sexta-feira, 7 de junho de 2019

Um pacto contra a Constituição

Por Cristiano Paixão, na revista CartaCapital:

Foi noticiado, com grande destaque, o fato de que os presidentes dos três poderes da República decidiram celebrar um “pacto”. No momento em que este artigo foi concluído, o texto do “pacto” não havia sido divulgado. Temos apenas afirmações genéricas e vagas, que falam de um certo “pacto federativo”, “pelas reformas” e “pelo crescimento econômico”.

Lula fala sobre mídia e blogs progressistas

Argentinos rejeitam o ódio de Bolsonaro

Fotos: #ArgentinaRechazaBolsonaro/Emergentes/Mídia Ninja
Por Altamiro Borges

“Seu ódio não é bem-vindo aqui”. Com essa palavra de ordem estampada em faixas e cartazes, milhares de argentinos foram às ruas de Buenos Aires nesta quinta-feira (6) para protestar contra a visita do fascistoide Jair Bolsonaro ao país. Os atos foram organizados por diversas entidades políticas e de direitos humanos e por movimentos sociais e culturais – entre eles, Mães da Praça de Maio Linha Fundadora, Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, coletivo Nenhuma a Menos e Central dos Trabalhadores da Argentina.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Mídia mundial já prevê recessão no Brasil

Por Altamiro Borges

Focada na aprovação do golpe contra as aposentadorias, a mídia rentista tem evitado criar pânico no noticiário sobre o agravamento da crise econômica brasileira. Mesmo os veículos que discordam do autoritarismo político e do obscurantismo nos costumes de Jair Bolsonaro estão unidos na defesa da sua agenda ultraneoliberal – que tem como tarefa imediata a contrarreforma da Previdência. Por razões mais ideológicas – e também por motivos mercenários, como os R$ 40 milhões em recursos do governo para publicidade e merchandising –, a mídia poupa o abutre Paulo Guedes, o superministro da Economia, e o imbecil confesso que ocupa a presidência da República.

Danação da história e a disputa pelo futuro

Por José Luís Fiori, no site Carta Maior:

Depois de 1940, a Argentina entrou num processo entrópico de divisão social e crise política crônica, ao não conseguir se unir em torno de uma nova estratégia de desenvolvimento, adequada ao contexto geopolítico e econômico criado pelo fim da Segunda Guerra Mundial, pelo declínio da Inglaterra, e pela supremacia mundial dos Estados Unidos - J.L.F.História, estratégia e desenvolvimento. Petrópolis: Editora Vozes, 2014, p. 272.

Existe uma pergunta angustiante que está parada no ar: o que passará com o Brasil quando a população perceber que a economia brasileira colapsou e que o programa econômico deste governo não tem a menor possibilidade de recolocar o país na rota do crescimento? Com ou sem reforma da Previdência, qualquer que seja ela, mesmo a proposta pelo Sr. Guedes. E o que ocorrerá depois disso?

O homem de Trump para as guerras sujas

Foto: Manuel Balce Ceneta/AP
Por Eric Alterman, no site Outras Palavras:

O anúncio por parte do secretário de Estado estadunidense Michael Pompeo da nomeação do neoconservador Elliott Abrams para o cargo de enviado especial para a Venezuela, em 24 de janeiro, não passou despercebido. A imprensa interpretou a decisão de confiar a esse homem a missão de trabalhar para a queda de Nicolás Maduro como uma declaração de independência de Pompeo em relação a Donald Trump. De fato, seu desafortunado antecessor, Rex Tillerson – ex-presidente e diretor geral da ExxonMobil –, estava esperando somar-se a Abrams em sua equipe. Mas Trump se opôs, apesar da pressão de seu megadoador de extrema-direita Sheldon Adelson – que parece obter o que quer do presidente. A causa dessa rejeição? Abrams havia se unido a outros neoconservadores para criticar Trump durante as primárias republicanas em 2016. Até mesmo os esforços do genro do presidente, Jared Kushner, mostraram-se inúteis: o então conselheiro do “inquilino da Casa Branca”, Steve Bannon, conseguiu convencer Trump de que a reputação “globalista” de Abrams tirava seu crédito.

Quatro mitos sobre o golpe da Previdência

Unidade rumo à greve geral

Por Raimundo Bonfim, na revista Fórum:

A Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e Centrais Sindicais se reuniram na noite desta terça-feira (4) para organizar a Greve Geral do próximo dia 14 de junho em defesa da Aposentadoria Pública.

Tenho mencionado nesta coluna quinzenalmente a importância do engajamento dos movimentos sociais, populares, sindicais e de cada um para defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo duramente atacada dia após dia.

Acredito que a Greve Geral pode ser o ápice das últimas mobilizações, dos dias 15 e 30 de maio, contra o governo e pode nos ajudar a retomar um novo ciclo de lutas no Brasil.

Reformas, falácias e estagnação

Por Emilio Chernavsky, no site Brasil Debate:

Durante meses, analistas de mercado exibiam – e muitos ainda exibem – otimismo em relação a que a aprovação da reforma da Previdência, se não for excessivamente desidratada no Congresso, levará ao aumento da confiança dos investidores, à queda da percepção de risco e das taxas de juro e, com isso, à expansão dos investimentos privados impulsionando a retomada da economia.

Apesar de repetido à exaustão, esse raciocínio já foi empiricamente refutado no exterior e mesmo recentemente no Brasil, quando o aumento da confiança que se seguiu à aprovação do teto de gastos não aumentou os investimentos. A frustração não deveria surpreender, dada a falácia da divisão que ele carrega, atribuindo às partes uma propriedade do todo.

Defesa de Lula desmascara Sergio Moro

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Está na Folha de hoje em reportagem de Wálter Nunes:

“A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva diz que, além de ter feito interceptação telefônica do escritório de advocacia representante do petista, a Lava Jato produziu relatórios que detalharam ao menos 14 horas de conversas entre os defensores do ex-presidente, em uma afronta à legislação”.

Com base nesta grave denúncia, a defesa de Lula tentará anular no STF todo o processo que levou à condenação sem provas do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá, que nunca foi dele.

Trump e a festa para falsificar a História

Reino Unido protesta contra a visita de Trump. Foto: AP
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Diante das celebrações do 75o. aniversário do Dia D, é bom recordar uma velha noção do pensamento político: "os povos que não conhecem a história estão condenados a repetí-la".

A exclusão de qualquer referência ao papel da União Soviética na derrota imposta ao nazismo no final da Segunda Guerra Mundial não é casual e reforça mitologia forjada por Hollywood para reescrever a história do conflito.

Vítima da agressão japonesa, aliada de Hitler, a China também foi deixada de lado.

As fake news sobre o golpe da Previdência

A entrevista de Lula ao DCM e ao Tutameia

A embaixadora-fantasma de Guaidó

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Para Bolsonaro e seu lunático chanceler Ernesto Araújo, o ridículo e a submissão aos EUA não têm limites.

Apesar da posição técnica do Itamaraty desaconselhar o credenciamento de Maria Belandría como “embaixadora” da Venezuela no Brasil, Bolsonaro e Ernesto Araújo decidiram aceitar o simulacro de credencial emitida pelo fajuto Juan Guaidó.

Segundo noticiado, a decisão da dupla também teria contrariado segmentos militares do governo.

A Embaixada dos EUA no Brasil felicitou a embaixadora-fantasma por meio do twitter:


Mídia advoga em defesa de Neymar

Foto: Reprodução Instagram
Por Mariana Pitasse, no jornal Brasil de Fato:

Uma mulher registra um boletim de ocorrência acusando um homem por estupro. Em depoimento, descreve que o parceiro teria ficado subitamente agressivo e usado da violência para praticar relação sexual sem seu consentimento. O laudo médico, anexado ao caso, apresenta sinais físicos de agressão e estresse pós-traumático. Em resposta, o homem acusado desmente a história publicamente, argumentando que o episódio não passou de “uma relação comum entre um homem e uma mulher”.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Bolsonaro e o Brasil à deriva

Por Daniel Almeida

Os tropeços da política levaram ao recuo da economia. A incapacidade de Jair Bolsonaro agir em favor do Brasil, nos primeiros cinco meses de gestão, custa caro aos brasileiros: ameaça de recessão e de colapso social num país que já contabiliza 13,2 milhões de desempregados.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,2% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o período anterior, interrompendo a trajetória de recuperação, conforme o IBGE. É alarmante que a retração econômica tenha ocorrido exatamente nos setores mais dinâmicos da economia, como indústria e construção civil. Houve ainda desidratação dos investimentos. Apenas o segmento de serviços e o consumo do governo tiveram variações positivas. Outro dado preocupante é que as importações também variaram positivamente, revelando a dependência da economia nacional dos produtos de elevado valor agregado. Nesse cenário, especialistas apontam que as chances de o Brasil entrar em recessão técnica chegam a 70%.

Lula volta à cena e fará política pegar fogo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Já é dada como certa a libertação parcial de Lula (regime semiaberto). Já existem até propostas de emprego para quando ele sair da prisão. Nas últimas 24 horas anteriores a esta matéria, o ex-presidente colheu uma série de vitórias políticas e jurídicas. Com Lula de volta e Bolsonaro em decadência, a cena política vai pegar fogo.

Matéria da Veja recém-divulgada relata que “A direção nacional do PT começou a receber ofertas de emprego para Lula, que em breve poderá ganhar o direito de trabalhar durante o dia e de só retornar à prisão para dormir, e também nos fins de semana”.


Propina no 'merchandising' de Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O empresário e apresentador Carlos Robertto Massa, que, na pele do Ratinho”, ontem recebeu para uma “entrevista amiga” o presidente da República embolsou R$ 268 mil da Presidência para ser a favor na reforma da Previdência.

Sem negativas, a apresentadora Luciana Gimenez recebeu também um valor não revelado para o mesmo fim.

Não que o “jabá” seja propriamente uma novidade nos meios de comunicação brasileiros.

Nem o de governos, programando mídia nos veículos segundo critérios políticos apenas.

A indústria da mentira de Bolsonaro e Guedes

Editorial do site Vermelho:

O soluço da produção industrial brasileira, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) oscilou positivamente 0,3% em abril após registrar grande queda em março, pouco influenciou no resultado negativo de 2,7% dos quatro primeiros meses do ano. Esse setor é o barômetro da economia, a base para o impulso no comércio, nos serviços e no consumo. Sua queda é o retrato mais emblemático da falência do modelo econômico dito privatista, que sempre pretendeu ser hegemônico desde que o Brasil aboliu a escravidão e que na sua fase neoliberal ganhou formas dogmáticas e sectárias.

Guedes e o fundamentalismo de Bolsonaro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Volto ao tema da entrevista de Roberto Campos Neto ao Valor. Trata-se do mais expressivo depoimento de autoridade econômica de que tenho notícia, uma transparência ingenuamente exemplar, comprovando que a prioridade de Paulo Guedes jamais foi a de tirar o país da recessão, mas valer-se da destruição criadora da economia para impor suas preferências ideológicas..