Felipe Melo foi acusado de esfaquear dois jovens em um hotel no Rio de Janeiro. O primo assumiu a culpa. Mas ele se diz regenerado e ‘um homem de Deus’”. O aloprado se parece muito com o seu ídolo.

Nudes eleitorais de Jair Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A alta trepidação eleitoral da semana passada terminou com a divulgação da primeira pesquisa que registrou empate técnico entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT): levantamento telefônico do Data Poder-360, divulgado na sexta-feira, trouxe o ex-capitão com 26% e o petista com 22%.

E também pela primeira vez, na simulação de segundo turno, Haddad o derrota, por 43% a 40%.

Se este quadro for confirmado por novas pesquisas, estamos num ponto crucial da disputa, que até pode estimular a corrida ao voto útil no primeiro turno, comum nas disputas entre extremos.

A injustiça tributária em dez pontos

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

1. Um sistema tributário para ser socialmente justo deve concentrar sua arrecadação sobre a renda e o patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas. Esses dois elementos (renda e patrimônio) diferenciam de forma clara os cidadãos e as empresas de acordo com a sua capacidade contributiva. Os impostos sobre o consumo e os serviços, pelo contrário, transformam todos como iguais diante do sistema tributário. Por exemplo, a tributação sobre os achocolatados (em torno de 40%) é injusta porque o pobre e o rico pagam o mesmo imposto ao adquiri-los.

O Brasil e a grande vergonha do mundo

Por Marcelo Zero

Conforme as pesquisas de opinião, no Brasil cerca de um terço dos eleitores estariam dispostos a votar numa versão patética de Hitler, um medíocre hitlerzinho tropical, sem o carisma, a retórica e a estratégia política do original. Sem sequer um programa de governo. Um grande vácuo pleno de ódio e preconceito. Nada mais, nada menos.

Segundo o TSE, o Brasil tem hoje 147 milhões eleitores. Portanto, cerca de 49 milhões de eleitores brasileiros gostariam de votar em nosso hitlerzinho tupiniquim e em seu pitoresco vice, Mourão, o Ariano. Aquele que não confia em mães e avós.

Bolsonaro quer ser o Fujimori brasileiro

Por Renato Rovai, em seu blog:

O discurso de Bolsonaro e do seu vice, General Mourão, não deixam margem alguma a dúvidas acerca do seu projeto para o caso de vitória nas urnas. Eles vão construir uma ditadura referendada pelo voto popular. Algo semelhante ao que fizeram Hitler e Mussolini, mas também ao que fez mais recentemente Alberto Fujimori num passado recente no Peru.

As tacadas finais antes do 1º turno

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Indício 1 – a manipulação recorrente na véspera das eleições

Na véspera das eleições de 2014, a revista Veja produziu uma matéria falsa, de capa, com supostas informações de que Lula e Dilma teriam participado dos esquemas de propinas para financiamento de campanha. Foi uma jogada articulada em que, adicionalmente à revista, foram impressas e distribuídas milhões de capas da revista.

Uma perda bilionária para o SUS em 2019

Por Bruno Moretti, no site Brasil Debate:

“Teto de gastos não será problema para saúde e educação” (Ricardo Barros) [1].
A Emenda Constitucional nº 95, aprovada em 2016, institui Novo Regime Fiscal, determinando que, em 2017, as despesas primárias teriam como limite a despesa executada em 2016, corrigida em 7,2%. A partir de 2018, vigoraria o limite do exercício anterior, atualizado pela inflação de doze meses. Na prática, a EC 95 congela as despesas primárias, reduzindo-as em relação ao PIB ou em termos per capita por duas décadas.

A robotização e os trabalhadores

Por Eduardo Camín, no site Carta Maior:

Estamos imersos em um mundo dominado pela tecnologia. O recente tsunami de inovação tecnológica deu origem a um intenso debate sobre o futuro do trabalho. Muitos dos atuais avanços científicos foram adiados, durante muitos anos, por serem considerados impossíveis, mas a passagem de um modo de produção a outro representa a negação dialética de uma velha qualidade por outra nova.

Isso nos leva a pensar que o conceito futuro de liberdade pode nascer da servidão atual, com a condição de que, no seio desta, o ser humano aspire mais que permanecer vivo e ativo, como também crescer e se expandir. Fatores de controvérsia e de mudanças, capazes de contrapor outra imagem do homem, a qual se concebe e difunde acatando a realidade constituída.

A onda de repúdio a Jair Bolsonaro

Por João Guilherme Vargas Netto

Seis centrais sindicais – Força Sindical, CTB, CSB, NCST, Intersindical e CSP-Conlutas – por meio de seus presidentes e outros expressivos dirigentes assinaram e divulgaram nota conjunta no sábado dia 22 de setembro com o título “Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro”.

A CUT e a UGT, por razões pouco claras, mas preocupantes não assinaram durante o fim de semana. Espera-se que elas venham a fazê-lo, com urgência, completando o empenho unitário das entidades que se manifestaram.

Paulo Freire e a 'Pedagogia do Oprimido'

Por Luciano Velleda, na Rede Brasil Atual:

Paulo Freire estava no exílio no Chile, em 1968, trabalhando no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA), quando lançou Pedagogia do Oprimido. O livro viria a ser a grande obra da vida do educador e pensador, traduzido para diversas línguas e revelando a gênese do pensamento freiriano ao esmiuçar as relações entre opressores e oprimidos e, a partir daí, sugerir a emancipação do indivíduo por meio do pensamento crítico e libertário. 

Eurásia renasce e quer ser alternativa

Por Pepe Escobar, no site Outras Palavras:

Xi Jinping e Vladimir Putin foram vistos numa joint venture culinária. Panquecas com caviar (blin, em russo), empurrados com um shot de vodca. Aconteceu há dias, no Fórum Econômico Oriental em Vladivostok. É metáfora desenhada (e comestível) para selar a sempre crescente ‘parceria estratégica abrangente russo-chinesa’. Assista aqui.

Já há alguns anos, o Fórum de Vladivostok vem oferecendo um mapa inigualável do caminho, a quem se interesse por rastrear o progresso da integração da Eurásia.


O dia em que Roberto Marinho apoiou o PT

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O movimento político verificado em 1994, na primeira eleição de um governador pelo Partido dos Trabalhadores, pode se repetir agora, 24 anos depois, na campanha para presidente da república.

Na época, um político da linha de Jair Bolsonaro, chamado Cabo Camata, liderava as pesquisas de intenção de voto no segundo turno das eleições no Espírito Santo, na disputa com Vítor Buaiz, candidato do PT.

Cabo da PM, Dejair Camata conquistou, primeiramente, o eleitorado mais pobre, com o discurso de que, eleito, acabaria com a bandidagem.

Como deter o jogo sujo da direita?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Por onde passa o candidato Fernando Haddad arrasta multidões movidas pela esperança de que o Brasil retome seu caminho de respeito à soberania popular, desenvolvimento com inclusão social, geração de emprego e renda, forte investimento no social e espaço garantido para os pobres no orçamento. E o fiador deste sentimento que avança a galope país fora é Lula. Indestrutível politicamente, o ex-presidente segue emparedando as elites, mesmo encarcerado em Curitiba.

O dia de luta contra o fascismo

Por Gilberto Maringoni

Vamos ao calendário: o 7 de outubro de 2018 marca uma efeméride fundamental na luta contra a extrema-direita no Brasil. Nessa data, em 1934 (também um domingo!), a Ação Integralista Brasileira (AIB) havia marcado um comício na praça da Sé, em São Paulo, para comemorar dois anos do lançamento de seu Manifesto.

Não contavam com a disposição e iniciativa de um largo movimento antifascista, nucleado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB), então na clandestinidade. Praticamente todas as organizações progressistas e de esquerda do movimento popular aderiram à convocação da contramanifestação.

O plano antissindical de Bolsonaro


Exceto por artigo de João Guilherme Vargas Neto, por publicações da Agência Sindical, do Portal Vermelho e de alguns outros sites, passou quase despercebido o Plano de Governo de Jair Bolsonaro no tocante ao mundo do trabalho - “Modernização da legislação trabalhista” é o nome.

Para um Plano com 4.583 palavras, Bolsonaro destina 113 aos trabalhadores. O conteúdo é radicalmente neoliberal, ao atentar contra o contrato mediado pelas garantias da Convenção Coletiva, ao criar uma Carteira para os contratados de forma precária e ao garantir permissão legal para que o trabalhador escolha o seu Sindicato, o que solapa o conceito de categoria profissional, que é uma das mais valiosas conquistas do sindicalismo brasileiro.