sexta-feira, 22 de março de 2019

Previdência: Onyx fala em banho de sangue

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa reação reveladora sobre o grau de desorientação que atinge o governo Bolsonaro quando o assunto é reforma da Previdência, o ministro Onyx Lorenzoni chegou a ameaçar os brasileiros, ontem, com uma comparação indecente.

Referindo-se às bases da economia chilena, país pioneiro na implantação do regime de capitalização individual de aposentadorias que está no coração da proposta Guedes-Bolsonaro, o ministro disse: "No período de Pinochet, o Chile teve de dar um banho de sangue. Triste, o sangue lavou as ruas do Chile..."

Farda e toga no poder em Brasília

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Ao mesmo tempo em que a Lava Jato prende Michel Temer e ateia fogo no circo em Brasília, o comandante militar do sudeste, general de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, está disparando convites no Twitter para a celebração em seu quartel da “Revolução Democrática de 31 de Março”, o novo nome do golpe militar de 1964.

Os fatos estão se sucedendo em tal velocidade que a reforma da Previdência, o pau da barraca do governo, já foi para o espaço, e os três poderes estão em pé de guerra.

Greve geral contra a capitalização no Chile

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A rede de comunicação colaborativa ComunicaSul, integrada pelo Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé e por diversos meios alternativos, estará no Chile de 8 a 13 de abril para cobrir a greve geral - convocada para o dia 11 - e as manifestações populares contra a capitalização/privatização da Previdência, apontada como modelo pelo governo Bolsonaro.

Gallup: brasileiro nunca foi tão infeliz

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

A infelicidade tomou conta do Brasil, segundo o ranking do Instituto Gallup em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e fundações internacionais. A crise econômica e a desconfiança em relação aos líderes da política, principalmente, fizeram o país perder 16 posições em relação ao ranking de 2015, quando era o 15º país mais feliz do mundo, na frente de Luxemburgo, Irlanda e Bélgica, entre outros. O ranking tem o objetivo de influir em políticas públicas.

Olavo de Carvalho vira profeta do apocalipse

Por Sergio Araújo, no site Sul-21:

A viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos da América não poderia ter sido mais proveitosa. Claro que não me refiro aos avanços nas relações comerciais e de comprometimento institucional, pois estes ficaram apenas nas promessas do presidente Donald Trump e nas poucas medidas objetivamente tomadas que partiram do presidente brasileiro e direcionadas aos interesses norte-americanos.

Refiro-me a translucidez provocada pela manifestação do aconselhador-mor de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, feita na antevéspera da chegada da comitiva brasileira, em evento público realizado no Trump International Hotel, em Washington, quando foi apresentado um documentário sobre suas ideias.

A defesa da aposentadoria exige mobilização

São Paulo, 22/3/2019. Foto: Jorge Ferreira/Mídia Ninja
Editorial do site Vermelho:

Os trabalhadores estarão nas ruas de todo o país, nesta sexta-feira (22), para defender o direito à aposentadoria ameaçado pelo governo Bolsonaro e sua reforma da Previdência. A mobilização popular foi convocada de forma unitária por todas as centrais sindicais - CTB, Força Sindical, CUT, Nova Central, CSB, CSP-Conlutas, CGTB e Intersindical – e recebe o apoio do conjunto do movimento social, inclusive da Frente Brasil Popular, da Frente Povo Sem Medo e dos partidos progressistas que lançaram uma frente em defesa da previdência pública.

A minha Bíblia jamais será laranja

Por José Barbosa Junior, no site Jornalistas Livres:

“Ai de vocês que fazem leis injustas, leis para explorar o povo!” (Isaías 10.1)

E não é que na República Pornô Gospel Miliciana do Brasil a Bíblia voltou a ser tema de mais uma bravata ministerial? A já descartada pastora Iolene Lima, que seria a segunda pessoa mais poderosa no MEC, defendia um ensino todo “embasado na Bíblia”, segundo ela.

E segundo a Bíblia dela. Laranja.

Maia ameaça abandonar Bolsonaro

Por Thais Reis Oliveira, na revista CartaCapital:

A crise entre Sérgio Moro e Rodrigo Maia ganhou um novo personagem. O presidente da Câmara não está nada satisfeito com o trato dos aliados do governo. E ameaça abandonar a frente das articulações sobre a Reforma da Previdência. O estopim da decisão, segundo interlocutores, são as declarações virtuais de Carlos Bolsonaro.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Rumo à greve geral pela aposentadoria


Por Altamiro Borges

Essa sexta-feira, dia 22, será um dia decisivo na luta contra a “deforma” da Previdência do laranjal de Jair Bolsonaro – que elimina o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros, reduz o valor dos benefícios e prepara sua total privatização, com o chamado regime da capitalização. Estão previstos protestos, organizados unitariamente pelas centrais sindicais e movimentos sociais, em mais de 100 cidades do país. As manifestações servirão para pulsar a revolta na sociedade e para preparar o clima para a deflagração de uma greve geral nacional – com data ainda indefinida.

A prisão de Temer e o circo midiático

Por Altamiro Borges

Quando o Judas Michel Temer ocupou a liderança das forças golpistas para derrubar a presidenta eleita Dilma Rousseff, a mídia monopolista – uma das protagonistas do golpe, senão a principal –, evitou fustigar o político velhaco do PMDB. Na época, ele já estava metido em inúmeros rolos, mas cumpria o papel de fantoche do império ianque, da cloaca burguesa nativa e de outros setores descontentes com o "reformismo brando" do governo de centro-esquerda hegemonizado pelo PT.

O que Bolsonaro trouxe dos EUA? Nada!

Deus, a nação e os enganadores

Por Jeferson Miola, em seu blog:               

Sérgio Moro, Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro têm muito mais em comum que a ânsia indomável por poder e o ódio que nutrem por quem pensa diferente.

Os 3 são seres doentes, manipuladores das pessoas inocentes e de boa fé e, em especial, implacáveis com aqueles que atravancam seus caminhos e estorvam suas ambições de poder.

São hipócritas, enganadores e demagogos que exploram deus e nação em discursos salvacionistas e pretensamente bíblicos.

Nunca fomos tão pequenos

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

No início desta tarde (20/3), o Ibope tornou públicos os dados da primeira pesquisa de opinião sobre o governo Bolsonaro feita por um instituto relevante. O desgaste foi rápido, nos dois primeiros meses de mandato. O presidente, que já não assumiu com popularidade excepcional, perdeu 15 pontos percentuais de apoio, em 60 dias. Agora, apenas 34% consideram seu governo “ótimo” ou “bom”. No gráfico abaixo a queda fica mais nítida. Agora, a linha que representa as opiniões favoráveis, descendente já se encontra com o “regular” e se aproxima perigosamente daquela que registra a crítica, os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo”.

A contagem regressiva pra queda de Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – as aventuras de um provinciano na corte do Tio Sam

A história do século 20 está coalhada de mandatários caricatos, seja no mundo real ou do cinema. Especialmente nos Estados Unidos, depois que se tornaram a economia mais poderosa do planeta, a figura do ditador (ou mandatário) terceiro mundista, deslumbrado, caricato, tornou-se um dos pratos prediletos no ramo das comédias grotescas nacionais.

Poucos personagens se igualaram ao show de ridículo de Jair Bolsonaro, El Refundador – o estadista que deu ao Brasil a refundação tão alardeada pelo Ministro Luís Roberto Barroso – nesta viagem à corte do Tio Sam.

Linhas e entrelinhas da secretária da Família

Por Mariana R. Venturini, no site da Fundação Maurício Grabois:

Preocupada com as críticas que vem recebendo a “Secretaria da Família”, ligada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado pela inacreditável Damares Alves, a secretária Ângela Vidal Gandra Martins defendeu a necessidade da pasta em um texto que diz pouco nas linhas, mas muito nas entrelinhas.

Em texto publicado na sessão Opinião do jornal Folha de S.Paulo de 19 de março de 2019 intitulado “Por que uma Secretaria da Família?”, a autora, jurista ligada ao Opus Dei, se esmera em mostrar que “o serviço não é uma intromissão na vida privada”, o que, além de mentira, também é um problema. Por ora, ignoremos que a secretária apequena a noção de política pública na de “serviço”. Não se trata de um erro. O texto todo se mostrará bastante coerente com esta visão privatista, tratando o Estado como empresa e reduzindo o bem-comum a uma mercadoria. O que parece ser um deslize, revela, na verdade, uma concepção de sociedade perigosa especialmente para as mulheres, sobretudo as trabalhadoras e de extratos mais pobres.

O que Sergio Moro tem a ver com a CIA?

A quem interessa a prisão de Temer agora?

Por Leonardo Fernandes, no jornal Brasil de Fato:

Por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, o ex-presidente Michel Temer foi preso na manhã desta quinta-feira (21) em São Paulo. Embora sejam graves as acusações que pesam contra o ex-mandatário, sua prisão preventiva levanta dúvidas, já que é realizada no exato momento em que a Operação Lava Jato vem sendo questionada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e perdendo apoio da opinião pública. 

Ao povo, um torpedo; ao militar, uma biriba

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

A proposta de reforma do regime previdenciário dos militares é mais uma piada de péssimo gosto do governo militar de Jair Bolsonaro. Chegado em uma fake news, o governo tirou a medalhinha de um dos ombros, para colocar no outro. Na proposta da reforma, estima-se uma economia de 97,3 bilhões em dez anos. Mas, para manter a aliança com as forças armadas, propõe-se em paralelo uma reforma do plano de carreira dos militares que custará aos cofres públicos R$ 86,6 bilhões nos mesmos dez anos. Com isso, o resultado liquido previsto com a gambiarra diversionista de Bolsonaro, Guedes, Mourão e companhia é uma economia de R$ 10,5 bilhões em 10 anos, ou seja, apenas R$ 1,05 bilhão por ano.

Dane-se a frieza dos cálculos políticos

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Incluo-me entre os que pensam que Bolsonaro carece de legitimidade para ocupar a presidência da República, pois só foi eleito devido à combinação dos seguintes fatores:

1) Caçada sórdida e prisão ilegal de Lula, para alijá-lo de uma eleição que venceria com relativa facilidade, como indicavam todas as pesquisas;

2) Montagem de uma indústria de calúnia e difamação contra Haddad e Manuela, que contou com financiamento de empresas, via caixa 2, o que viola a legislação eleitoral vigente;

3) Uma facada providencial, hoje envolvida por forte suspeita de ter sido uma farsa. O “atentado” de Juiz de Fora, além da vitimização do candidato, reverberada diuturnamente pela mídia, fez com que Bolsonaro pudesse esconder do país sua monumental boçalidade numa enfermaria de hospital;

Previdência: rumo ao desastre do passado

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) é um importante organismo multilateral que faz parte do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse ano ela comemora um século de existência, pois foi fundada ainda no âmbito do Tratado de Versalhes, na sequência do novo arranjo entre as nações, que foi estabelecido após o fim da Primeira Guerra Mundial. Assim, a OIT surgiu em 1919 e tem sua sede localizada em Genebra na Suíça. A instituição tem por objetivo central promover a justiça social em escala global, sendo a única dentre as organizações da ONU que mantém uma estrutura tripartite de representação em suas instâncias de deliberação. Isso significa que ali estão presentes representantes dos governos, dos trabalhadores dos empregadores.