segunda-feira, 16 de março de 2020

Quem matou Gustavo Bebianno?

Por que Bolsonaro provoca, desesperadamente

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O que mais Jair Bolsonaro fará para chamar atenção e provocar um impasse? Ontem, ele cometeu, em poucas horas, uma sequência de crimes de responsabilidade. Compareceu a uma manifestação contra a o Congresso e o STF. Desafiou os presidentes do Legislativo, citando-os pelo nome. Em meio à sombra da covid-19, e ainda sob suspeita de ser portador do coronavírus, abraçou-se com dezenas de pessoas – a maior parte, idosos, grupo de risco especialmente frágil. Quando o país mais precisa de medidas de distanciamento social, e está prestes a viver o colapso do sistema hospitalar, voltou a minimizar os efeitos da pandemia e a propor que sejam liberadas aglomerações, inclusive em estádios de futebol.

Uma aula magna de irresponsabilidade

Por Eric Nepomuceno

Superando suas próprias – e inéditas na história da República – mostras anteriores de irresponsabilidade e estupidez, Jair Messias desafiou medidas determinadas pelo seu próprio ministro de Saúde.

E como se fosse pouco, abriu uma nova e especialmente séria crise com os demais poderes constitucionais, ao se juntar a manifestantes furibundos que, entre outras coisas, exigem o fechamento do Congresso e o expurgo de vários integrantes do Supremo Tribunal Federal.

Já não dá para falar em decoro ou decência, porque isso é tão existente em Jair Messias como elefantes no Alasca.

Quando se confirma que sete integrantes da comitiva que o acompanhou em sua mais recente e vergonhosa mostra de vassalagem diante de Donald Trump estão contaminados com o coronavírus, o lógico seria Jair Messias se recolher, se não à sua insignificância, ao Palácio da Alvorada.

Guedes é tão boçal quanto seu chefe

Por Luis Felipe Miguel

A seu modo, Guedes é tão boçal quanto seu chefe. Enquanto Bolsonaro desdenha a pandemia, o ministro resolve apostar no pânico e (desculpem meu francês) tira do cu a informação de que o contágio é mais rápido no Brasil do que em outros países.

E o que ele faz?

Um mea culpa por seu trabalho incansável em prol da destruição do sistema de saúde e do serviço público no Brasil?

Não.

Guedes quer usar a crise do coronavírus para aprovar a toque de caixa o pacote de redução do Estado.

Sonegação: O problema mais caro do Brasil

Luto em luta: As sementes de Marielle

Bolsonaro sabe que seu apoio está diminuindo

Pela revogação do tetos dos gastos já!

O milagre brasileiro de ter o SUS

Coronavírus vai dizimar os mais pobres

Atos em homenagem a Marielle e Anderson

domingo, 15 de março de 2020

Efeitos da publicidade infantil na educação

Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual:

A publicidade infantil é nociva ao desenvolvimento da criança, não somente por abusar da deficiência de julgamento e de experiência da criança, mas também por ser, em si, propaganda enganosa. A avaliação é da coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda.

Para Andressa, a publicidade infantil ativa no imaginário da criança o oferecimento de sensações, desejos, informações e uma série de elementos de expectativa os quais não são correspondidos através do produto. Ela considera o ambiente da internet, como o YouTube, ainda mais delicado, já que não existe nenhuma regulação para conter os eventuais abusos. Inclusive os reflexos no processo de formação e educação dos pequenos.

Coronavírus e os trabalhadores informais

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Diante do avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil, como ficam os trabalhadores informais, aqueles que não têm direitos trabalhistas e não podem "se dar ao luxo" de ficar sem trabalhar para evitar o vírus ou, mesmo doentes, precisarão trabalhar? E, para além dos efeitos diretos aos trabalhadores em si e na economia, quais impactos esse avanço da precarização pode ter na propagação do vírus no país?

Um capitão entre generais

Por William Nozaki, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A geopolítica do petróleo tem passado, nesse início de século XXI, por transformações estruturais, o papel do continente Americano na produção tornou-se tão significativo quanto o da região do Oriente Médio no século XX e o peso do continente Asiático no consumo tornou-se tão relevante quanto o da Europa no passado. Além disso, novas tecnologias viabilizaram a ampliação da produção de hidrocarbonetos, como no caso do shale gas dos EUA, e novas fronteiras foram desbravadas colocando o petróleo offshore na dianteira da exploração petrolífera, como no caso do pré-sal do Brasil.

A essência do neoliberalismo

Por Pierre Bourdieu, no site A terra é redonda:

Seria o mundo econômico, verdadeiramente, tal como insiste o discurso dominante, uma ordem pura e perfeita, dispondo implacavelmente a lógica de suas consequências previsíveis e prestes a reprimir todos os seus desvios com sanções que inflige, seja de maneira automática, seja – com maior exceção – pelo intermédio de seus braços armados, o FMI ou a OCDE, e das políticas que eles impõem: diminuição do custo da força de trabalho, redução das despesas públicas e flexibilização do trabalho? E se, na verdade, não se tratasse apenas da colocação em prática de uma utopia, o neoliberalismo, assim convertido em “programa político”, mas uma utopia que, com a ajuda de sua teoria econômica, passa a pensar a si mesma como a descrição científica do real?

Bovespa sobe e desce e os gringos só saem

Por Fernando Brito, em seu blog:

Saiu ontem à noite o valor das saídas de capital estrangeiro na Bovespa no dia 11. Último disponível, pois é divulgado com atraso.

Foi, para variar, um novo recorde diário, R$ 4,54 bilhões.

Um bilhão de dólares, aproximadamente.

O total no mês subiu para R$ 12,5 bilhões e o do ano, com 71 dias apenas, para R$ 55,4 bilhões.

Coincidências e mortes rondam os Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Muitas coincidências – e muitas mortes – rondam o clã dos Bolsonaro.

Mesmo com a informação preliminar – pois não foi divulgado laudo necroscópico – de que Gustavo Bebiano morreu infartado no seu sítio acompanhado de um filho, é inevitável não se lembrar de incríveis coincidências que rondam os Bolsonaro.

É uma vida FaMiliciar frenética e atribulada. Envolve sumiços de arquivos-vivos como Fabrício Queiroz; e as mortes de desafetos, inimigos ou de seres “incômodos”, como foi o caso do miliciano e “herói” Adriano da Nóbrega.

Coronavírus avança e governo não se mexe

Jair Bolsonaro cumprimenta manifestantes em Brasília, 15/3/20
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Editorial do site Vermelho:

A pandemia de coronavírus, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), deveria ser uma preocupação central do governo. Não é o que vem acontecendo. O presidente Jair Bolsonaro chegou ao cúmulo de dizer que “a questão do coronavírus” não “é isso tudo que a grande mídia propaga” e o ministro da Economia, Paulo Guedes, receitou como antídoto para os efeitos na economia as suas “reformas”, um cardápio de avestruz.

O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que, por enquanto, a estratégia nacional segue inalterada. Nem os alertas de rápido crescimento de casos nas próximas semanas fez o governo tomar medidas além de algumas ações paliativas.

Mídia apoia remédio neoliberal de Guedes

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

O ministro Paulo Guedes quer aproveitar a crise agravada pelo coronavírus para promover mudanças na economia que, em condições normais, ele não conseguiria.

E para isso elegeu um alvo: o Congresso Nacional, a que ataca em entrevista à revista Veja.

“O Congresso tem de desentupir o que está sentado em cima. Agora é a hora de cobrarmos uns aos outros. Temos de transformar a crise em reformas”, afirmou.

A entrevista dele está na capa da revista, sob o título “Precisamos proteger o Brasil”.

Quem não conhece Guedes poderia ver na manifestação dele uma genuína preocupação com o país.

O teto de gastos virou genocídio

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

O Brasil já tem a cena definitiva para o covid-19.

Quem pode deixa uma amostra para exame no Albert Einstein.

Quem não pode apanha um número na roleta da rede pública de saúde para ver o que acontece.

Não é difícil adivinhar.

Tanto a tragédia italiana, como o desempenho daqueles países que atingiram um desempenho considerado aceitável até aqui, têm como referência o atendimento da rede pública.

É assim porque não há como enfrentar uma epidemia, que se espalha pelo ar que todos respiram, em ambientes que todos frequentam, independente da conta no banco, cor da pele ou bairro onde moram, com apoio exclusivo na rede privada, por mais sofisticada e ampla que possa ser.