quarta-feira, 11 de março de 2020

A lógica é reduzir ou liquidar direitos

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Todos precisamos entender o que está acontecendo no País. Dilma, Lula, PT e a esquerda de modo geral não foram escanteados do poder político em razão de desvios ético-morais. Este sempre foi o pano de fundo usado, para de algum modo, interromper o aprofundamento do processo democrático brasileiro. As classes dominantes brasileiras são desruptivas.

Foi assim na dissolução da Assembleia Constituinte de 1823, a chamada “Noite da agonia”, teve ainda o golpe de 3 de novembro de 1891, com dissolução, via decreto, do Congresso Nacional. Ainda em 1891 houve 2 revoltas, conhecidas como “Revolta da Armada”. A primeira destituiu Deodoro da Fonseca, a segunda tentou emparedar Floriano Peixoto, que assumira no lugar de Deodoro. Em 1937 houve o golpe do “Estado Novo”, que manteve Getúlio Vargas no poder; em 1945 foi deposto. Voltou em 1950. Em 1954, com o suicídio, Getúlio interrompeu o golpe civil-militar, que estava em gestação. Esse só foi se concretizar 10 anos depois, em março/abril de 1964, com a deposição do presidente João Goulart pelas Forças Armadas, e a instauração de ditadura civil-militar, que durou 21 anos.

O rei está nu e doente

Por Marcelo Zero

Warren Buffett tem uma frase muito boa sobre crises. Disse ele: só quando a maré baixa é que se pode ver quem andou nadando pelado.

De fato, quando a maré está alta, quando tudo está aparentemente bem, não se pode notar, com precisão, o grau de exposição a risco de empresas, governos e bancos.

Porém, quando maré baixa, quando a crise começa, ficam evidentes as fraquezas e as ficções que mantinham certos nadadores flutuando.

É que está acontecendo com a crise precipitada pela pandemia do coronavírus.

O coronavírus está furando as bolhas especulativas geradas pela “financeirização” do capital e pela crescente desigualdade vinculadas ao modelo neoliberal. O coronavírus está expondo as doenças criadas pelo vírus do neoliberalismo e das políticas de austeridade.

Com unidade para enfrentar a grave crise

Por João Guilherme Vargas Netto

Algumas pessoas estranharam o silêncio das direções sindicais quando do anúncio do pibinho de 1%. Este silêncio contrastou com a atoarda na mídia grande, seja surpreendida ou indignada, seja leniente e explicativa, pelos de sempre.

Ao investigar o porquê do silêncio convenceu-me a resposta de um dirigente: “Não foi surpresa, a situação já estava arrochada e o número baixo apenas confirmou isso”; já estava precificado, como dizem os financistas.

Qual é hoje o estado de espírito nas bases sindicais? O que o silêncio esconde?

terça-feira, 10 de março de 2020

O temor do "deus-mercado" com Bolsonaro

Bolsonaro tripudia vítimas do coronavírus

Bolsonaro é o nome da brutal crise no Brasil

O que Sergio Moro foi fazer no Paraguai?

O Brasil está desmoronando!

Paulo Guedes torna a crise pior do que já é

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Todas as proporções assinaladas, Paulo Guedes caminha a passos céleres para desempenhar, na crise de 2020, o papel nefasto e ridículo assumido pelo banqueiro norte-americano Henry Paulson na crise dos derivativos em 2008.

Secretário do Tesouro no governo George W Bush, Paulson fazia o possível para não enxergar o desastre que se aproximava da economia mundial.

Enquanto gigantes do mercado financeiro desmoronavam a sua volta, Paulson mantinha o discurso de sempre. "O pior já passou," chegou a dizer, cinco meses antes da derrocada final dos mercados, assinalada pela queda do Lehman Brothers ("grande demais para quebrar"), que arrastou o planeta ao abismo, do qual a humanidade só seria capaz de sair muitos anos depois, fazendo sacrifícios pesados.

Bolsonaro, Moro e o motim da PM no Ceará

Por Pedro Serrano, na revista CartaCapital:

Encerrou-se o motim de policiais militares no Ceará, após quase dez dias de tensão, situação que elevou o índice de mortes violentas no estado em 138%. O movimento, que certamente foi encorajado pela omissão do governo federal, na figura do presidente da República e do ministro da Justiça, e pelo apoio declarado do coordenador da Força Nacional, que enalteceu os amotinados, possui elementos suficientes para que não seja caracterizado como simples paralisação por reajuste salarial.

Bolsonaro e Guedes dão as costas ao povo

Editorial do site Vermelho:

O furacão que varreu a economia mundial na segunda-feira (10) trouxe, além de prejuízos astronômicos, um duro alerta para a situação do Brasil nas mãos do governo Bolsonaro. A crise na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a expansão do coronavírus foram o detonador do movimento que derrubou as bolsas, mas as causas são estruturais e bem conhecidas – menos, pelo que dizem o presidente e o ministro da Economia Paulo Guedes, para o governo.

Crise atinge o Brasil no pior cenário

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Os impactos da crise mundial desencadeada na segunda-feira (9) atingem o Brasil em situação mais frágil do que em 2015. O Estado brasileiro está sendo reduzido e a influência negativa do coronavírus no país deve ser considerável, em decorrência dos cortes de orçamento em áreas sociais. Para piorar, os riscos globais tendem a aumentar. Este é o quadro pouco promissor pintado pela economista Laura Carvalho, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

“Pibinho” mais uma vez

Por Mateus Boldrine Abrita, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Na última quarta-feira dia 04 de março de 2020, o IBGE divulgou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano de 2019, o resultado apurado foi de 1,1%, ou seja, ainda não recuperamos as perdas da recessão de 2015 e 2016 e ainda estamos no “nível de riqueza” de 2013. Já o crescimento do PIB por habitante, foi ainda pior, pífios 0,3%. Mas afinal o que é PIB e porque destes resultados fracos?

Bolsonaro tem força para domingo?

Por Fernando Brito, em seu blog:

O bolsonarismo tem força para encher as ruas na anunciada “marcha golpista” de domingo?

Posso estar errado, não frequento este mundo para perceber com exatidão, mas minha impressão é a de que não tem e, falso como é, está esticando a corda para um cancelamento de última hora, que o pouparia de um vexame público.

Por via das dúvidas, a deputada Carla Zambelli, ontem, pediu um “parecer” ao ministro da Saúde, Luiz Mandetta, “sobre os riscos de transmissão do coronavírus”, o tal que é fantasia.

Fica aberta, portanto, a porta para uma “saída honrosa”.

segunda-feira, 9 de março de 2020

Petardo: Olavo, Malafaia e brigas no laranjal

Por Altamiro Borges

Ninguém se entende no laranjal de Bolsonaro. Até os mais fanáticos estão em guerra. Na semana passada, o filósofo de orifícios Olavo de Carvalho obrou nas redes sociais que tudo de ruim que ocorre no Brasil vem de "uma ou várias” instituições – e detonou até as aliadas “igrejas evangélicas”.

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“Não que elas em si sejam necessariamente más, mas quem quer que suba na hierarquia de uma delas acaba tentando usá-la para tirar vantagem e foder com o resto da população", fuzilou o guru de Bolsonaro, que ainda pregou que a influência das igrejas evangélicas no atual governo deve ser coibida!

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Na sua confusão mental, o "astrólogo da Virgínia", segundo definição do general-vice Hamilton Mourão, detonou as "Forças Armadas, Partido Comunista, Maçonaria, Igreja Católica e Evangélicas" e obrou: "Demolir o prestígio dessas instituições seria tirar de milhões de picaretas a arma do crime”

Ronaldinho e outros bolsonaristas "do bem"

Mulheres nas ruas por direitos e democracia

Bolsas abrem a semana em pânico

Por Umberto Martins, no site da CTB:

Os mercados de capitais foram dominados pelo pânico nesta segunda-feira (9). As bolsas fecharam em queda na Ásia, desabaram na Europa e caíram 10% em São Paulo pela manhã, o que ensejou uma interrupção temporária dos negócios. O dólar comercial subiu a R$ 4,74 por volta das 14 horas, quando este comentário estava sendo concluído.

Os preços do petróleo derreteram, recuando cerca de 20%, o que configura a maior queda desde 1991, atribuída à desaceleração da demanda internacional e às divergências entre Rússia e Arábia Saudita sobre a oferta da commoditie. Em consequência, o valor das ações da Petrobras caiam 22%, provocando uma redução estimada em R$ 67 bilhões em seu valor de mercado.

Crise global pega o governo de calças curtas

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

O IBGE divulgou, no dia 04/03, que a economia brasileira apresentou crescimento de 1,1% em 2019, chegando a R$ 7,3 trilhões de valor da produção de bens e serviços finais. Esse crescimento é inferior aos observados nos dois anos anteriores, quando a economia brasileira expandiu a taxas de 1,32% e 1,31%, respectivamente. Ou seja, no primeiro ano de Bolsonaro, o crescimento conseguiu ser ainda pior do que nos dois anos anteriores, do governo Temer, que já tinham sido muito baixos.


Ronaldinho Gaúcho e o ataque dos 'coxinhas'