terça-feira, 15 de outubro de 2019
Bolsonaro como capacho da Casa Branca
Editorial do site Vermelho:
A política externa de um país diz muito sobre o seu caráter. No caso em que o governo se dispôs a abrir mão de prerrogativas soberanas na esperança de que os Estados Unidos apoiassem a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ficou patente, mais uma vez, sua opção pelo servilismo.
Há um jogo de xadrez na geopolítica, que traduz, antes de tudo, grandes interesses econômicos. Ao abrir mão da sua soberania em favor dos interesses da Casa Branca, o governo Bolsonaro entrega os destinos econômicos do Brasil nas mãos dos seus algozes.
A política externa de um país diz muito sobre o seu caráter. No caso em que o governo se dispôs a abrir mão de prerrogativas soberanas na esperança de que os Estados Unidos apoiassem a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ficou patente, mais uma vez, sua opção pelo servilismo.
Há um jogo de xadrez na geopolítica, que traduz, antes de tudo, grandes interesses econômicos. Ao abrir mão da sua soberania em favor dos interesses da Casa Branca, o governo Bolsonaro entrega os destinos econômicos do Brasil nas mãos dos seus algozes.
Segurança pública e os limites da democracia
Por Jordana Dias Pereira, na revista Teoria e Debate:
Luiz Eduardo Soares abre seu livro Desmilitarizar: Segurança Pública e Direitos Humanos com uma dedicatória às mães dos jovens mortos pela polícias e às mães dos policiais também mortos nos confrontos pelo país. Para ele, se essas mães compreenderem que o inimigo está em outro lugar “a politização do sofrimento promoverá uma revolução no Brasil”. A frase não poderia ser mais oportuna depois da comovente cena em que um policial consola a mãe de Willian Augusto da Silva, sequestrador de um ônibus em Niterói que foi alvejado pela polícia do Rio de Janeiro em agosto passado. William levava consigo uma arma de brinquedo e tinha desequilíbrio mental. A morte dele foi comemorada aos pulos pelo governador Wilson Witzel. O mesmo que menos de um mês depois afirmou que a política de segurança pública do estado está no caminho certo. A declaração veio após o assassinato, também pela própria polícia, da menina Ágatha Felix, de 8 anos, no Complexo do Alemão.
Luiz Eduardo Soares abre seu livro Desmilitarizar: Segurança Pública e Direitos Humanos com uma dedicatória às mães dos jovens mortos pela polícias e às mães dos policiais também mortos nos confrontos pelo país. Para ele, se essas mães compreenderem que o inimigo está em outro lugar “a politização do sofrimento promoverá uma revolução no Brasil”. A frase não poderia ser mais oportuna depois da comovente cena em que um policial consola a mãe de Willian Augusto da Silva, sequestrador de um ônibus em Niterói que foi alvejado pela polícia do Rio de Janeiro em agosto passado. William levava consigo uma arma de brinquedo e tinha desequilíbrio mental. A morte dele foi comemorada aos pulos pelo governador Wilson Witzel. O mesmo que menos de um mês depois afirmou que a política de segurança pública do estado está no caminho certo. A declaração veio após o assassinato, também pela própria polícia, da menina Ágatha Felix, de 8 anos, no Complexo do Alemão.
Equador: bastidores e sentidos da vitória
Foto: David Díaz Arcos |
Passava das nove e meia da noite, quando as multidões começaram a celebrar e bailar nas ruas de Quito ontem. Nas barricadas montadas para deter a selvageria da polícia e do exército, e nos bloqueios de ruas e estradas, espalhados em todo o país, os manifestantes se felicitavam. Recebiam, aqui e ali, o cumprimento de um soldado. Minutos antes, em negociações transmitidas pela TV, por exigência do movimento indígena, a delegação do presidente Lênin Moreno aceitara o que ele havia dito ser impossível, desde que os protestos de rua começaram, em 2/10. O Decreto 883 – que elimina os subsídios à gasolina e provocou aumento de 123% nos preços dos combustível – seria revogado. Uma comissão de negociação, da qual participará o movimento indígena, discutirá alternativas. Até o momento, porém, as demais medidas ultracapitalistas impostas por Moreno e FMI continuam de pé.
Quimeras de Guedes não resistem aos fatos
Por Umberto Martins
Jair Bolsonaro já disse e reiterou que não entende nada de economia e parece se orgulhar da própria ignorância, que o fez ceder com fé cega o comando da política econômica ao rentista e banqueiro Paulo Guedes, um fiel representante do mercado ou, em outras palavras, do capital financeiro.
O superministro não demonstra maior preocupação com o desemprego em massa, a degradação dos serviços públicos, a penúria da Ciência ou da Educação, problemas agravados ou provocados pela política de restauração neoliberal do governo Michel Temer, que conforme o próprio reconheceu recentemente veio à luz através de um golpe de Estado.
O superministro não demonstra maior preocupação com o desemprego em massa, a degradação dos serviços públicos, a penúria da Ciência ou da Educação, problemas agravados ou provocados pela política de restauração neoliberal do governo Michel Temer, que conforme o próprio reconheceu recentemente veio à luz através de um golpe de Estado.
Enfim, STF começa a julgar a Lava-Jato
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Ao colocar na pauta desta quinta-feira o julgamento sobre prisão após segunda instância, o Supremo Tribunal Federal abre o caminho que poderá colocar Lula em liberdade e, mais adiante, anular os seus processos.
“Trata-se de garantir a vitória da Constituição”, disse um dos ministros do Supremo ao Globo.
Até o final do ano, o plenário do tribunal deverá definir também uma tese sobre a anulação de condenações nos processos em que réus delatados não puderam falar depois dos réus delatores.
“Trata-se de garantir a vitória da Constituição”, disse um dos ministros do Supremo ao Globo.
Até o final do ano, o plenário do tribunal deverá definir também uma tese sobre a anulação de condenações nos processos em que réus delatados não puderam falar depois dos réus delatores.
Procurador tucano persegue Lula
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O vice-procurador-geral da República José Bonifácio de Andrada entregou ao STF parecer contrário ao pedido de anulação dos atos adotados pela Lava Jato a partir das conversas telefônicas entre Lula e Dilma que foram interceptadas ilegalmente e vazadas criminosamente por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol para a Rede Globo em 16 de março de 2016.
Sabe-se hoje, por meio das revelações do Intercept, que além do atentado terrorista contra a ordem política e social caracterizado na espionagem da Presidência da República para fins conspirativos, Moro e Dallagnol também perpetraram outras graves barbaridades:
Os conflitos do presidente Bolsonaro
Por André Singer, no site A terra é redonda:
Estamos chegando perto do final do primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro. Nesse período houve muitos conflitos entre ele e seu partido, o PSL. Logo no início do ano, o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebiano, foi demitido. Bebiano dirigiu o PSL, em 2018, durante a campanha eleitoral e era uma figura-chave do governo.
Estamos chegando perto do final do primeiro ano de mandato do presidente Jair Bolsonaro. Nesse período houve muitos conflitos entre ele e seu partido, o PSL. Logo no início do ano, o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebiano, foi demitido. Bebiano dirigiu o PSL, em 2018, durante a campanha eleitoral e era uma figura-chave do governo.
Apagar o professor é apagar o futuro
Por Maria Clotilde Lemos Petta
A data comemorativa do Dia do Professor - 15 de outubro -, neste final da segunda década do século XXI, deve ser oportunidade para uma reflexão sobre o papel deste profissional na sociedade glorificada como sendo do “conhecimento”. Se, por um lado, ao nível do discurso, a educação, e em decorrência o professor, são considerados como decisivos para o futuro das novas gerações e nações, paradoxalmente as condições de trabalho dos professores é marcada pela instabilidade, a precariedade, a intensificação do trabalho docente com tendência inclusive de desprofissionalização.
A data comemorativa do Dia do Professor - 15 de outubro -, neste final da segunda década do século XXI, deve ser oportunidade para uma reflexão sobre o papel deste profissional na sociedade glorificada como sendo do “conhecimento”. Se, por um lado, ao nível do discurso, a educação, e em decorrência o professor, são considerados como decisivos para o futuro das novas gerações e nações, paradoxalmente as condições de trabalho dos professores é marcada pela instabilidade, a precariedade, a intensificação do trabalho docente com tendência inclusive de desprofissionalização.
O Equador saindo do beco. Será?
Foto: Reuters |
Foi tudo muito tenso e muito rápido.
No finalzinho da tarde do domingo 13 de outubro um grupo de indígenas liderados por Jaime Vargas, presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), se reuniu com o presidente Lenín Moreno e outros integrantes do governo nos arredores de Quito.
A reunião começou por volta das seis da tarde.
E quando faltavam quinze para as dez da noite, chegou-se a um acordo.
Ou melhor dizendo: Moreno aceitou a principal reivindicação de Jaime Vargas e anulou o decreto 883, cuja consequência principal foi um aumento de mais de 120% no preço da gasolina e do diesel e, com isso, desencadeou uma tormenta que sacudiu e paralisou o país ao longo de longuíssimos treze dias.
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
Ciro Gomes parece biruta de aeroporto
Por Altamiro Borges
Talvez ainda abatido com o resultado das eleições presidenciais do ano passado, Ciro Gomes segue dando tiros para todos os lados, parecendo biruta de aeroporto. Em entrevista ao site UOL neste domingo (13), ele decidiu destilar seu veneno contra dois renomados jornalistas da mídia alternativa, Paulo Moreira Leite e Kiko Nogueira, e seus respectivos sites – o Brasil-247 e o Diário do Centro do Mundo.
Talvez ainda abatido com o resultado das eleições presidenciais do ano passado, Ciro Gomes segue dando tiros para todos os lados, parecendo biruta de aeroporto. Em entrevista ao site UOL neste domingo (13), ele decidiu destilar seu veneno contra dois renomados jornalistas da mídia alternativa, Paulo Moreira Leite e Kiko Nogueira, e seus respectivos sites – o Brasil-247 e o Diário do Centro do Mundo.
Ciro segue o caminho que devorou Marina
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não posso deixar passar sem registro as ofensas proferidas por Ciro Gomes a Paulo Moreira Lima e a Kiko Nogueira, do 247 e do Diário do Centro do Mundo.
Críticas políticas são livres, a eles, a qualquer um e a mim, quando jornalistas saem do manto tantas vezes hipócrita da neutralidade ou até mesmo embuçados por ele.
Acusar de venais e “picaretas” exige, porém, fatos concretos. Que não foram apontados.
É preciso separar Ciro do PDT, ainda que o PDT de hoje sofra todas as vicissitudes de 15 anos sem Brizola, que fazem a ele muita falta, como falta faz à toda a cena politica brasileira.
E faz a mim, depois de duas décadas de convívio diário.
Críticas políticas são livres, a eles, a qualquer um e a mim, quando jornalistas saem do manto tantas vezes hipócrita da neutralidade ou até mesmo embuçados por ele.
Acusar de venais e “picaretas” exige, porém, fatos concretos. Que não foram apontados.
É preciso separar Ciro do PDT, ainda que o PDT de hoje sofra todas as vicissitudes de 15 anos sem Brizola, que fazem a ele muita falta, como falta faz à toda a cena politica brasileira.
E faz a mim, depois de duas décadas de convívio diário.
A vitória da resistência popular no Equador
Da Rede Brasil Atual:
O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou neste domingo (13) a revogação do decreto 883, que eliminou os subsídios aos combustíveis. A medida tenta pôr fim a 11 dias de protestos liderados por comunidades indígenas e acompanhados por movimentos de trabalhadores, estudantes e organizações civis contra as medidas econômicas anunciadas para atender a um acordo assinado com o FMI. A decisão é considerada uma vitória parcial da resistência popular, uma vez que os protesto evoluíam para exigir a renúncia de Moreno e a convocação de novas eleições .
O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou neste domingo (13) a revogação do decreto 883, que eliminou os subsídios aos combustíveis. A medida tenta pôr fim a 11 dias de protestos liderados por comunidades indígenas e acompanhados por movimentos de trabalhadores, estudantes e organizações civis contra as medidas econômicas anunciadas para atender a um acordo assinado com o FMI. A decisão é considerada uma vitória parcial da resistência popular, uma vez que os protesto evoluíam para exigir a renúncia de Moreno e a convocação de novas eleições .
Ciro Gomes deve explicações aos brasileiros
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
No permanente esforço para tentar fugir do esquecimento em que foi colocado pelo povo brasileiro através de sucessivas derrotas eleitorais, Ciro Gomes decidiu me colocar como alvo de seu esgoto verbal divulgado em recente entrevista ao UOL.
"Moreira Leite foi demitido do grupo Abril, onde fazia picaretagem a serviço da pior direita corrupta do Brasil", disse ele. É uma calúnia, recurso clássico de quem não se conforma com a liberdade devida a todo profissional de imprensa interessado em acompanhar nossa vida política com espírito crítico.
"Moreira Leite foi demitido do grupo Abril, onde fazia picaretagem a serviço da pior direita corrupta do Brasil", disse ele. É uma calúnia, recurso clássico de quem não se conforma com a liberdade devida a todo profissional de imprensa interessado em acompanhar nossa vida política com espírito crítico.
O bolsonarista escalado para atacar a mídia
A crise no laranjal do PSL, além de reforçar as suspeitas sobre as ilegalidades eleitorais de Jair Bolsonaro e ameaçar de implosão o partido de aluguel, serviu para jogar luz sobre uma figura influente nos bastidores do governo. De carreira inexpressiva no mercado publicitário paulista, Fabio Wajngarten, de 43 anos, foi premiado com o comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República pelo empenho na campanha do ex-capitão. A maneira entusiasmada e ligeira com que aderiu ao bolsonarismo não só lhe garantiu o controle de uma verba estimada em 450 milhões de reais como o papel de principal negociador com os meios de comunicação e de censor do Palácio do Planalto. Em nove meses, Wajngarten notabilizou-se por reclamar de jornalistas críticos e pedir cabeças nas redações.
DCM processará Ciro Gomes por calúnias
Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:
Na entrevista ao UOL, Ciro Gomes voltou sua metralhadora para dois sites progressistas, o DCM e o Brasil 247, e ofendeu, nominalmente, dois jornalistas, com declarações que não encontram amparo mínimo em fatos.
Os jornalistas do UOL perguntaram se a oposição falhava em não mostrar os fatos que ligam Bolsonaro ao esquema de uso abusivo do WhatsApp na sua campanha eleitoral em 2018.
“Claramente, por causa dessa fração da oposição, que é o PT, a burocracia do PT. O PT fez a mesma coisa. O PT continua fazendo a mesma coisa. Se você olhar os sites 247, Diário do Centro do Mundo, é tudo picareta que o PT contrata nas piores escolas do jornalismo brasileiro e traz para servi-lo, fazendo a prática corrupta que fazia a serviço da direita bandida do Brasil para eles”, respondeu Ciro.
Os jornalistas do UOL perguntaram se a oposição falhava em não mostrar os fatos que ligam Bolsonaro ao esquema de uso abusivo do WhatsApp na sua campanha eleitoral em 2018.
“Claramente, por causa dessa fração da oposição, que é o PT, a burocracia do PT. O PT fez a mesma coisa. O PT continua fazendo a mesma coisa. Se você olhar os sites 247, Diário do Centro do Mundo, é tudo picareta que o PT contrata nas piores escolas do jornalismo brasileiro e traz para servi-lo, fazendo a prática corrupta que fazia a serviço da direita bandida do Brasil para eles”, respondeu Ciro.
A verdadeira base de apoio de Trump
Por Jesse Jackson, no site Vermelho:
Em seguida, Trump voou para a Califórnia e foi a uma série de angariadores de fundos de alto valor que foram fechados ao público, embolsando o que sua campanha ostentou como mais de US$ 15 milhões de financiamento de campanha, principalmente de doadores ricos e anônimos.
Esta é apenas uma pequena parte do fundo recorde de campanha que os ricos estão construindo para a reeleição de Trump.
No mês passado, por exemplo, Trump se apresentou em comícios na Carolina do Norte e no Novo México. Ele divertia multidões extasiadas, que usavam bonés e camisetas MAGA de Trump. Os comícios foram exibidos na Fox e em outras emissoras.
Em seguida, Trump voou para a Califórnia e foi a uma série de angariadores de fundos de alto valor que foram fechados ao público, embolsando o que sua campanha ostentou como mais de US$ 15 milhões de financiamento de campanha, principalmente de doadores ricos e anônimos.
Esta é apenas uma pequena parte do fundo recorde de campanha que os ricos estão construindo para a reeleição de Trump.
Assinar:
Postagens (Atom)