sexta-feira, 20 de março de 2020

O rei, finalmente, está nu

Por Alessandra Nilo, no site Congresso em Foco:

O coronavírus desembarcou no Brasil num dos piores momentos da nossa história, permeada pela alta turbulência social, incertezas políticas e uma economia estagnada como mostram os dados analisados nos anos recentes. Ainda em fevereiro, nos deparávamos com crises de educação, saúde, meio ambiente, com crescimento da violência de gênero e de outros tipos, com ataques à imprensa livre, taxas de desemprego consistentemente altas e, absurdo, com aumento da fome e da pobreza extrema num país tão rico e capaz como o nosso.

Efeitos do corte de R$ 20 bilhões no SUS

Por Raíssa Ebrahim, no site Marco Zero:

Os casos crescentes do novo coronavírus no Brasil estão escancarando as deficiências de financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A Emenda Constitucional (EC) 95/2016, conhecida como a “emenda do fim do mundo” e aprovada no governo Temer, congelou os gastos com saúde por 20 anos e agora o governo Bolsonaro ameaça também desvincular receitas para área.

Um sistema já deficitário pode colapsar, segundo especialistas, se medidas urgentes não forem tomadas. Novamente os mais afetados pelas políticas de austeridade serão os mais pobres e já vulneráveis.

Pandemia usada para esmagar trabalhadores

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

A crise econômica mundial que se avizinha – bafejada agora pelo coronavírus — pegará o Brasil, como até as pedras já previam, no contrapé. Antes da pandemia, a fragilidade externa do país já tinha aumentado muito, a partir das medidas do golpe de 2016. Por exemplo, o governo Bolsonaro está queimando as reservas internacionais deixadas pelo governo Dilma Rousseff, na tentativa de deter o aumento do câmbio. Somente em março o Banco Central já injetou US$ 15,245 bilhões em recursos novos no mercado de câmbio, tentando conter a escalada do dólar. Mesmo assim o real foi a terceira moeda que mais se desvalorizou no mundo, perante o dólar norte-americano, em 2020.

quinta-feira, 19 de março de 2020

Petardo: Bolsonaro corta salário pela metade

Por Altamiro Borges

Manchete do Estadão desta quinta-feira (19): "Governo permitirá que empresas cortem salários e jornada pela metade". Bolsonaro é realmente um vírus. Além de enxotar milhares de médicos cubanos e reduzir a grana da saúde, o "capetão" ainda decide cortar pela metade os já míseros salários. Haja crueldade!

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Além de cortar pela metade os salários, o que agravará o quadro recessivo, Bolsonaro decide dar uma renda de R$ 200 aos trabalhadores na informalidade. O panaca acha que dá para sustentar uma família com essa merreca"? Quanto o abutre Guedes dará a seus amigos da cloaca burguesa?

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A pandemia do coronavírus evidencia que o capitalismo não serve à humanidade. O jornal Valor, dedicado à cloaca burguesa, informa friamente que "empresas nos EUA começam a demitir devido à crise”. E ainda: "Linhas de montagem param” e podem vitimar 150 mil operários no império.

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quarta-feira, 18 de março de 2020

Petardo: Bolsonaro faz muito mal à saúde

Por Altamiro Borges

A revista Época informa que "o Ministério Público junto ao TCU pediu que a corte apure se Jair Bolsonaro cometeu crime ao cumprimentar manifestantes durante pandemia do coronavírus no domingo (15)". Além de incentivar um ato fascista, o "capetão" teria atentado contra a saúde pública.

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Lucas Rocha, subprocurador-geral junto ao TCU, atacou: "Ignorando o enorme risco à saúde pública, de expansão do coronavírus entre os brasileiros, e contrariando determinações de órgãos federais e distritais da saúde, Bolsonaro saiu às ruas para interagir pessoalmente com os manifestantes".

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O subprocurador-geral também afirma que "o presidente da República, chefe do Poder Executivo, incentivou e, em pessoa, participou de manifestações contrárias ao Poder Legislativo e ao Poder Judiciário. Isso é gravíssimo!". Ele afirma que esse crime "é passível de impeachment".

Hora de união contra o coronavírus

Por João Guilherme Vargas Netto

Embora os terraplanistas neguem a humanidade e, portanto, os brasileiros atravessam uma grave crise. A pandemia se alastra provocando um severo desarranjo na vida das pessoas e forçando cada sociedade (e seus governantes responsáveis) a adotar medidas visando sua contenção e a diminuição de sua letalidade.

Aqui no Brasil não pode ser diferente. O que tem sido diferente é o comportamento do presidente da República que, com palavras e ações, desrespeita as orientações do ministério da Saúde e dos responsáveis pelas medidas contra a Covid-19.

Em cada país, com ritmos diferentes, também são tomadas medidas que visam resguardar e proteger a vida produtiva dos trabalhadores e diminuir o impacto econômico negativo da doença.

Unir os brasileiros contra Bolsonaro e Guedes

Editorial do site Vermelho:

Se não bastasse a parola do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também faz troça com o gravíssimo problema da Covid-19, que se espalha pelo mundo numa velocidade espantosa. Para ele, enquanto os idosos devem se confinar em casa, os mais jovens precisam empurrar o Produto Interno Bruto (PIB) para que ele não colapse.

Com essas fanfarronadas, eles tentam mostrar que suas ideias são uma espécie de guia para a nação, chova ou faça sol, com trovoadas ou céu de brigadeiro – a única capaz de levá-la a bom porto, mesmo contra todas as evidências e probabilidades. Eles falam para suas colunas falangistas, que rezam cegamente pela ladainha do Estado ausente da vida nacional, mas há um pano de fundo que precisa observado.

A maldade austericida de Paulo Guedes

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A obsessão do superministro da economia com a manutenção da opção austericida é algo que impressiona até mesmo setores que estavam com ele até anteontem, um pouco antes da eclosão da crise do coronavírus. Os analistas não sabem se a explicação para esse comportamento caminha mais pelo lado da psiquiatria ou se esse distúrbio tem origem em sua formação ortodoxa e na desastrosa vivência no meio do financismo impiedoso.

Bolsonaro perde terreno até no lixo humano

Diogo Ramalho/Humor Político
Por Bepe Damasco, em seu blog:

O vazamento da notícia de que os auxiliares próximos de Bolsonaro estão preocupados com a repercussão negativa nas redes sociais do comportamento insano e irresponsável do presidente em relação à pandemia de coronavírus ainda é só o começo. É que já se percebe nas ruas que ele pode ter atravessado o Rubicão.

Seus gestos tresloucados provocaram fissuras na sua popularidade mesmo entre a escória da sociedade brasileira que forma o núcleo duro do bolsonarismo. Esse é ainda seu último bastião, já que é o presidente mais mal avaliado para um ano e poucos meses de mandato desde a redemocratização do país.