quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Bolsonarismo: não subestimar ou superestimar

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Está mais que na hora de estimar corretamente o tamanho do bolsonarismo. Se errarmos, podemos subestimá-lo, acreditando que perdeu tanta substância desde a eleição que passou a ser irrelevante, ou superestimá-lo, supondo que seja maior do que é.

Muitos pecam pelo exagero. No debate político, nas relações do capitão com o Congresso e o Judiciário, na maneira como a imprensa o trata, o bolsonarismo parece mais amplo, mais enraizado e mais significativo do que os números sugerem. Consequência, talvez, do modo como sua vitória eleitoral foi apresentada, na hipótese de um tsunami que teria atingido a nossa sociedade. Como se as evidências de manipulação devessem ser desconsideradas e nada restasse a não ser aceitar resultados tão “avassaladores”.

Lula e as chantagens da Lava-Jato

Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:

A decisão de transferir Lula do Paraná para São Paulo foi uma surpresa geral. Como tinha que ser, a estratégia de tomar atitudes inesperadas e rápidas faz parte da lógica do partido da Lava Jato. Certamente tem inspiração nos manuais de procedimentos alocados nas agências de política externa dos EUA para parceiros.

Do ponto de vista estratégico, é claro que esse fato tem claro teor reativo. O Partido da Lava Jato está no seu momento mais frágil. E voltar suas atenções a Lula acirra os nervos dos setores progressistas e nos faz cometer erros.

Macri-Bolsonaro: eu sou você amanhã

Editorial do site Vermelho:

Alguns descreveram o resultado da votação do domingo (11) na Argentina como um "terremoto político". Palavras que exprimem a perplexidade daqueles que ainda esperavam uma improvável aprovação popular (ou pelo menos uma condenação menos arrasadora) do fracassado governo do direitista Maurício Macri e do partido "Cambiemos" que o apoia.

Cem mil mulheres na Marcha das Margaridas

Esplanada dos Ministérios, Brasília
Foto: Andressa Zumpano/CPT Maranhão
Do site da Contag:

Cem mil mulheres do campo, floresta e águas vieram para Brasília para demonstrar sua força e capacidade de mobilização. Mulheres que vieram mostrar que não concordam com a retirada de direitos, que tem consciência política e sabem que é preciso defender a democracia, a justiça, a liberdade e lutar por trabalho digno, educação, saúde e desenvolvimento sustentável e solidário.
Elas acordaram antes das 05h da manhã e às 07h já estavam nas ruas, tomando o Eixo Monumental rumo à Esplanada dos Ministérios. Até às 12h, caminharam empunhando com orgulho suas bandeiras, com seus chapéus, suas faixas, suas camisetas e, principalmente, com suas ideias e suas paixões. É preciso muita paixão para fazer a maior manifestação de mulheres da América Latina acontecer com tanto sucesso, paz e, ao mesmo tempo, forte militância.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Deltan não poupou nem os procuradores

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Deltan Dallagnol, o trapaceiro que usou o cargo de procurador da República para praticar crimes e satisfazer suas ambições pessoais e de poder, está totalmente desmascarado.

As mensagens do Intercept oferecem características suficientes para se traçar um perfil consistente e completo – psicológico, sociológico e ideológico – deste embusteiro de traços messiânicos que empregava um discurso falso-moralista em proveito próprio e, simultaneamente, em benefício de um projeto fascista de poder.

Servidor público: bola da vez de Bolsonaro

Por Antônio Augusto de Queiroz, no site Congresso em Foco:

Tendo como pano de fundo a crise econômica e financeira do Estado brasileiro e também invocando a necessidade de racionalização da força de trabalho do Executivo federal, o governo Bolsonaro pretende promover ampla reforma administrativa, com medidas voltadas para a descentralização, a redução do gasto governamental e a revisão do tamanho e do papel do Estado.

A trajetória de Bolsonaro no Exército

Protestos reúnem 1,5 milhão em 204 cidades

Curititiba, 13/8/19. Foto: Gibran Mendes
Da Rede Brasil Atual:

As manifestações em defesa da educação e contra a política de cortes do governo de Jair Bolsonaro(PSL) levaram dezenas de milhares de pessoas às ruas em 204 cidades em todos os estados do país. Os cortes no Ministério da Educação (MEC) e o contingenciamento no orçamento das universidades e institutos federais já ultrapassam R$ 6 bilhões. Estudantes e trabalhadores protestaram também pela defesa da aposentadoria e dos direitos que estão sendo retirados com a “reforma” da Previdência. Do asfalto para o ambiente virtual, ao longo de quase todo o dia, a hashtag #Tsunami13Agosto manteve-se em primeiro lugar no Twitter, no Brasil.

Bolsonaro volta a ameaçar exilar brasileiros

Por Fernando Brito, em seu blog:

Em Parnaíba (PI), onde foi batizar uma escola com seu próprio nome, diante de uma claque convocada pelo prefeito Mão Santa (que já foi cassado por abuso de poder econômico e responde a processo por peculato), Jair Bolsonaro voltou dizer que vai “varrer” para fora do Brasil que for de esquerda:

- O Mão Santa me disse agora há pouco que nós vamos acabar com o cocô no Brasil. O cocô é essa raça de corruptos e comunistas. Nas próximas eleições vamos varrer essa turma vermelha do Brasil. Já que na Venezuela está bom, vou mandar essa cambada para lá. Quem quiser um pouco mais para o norte, vai até Cuba, lá deve ser muito bom também.

Bolsonaro acaba com os direitos trabalhistas

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Depois da “reforma trabalhista” de Temer, que acabou com o emprego de carteira assinada, o governo dos patrões de Bolsonaro completou o serviço, com a MP da Liberdade Econômica, o pomposo nome dado ao vale tudo instalado no mundo do trabalho,

Sem carteira assinada, sem férias nem 13º, sem crachá e sem fundo de garantia, os milhões de profissionais que ainda conseguem serviço como “temporários”, “autônomos” ou “colaboradores intermitentes”, agora também poderão trabalhar aos domingos e nos feriados, sem a necessidade de controle de cartão de ponto.

Fica faltando só revogar a Lei Áurea, o que o capitão já insinuou, ao criticar a legislação referente a “trabalhos análogos à escravidão”, que pretende flexibilizar.

Bolsonaro e a destruição ambiental

Vaza-Jato influencia habeas corpus de Lula?

Porque a mídia embarcou na Lava-Jato

Família Bolsonaro quer um engavetador-geral

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Em 1995, Fernando Henrique Cardoso nomeou Geraldo Brindeiro como procurador-geral da República. A escolha contrariou a Associação Nacional de Procuradores, a ANPR, mas o então presidente a justificou dizendo que queria um Ministério Público mais técnico, “menos politizado”. A atuação de Brindeiro foi marcada pelo completo alinhamento aos interesses do governo, o que fez o ex-presidente reconduzi-lo ao cargo outras três vezes.


CPI no Paraguai respinga em Brasília

Do jornal Correio do Brasil:

A suspeita de uma ação criminosa contra os cofres públicos do Paraguai levaram o Congresso daquele país a estabelecer, a partir da segunda-feira, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A comissão visa apurar a atuação do presidente Mario Abdo Benítez e do vice-presidente Hugo Velázquez no acordo de renegociação da venda de energia de Itaipu, na fronteira entre Brasil e o país vizinho.

Quais são os gritos que nos unem?

Por Rafael Silva, no site do Grito do Excluídos:

O grito é a expressão humana mais imponderável. Ele marca a saída de nossas angústias, comunica nossa intemperança e auxilia-nos frente ao impossível. É o limite entre o desespero e a esperança, é a fuga do vazio existencial para o encontro coletivo. O grito é o primeiro ato rumo à liberdade. Ao lado de quem grita se estabelece a expectativa do movimento, cria-se um caminho sem volta para o coletivo.

Estou convencido hoje, que gritar é tão necessário quando nos tempos que levaram Edvard Munch a pintar “O Grito”. A pergunta que se faz aqui é: quais são os gritos que nos unem?

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Mídia esconde escândalo de Itaipu

General Mourão bate continência para os EUA

Argentina: mercados cercam a democracia

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Por que permanecem firmes os governos que, a exemplo do brasileiro, perdem apoio popular, mantêm ou agravam a crise social, devastam o parque produtivo e vomitam por todos os poros incivilidade e patifaria? Qual a relação entre as políticas ultracapitalistas, tramadas nos salões elegantes dos bancos e das empresas de consultoria globais, e as falas de latrina de um Bolsonaro, um Trump, um Duterte – ou, ainda pior, a rápida erosão das liberdades civis e o avanço das milícias e esquadrões da morte? Pode um político neoliberal disfarçar-se de populista e contar com o apoio explícito do FMI? Como vencer este casamento de conveniências – porém, de sinistras consequências – entre defensores extremados da “liberdade” dos mercados e protofascistas?

A chave da vitória progressista na Argentina

Por Javier Tolcachier, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A Frente de Todos ganhou um caráter integrador e transversal, ampliando suas fronteiras ideológicas, abrigando uma ampla gama de forças de oposição não-peronistas, como setores não-oficiais do radicalismo, comunistas, humanistas, bolivarianos, cooperativas e municipalistas, juntamente com a poderosa contribuição de uma ampla gama de movimentos sociais baseados numa unidade heterogênea mas sólida.

Nas eleições primárias celebradas neste domingo, na Argentina, a fórmula Alberto Fernández-Cristina Fernández de Kirchner obteve uma vitória contundente. Com 47,65% dos votos, a diferença com relação a candidatura oficial de Macri-Pichetto foi de mais de 15%, ou quase quatro milhões de votos.