segunda-feira, 17 de junho de 2019

OEA coloca em jogo hegemonia dos EUA

Por Joaquín Piñero, no jornal Brasil de Fato:

A correlação de forças no continente americano claramente favorável à política de direita, conservadora, neoliberal e altamente repressora comandada desde Washington é elemento fundamental nas análises sobre os rumos dos países da região.

A derrota de governos de cunho progressistas e a destruição e enfraquecimento de espaços de decisões políticas construídos ultimamente como a União de Nações Sul-americanas (Unasul), o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) foi um duro golpe no processo de integração regional.

Papa Francisco na mira da direita

Por João Décio Passos, na revista Teoria e Debate:

Quem é contra o papa Francisco? Os grupos católicos tradicionalistas assumem uma oposição explícita, como sempre fizeram desde o Vaticano II. Os sujeitos eclesiais integrados (o clero de um modo geral) responderão que são fiéis e estão em comunhão com o papa, como sempre respondem oficialmente. Os católicos adeptos das reformas permanentes da Igreja responderão que são a favor de Francisco e aplaudem suas reformas. A sociedade, de modo geral olha, como espectadora e tende a ver com simpatia as posturas reformadoras do papa. A grande mídia se delicia com as quebras de protocolos e as declarações de oposição dos clérigos. Porém, para além dessas regularidades sociológicas internas e externas à Igreja, tem emergido uma nova frente de oposição ao papa dentro e fora da Igreja.

'Abriram a porteira e vão dilapidar a Petrobras'

Por Sérgio Cruz, no jornal Hora do Povo:

“O governo Federal conseguiu o que queria. Ele poderá agora instalar uma grande feira para dilapidar a Petrobrás”, afirmou o professor Ildo Sauer, diretor do Instituto de Energia (IEE) da Universidade de São Paulo (USP) e ex-diretor de Energia e Gás da Petrobrás, ao comentar a decisão, tomada nesta quinta-feira (06) pelo Supremo Tribunal Federal, autorizando a venda de subsidiárias das estatais sem autorização do Congresso Nacional e sem licitação.

Bolsonaro, militares e a rota do isolamento

Por Manuel Domingos Neto

Dizendo que quer o povo armado para resistir à eventual tentativa de golpe de Estado, o Presidente vai se isolando das corporações militares.

O isolamento começou quando Bolsonaro não defendeu a farda achincalhada por seu Guru.

Militares não esquecem essas coisas e costumam saber aguardar a hora do troco.

Bolsonaro mexeu com ícones, entre eles o único general experimentado em guerra. Santos Cruz usou capacete azul, da paz. Mas, de fato o teatro no Congo era de guerra. Onde já se viu menosprezar guerreiro que retorna vitorioso?

sábado, 15 de junho de 2019

Vendas no comércio caem 0,6%. Brasil afunda!

Por Altamiro Borges

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quarta-feira (12) que o volume de vendas do comércio recuou 0,6% em abril ante o mês anterior. A queda ocorre após dois meses de certa estabilidade no setor. “Os resultados mostram que há uma perda de ritmo no varejo em 2019”, afirma Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE. Isto ocorre, segundo a pesquisadora, em função do alto nível de desemprego e a baixa atividade econômica. “Isso dificulta o crescimento da massa de rendimentos, que é fator fundamental para o crescimento significativo do consumo”.

Greve Geral mobiliza mais de 360 cidades

Greve geral cumpriu o objetivo

Fortaleza, 14/6/19. Foto: Sãozinha Andrade
Editorial do site Vermelho:

Uma contundente resposta à agenda regressiva do governo Bolsonaro. Essa é a mais sintética avaliação da paralisação geral que, segundo os dirigentes das centrais sindicais, teve a adesão estimada de 45 milhões de trabalhadores. Com mais esse êxito no ciclo de protestos iniciado assim que a “reforma” da Previdência Social foi anunciada, ainda no governo Temer, e que se intensificou no governo Bolsonaro com duas grandes manifestações contra os cortes neoliberais na Educação, o Brasil atinge um novo patamar de mobilização popular.

Querendo ajudar, Merval vai contra Moro

Por Lenio Luiz Streck e Gilberto Morbach, no site Consultor Jurídico:

Na sexta-feira (14/6), em sua coluna no jornal O Globo, Merval Pereira escreveu Juiz das garantias. Em síntese, Merval diz que (i) não há, no Brasil, a figura institucional do juiz de instrução, e que, (ii) nos países onde há, o juiz que participa da investigação não é o mesmo que julga o processo e profere sentença. Dessas premissas, Merval deriva que (iii) não há nada de errado nos diálogos, divulgados pelo Intercept Brasil, entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol - na medida em que não há juizado de instrução, não haveria problema na hipótese de o juiz do processo, ele próprio, “controlar as investigações”.

Batom brasileiro na cueca norte-americana

Por Marcelo Zero

Os diálogos até aqui divulgados pelo The Intercept, não desmentidos até agora por ninguém, demonstram claramente que:

1. Moro, o juiz "isento e imparcial", era o grande chefe das investigações. Instruía e orientava os procuradores. Chegava ao cúmulo de indicar possíveis testemunhas para a acusação, como está explicitamente posto no diálogo datado de 7 de dezembro de 2015. Dallagnol, como afirmou o Ministro do Supremo Gilmar Mendes, parecia mais um "bobinho", a seguir as orientações e os conselhos do "grande líder brasileiro", que "conduziria multidões" e que já o conduzia.

O chilique do general e o falso moralismo

A cultura e a superação da barbárie

Houve ação hacker no Vaza-Jato?

República de Curitiba perde ‘patriotismo’

Por Renê Ruschel, na revista CartaCapital:

As bandeiras do Brasil que enfeitavam as janelas sumiram, assim como os adesivos nos carros. Os motoristas não buzinam mais quando enxergam algum pedestre vestido de vermelho. Não se veem os outdoors de boas-vindas que demarcavam as fronteiras da “República de Curitiba”. As camisetas da CBF repousam nas gavetas. Nos domínios do ex-juiz Sérgio Moro, o triunfalismo cedeu lugar a um apoio constrangido e a um prudente distanciamento.

Mais da metade das famílias acumula dívidas

Da Rede Brasil Atual:

O total de famílias endividadas no Brasil já chega a 63,4% dos lares, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (11) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O aumento é 4,4 pontos percentuais a maior em comparação a igual período do ano passado.

O levantamento, que considera as dívidas que as famílias têm com cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, prestação de carro, seguro ou empréstimo pessoal feito com financiadores, indica que o número de inadimplentes cresce entre as famílias com até 10 salários mínimos em decorrência, sobretudo, do cartão de crédito e do cheque especial. Os dados revelam ainda uma média de 63 a 64 dias de atraso para o pagamento das faturas. E cerca ainda de 1/3 das famílias acumula dívidas há mais de um ano.

Que Exército é esse?

Por Fernando Rosa, no blog Senhor X:

A “Diretriz do Comandante do Exército” para o ano de 2019, assinada pelo Comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, tem como premissa (leia-se preocupação) o “fortalecimento da imagem do Exército como instituição de Estado, coesa e integrada à sociedade”. A diretriz também destaca que a profissão militar torna o “cidadão fardado” diferente dos demais segmentos da sociedade, em direitos e deveres. E defende que os “herdeiros de Caxias devem abraçar a modernidade sem descuidar-se dos aspectos que consubstanciam a ética militar”.

Prisão imediata da gang da Lava-Jato

Por Jeferson Miola, em seu blog:           

O judiciário brasileiro está diante do maior atentado perpetrado contra o Estado de Direito e a democracia do país.

São conhecidos os arquitetos e mandantes estrangeiros do crime, assim como seus vassalos e autores locais liderados pelo conluio jurídico-midiático Globo-Lava Jato.

Já não se trata mais de retórica de petistas inconformados com a seletividade da Operação, ou da crítica técnico-jurídica aos arbítrios da Lava Jato e à sua manipulação para fins políticos e de um projeto de poder da extrema-direita.

Trata-se de um esquema mafioso concreto, erigido nos moldes da máfia, que está documentalmente provado pelo veículo digital The Intercept Brasil com impressionante fartura de provas que incriminam agentes públicos que dele fazem parte.

A cobertura da 'Vaza Jato' no Jornal Nacional

Por Juliana Gagliardi e João Feres Junior, no site Manchetômetro:

No último dia 9 de junho, a agência de notícia The Intercept Brasil deu início à publicação de uma série de reportagens investigativas baseadas na divulgação de conversas entre membros da força-tarefa da Operação Lava Jato no aplicativo de mensagens Telegram.

No dia 10 de junho, o Jornal Nacional cobriu o evento dedicando a ele 14m30s do seu tempo. Na chamada, os âncoras do telejornal diziam que a divulgação de mensagens atribuídas a Sergio Moro, a procuradores da Lava Jato e ao coordenador da operação, Deltan Dallagnol, havia provocado reações no meio jurídico e que essas manifestações se dividiam entre o conteúdo das supostas conversas e a forma ilegal pela qual teriam sido obtidas.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

General valentão com Lula não pia com Olavo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ‘piti’ do general Augusto Heleno hoje com as suspeitas que o ex-presidente Lula disse ter sobre o episódio da facada em Jair Bolsonaro é de um destempero e de um cinismo constrangedores.

Para começo de conversa, embora tenha ouvido muitas histórias, devo dizer que não tenho elementos que permitam concordar com a tese da “facada fake” e que, portanto, não levantei e não levanto suspeitas sobre sua veracidade. Isso é básico do jornalismo, embora seja direito de qualquer outro especular mesmo sem provas.

Mas o general que acha “a presidência uma coisa sagrada” poderia respondeu quando seus partidários deram um show de grosseria com uma presidente mulher, num estádio de futebol?.

Bolsonaro faz de Moro um reles peãozinho

Por Eduardo Salomão Condé, no blog Viomundo:

O que tem o Bolsonaro, ora presidente, com todo o escândalo do Judiciário?

Absolutamente tudo. Basta se afastar da cena imediata e observar o panorama em seu conjunto.

O que o governo inapetente, entreguista e destruidor de direitos sociais tem com as revelações do The Intercept, que parece operar em outra esfera?

Absolutamente tudo. O movimento de longa duração, desde 2013 até o presente, vincula a parte indecente e midiática do poder judiciário, a ação deletéria e destrutiva da denominada “grande imprensa” e a ascensão de um “poder conservador” que permanecia subterrâneo e ascendeu, e que pode chegar perto de 30% do eleitorado (o que é alarmante, não por ser liberal, o que não é, mas por suas inclinações ao comportamento fascista).

A Lava-Jato e suas vítimas

Por Flavio Aguiar, no site Carta Maior:

O feitiço virou contra o feiticeiro. Embora tenha produzido uma soma considerável de estragos legais através de suas arbitrariedades, as revelações do site The Intercept, expondo suas entranhas conspiratórias, transformaram a reputação dos líderes e operadores da Lava Jato na sua principal vítima.

Se é verdade que o prestígio da Lava Jato na mídia mainstream internacional está seriamente abalada, a reputação de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol está definitivamente arrasada. Ela já não andava em alta. A aceitação do cargo de ministro da Justiça por parte de Sérgio Moro já a arranhara seriamente. O episódio torvo da “requisição” de parte do pagamento das multas da Petrobras nos Estados Unidos para um fundo próprio pelo procurador Dallagnol, em nome da Lava Jato, fez o mesmo com a dele.