quinta-feira, 26 de março de 2020

Profissionais de saúde em tempos de Covid-19

Por Maria Helena Machado, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz

O Brasil tem dois patrimônios no âmbito da saúde: o SUS e os mais de 3 milhões e meio de profissionais de Saúde que nele atuam.

Fruto de um processo histórico de três décadas, o SUS assegura, pela Constituição Federal, saúde à toda a população brasileira. Á época de sua criação, na década de 1980, o país contava com pouco mais de 18 mil estabelecimentos de saúde, 570 mil empregos de saúde e uma equipe bipolarizada entre médicos e atendentes de enfermagem (nível elementar de escolaridade). Trinta anos depois, o SUS é, hoje, o maior patrimônio público, com mais de 200 mil estabelecimentos de Saúde - hospitalares e ambulatoriais, 3 milhões e 500 mil trabalhadores empregados, sendo boa parte de nível superior. A equipe de Saúde passa a ser multiprofissional, constituída de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, além de técnicos e auxiliares de Saúde (enfermagem e demais áreas) (CNES, 2017).

O pronunciamento infame de Bolsonaro

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O pronunciamento infame e irresponsável de Bolsonaro em cadeia nacional revela o seu desprezo pela ciência, pela saúde e pela vida da população. Bolsonaro faz uma aposta no escuro. Aposta em manter o apoio das camadas sociais que o elegeram, e não apenas sua milícia. Por isso, sua fala não contempla a sociedade, só os seus. Para ele, não tem a menor importância se a mídia que lhe deu suporte na eleição já não acredita nele, nem que integrantes do mercado já não o queiram com tanta intensidade como antes, ou até já lhe abandonem, sequer que os governadores que apoiou já estejam contra ele. As manifestações de Maia e Alcolumbre tampouco lhe pesam.

Frente ampla contra Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Sintoma inequívoco do largo isolamento de Bolsonaro foi o rompimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, seu aliado, rejeitando o caminho desatinado proposto por ele no desastroso pronunciamento de ontem e optando pela manutenção das medidas restritivas para mitigar os danos e perdas de vidas que nos serão impostos pelo coronavírus.

É preciso deter Bolsonaro, que se tornou um perigo para o Brasil, dizem todos, pública ou reservadamente. Mas para isso, é imperativo que se crise uma frente ampla com este objetivo, reunindo as mais diferentes forças da racionalidade, de centro, esquerda e direita.

Serão os líderes políticos capazes disso?

Quem paga conta do combate ao Coronavírus?

Foto : Pixabay/Frantisek Krejci/Sputnik
Por Jair de Souza

Nos últimos tempos, os banqueiros e os especuladores financeiros foram os que mais lucraram em nosso país. Mesmo após a enorme crise econômica gerada pelo golpe de 2016 e aprofundada pelo governo monstruoso de Bolsonaro, os bancos e os especuladores financeiros continuaram obtendo lucros estratosféricos à custa do sofrimento de quase toda a nação.

Agora que a pandemia do Coronavírus está levando o Brasil e o mundo a uma paralisia econômica sem precedentes, quem deve arcar com os gigantescos custos que a crise está causando, e ainda vai causar?

quarta-feira, 25 de março de 2020

Petardo: As rachadinhas de Flávio Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O cerco se fecha contra o clã Bolsonaro, que compra briga contra todo mundo – Congresso, STF, China, governadores, aliados, mídia. Nesta terça-feira (24), o Tribunal de Justiça do RJ liberou as investigações sobre as "rachadinhas" de Flávio Bolsonaro. A apuração estava suspensa. Será que agora vai?

***

O senador Flávio Bolsonaro é suspeito de recolher parte do salário de seus funcionários na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro de 2007 a 2018. Pela "rachadinha", o filhote 03 do "capetão" teria cometido crimes de peculato, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e organização criminosa.

***

Com a retomada das investigações, Flávio Bolsonaro volta à berlinda. Em dezembro passado, a Justiça do Rio de Janeiro autorizou buscas em 24 locais, incluindo a franquia da Kopenhagen em que o senador é sócio. A suspeita é de que a empresa foi "usada para lavar dinheiro da rachadinha", relatou a Folha.

Ruralistas ridicularizam Eduardo Bananinha

Bolsonaro assumiu opção pelo caos

Por Jeferson Miola, em seu blog:                 

No pronunciamento na TV [24/3], Bolsonaro assumiu a opção pelo caos, pela catástrofe e pelo extermínio do povo; se pronunciou como criminoso de guerra; necropolítico.

O discurso foi uma resenha das insanidades e barbaridades defendidas por ele e propagadas pela matilha fascista acerca da pandemia do coronavírus.

O risco de ocorrência de uma hecatombe econômica e humanitária no Brasil passou a ser um cenário assustadoramente mais tangível depois deste insano pronunciamento.

Bolsonaro é um sociopata genocida; uma aberração desumana que tem uma incontrolável pulsão pela morte e pela destruição.

Vermes se alimentam de cadáveres

Por Marcelo Zero

O helminto que desgoverna o Brasil cometeu um pronunciamento inacreditável.

Na contramão da ciência, da OMS, das boas medidas dos governadores e de todos os países sérios do mundo, o helminto falante ou o “helminto quando falo”, voltou a dizer que o covid-19 não passa de uma “gripezinha” e que as pessoas deveriam abandonar os cuidados do isolamento social, que as escolas deveriam ser reabertas, bem como shoppings, restaurantes etc.

Para ele, tudo isso não passa de histeria alimentada, claro, pela imprensa.

E que o problema da Itália é ter muitos velhos e um inverno rigoroso. Nós, jovens tropicais, podemos ficar tranquilos.

Salvar as pessoas, as empresas e o emprego

Por Luiz Carlos Bresser-Pereira

Há duas semanas a economista Leda Paulani afirmou que a crise do coronavírus seria mais grave do que a crise de 2008. Minha reação foi um “talvez”. Talvez viesse a ser, mas eu não estava seguro. Agora, estou. Associada à pandemia há uma gravíssima crise econômica em formação que levará ao desemprego e à quebra das empresas de todo o mundo, ou, pelo menos, à uma forte redução de suas receitas e dos seus lucros.

O Papa e a economia de Francisco

O início da economia de guerra no Brasil

Justus é o resumo de um país canalha

Frigorífico expõem trabalhadores ao perigo

Crise econômica é maior do que a de 1929

Bolsonaro e a aliança pelo vírus

A pandemia assusta e isola Bolsonaro

terça-feira, 24 de março de 2020

Inepto, Bolsonaro briga com governadores

Popularidade do Bolsonaro está na quarentena

Bolsonaro encolheu e Guedes sumiu!

Economia, manipulação e falsa pluralidade

Por Paulo Nogueira Batista Jr. 

Gostaria hoje de ter uma conversa reservada com amigos e correligionários. Se algum bolsominion, pato, ou outro adversário qualquer, estiver extraviado por aqui neste momento, peço gentilmente que se retire.

Agradeço e prossigo. Queria alertar para a crescente sofisticação e variedade dos artifícios utilizados para controlar o debate público na área da economia. Esses artifícios aparecem, evidentemente, com ainda mais clareza no debate de temas político-partidários, e grande parte do que vou dizer se aplica a fortiori a esses temas. Mas vou me limitar a tratar de economia, área em que a manipulação adquire especial relevo em tempos de crise, como os atuais.