Por Antonio Martins, no site Outras Palavas:
Parte da esquerda brasileira atribuiu sua própria fraqueza, no combate ao bolsonarismo, a um fenômeno global. Estaríamos presenciando, em todo o mundo, o avanço de uma onda conservadora irresistível. A potência da avalanche tornaria quase impossível mobilizar as sociedades em sentido oposto. O mais prudente seria esperar que a maré de devastação perca seu ímpeto. Esta interpretação já era incapaz de explicar as revoltas contra o neoliberalismo que eclodiram, ao longo de 2019, em países como Chile, França, Equador, Colômbia, Argélia ou Líbano – ou as derrota eleitoral que o sistema sofreu na vizinha Argentina. Agora, tudo indica que ela terá de lidar com outro fato “incômodo”. Nos próprios Estados Unidos, as eleições presidenciais serão polarizadas por Bernie Sanders, que sustenta posições claramente pós-capitalistas.
Parte da esquerda brasileira atribuiu sua própria fraqueza, no combate ao bolsonarismo, a um fenômeno global. Estaríamos presenciando, em todo o mundo, o avanço de uma onda conservadora irresistível. A potência da avalanche tornaria quase impossível mobilizar as sociedades em sentido oposto. O mais prudente seria esperar que a maré de devastação perca seu ímpeto. Esta interpretação já era incapaz de explicar as revoltas contra o neoliberalismo que eclodiram, ao longo de 2019, em países como Chile, França, Equador, Colômbia, Argélia ou Líbano – ou as derrota eleitoral que o sistema sofreu na vizinha Argentina. Agora, tudo indica que ela terá de lidar com outro fato “incômodo”. Nos próprios Estados Unidos, as eleições presidenciais serão polarizadas por Bernie Sanders, que sustenta posições claramente pós-capitalistas.