domingo, 24 de fevereiro de 2019

A “laranja” generosa de Bolsonaro no RS

Por Altamiro Borges

O PSL, o partido de aluguel que garantiu a eleição de Jair Bolsonaro, está com jeito de organização criminosa e ainda pode dar muitas dores de cabeça ao presidente-capetão. Já batizado de Partido Só de Laranjas, a sigla direitista e fisiológica aproveitou a onda fascistizante no país e deu carona para centenas de oportunistas. As primeiras descobertas da sujeirada já resultaram na degola do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que presidiu a legenda durante as eleições – e sabe de todas as sacanagens obradas na campanha. Aos poucos, outros bandidos serão descobertos – mesmo sem a ajuda do “juiz” Sergio Moro, o agora superministro do laranjal. Um caso hilário é o da candidata ao Senado que ludibriou 1,5 milhão de gaúchos.

Globo vai ter coragem de peitar Bolsonaro?

Guerra! Na Venezuela e no Brasil

Por Marcelo Zero

Na Venezuela, montou-se o cenário ideal para uma operação “false flag”.

Operação false flag ou operação de falsa bandeira são operações conduzidas por governos ou grupos que visam culpar “inimigos” pela violência cometida, criando-se, assim, condições propícias para a derrubada de regimes ou para a deflagração de conflitos.

A história está cheia de exemplos de operações desse tipo.

Um exemplo clássico é o Incidente de Mundken ou Incidente da Manchúria.

Em 1931, o Japão que ocupava a Manchúria e estava interessado em ocupar o resto da China, explodiu um setor de uma ferrovia japonesa e culpou ativistas chineses pelo crime.

Bolsonaro e a necessidade do estado policial

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

Chegam ao Congresso nesta terceira semana de fevereiro, os dois projetos que sustentam a permanência do capitão no mais alto posto do país: o pacote anticrime do ministro da justiça – prudentemente expurga o capítulo que tratava de Caixa 2, para evitar contaminações que poderiam leva-lo à derrota no plenário – e a Reforma que pretende liquidar com a Previdência Pública no Brasil, expurga o capítulo sobre a aposentadoria dos militares, por razões óbvias, considerando o perfil de um governo que mostra à sua frente os rostos caricatos de quatro generais. Aliás, o Brasil arrasta consigo historicamente uma queda irreprimível pela caricatura: um dos quatro generais é o Floriano Peixoto, ressuscitado…

Ricardo Salles e a mentira sobre Yale

Por Leandro Demori, no site The Intercept-Brasil:

Em 11 de setembro de 2012, um quase desconhecido Ricardo Salles publicou um artigo na Folha de S. Paulo intitulado “Privatização, ainda que tardia”. Ao fim de uma defesa apaixonada da venda dos aeroportos brasileiros, o texto do atual ministro do Meio Ambiente termina com sua biografia resumida em apenas uma linha. “Ricardo Salles, 36, mestre em direito público pela Universidade Yale, é advogado e presidente do Movimento Endireita Brasil”. Yale. Uau. Ali estava alguém que sabia do que estava falando.

A farsa da 'ajuda humanitária' à Venezuela

Do site Vermelho:

O governo Donald Trump - apoiado pelos presidentes do Paraguai, Colômbia, Chile e do Brasil - desencadeou neste sábado (23) uma pretensa ofensiva final para tentar derrubar o presidente eleito da Venezuela, Nicolas Maduro. Com ampla cobertura midiática internacional, montou-se uma farsa de ajuda humanitária nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e, também, com o Brasil.

Caminhões de comida e remédio foram transformados, literalmente, em palanque, para Juan Guaidó, fantoche dos Estados Unidos, autoproclamado “presidente interino da Venezuela, pregar a deposição de Maduro.

Golpe da Previdência aumentará a pobreza

Por Regina Camargo, na Rede Brasil Atual:

A proposta de “reforma” da Previdência do governo Bolsonaro encaminhada ao Congresso Nacional no quarta-feira (20) dá razão ao dito popular, segundo o qual “tudo o que é ruim pode piorar”, principalmente para a parcela mais pobre e vulnerável da sociedade. Além de dificultar o acesso de boa parte da população às aposentadorias e outros benefícios da seguridade social, a proposta reduzirá dramaticamente seus valores se for aprovada do jeito que está. Mais pessoas serão excluídas e ficarão sem proteção previdenciária. Haverá redução do poder aquisitivo dos beneficiários. A pobreza e a desigualdade social aumentarão.

Áudio vazado de Onyx não foi acidental

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ontem, o jornal O Globo divulgou um áudio de uma conversa entre o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Supostamente essa conversa de uns 15 segundos foi vazada a partir de uma ligação acidental do ministro para o jornalista do veículo.

Se a amiga e o amigo leitor ouviram o “vazamento acidental” devem ter percebido que nada faz sentido nesta história.

Em primeiro lugar faz alguns dias que a mídia notificou que o presidente da República não estava fazendo reuniões com ninguém portando celulares. E que até o general Heleno estava tendo que se submeter a esta nova regra.

Brasil: de agente da paz a agente da guerra

Charge: Castellucci
Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se você considerar a participação medíocre do Brasil na Segunda Guerra Mundial como um evento de real intervenção militar que contribuiu para a vitória das forças aliadas, faz exatamente 74 anos que o país não se envolve diretamente em conflitos internacionais dessa natureza.

Com uma vocação essencialmente pacifista, ganhamos especial relevância na comunidade internacional no tocante à mediação e promoção da paz a partir da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência da República.

"Reforma" de Bolsonaro é anacrônica

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Na embolada do (des)ajuste promovido pelos paladinos do conservadorismo econômico, a inteligência brasileira, ou a falta dela, está a se afogar nas esperanças angustiadas da reforma da Previdência.

Entre tantas propriedades milagrosas da Reforma, a mais proclamada é a volta do crescimento vigoroso amparada nas expectativas favoráveis dos mercados, embevecidos com a coragem e presteza do novo governo. Finalmente, dizem, um governo empenhado em exorcizar definitivamente o demônio do desequilíbrio fiscal.

Sociedade civil se mobiliza pela democracia

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A página 3 da Folha desta quarta-feira me fez lembrar o jornal de 35 anos atrás, onde eu trabalhava, quando a sociedade civil se organizou na resistência democrática à ditadura militar que então vivia seus estertores.

Sob o título “Comissão Arns, em defesa dos cidadãos - Conquistas estão sob ameaça de retrocesso”, um artigo anuncia a nova mobilização da sociedade civil, desta vez para impedir que o Brasil seja novamente golpeado por um regime de exceção.

Em 1984, o país inteiro saiu às ruas em defesa das eleições diretas para a presidência da República, depois de 20 anos de generais presidentes, na maior campanha cívica da nossa História.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Mentiras... e os generais tomam o Palácio

O método do Google para enganar você

Por Patrick Berlinquette, no site Outras Palavras:

“Redirecionamento” (redirection) é um termo generalizado para uma forma de propaganda enganosa utilizada pelos profissionais de marketing da Google. Um anúncio útil no Google irá combinar com uma palavra-chave usada pelo usuário da busca, com uma página de destino relevante, mas anúncios redirecionados fornecem contra-mensagens e frequentemente destinos alternativos que vão contra as palavras da busca.

Por exemplo, se você buscar no Google por “iPhone 6S”, como previsto irá ser apresentado à você um anúncio do iPhone 6S. Ao clicar neste anúncio, você provavelmente irá cair em uma página onde consegue comprar um. Um anúncio redirecionado, entretanto, em vez disso, pode deturpar sua busca e induzi-lo com algo assim para um Galaxy S6:


Bolsonaro sabe o que encontrará na Venezuela?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                 

Há mais de 140 anos o Brasil vive em absoluta paz com seus vizinhos do continente sul-americano. Pacifista por tradição e fiel a uma das regras de ouro da diplomacia, que é o princípio da não ingerência nos assuntos dos outros países, a política externa brasileira granjeou respeito e admiração no mundo inteiro.

Nem mesmo a ditadura militar abalou os alicerces dessa política. Tanto que o Brasil, durante a presidência do general Geisel e a chefia do Itamaraty a cargo do embaixador Saraiva Guerreiro, foi o primeiro país a reconhecer a independência das colônias portuguesas na África. Até a organização guerrilheira Swapo (Organização do Povo do Sudoeste Africano), que lutava pela independência da Namíbia, recebeu do Brasil o reconhecimento de “legítima representante dos interesses do povo da Namíbia.”

O país das gambiarras e as vítimas de 2019

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Este é o país das gambiarras.

Das gambiarras técnicas.

Das gambiarras jurídicas.

Das gambiarras políticas e de marketing.

Mas, sobretudo, das gambiarras morais, já que, em suas motivações e justificativas, elas se sustentam, na maioria dos casos, pela cobiça, a hipocrisia, a manipulação e a mentira.

Este é o país em que helicópteros, alguns do tempo da guerra do Vietnã, com autorização apenas para filmagens e aerofotogrametria transportam regularmente passageiros.

Atual crise político-social demanda profetas

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O profetismo é um fenômeno não somente bíblico. É atestado em outras religiões como no Egito, na Mesopotâmia, em Mari e em Canaã, em todos os tempos, também nos nossos. Há vários tipos de profetas (comunidades proféticas, visionários, profetas do culto, da corte etc) que não cabe aqui analisar.

Clássicos são os profetas do Primeiro Testamento (dizia-se antes Antigo Testamento) que se mostravam sensíveis às questões sociais como Oséias, Amós,Miquéias, Jeremias e Isaías.

Blog Tijolaço está sob censura prévia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Recebi, hoje, a intimação da 10a. Vara Cível de Curitiba, determinada pela Juíza Genevieve Paim Paganella, para que não apenas retirasse do blog um post sobre a Juíza “X”, também do Paraná, no qual reproduzi uma matéria do Jornal do Brasil, publicada também pelo jornal O Globo e pela Gazeta do Povo, maior jornal daquele estado.

Cumprirei a ordem e, com os parcos recursos que tenho enfrentarei o processo que a “Juíza X” move, no qual não fui citado anteriormente mas apenas intimado agora para cumprir a liminar daquela colega da autora.

O perigo de Bolsonaro para a Amazônia

Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

Ao mesmo tempo em que persegue declaradamente o futuro Sínodo da Amazônia, evento católico em defesa dos índios, ribeirinhos e demais povos da Amazônia, e que também discutirá as mudanças climáticas e conflitos de terra, o governo Bolsonaro planeja a execução de polêmicas obras de grande impacto ambiental à floresta e aos povos que lá vivem.

Violência: E se fosse o seu filho?

Por André Rosa, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O debate político foi tomado de assalto por um surto de ódio. Nas redes sociais, a mentira e a verdade ganham pesos semelhantes e são postas lado a lado, como se iguais fossem. Não importa o quão inverossímil possa parecer o disparate: os compartilhamentos em massa poderão legitimá-lo como uma realidade em questão de horas. Nesse furacão, os números dizem muito pouco, muito menos do que realmente deveriam. Há poucos dias, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que, a cada três dias, uma criança é internada após acidente doméstico com arma (FSP, 8.fev.2019). Frequente também, nos jornais, notícias que levantam a morte de policiais, a grande maioria de folga. Mesmo com porte de armas e treinamento. O próprio vice-presidente, Hamilton Mourão, reconheceu que a posse de armas não é medida contra a violência.

A cruel demolição da previdência social

Por Guilherme Santos Mello, no site Brasil Debate:

A proposta do governo Bolsonaro para a previdência (e assistência social) não pode ser chamada de “reforma”. Seu objetivo não é melhorar o regime atualmente existente, como aconteceria em uma reforma, mas demolir as bases do atual sistema de seguridade social, substituindo-o por um sistema de capitalização privado. Na prática, isso significa a mudança do princípio da solidariedade social pela lógica individual, substituindo-se a ideia de “um por todos e todos por um” pelo lema “cada um por si e Deus (acima) por todos”.