Ver o presidente Jair Bolsonaro falando mal de algum veículo de comunicação já é algo banal depois de praticamente um ano de seu governo. Foi assim em 29 de outubro, por exemplo, quando ele se revoltou com reportagem do Jornal Nacional que vinculou seu nome ao assassinato de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Revoltado, fez uma dura crítica à emissora: “Vocês, TV Globo, o tempo inteiro infernizam a minha vida, porra! […] Agora, Marielle Franco, querem empurrar pra cima de mim? Patifes, canalhas, não vai colar! Não devo nada a ninguém!”
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
Bolsonaro beneficia gigantes da comunicação
A democracia na América Latina
Editorial do site Vermelho:
A ênfase do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à defesa da democracia tem a ver com uma realidade comum na América Latina. Em sua posse, na terça-feira (10), ele falou de “procedimentos obscuros e linchamentos midiáticos”, de uso da justiça “para saldar discussões políticas”, da resistência ao crescimento de “movimentos autoritários” e das manifestações “contra o neoliberalismo e a desigualdade social”.
A ênfase do presidente da Argentina, Alberto Fernández, à defesa da democracia tem a ver com uma realidade comum na América Latina. Em sua posse, na terça-feira (10), ele falou de “procedimentos obscuros e linchamentos midiáticos”, de uso da justiça “para saldar discussões políticas”, da resistência ao crescimento de “movimentos autoritários” e das manifestações “contra o neoliberalismo e a desigualdade social”.
Alberto Fernández e o chefe da milícia
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Com seu discurso de posse como presidente da Argentina, Alberto Fernández emergiu no cenário geopolítico como um chefe de Estado que deverá exercer relevante liderança no continente sul-americano e, ao lado de López Obrador, também na América Latina.
O discurso de Alberto Fernández marcou a distância galáctica de estatura ética, política e intelectual que separa ele de Jair Bolsonaro.
Em toda história secular de conflitos e ressentimentos; de convergências e entendimentos entre Argentina e Brasil, nunca se havia observado uma diferença tão abissal de perfil entre governantes dos 2 países.
Com seu discurso de posse como presidente da Argentina, Alberto Fernández emergiu no cenário geopolítico como um chefe de Estado que deverá exercer relevante liderança no continente sul-americano e, ao lado de López Obrador, também na América Latina.
O discurso de Alberto Fernández marcou a distância galáctica de estatura ética, política e intelectual que separa ele de Jair Bolsonaro.
Em toda história secular de conflitos e ressentimentos; de convergências e entendimentos entre Argentina e Brasil, nunca se havia observado uma diferença tão abissal de perfil entre governantes dos 2 países.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
"A nova ordem" e o bolsonarismo
Por Kjeld Jakobsen, no site da Fundação Perseu Abramo:
Este livro de ficção, A Nova Ordem, é o mais recente de Bernardo Kucinski publicado pela Alameda Casa Editorial e que assim como em obras anteriores, a exemplo de K, de 2011, “tudo no livro é invenção, mas quase tudo aconteceu”. Naquele livro, ele tratou do desaparecimento de militantes de esquerda durante a ditadura militar no Brasil, em particular sua irmã Rosa Kucinski e o marido dela, Wilson Silva, detidos em abril de 1974 e nunca mais vistos.
Este livro de ficção, A Nova Ordem, é o mais recente de Bernardo Kucinski publicado pela Alameda Casa Editorial e que assim como em obras anteriores, a exemplo de K, de 2011, “tudo no livro é invenção, mas quase tudo aconteceu”. Naquele livro, ele tratou do desaparecimento de militantes de esquerda durante a ditadura militar no Brasil, em particular sua irmã Rosa Kucinski e o marido dela, Wilson Silva, detidos em abril de 1974 e nunca mais vistos.
A política fiscal que atropela direitos
Por Paula Quental, no site Brasil Debate:
Entre as várias frases cristalizadas – quase mantras – que dominam o debate econômico brasileiro há uma particularmente perversa: “A Constituição de 1988 não cabe no orçamento”. Ela costuma ser repetida por defensores das políticas de austeridade, os mesmos que apregoam que “o estado não deve gastar mais do que arrecada”, ou que basta ajustar as contas públicas para a confiança voltar e a economia crescer. Há, porém, uma parte dos economistas que rema contra a maré, desafia essa visão que privilegia os interesses do “Mercado” e propõe que a política fiscal mantenha relação estreita com o orçamento público e os direitos sociais.
Entre as várias frases cristalizadas – quase mantras – que dominam o debate econômico brasileiro há uma particularmente perversa: “A Constituição de 1988 não cabe no orçamento”. Ela costuma ser repetida por defensores das políticas de austeridade, os mesmos que apregoam que “o estado não deve gastar mais do que arrecada”, ou que basta ajustar as contas públicas para a confiança voltar e a economia crescer. Há, porém, uma parte dos economistas que rema contra a maré, desafia essa visão que privilegia os interesses do “Mercado” e propõe que a política fiscal mantenha relação estreita com o orçamento público e os direitos sociais.
O drama dos brasileiros com os bancos
Os brasileiros devem muito pouco, se feita a comparação entre as dívidas das famílias e o PIB dos países.
Em outubro deste ano, a carteira de crédito para indivíduos atingia 27,5% do PIB do Brasil. Na Suíça esta cifra é de 129,50%, nos EUA chega a 75%, na Zona do Euro atinge 57,6% e pode também ser comparada com Portugal (66%), China (53,6%) ou Chile (45,6%).
Crédito é, há séculos, um motor essencial da demanda agregada e, portanto, elemento decisivo para o bom funcionamento das economias e parte integrante de seu crescimento.
Em outubro deste ano, a carteira de crédito para indivíduos atingia 27,5% do PIB do Brasil. Na Suíça esta cifra é de 129,50%, nos EUA chega a 75%, na Zona do Euro atinge 57,6% e pode também ser comparada com Portugal (66%), China (53,6%) ou Chile (45,6%).
Crédito é, há séculos, um motor essencial da demanda agregada e, portanto, elemento decisivo para o bom funcionamento das economias e parte integrante de seu crescimento.
O pirralho é Bolsonaro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro deve ser realmente especialista em pirralhos, porque os seus filhos, já marmanjos, continuam agindo como tal, mal comportados, inconvenientes, enxeridos.
A sueca Greta Thunberg, uma menina de 16 anos, tem todas as razões do mundo para ser uma ativista ambiental. E nenhuma para ter ponderações maduras sobre como se deve fazer isso sem causar traumas econômicos.
Ela é, como deveria ser toda a juventude, radical, porque essa força da juventude é a única que se opõe à indiferença dos mais velhos com o que será o futuro, que nunca é pessoal e que só existe pela generosidade e pelo amor.
Jair Bolsonaro deve ser realmente especialista em pirralhos, porque os seus filhos, já marmanjos, continuam agindo como tal, mal comportados, inconvenientes, enxeridos.
A sueca Greta Thunberg, uma menina de 16 anos, tem todas as razões do mundo para ser uma ativista ambiental. E nenhuma para ter ponderações maduras sobre como se deve fazer isso sem causar traumas econômicos.
Ela é, como deveria ser toda a juventude, radical, porque essa força da juventude é a única que se opõe à indiferença dos mais velhos com o que será o futuro, que nunca é pessoal e que só existe pela generosidade e pelo amor.
Assinar:
Postagens (Atom)